A rede social ‘X’, anteriormente conhecida como Twitter, realizou uma atualização importante no aplicativo durante a madrugada desta quarta-feira (18). Essa mudança permitiu que o aplicativo contornasse o bloqueio judicial, imposto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A nova estratégia adotada por Elon Musk foi confirmada pela Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint).
Conforme comunicado pela Abrint, anteriormente, o aplicativo ‘X’ usava endereços IP específicos que foram bloqueados pelas autoridades. Entretanto, com a recente atualização, a plataforma passou a utilizar endereços IP vinculados ao serviço Cloudflare, o que complica o bloqueio, pois esses IPs mudam constantemente e são compartilhados por bancos, órgãos governamentais e grandes plataformas. O bloqueio ao ‘X’ sem afetar essas outras redes seria, portanto, inviável.
O aplicativo ‘X’ foi atualizado aproximadamente 15 horas antes do bloqueio ser aplicado, durante a noite. Esta atualização resultou em mudanças significativas na estrutura do aplicativo. Os usuários que tinham o aplicativo instalado em seus celulares receberam uma atualização automática, e o novo software começou a usar endereços de IP vinculados ao serviço Cloudflare.
A mudança para o Cloudflare torna o bloqueio do aplicativo muito mais complicado. Diferente do sistema anterior que usava IPs específicos e passíveis de bloqueio, o novo sistema faz uso de IPs dinâmicos que mudam constantemente. Muitos desses IPs são compartilhados com outros serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas de internet, tornando impossível bloquear um IP sem afetar outros serviços.
Cloudflare é um proxy reverso em nuvem, utilizado por empresas para proteger e melhorar a performance de seus serviços online. No caso do ‘X’, a utilização do Cloudflare permitiu uma resistência mais eficiente contra os bloqueios, já que os IPs estão constantemente mudando e sendo compartilhados por diversos serviços, dificultando uma ação direta de bloqueio por parte dos provedores de internet.
Os provedores de internet estão em uma posição delicada. De acordo com a Abrint, os provedores não podem tomar ações por conta própria sem orientação oficial da Anatel, pois um bloqueio equivocado poderia afetar empresas legítimas. Dessa forma, estão aguardando uma análise técnica e instruções da Anatel para decidir quais medidas serão tomadas.
A principal dificuldade em bloquear o Cloudflare está no fato de que ele funciona como um proxyreverso, com IPs que mudam frequentemente. Bloquear o Cloudflare significaria bloquear não apenas o ‘X’, mas também uma série de outros serviços que dependem dessa infraestrutura, o que poderia afetar negativamente a internet como um todo.
Informações TBN
O ex-goleiro Bruno, que atualmente se encontra em liberdade condicional, foi visto trabalhando como entregador de móveis em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o ex-atleta descarregando um caminhão em frente à loja para qual presta serviços.
De acordo com informações do jornal O Globo, Bruno trabalha para a Casa Unamar há mais de um ano, e seu expediente tem horários diversos. A unidade fica na Rodovia Amaral Peixoto, 4473, mas há outras sedes em Cabo Frio e também Macaé.
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No espaço para comentários, internautas se dividiram entre defender a reinserção do ex-goleiro na sociedade e apoiar que ele permanecesse em regime fechado.
– Se o cara não tem mais oportunidades de jogar, pelo menos ele correu atrás de um trabalho digno – afirmou um internauta.
– Trabalho digno, porém era para ficar comendo cadeia – disse outro.
Além do vídeo viralizado, o próprio Bruno já fez postagens nas redes sociais divulgando a loja e o seu trabalho.
Assista:
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Uma publicação compartilhada por Bruno Fernandes De Souza (@oficialbrunogoleiro)
Atualmente, Bruno responde em liberdade condicional pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio, além do sequestro do filho que teve com ela, Bruninho. O crime aconteceu em 2010 e gerou comoção nacional, visto que até então ele era goleiro do Flamengo e estava no auge de sua carreira.
Antes de sua morte, Eliza foi até a Justiça denunciar Bruno por agressões e coação para que ela abortasse. Ela cobrava que ele assumisse a paternidade do bebê. Bruno foi condenado a 23 anos de prisão e está em liberdade condicional desde janeiro de 2023.
Informações Pleno News
Uma pesquisa feita pelo portal Reclame Aqui e pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) apontou que a maioria da população brasileira é a favor do retorno do horário de verão ainda neste ano. Segundo o levantamento, a modificação nos relógios tem o apoio de 54,9% dos entrevistados, sendo 41,8% totalmente a favor, e 13,1% parcialmente favoráveis.
Por outro lado, segundo a pesquisa, 25,8% do público se mostrou totalmente contra a mudança nos relógios, enquanto 17% se disse indiferente, e apenas 2,2% se posicionou como parcialmente contrário. O levantamento foi feito com 3 mil pessoas e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Entre as regiões com maior apoio ao horário de verão estão o Sudeste, Sul e Centro-Oeste. No Sudeste, o índice de pessoas a favor da mudança é de 56,1%. Já no Sul, o percentual é de 60,6% de pessoas favoráveis à modificação nos relógios. No Centro-Oeste, por sua vez, o público que aprova o horário de verão é de 40,9%.
Na última segunda-feira (16), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a pasta, “muito provavelmente”, deve propor à Casa Civil o retorno do horário de verão no país. Para Silveira, porém, “não há tempo” para “decretar” a modificação no curto prazo e, se ela ocorrer, será com um amplo planejamento.
Segundo o ministro, o retorno do horário de verão olha para duas frentes: a necessidade de segurança energética, para aliviar a demanda no horário de pico, e o impacto positivo, segundo a pasta, em áreas como comércio e turismo. A palavra final, no entanto, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Informações Pleno News
São Paulo – A pesquisa Quaest para a Prefeitura da capital paulista divulgada nesta quarta-feira (18/9) mostra que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) segue na liderança, empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (PSol) e Pablo Marçal (PRTB) – o influenciador, alvo de agressão com uma cadeirada durante debate no domingo (15/9), recuou nas intenções de voto. A pesquisa foi realizada entre domingo, dia da agressão, e os dois dias seguintes ao episódio.
Nunes aparece numericamente à frente, com 24%, seguido de Boulos, com 23%, e Marçal, com 20%. Os três estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Em relação à última pesquisa do instituto, publicada em 11 de de setembro, Boulos cresceu dois pontos percentuais, enquanto Marçal recuou três pontos. Nunes manteve os mesmos 24%.
Candidato do PSDB, José Luiz Datena, que agrediu Marçal com a cadeira, subiu 2 pontos percentuais e assumiu a quarta colocação, com 10% das intenções. Tabata Amaral (PSB) recuou 1 ponto percentual, de 8% para 7%, das intenções de voto.
A Quaest entrevistou presencialmente 1,2 mil eleitores de São Paulo, entre os dias 15 e 17 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-00281/2024.
A Quaest testou três cenários de segundo turno na pesquisa. Nunes sairia vitorioso tanto contra Boulos como contra Marçal. Na disputa entre Boulos e Marçal, a pesquisa indica um empate técnico.
Nos cenários de segundo turno, Boulos se aproximou da liderança em relação à pesquisa anterior. Contra Nunes, ele reduziu a diferença de intenções de voto, de 33% para 35%, mas continua perdendo. Já contra Marçal ele oscilou positivamente de 40% para 42% – considerando a margem de erro de 3 pontos percentuais, os dois estão tecnicamente empatados.
Informações Metrópoles
Canetada monocrática de um ministro do STF se antecipou a providências e avaliações que normalmente caberiam ao Executivo e ao Legislativo
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda tenta reagir à onda de seca, queimadas e incêndios florestais que o pegou desprevenido. No entanto, já recebeu uma ajuda do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino para gastar com a crise fora dos limites do Orçamento.
O jornal Folha de S.Paulo destaca em seu editorialdesta quarta-feira, 18, a decisão tomada por Dino no domingo 15. Ele definiu que o Planalto pode determinar as despesas necessárias por meio de medida provisória, reservada para caso emergencial, “sem cômputos para tetos ou metas fiscais”.
É perfeitamente razoável e de interesse público que, em caso emergencial, o governo possa liberar dinheiro temporariamente fora das regras que disciplinam o equilíbrio orçamentário. No entanto, a publicação destaca que o perigo está na “banalização desse expediente”.
“No caso em tela, a canetada monocrática de um ministro do STF se antecipou a providências e avaliações que normalmente caberiam ao Executivo e ao Legislativo”, diz a Folha.
“Decerto a estiagem se mostrou mais severa que o esperado, mas o uso de recursos extraordinários deveria demandar uma análise criteriosa e transparente”, acrescenta o jornal.
Trata-se, convém recordar, da quarta vez em menos de cinco anos que o argumento da emergência é utilizado para romper os limites fixados para o controle da dívida pública.
Na primeira, em 2020, o mérito era indiscutível — fazer frente à pandemia de covid-19. Abriu-se caminho ali, porém, para despesas que se mostraram exageradas, como no socorro desmedido a Estados e municípios votado pelo Congresso.
“Já em 2022, Jair Bolsonaro (PL) usou o pretexto do encarecimento dos combustíveis com a guerra da Ucrânia para aprovar uma farra inaudita de gastos pela reeleição — com ampla aprovação de partidos à direita, ao centro e à esquerda, diga-se”, avalia a publicação.
Neste ano, a chuva precedeu a seca como fator de urgência. Com a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, os parlamentares autorizaram despesas que não serão computadas para o cumprimento da meta já bastante desacreditada de reduzir a zero o déficit do Tesouro Nacional.
“Agora, a intervenção de Dino, que em nada parece ter desagradado o governo do qual fez parte, suscita novos temores quanto à solidez do ajuste fiscal”, diz a Folha.
Para o jornal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi sensato ao declarar que os eventos agravados pela mudança climática global podem deixar de ser considerados extraordinários doravante.
“Daí a colocar a tese em prática, no entanto, existe distância considerável, ainda mais numa administração federal afeita a driblar as restrições do Orçamento”, afirma a publicação.
É verdade que os montantes atuais não se comparam aos anteriores, e as justificativas que os amparam são ao menos plausíveis. “Mas é verdade também que este é só o segundo ano de um governo que já minou a credibilidade de sua política econômica”, conclui a Folha.
Informações Revista Oeste
A Justiça Eleitoral determinou, nesta terça-feira (17/9), que o candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, excluísse um vídeo de seu perfil no Instagram. No vídeo, Marçal acusava o atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), de agressão contra sua esposa, Regina Nunes.
Na gravação, feita na manhã de segunda-feira (16/9) em frente ao Hospital Sírio Libanês, Marçal questionava se Nunes teria batido na esposa “de mão aberta ou fechada”. O prazo para a remoção da postagem era de 24 horas. Às 17h, o vídeo já não estava mais na página do candidato do PRTB.
O juiz Murillo Cotrim, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, determinou a exclusão do vídeo. Segundo o magistrado, Marçal propagou “conteúdo injurioso” que imputou a Nunes uma conduta de agressão física sem qualquer comprovação. Ele enfatizou que “a conduta de agressão física” citada por Marçal no vídeo “não consta nos documentos oficiais que tratam do caso”.
As afirmações de Marçal nas redes sociais geraram grande repercussão, e a Justiça considerou que o conteúdo configurava um ataque pessoal. Isso violou a legislação que regula a propaganda eleitoral, segundo o juiz Murillo Cotrim. A decisão ressaltou a falta de provas, mesmo as indiciárias, para as alegações feitas pelo candidato do PRTB.
Em 2011, Regina Nunes, esposa do prefeito, registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica, ameaça e injúria contra o marido. No entanto, ela não relatou episódios de agressão física. O caso não teve andamento porque Regina preferiu não seguir com a acusação. Nunes sempre negou a violência e afirmou que o registro foi forjado.
Durante o debate da RedeTV/UOL nesta terça-feira (17/9), Marçal relembrou o caso em um embate com o prefeito, marcado por gritaria fora do microfone. A situação ilustra como os debates eleitorais e as redes sociais têm sido palco para divulgações e acusações que muitas vezes ultrapassam os limites éticos e legais.
Com a determinação judicial, é provável que essa situação influencie a maneira como os candidatos utilizam suas plataformas digitais durante a campanha. A Justiça Eleitoral atua para garantir que a propaganda eleitoral ocorra de forma justa e baseada em fatos, evitando assim a disseminação de fake news e ataques pessoais sem fundamento.
Este caso serve como um alerta para todos os candidatos sobre as possíveis consequências de espalharem informações não verificadas e injuriosas, destacando a importância de uma campanha limpa e baseada na verdade.
Informações TBN
Na última terça-feira (17), o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu abrir um inquérito para apurar as acusações de assédio contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. O caso tramita sob sigilo na Corte, e os detalhes específicos das acusações ainda não foram divulgados ao público.
A Polícia Federal (PF) já havia enviado ao STF, na última quinta-feira (12), a apuração preliminar que realizou sobre o caso. A corporação pediu que a Corte avaliasse a competência para a investigação, visando evitar nulidades no processo judicial. A notícia-crime foi aberta pela PF no dia 5 de setembro, logo após a divulgação das acusações contra Almeida.
As acusações de assédio contra Silvio Almeida surgiram ainda quando ele ocupava o cargo de ministro dos Direitos Humanos. As denúncias vieram à tona durante uma noite polêmica e agitada no cenário político. No dia seguinte às acusações, Almeida foi demitido do cargo, intensificando as especulações e debates sobre o caso.
Silvio Almeida nega veementemente as denúncias de assédio feitas contra ele. Em suas declarações, ele afirmou que pretende provar sua inocência durante as investigações. A postura de Almeida tem sido de cooperação com as autoridades, mostrando-se disposto a colaborar de todas as formas possíveis para elucidar os fatos.
O impacto político das acusações de assédio contra Almeida é significativo. Ele é o sexto ministro a deixar o governo Lula em menos de dois anos, um fato que levanta questões sobre a estabilidade e a coesão do atual governo. As mudanças frequentes nos ministérios podem afetar a continuidade das políticas públicas e geram incertezas tanto para a administração quanto para a população.
A saída de Almeida não é um caso isolado. Outros ministros também deixaram seus cargos recentemente, o que reflete um momento de instabilidade no governo. Essa rotatividade pode ser causada por diversos fatores, desde divergências políticas internas até questões pessoais ou relacionadas a investigações judiciais.
A Polícia Federal tem atuado de forma diligente na condução das investigações. Depois de abrir a notícia-crime ainda no início de setembro, a PF tomou várias medidas para colher evidências e testemunhos. A decisão de encaminhar a apuração preliminar ao STF foi uma forma de garantir que todos os procedimentos legais sejam seguidos à risca, evitando futuras nulidades processuais.
Os próximos passos incluem a continuidade das investigações sob o comando do STF. Ainda há muitos detalhes a serem esclarecidos, e a expectativa é que o processo seja conduzido com rigor e transparência, garantindo o direito à defesa de Silvio Almeida e buscando a verdade dos fatos. A decisão final sobre a competência investigativa também será crucial para determinar o andamento e as próximas etapas do inquérito.
Esse caso certamente atrairá a atenção da sociedade e da imprensa, que acompanharão de perto os desdobramentos das investigações e as repercussões no cenário político brasileiro.
Informações TBN
Depois de um início tenso, dominado por ataques pessoais, o debate Rede TV!/UOL, primeiro após a cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB),conseguiu dar mais espaço a propostas dos candidatos. Sobretudo nos blocos finais, com planos especialmente sobre saúde.
Ataques pessoais dominaram o início do debate. No primeiro bloco, quando fizeram perguntas entre si, os candidatos relembraram temas sensíveis para os adversários e tentaram criar saias justas. Marçal foi quem mais estimulou confrontos, mas todos os participantes tiveram pelo menos um embate áspero.
Havia expectativa sobre o clima entre Datena e Marçal. A agressão ao candidato do PRTB, que dominou o debate anterior, foi lembrada logo no começo. Em uma pergunta ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), Marçal afirmou que Datena “não é homem”, e que a Rede TV! decidiu parafusar as cadeiras no chão porque o tucano “teve o comportamento de um orangotango”.
Datena afirmou que não agrediria Marçal porque “covarde apanha uma vez só”. O apresentador entrou com ação contra Marçal por calúnia, injúria e difamação por ele ter citado uma denúncia de assédio sexual, que Datena nega. “O jeito de falar com bandido condenado, ladrão de velhinho virtual, é a Justiça. Não tem outro caminho. Essa é a realidade. Você vai responder na Justiça pelas injúrias que você dirigiu a mim”, disse.
Marçal atacou Nunes, o que levou a uma discussão aos gritos entre os dois. Os dois trocaram insultos e só pararam após levarem advertência da mediadora do debate, a jornalista Amanda Klein. Em suas considerações finais, Marçal parabenizou a atuação de Klein, e ainda ligou para a apresentadora após o debate para elogiá-la pela postura no debate.
O ex-coach acusou o prefeito de roubar dinheiro da merenda escolar e disse que, se ganhar a eleição, ele “prenderá” o prefeito, o que iniciou a discussão. “Você vai preso, Ricardo Nunes, por tocar na merenda das crianças”, disse o candidato do PRTB em referência à investigação da Polícia Federal contra Nunes por suposta participação na máfia das creches. O prefeito gritou que nunca foi preso e afirmou que Marçal “saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu de dentro dele”.
Nunes também teve atritos com Boulos. Em um dos embates, o prefeito questionou o adversáriosobre um projeto de lei proposto pelo PSOL, em 2004, que pretendia “liberar 42 mil traficantes”, segundo o prefeito. Boulos reagiu afirmando que Nunes é “do mesmo nível” de Marçal, e repetiu que tem um posicionamento “muito claro” sobre drogas, que é de separar usuários de traficantes.
Também houve trocas de ataques entre Marina Helena (Novo) e Tabata Amaral (PSB). A candidata do Novo acusou a adversária de ter usado um avião particular para visitar o namorado, o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Tabata negou e chamou a afirmação de “delírio”. As duas voltaram a trocar farpas em outro bloco do debate, quando discutiam sobre saúde.
A segurança do debate foi reforçada. Além de parafusar as cadeiras, a organização do evento disponibilizou um segurança para cada candidato. Nos intervalos, eles se posicionam em frente aos púlpitos. Além disso, cada campanha também foi autorizada a levar um agente particular.
Marçal já chegou ao debate em clima de confronto. Ao entrar nos estúdios, ele interrompeu a transmissão ao vivo do UOL para discutir com o jornalista Diego Sarza. Segundo apurou o UOL, a equipe do empresário não aceitou a água fornecida pela emissora a todos os candidatos e exigiu que ele bebesse uma água trazida por eles. Marçal nega ter recusado a água da emissora e afirma que apenas pediu uma garrafa lacrada.
Após um início tenso, as propostas apareceram a partir do segundo bloco. O clima agressivo não foi eliminado, mas diminuiu quando os candidatos responderam a perguntas dos jornalistas sobre temas específicos. A saúde foi o tema mais recorrente entre as propostas, mas segurança, trânsito e transporte público também foram lembrados mais de uma vez (veja detalhes abaixo).
Ao todo, o debate teve 17 pedidos de resposta, dos quais 8 foram aceitos. Nunes, sozinho, pediu direito de resposta sete vezes para rebater falas de Marçal, e três destes pedidos foram concedidos. Marçal, por sua vez, fez um total de cinco pedidos de resposta, dois dos quais foram acatados.
Nunes e Boulos tentaram se aproximar de seus padrinhos políticos. O prefeito mencionou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem dado apoio mais contundente à candidatura. Boulos, por sua vez, reforçou os laços com o presidente Lula (PT).
O prefeito não citou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas Boulos citou o vínculo entre os dois. Ao rebater uma acusação de uso de drogas, o candidato do PSOL afirmou que Nunes aposta em fake news e que “não é por acaso que ele recebeu o apoio do Jair Bolsonaro, que tem o mesmo mérito”.
Tabata reforçou que terá diálogo com Lula e também com Tarcísio. A candidata afirmou que montou, para a campanha, “um baita time com nomes da centro-esquerda à centro-direita” e que sabe dialogar com todos os lados.
Marçal apostou na agressividade, mas chegou a pedir desculpas. Além dos ataques diretos a Nunes, Datena e Boulos, ele chamou todos os adversários de “consórcio comunista”. Como tem feito em outros debates, poupou Marina Helena. Mas desta vez se retratou, ainda que timidamente, por um ataque feito a Tabata, em julho, quando culpou a candidata pelo suicídio do pai dela. Ele afirmou que “foi injusto” ao fazer essa menção.
O candidato do PRTB começou atacando Nunes e se referiu ao prefeito como “bananinha”. Foi este o momento em que Marçal foi advertido pela mediadora Amanda Klein, para que não usasse apelidos pejorativos. Marçal, no entanto, manteve a carga e, em seguida, associou o prefeito a investigações sobre transporte público e desvio de verba de creches. O empresário chamou o prefeito de “tchutchuca do PCC” e disse que ele “vai preso por causa das merendas”.
Nunes rebateu chamando Marçal de “condenado”. Ele relembrou que o empresário foi condenado em uma ação que envolveu golpes bancários digitais e afirmou que o ex-coach trata as pessoas “na forma da malandragem de cadeia”, ganhando a confiança delas para em seguida aplicar um golpe nelas.
A saúde foi o tema municipal mais abordado no debate. Além de criticarem a gestão de Nunes, que precisou se defender mais de uma vez, todos os candidatos apresentaram propostas específicas para a área.Continua após a publicidade
Boulos defendeu ‘poupatempo da saúde’ e prometeu centro oncológico. Como tem feito em outros debates e em seu plano de governo, o psolista defendeu o poupatempo para zerar a espera por exames e outros procedimentos. Ele afirmou ainda que um hospital ocológico no Jardim Ângela, na zona sul, só não saiu do papel porque a prefeitura não teria liberado o terreno.
Nunes citou medidas de sua gestão. Sobre o hospital oncológico, ele afirmou que a prefeitura já liberou um terreno em Cidade Tiradentes, na zona leste, para a construção. Nunes também citou ter inaugurado, em 2022, um centro de alta tecnologia para diagnóstico de câncer. O hospital recebeu o nome do ex-prefeito Bruno Covas, que morreu em razão da doença em 2021.
Marçal falou em convênios com o governo estadual para reduzir filas. Também defendeu a necessidade de expandir serviços de telemedicina, que teriam deixado de ser utilizados após a pandemia de covid-19. Na mesma resposta, o empresário aproveitou para atacar: disse que vai criar “centros especializados para tratar das mulheres” e disse que “tem dois agressores aqui”, em referência a Nunes e Datena.
Helena propôs reduzir a máquina estatal. Segundo a candidata do Novo, é possível resolver os problemas da saúde “com o tanto de imposto que a gente tira do trabalhador dessa cidade”. Para ela, é necessário reduzir indicações políticas na prefeitura. “Eu quero acabar com os parasitas, com os cabides de emprego”, disse.
Tabata enfatizou a saúde mental. A deputada citou dados sobre ansiedade, depressão e suicídio em São Paulo, propôs que todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde) tenham uma equipe especializada em saúde e que haja um atendimento específico para mães atípicas, ou seja, que tenham filhos com alguma deficiência física ou intelectual.
Três candidatos apresentaram medidas sobre o preço do transporte coletivo. Marina Helena propôs a “tarifa variável”, que ofereça passagens mais baratas fora dos horários de pico, mas disse que sua principal medida para mobilidade é desenvolver a economia das periferias, para que menos pessoas tenham que se deslocar todos os dias ao centro da cidade.
Outros dois candidatos disseram querer ampliar a oferta de tarifa zero, que atualmente vale apenas aos domingos. Datena propõe que beneficiários do Bolsa Família tenham passe livre todos os dias da semana. Já Nunes defendeu que a gratuidade em todos os dias valha para mães que tenham filhos nas creches.
Na segurança, os candidatos fizeram propostas mais vagas. Marçal, por exemplo, reafirmou que vai criar 2 milhões de empregos como medida para reduzir a criminalidade, sem citar como essas vagas serão abertas. Outros candidatos, como Datena, falaram em combater o crime organizado, mas não citaram medidas concretas.
Informações UOL
A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda publicou portaria que dá prazo até 1º de outubro para o fim do funcionamento no país de sites de apostas de quota fixa que ainda não iniciaram sua regularização junto ao governo.
Há um prazo adicional até 10 de outubro para o levantamento dos depósitos dos apostadores e, a partir de 11 de outubro, o órgão solicitará o bloqueio dos sites e a exclusão dos aplicativos das casas irregulares.
“A pessoa jurídica que mantiver depósito de apostador é obrigada a ter na guarda e conservação os valores depositados bem como os restituir quando o exija o depositante, garantindo ainda meios para que tal exigência possa ser formalizada, independentemente do prazo da portaria”, completa o texto, publicado no Diário Oficial da União (DOU).
As empresas de apostas que já iniciaram o processo de regularização junto ao governo têm até o dia 30 de setembro para indicarem suas marcas em atividade e os respectivos domínios de internet onde prestarão o serviço durante o período de adequação
“A partir de 1º de janeiro de 2025, apenas agentes operadores de apostas autorizados poderão explorar a atividade no país, que se dará exclusivamente em domínio brasileiro de internet, com extensão ‘bet.br’”, reforça a portaria.
No último domingo, 15, o senador Omar Aziz (PSD-AM) disse que iria protocolar ação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo para retirar do ar todos os sites de apostas esportivas enquanto não estiver concluído o processo de regulamentação das empresas pelo governo federal.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado
O governo federal acionou suas representações diplomáticas para pedir auxílio internacional no combate a incêndios florestais no Brasil. Os pedidos foram feitos a Paraguai, Colômbia, México, Peru, Uruguai, Chile, Canadá e Estados Unidos. Ao menos o Uruguai já respondeu a solicitação de apoio e confirmou que pode enviar ajuda.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) instruiu às embaixadas brasileiras nesses países a “realizar consultas urgentes” sobre possíveis ações de cooperação em resposta à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede). No caso do Uruguai, o governo sinalizou que pode prestar apoio aos brasileiros com envio de uma “aeronave de asa fixa, modelo CASA C-212 Aviocar, da Força Aérea Uruguaia, e a doação de 40 mil litros de líquido extintor de incêndio”.
Ao pedir ajuda para o apoio internacional, em 4 de setembro, a ministra Marina Silva consultou a Agência Brasileira de Cooperação, ligada ao MRE, para “verificar a possibilidade de apoio de aeronaves (de asa fixa ou rotativa) para o lançamento de água e transporte de brigadistas e equipamentos nas operações de combate a incêndios na Amazônia, com início previsto para setembro de 2024”, segundo conta no documento enviado pela ministra ao MRE.
Os incêndios florestais no Brasil, especialmente na Amazônia, ganham proporções alarmantes a cada ano, impactando profundamente o meio ambiente e as comunidades locais. A gravidade da situação exige uma resposta coordenada e eficiente, e é por isso que a ajuda internacional se torna crucial nesse momento. Além de pedir auxílio, o Brasil também já enviou ajuda à Bolívia para combate aos incêndios naquele país.
Os países que receberam pedidos de auxílio do Brasil foram Paraguai, Colômbia, México, Peru, Uruguai, Chile, Canadá e Estados Unidos. Cada um desses países tem capacidades distintas que podem contribuir significativamente para o combate aos incêndios.
Os países que puderem oferecer apoio operacional “apresentarão a forma de contrapartida do Brasil para a consolidação desse apoio com os meios aéreos, caso estejam disponíveis”, conforme mencionado no ofício elaborado pela ministra do Meio Ambiente. Este tipo de cooperação internacional não só é essencial para controlar os incêndios, mas também fortalece os laços diplomáticos entre os países envolvidos.
Para o governo, os focos de fogo junto à fronteira exigem combate conjunto. A ajuda internacional não se limita apenas ao fornecimento de equipamentos e recursos humanos; também implica na troca de estratégias e técnicas avançadas para combater os incêndios de forma mais eficaz.
Informações TBN