Após o arquivamento dos inquéritos na Operação Lava Jato e a poucos meses do fim do primeiro ano de mandato de seu pai, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, começou a preparar terreno para sua volta ao mundo dos negócios.
Para tanto, tirou da gaveta uma das empresas que usou para prestar serviços à Oi e para receber pagamentos do Instituto Lula. O novo endereço de sua sede fica em uma sala que está há anos bloqueada na Justiça por ter pertencido a um chefão do tráfico internacional de drogas. As informações são do Metrópoles.
A empresa em questão é a G4 Entretenimento Digital, em sociedade com Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar (PT) – falecido em maio de 2022 – e ex-proprietário do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, que era frequentado pelo petista. Irmão de Fernando, Kalil Bittar deixou a sociedade na G4. Ele transferiu as suas cotas de R$ 25 mil, meio a meio, para Lulinha e Fernando.
Segundo fontes próximas, o modelo do negócio ainda não está fechado, e Lulinha ainda não firmou parceria com outros empresários. A interlocutores o filho de Lula tem dito que mantém o interesse na área de games, que era parte da programação da PlayTV.
O canal pertencia ao Grupo Bandeirantes e mantinha um contrato com a Gamecorp, da qual Lulinha era sócio, para exibição de videoclipes e programas sobre jogos eletrônicos. A participação de Lulinha na Gamecorp foi vendida ao filho do locutor esportivo Walter Abrahão, que depois a repassou a um advogado que já era seu parceiro no negócio. Até hoje, o filho de Lula tem recebido créditos dessa venda.
Recentemente, Lulinha passou a buscar um CEO e funcionários. O filho do presidente tem amigos na área técnica de operação de TV e mantém conversas com eles, daquelas mais informais e pessoais àquelas sobre o mercado. Uma dessas amizades é com Wanderley Abreu Jr, dono do Grupo Storm, que presta serviços na área de TI para a plataforma GloboPlay, da Rede Globo.
“Eu não fui cogitado para CEO da empresa, sou amigo dele, mas só muito amigo. Até por isso, ele não me escolheria para CEO. Talvez, se fosse sócio, se chamasse, eu aceitaria, mas também não me cogitou. Normalmente, ele só me procura para tomar chopp e olhe lá”, diz Wanderley.
Ele ficou conhecido aos 19 anos, quando invadiu um computador da Nasa. À época, seu codinome de hacker era “Storm”. Depois, deu palestra na própria agência espacial e chegou a ajudar o Ministério Público brasileiro em uma operação contra pedofilia on-line. Walderley também é dono de empresas de games e criptomoedas.
A G4 é uma das quatro empresas de Lulinha. Era sócia da Br4 Paticipações, que, por sua vez, estava nos quadros de controladoras da Gamecorp. Essas empresas foram todas devassadas pela Operação Lava Jato, que investigou repasses da Oi para a Gamecorp. O caso acabou transferido para São Paulo, e o Ministério Público Federal (MPF) pediu seu arquivamento.
Os inquéritos não resultaram no indiciamento ou em denúncia contra Lulinha. Entre 2004 e 2014, na condição de sócio, o filho do presidente recebeu R$ 3,4 milhões em lucros provenientes da G4. Somente em 2011, o Instituto Lula pagou R$ 1,3 milhão à empresa.
Depois da Lava Jato, Lulinha submergiu e deixou suas empresas fora de operação. No ano passado, reativou apenas uma delas, de consultoria, sediada no apartamento em que mora, em Moema, zona sul de São Paulo.
Até meados deste ano, a G4 tinha apenas um endereço: o escritório do seu contador, João Muniz Leite. Homem de confiança de Roberto Teixeira, compadre de Lula, João Muniz era o guardião da contabilidade do presidente e chegou a depor na Lava Jato.
No dia 10 de agosto, Lulinha registrou o novo endereço da G4 em uma sala de 34 metros quadrados de um edifício comercial na região da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, no Brooklin, polo empresarial na zona sul de São Paulo. O pagamento dos aluguéis e a ocupação da sala começam neste mês.
A sala tem uma história enrolada e está bloqueada pela Justiça. No registro público de imóveis, pertence à empresa Marysol, ligada a Gustavo Bautista, um conhecido chefão do tráfico internacional de drogas que está preso no Uruguai e foi investigado por atuar também no Brasil.
Bautista foi preso em 2001, no Brasil, quando uma inspeção do Ministério Público do Trabalho apurou a suposta exploração de trabalho escravo em uma de suas fazendas na Bahia.
Na diligência, que era acompanhada pela Polícia Federal (PF), acabaram sendo encontradas caixas de frutas com fundo falso recheadas de cocaína. Uma juíza mandou soltar Bautista e acabou aposentada compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça por ter amizade e familiares fazendo negócios com ele.
Anos depois, Bautista foi preso novamente, no Uruguai, sob acusação de ser um megatraficante de cocaína, proprietário de fazendas e aviões. Ele era ligado ao traficante Juan Carlos Abadia, que chegou a ser o segundo mais procurado na lista da Interpool, atrás apenas de Osama Bin Laden.
Da Marysol são sócias a empresa do hangar dos aviões de Bautista e a esposa dele, que também foi denunciada por envolvimento com o tráfico. Bloqueada judicialmente, a sala não pode ter sua venda registrada em cartório, mas a família de Bautista firmou um contrato privado há 13 anos com o empresário José Roberto Barbour, segundo afirmam a defesa de Bautista e o filho de José Roberto.
Dono de uma revendedora de veículos de luxo, Barbour também tem problemas com a Justiça. Foi acusado pelo MP de estelionato após denúncias de clientes que se disseram enganados por ele na compra e venda dos carros. A ação ainda não foi julgada. De outra denúncia semelhante, ele foi absolvido.
Barbour locou a sala para uma consultoria empresarial de nome Best In Class. O filho de Wladimir Palermo, dono da Best In Class, é amigo de Lulinha e ofereceu a sublocação da sala ao filho do presidente, segundo afirmam os proprietários da sala.
O Metrópoles foi ao local e não encontrou ninguém. Apenas a porta fechada da empresa e um interfone antigo em sua lateral. Na portaria do prédio, recepcionistas ainda reconhecem o endereço como sendo da Best In Class.
Palermo afirmou ao Metrópoles que a Best In Class está lá desde 2021, mas, como os projetos da empresa são fora de São Paulo, a sala ficou em desuso. Segundo ele, seu filho, que é amigo há mais de 20 anos de Lulinha, foi quem combinou para que a sala fosse locada à G4.
Fontes próximas a Lulinha afirmam que ele estava prestes a pagar a primeira mensalidade do aluguel neste mês. Depois do contato da reportagem do Metrópoles, contudo, a história do proprietário da sala o teria assustado. Ele pode, agora, procurar outro lugar para ser endereço da sua empresa, segundo afirmam as mesmas fontes.
Metrópoles
AApple escapou de uma multa de R$ 100 milhõesapós oTribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) anular o valor que havia sido aplicado à empresa de tecnologiapela venda desmartphones iPhone sem carregadores. Ainformação foi confirmadanesta 6ª feira (13.out) pela reportagem doSBT Newscom oTJSP.
A empresa de Cupertino tinha sido condenada em 2022 em primeira instância a pagar o valor e a disponibilizar carregadores para todos os consumidores que haviam comprado o smartphone sem o acessório.
“Condeno, por fim, a requerida na obrigação de pagar quantia certa, a título de indenização por danos sociais, no valor de R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais), em valores da data do ajuizamento da ação, com juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, capitalizados anualmente, a partir de 13/10/2020 (data do evento danoso)”, afirma o juiz em trecho da decisão na época.
AApple recorreu e a 34ª Câmara de Direito Privado do TJSP acolheu o recursoda empresaanulando a punição, pois entendeu que aAssociaçãoBrasileira dos Mutuários e Consumidores,não tem legitimidade para ajuizar o caso.
O tribunal paulista ressaltou também que já há uma ação em trâmite na Justiça do Rio de Janeiro, que discute o mesmo tema. Como a ação semelhante foi ajuizada antes no estado fluminense, ela tem preferência. Mas, ainda não há uma decisão sobre o assunto.
+ Confira o processo na íntegra
No processo no qual oSBT Newsteve acesso, aApple alega que existe “diversas alternativas para o carregamento do aparelho” e que a remoção dos adaptadores de tomada “faz parte de um conjunto de medidas de preservação ambiental adotado pela empresa e de redução do custo final do produto aos consumidores”. O iPhone é vendido sem o carregador desde 2020.
Em setembro de 2022, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que faz parte do Ministério da Justiça, notificou a empresa determinando que ela vendesse o dispositivo junto ao aparelho e aplicou multa de R$ 12,2 milhões à Apple.
Em março deste ano, o Procon de Minas Gerais também aplicou multa semelhante, de R$ 12 milhõespelo mesmo motivo.
Informações TBN
O terceiro avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com um grupo de 69 brasileiros que estavam em Israel chegou ao Brasil na manhã desta sexta-feira (13). A aeronave pousou às 6h07 na Base Aérea do Recife, na zona sul da capital pernambucana. Ao todo, cinco pessoas vão ficar na cidade e as outras seguirão para Guarulhos (SP).
Israel está em guerra com o grupo Hamas desde o sábado (7), quando houve um ataque terrorista no território israelense. O grupo comanda o território da Palestina na Faixa de Gaza.
O avião da FAB vai ser reabastecido antes de seguir para São Paulo. Enquanto isso, os passageiros devem tomar café da manhã na capital pernambucana. A viagem está prevista para acabar às 11h50. As informações são do portal g1.
Os cinco que vão ficar no Recife também passarão pelo procedimento de imigração junto à Polícia Federal. Os outros só devem ser submetidos a esse processo no destino final.
Os professores aposentados Onilda de Oliveira e Josenildo Joaquim são do Recife e foram a Israel com um grupo da igreja. Disseram que voltariam ao Brasil no dia em que aconteceu o primeiro ataque terrorista. Apesar da apreensão, Onilda disse que sequer viu alguma cena de guerra.
Este é o terceiro avião da FAB a ser enviado para buscar os brasileiros que estavam no território em guerra. Entretanto, é o primeiro que faz uma parada no Recife.
A aeronave é a KC-390 Millennium, que é utilizada para o transporte de cargas. Por isso, o número de passageiros é menor que o dos outros dois voos, em que chegaram ao Brasil 422 repatriados, sendo 211 em cada voo.
Informações Bahia.ba
Foto: RENATO S. CERQUEIRA – 02.nov.2023/ESTADÃO CONTEÚDO.
Uma decisão da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte determinou que sejam suspensas os estornos pedidos por clientes à empresa 123milhas, que está em processo de recuperação judicial.
A juíza também decidiu a favor da empresa em relação a reservas em hotéis feitas pela plataforma.
As operadoras de cartão de crédito deverão suspender os estornos de pagamento solicitados pelos consumidores que não obtiveram os serviços contratados antes da empresa entrar em recuperação judicial, decidiu a juíza Cláudia Helena Batista.
Para a juíza, esses valores serão tratados no plano de recuperação judicial da 123milhas, que está suspenso no momento. A magistrada considera que esses estornos não atendem ao “princípio da paridade entre os credores” —a empresa alegou que muitos pedidos de estorno foram feitos de forma irregular.
Um pedido da 123milhas que visava obrigar hotéis e agentes de intermediação de passagens a cumprirem os contratos foi negado pela juíza. Para ela, a medida afetaria “diversos fornecedores e terceiros interessados” e não considera a situação caso-a-caso dos contratos.
A decisão prevê uma mediação construída entre o Ministério da Justiça, o Banco do Brasil e a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), que devem se posicionar a respeito do que foi determinado na justiça.
O processo de recuperação judicial da 123milhas segue suspenso, mas a juíza justificou dizendo que a mesma decisão da suspensão determinou que “tutelas urgentes pendentes deveriam ser examinadas”.
O UOL procurou o Ministério da Justiça e o Banco do Brasil. Os posicionamentos a respeito da decisão da juíza serão acrescentados à reportagem caso haja retorno.
A 123milhas entrou com o pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte em 29 de agosto. A solicitação também englobou as empresas HotMilhas e Novum, e, depois, a MaxMilhas foi incorporada.
A empresa informou uma dívida de pelo menos R$ 2,308 bilhões no pedido. O valor da causa, no entanto, poderá ser alterado no futuro após a verificação de créditos pelo administrador judicial. O valor das dívidas da MaxMilhas, declarado em R$ 226 milhões, não foi incluído nesse momento.
Em setembro, a recuperação judicial da 123milhas foi suspensa a pedido do Banco do Brasil, um dos credores da empresa de viagens, alegando que as recuperandas não forneceram todos os documentos necessários para o processo.
UOL
Cerca de 80% dos cargos do setor do agronegócio apresentaram aumento salarial acima da inflação. O dado foi levantado pela Michael Page, empresa de consultoria especializada em recrutamento de média e alta gerência.
No Estudo de Remuneração Michael Page 2024, a instituição averiguou um ganho real de salário em 78% dos cargos avaliados nos grupos de média e alta gerência.
Os outros 22% dos cargos avaliados não apresentaram mudança no período de um ano. Entre os profissionais avaliados, o de gerente de produção se destacou com o maior aumento salarial: 21%.
Para elaborar o estudo, a Michael Page consultou, em 2022, dez mil profissionais e empresas de todo o Brasil.
A pesquisa procurou compreender melhor o mercado e entender como os profissionais enxergam sua remuneração, sua carreira e a posição do empregador no seu desenvolvimento profissional.
A partir dessa consulta, a companhia conseguiu ainda traçar a remuneração mensal de 1.453 cargos em 15 setores:
Engenharia e manufatura, logística, varejo, vendas, marketing e marketing digital, agro, tecnologia da informação, jurídico, saúde e ciências, finanças, seguros, bancos e serviços financeiros, recursos humanos, propriedade e construção e secretarial & business support.
A demanda por profissionais dentro do agronegócio abrange principalmente as áreas financeira, de vendas, marketing, supply chain,engenharia de produto, TI e recursos humanos.
“A busca por profissionais das mais variadas áreas reflete a complexidade do agro”, explica Stephano Dedini, diretor da Michael Page para agro. “Ao mesmo tempo, é um convite para os talentos de outros mercados abraçarem novas oportunidades.”
O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de commodities agrícolas do mundo, como soja, café, carne bovina, frango, cana-de-açúcar e laranja.
Entre janeiro e setembro, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 125 bilhões. É o nono mês seguido de recorde de faturamento do setor.
Informações Revista Oeste
Cartazes de sejam-bem vindos, flores, gritos de felicidade e muita emoção. Esse foi o cenário encontrado pelos brasileiros repatriados de Israel ao desembarcarem no Aeroporto Internacional de Brasília, nesta quarta-feira, 11.
Nesta madrugada, 221 brasileiros pousaram na Base Aérea de Brasília por meio de um voo da Força Aérea Brasileira (FAB). Eles sobreviveram aos ataques do grupo terrorista Hamas, que começou no sábado 7 e dura até o momento.
O analista Leonardo Camargo, 32 anos, chegou cedo ao aeroporto. A sogra dele chegou a Israel na sexta-feira 6 para participar de uma peregrinação da igreja. Um dia depois, o Hamas iniciou a onda de ataques contra o país. A previsão de retorno da mulher era apenas na terça-feira 10.
“A gente nem dormiu desde ontem”, disse Leonardo. “Ficamos olhando pelo celular onde o avião estava. Graças a Deus, o governo e a FAB disponibilizaram esse avião e eles chegaram aqui salvos. Estamos muito felizes e agradecidos. Fico imaginando quem continua lá fugindo a guerra. Muitos inocentes pagarão esse preço. Ela não conseguiu curtir a viagem, mas estamos bem.”
Foi a primeira vez que ela foi para Israel. Após os ataques, a mulher ficou no bunker do hotel em que estava hospedada.
Ao lado dos diversos familiares, estava também o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos). Ele intermediou a doação de um fretado para trazer de Brasília os dez sorocabanos que retornaram de Israel.
“Foi ele [prefeito] quem nos abriu as portas para vir para Israel”, disse o pastor Rogério Barbosa, um dos repatriados. “Ele deu o pontapé inicial nos trâmites logo no sábado. Ficamos muito assustados, pois foi a nossa primeira experiência. Ligamos para o nosso prefeito, que prontamente nos atendeu. Agradecemos primeiro a Deus e também ao nosso querido irmão [prefeito].”
Os 211 fazem parte de um grupo de mais de 2,5 mil pessoas que estão em Israel e de 50 que estão na Faixa de Gaza. Todos solicitaram ao Itamaraty o retorno para casa.
Desde o sábado 7, iniciou-se uma guerra entre o Hamas e Israel, depois dos ataques armados e dos disparos de mísseis do grupo terrorista. Hoje, a guerra chega em seu quinto dia. Trata-se do maior conflito na região em cerca de 50 anos
Os passageiros com destino ao Rio de Janeiro vão ser transportados em duas aeronaves da Força Aérea, um KC-390 Millennium e C-99, até um posto da Base Aérea do Galeão.
Já os brasileiros repatriados, que vão de Brasília para outros destinos, partem com a Azul. O governo federal firmou uma parceria com a companhia aérea.
Depois de pousarem em Brasília, os brasileiros repatriados de Israel relataram como foi sobreviver aos ataques do grupo terrorista Hamas nos últimos dias.
Além disso, os cidadãos aproveitaram a ocasião para expressar o alívio de estarem em solo brasileiro novamente.
“Quando o bombardeio começou, estávamos no norte, na região da Galileia”, contou o mineiro Valdir Alves Reis. “Foi assustador, muito pânico… Estávamos em uma região que poderia ser a próxima atacada. Foi muito tenso. O nosso grupo tinha 60 pessoas, ninguém se feriu graças a Deus.”
Das 60 pessoas que estavam com Reis, apenas três ficaram em Israel, pois tinham dupla nacionalidade. Contudo, eles devem retornar ao Brasil nos próximos voos da FAB que devem pousar no Brasil nos próximos dias.
“Esses últimos dias foram terríveis”, continuou o mineiro, que disse ir para Israel todos os anos. “Queremos louvar a Deus pelo governo federal.”
Um casal de brasileiros que mora em Nova York contou a jornalistas que, apesar do pânico devido aos bombardeios, desde o início, tinham “ciência de que estavam seguros”.
“Enfrentamos mais uma batalha, ou melhor, saímos dela”, contou Josué Evangelista. “Ficamos dois dias só rezando e esperando a hora de embarcar e vir para o Brasil de volta. Estamos em um momento de alegria.”
Sua mulher, Lucina Evangelista, relatou que a FAB deu “apoio total” aos repatriados. Já a coordenadora pedagógica Eliane Motta, de 56 anos, liderava uma excursão de pessoas idosas para Israel.
A mulher, que ficou dez dias no país, disse que seu maior desejo era tirar o grupo do local. “Fizemos uma força de trabalho”, relatou. “A FAB tem que continuar. Tem mais de 2 mil brasileiros lá. É guerra, mas temos a esperança de paz.”
Eliane contou que o momento que mais teve medo foi quando estava com a equipe no segundo bombardeio, já nas estradas de Jerusalém.
“Estávamos indo para o jardim do túmulo, e, chegando ao bairro, fomos bombardeados”, explicou. “Não tinha bunker, tivemos que nos jogar no chão. Fomos correndo para o jardim do túmulo e resgatamos a equipe. O Hamas nos pegou de surpresa. O Hamas tem que ser detido.”
Informações Revista Oeste
Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo
O perfil no Instagram de Sayid Tenório, apoiador do Hamas e vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, sai do ar, nesta terça-feira, 10.
Na página, havia um post com fotos nas quais Tenório aparece ao lado do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. A publicação ocorreu dois dias antes dos ataques contra Israel.
“Presenteei o ministro com o livro de minha autoria,Palestina, do mito da terra prometida à terra da resistência, publicado pela Editora Anita Garibaldi e Ibraspal”, disse Sayid.
Em nota, a assessoria de Padilha confirmou o encontro, mas limitou-se a dizer que se tratou de uma “visita de cortesia”. Além disso, observou que o ministro repudiou, anteriormente, os ataques do Hamas contra Israel.
No documento, contudo, não há menção ao ajuntamento radical. “O ministro Alexandre Padilha já manifestou publicamente seu repúdio aos atos terroristas ocorridos no último sábado e seu desejo de que a comunidade internacional atue para conter a escalada de violência na região”, afirma a nota.
Desde o início dos ataques contra Israel, ministros de Lula evitaram citar o nome “Hamas” em notas de repúdio aos assassinatos de inocentes, por terroristas.
Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, limitou-se a dizer: “O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania lamenta profundamente a morte do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, vítima dos atentados do dia 7 de outubro em Israel”.
Adiante, Almeida disse que a pasta manifesta solidariedade à família e aos amigos de Ranani e “reitera a manifestação do Estado brasileiro de repúdio a ataques contra a população civil”. “A Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos transmitirá as informações recebidas ao Itamaraty acerca da situação dos brasileiros na zona de conflito”, disse ele.
O próprio presidente Lula não citou o Hamas no comunicado no qual repudia os ataques.
Assessor especial do presidente Lula, o ex-chanceler Celso Amorim assinou o prefácio do livroEngajando o Mundo: a Construção da Política Externa do Hamas. Publicado em maio deste ano, a obra é de autoria de Daud Abdulah, pesquisador do Oriente Médio com atuação na Europa.
No livro, Abdulah exalta o “lado diplomático” do grupo terrorista Hamas e os esforços do ajuntamento de radicais para divulgar sua causa ao redor do mundo. Abdulah também contesta a “deturpação”, por parte do Ocidente, das atividades da milícia Palestina.
“O presidenteLulae eu defendemos um diálogo amplo e não discriminatório entre palestinos”, lembra Amorim, no prefácio, ao mencionar que o Brasil enviou um representante a Gaza para discutir com autoridades do Hamas, em governos anteriores do PT.
No fim de semana, terroristas do Hamas surpreenderam Israel com uma série de ataques que deixaram centenas de mortos, feridos e desaparecidos. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram mulheres sendo raptadas e homens, mortos.
Apesar das cenas de barbárie, Celso Amorim minimizou os atos do Hamas ao dizer que a reação do grupo veio “depois de anos e anos detratamento discriminatório, de violências, não só na própria Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia”. O assessor especial concedeu entrevista ao jornalFolha de S.Paulo.
Revista Oeste
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) convocou, nesta terça-feira, 10, uma manifestação contra aquilo que definem “os crimes do apartheid israelense”.
A convocação foi publicada na conta oficial do Instagram do MST, em um posto onde aparecem os logos do PT Jovem, do PSOL, do PCB, do PCdoB, entre outras siglas de esquerda.
“Nesta terça (10), em Brasília, expressaremos nossa solidariedade ao Povo Palestina”, diz a publicação. “Diversas organizações denunciarão os crimes do apartheid israelense. ????Convocamos toda a sociedade a se mobilizar: terça-feira (10/10), 17h, no Museu da República, Brasília, DF. #PalestinaLivre.”
A postagem acabou sendo cancelada da página oficial do MST após as repercussões negativas, mas foi repostada por militantes e simpatizantes do movimento.
Poucas horas após o início do ataque do grupo terrorista islâmico palestino Hamas, que provocou a morte de milhares de pessoas em Israel, o MST emitiu uma nota de apoio à Palestina.
No documento, o MST não citou o Hamas nominalmente, mas reiterou o “apoio total e irrestrito à luta do povo palestino”, citando a “autodeterminação contra a política de apartheid implementada por Israel”.
“A Resistência Palestina, desde Gaza, reagiu, de maneira legítima, às agressões e à política de extermínio que Israel implementa na região há mais de 75 anos (…) À brava Resistência Palestina em Gaza: seguiremos apoiando e defendendo o direito legitimo dos povos a reagir contra a opressão”, diz a nota do MST.
Nesta terça-feira foram descobertos outros 200 corpos no kibutz de Kfar Aza, próximo da Faixa de Gaza.
Entre eles, há os cadáveres de 40 criançasdegoladas pelos terroristas palestinos.
“Você vê crianças, suas mães, seus pais”, declarou o general Itai Veruv, do Exército Israelense. “Nos seus quartos, nos quartos onde pensavam estar seguros. Você pode ver como eles foram mortos. É algo que pensávamos que só podíamos imaginar, a partir das histórias dos nossos avós sobre os pogroms na Europa. Não achávamos que poderíamos ver certas cenas novamente hoje. Nunca vi nada parecido.”
Há brasileiros entre as vítimas do ataque de Hamas, iniciado no sábado 7.
A morte de Bruna Valeanu, que estava desaparecida, foi confirmada nesta terça-feira. A jovem estava desaparecida desde sábado, após participar da festa rave Universo Paralello, com amigos, quando terroristas chegaram.
Outro brasileiro, Ranani Nidejelski Glazer, estava na mesma rave e acabou morto no ataque do Hamas.
Ainda há uma brasileira desaparecida em Israel: Karla Stelzer Mendes.
Informações Revista Oeste
De janeiro a setembro, os ministros do governo Lula utilizaram 1.574 vezes os serviços da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar pelo país. O número é 49% maior que no mesmo período do governo Jair Bolsonaro. Foram 1.053 voos nos nove primeiros meses de 2019.
O levantamento foi divulgado pela CNN com base nos dados divulgados pela FAB.
O índice não considera os voos do presidente e vice-presidente da República.
As decolagens foram realizadas para os mais diversos destinos. Desde o interior de Estados do Nordeste, passando por regiões isoladas do Amazonas, até grandes centros com São Paulo, que foi o destino mais solicitado pelos ministros.
O ministro que mais fez viagens às custas da FAB foi Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública. Ele utilizou o serviço 79 vezes em nove meses, uma média superior a oito voos mensais.
O que chama mais a atenção é boa parte das viagens encerraram em uma sexta-feira no Maranhão, reduto eleitoral do ministro.
Em todos os casos, Dino justificou o uso das aeronaves com motivo de segurança.
Já o caso mais recente que despertou a atenção foi da ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial. Ela utilizou um dos aviões da Força Aérea para ir a uma partida de futebol em São Paulo, pela final da Copa do Brasil.
Aniele alegou estar a serviço. Mas ela recebeu críticas nas redes sociais por ter gravado um vídeo dentro da aeronave torcendo para o Flamengo, que jogou na decisão.
A ministra justificou que o voo está amparado na legislação.
Outro ministro que está entre os que mais voaram pela FAB é o do Empreendedorismo, da Micro e Pequena Empresa, Márcio França. Quando esteve à frente do Ministério de Portos e Aeroportos, ele viajou 35 vezes. Segundo a reportagem da CNN, em todos os casos, França disse que estava a serviço, em atividade ligada à pasta.
Pela lei, auxiliares do primeiro escalão podem usar as cercas de 30 aeronaves da FAB “a serviço”, o mais invocado; por “segurança”; e em razão de “emergência médica”, que é pouco usada.
Para solicitar a aeronave, a autoridade precisa aguardar em uma fila, que depende do tempo de criação do ministério.
Os mais antigos têm preferência. As pastas mais recentes, muitas vezes, precisam pegar carona para chegar ao destino.
Conforme a configuração do avião, cada ministro pode transportar até 15 convidados, que não precisam ser servidores da administração pública.
Informações Revista Oeste
Foto: Reprodução/Redes Sociais.
O primeiro avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que vai resgatar brasileiros em Israel decolou, na noite deste domingo (8), em direção à Itália. A aeronave aguardará liberação do governo de Jerusalém para voar até a cidade de Tel Aviv, onde realizará o embarque dos brasileiros.
De acordo com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, o primeiro voo de volta ao Brasil deve acontecer até terça-feira (10). O governo mantém contato com embaixadas e aguarda a montagem de uma lista com o nome dos brasileiros que têm interesse em retornar ao país.
Um segundo avião da FAB deve decolar já nesta segunda (9) de Brasília, de acordo com informações de fontes ligadas à Força Aérea do país. Médicos e psicólogos participarão do traslado para prestar suporte aos brasileiros repatriados. A informação foi divulgada após reunião de coordenação do governo no Palácio Itamaraty, em Brasília.
As seis aeronaves usadas na operação são duas do modelo KC-30, com capacidade para até 230 passageiros; duas KC-390, para até 80 passageiros; e duas VC-2, com capacidade para até 40 passageiros.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, cerca de 90 brasileiros vivem na Faixa de Gaza ou nas cidades de Israel localizadas na zona de conflito. Fora da área dos ataques registrados, a estimativa é que 14 mil brasileiros vivam em Israel e outros 6.000 na Palestina, segundo informou o Itamaraty.
Fonte: R7.