“Vamos definir uma nova data e nova estratégia”, disse o presidente da ANTB
A Associação Nacional de Transporte do Brasil ( ANTB ), decidiu se retirar da greve dos caminhoneiros , que teve início na segunda-feira (1). A associação foi uma das que convocou o movimento, que não ganhou a força esperada.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, José Roberto Stringasci, presidente da ANTB, disse que a decisão foi tomada depois de uma pressão do governo para que a greve não crescesse. “Agora vamos nos reagrupar, reorganizar, para só então decidir. Vamos definir uma nova data e nova estratégia”, disse.
Para o presidente da ANTB, a ideia de que o movimento seria partidário pode ter contribuído para o seu enfraquecimento. “Não tinha bandeira de partido, não era contra o presidente Jair Bolsonaro. Mesmo assim, o governo mandou um aparato de guerra”, avaliou. Com a greve marcada, as Justiças de alguns estados, como São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, proibiram o bloqueio de estradas.
As entidades que convocaram a greve, incluindo a ANTB, pediram para que os caminhoneiros não trabalhassem na segunda-feira. Isso, porém, não durou muito. Pressionados, motoristas voltaram à ativa já na parte da tarde do primeiro dia de greve, e o movimento não teve força.
A oposição à manifestação de insatisfação com o preço mínimo do frete e o alto preço do óleo diesel não partiu apenas do governo. Entidades que participaram da greve de 2018, como a Associação Brasileira dos Caminhoneiros ( Abcam ) e Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores ( Abrava ), não quiseram participar da greve desta vez.
Além disso, o agronegócio , que havia sido um forte aliado dos caminhoneiros em 2018, foi contra a paralisação neste momento. Grupos como a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística e a Confederação Nacional do Transporte (CNT) também foram contrários à greve .
Informações Brasil Econômico/ IG