Foto: Juan Mabromata/AFP.
No rescaldo das eleições presidenciais da Argentina, a candidata Patricia Bullrich, que representava a coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio, reconheceu sua derrota no primeiro turno da corrida presidencial que ocorreu no domingo (22). Em seu discurso, Bullrich sinalizou que não deverá apoiar o ministro da Economia e candidato peronista, Sergio Massa, que disputará o segundo turno contra o libertário Javier Milei.
“O populismo empobreceu o país e não sou eu quem vai felicitar o regresso ao poder de alguém que fez parte do pior governo da história Argentina”, disse Bullrich, fazendo uma crítica severa ao governo atual. A ex-ministra da Segurança também criticou a gestão de Alberto Fernández, argumentando que o governo distribuiu dinheiro e endividou ainda mais o país. De acordo com Bullrich, sua coalizão não será cúmplice “das máfias que destruíram” a Argentina.
Ela acrescentou: “É por isso que, junto com todos que fazem parte desta força, vamos representar os valores dos que votaram em nós hoje. Nossos valores não podem ser vendidos nem comprados, não vamos negociá-los. Mesmo que não tenhamos vencido as eleições hoje, estaremos juntos com cada argentino nos tempos difíceis que estão por vir.”
Com 98,54% das urnas apuradas até as 09h desta segunda-feira (23), Sergio Massa, da Unión por la Pátria, estava à frente com 36,68% dos votos, enquanto Javier Milei, da La Libertad Avanza, seguia com 29,98%. Patricia Bullrich, de Juntos por el Cambio, obteve 23,83%, Juan Schiaretti, do Hacemos por Nuestro País, recebeu 6,78%, e Myriam Bregman, da Frente de Izquierda, conquistou 2,70% dos votos. A corrida presidencial na Argentina agora avança para o segundo turno.
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