O ministro Celso de Mello votou favor de que Jair Bolsonaro preste depoimento presencial no inquérito que tramita sobre sua suposta interferência do presidente na Polícia Federal. A votação desta quinta-feira, 8, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os demais ministros ainda devem apresentar seus votos, mas Fux não anunciou se a continuidade do julgamento ocorrerá na próxima sessão, prevista para quarta, 14.
A denúncia sobre as supostas interferências de Bolsonaro na Polícia Federal foi feita pelo ex-ministro Sergio Moro. A Advocacia-Geral da União (AGU) defende que o presidente deponha por escrito no inquérito da Polícia Federal que apura o caso.
Celso de Mello se despede do STF, ele resolveu antecipar sua aposentadoria para o dia 13 de outubro. No seu voto, citou o precedente que negou ao então presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), depoimento por escrito em inquérito no Supremo.
“O dogma republicano da igualdade, que a todos nos nivela, não pode ser vilipendiado por tratamentos especiais e extraordinários inexistentes em nosso sistema de direito constitucional positivo e que possam justificar o absurdo reconhecimento de inaceitáveis (e odiosos) privilégios”, disse Mello.
Informações: A Tarde