A abertura de diálogo entre as instituições e a população permite muitos benefícios para a comunidade escolar e para a sociedade. Lideranças quilombolas reuniram-se com profissionais da Secretaria Municipal de Educação (Seduc) com o objetivo de discutir demandas da educação quilombola em Feira de Santana. O encontro aconteceu na última quinta-feira, 2, na sede do órgão.
Além das lideranças, participaram a secretária de Educação, professora Anaci Paim e representantes do Departamento de Ensino e da Divisão de Inclusão e Diversidade, da Seduc. Os representantes quilombolas são das comunidades Lagoa Grande, Matinha dos Pretos e Fazenda Candeal II, territórios certificados oficialmente pela Fundação Cultural Palmares.
Durante a reunião, foram debatidos o currículo e gestão pedagógica, política de alimentação escolar e, principalmente, a formação de professores e lideranças para pensar a prática da educação quilombola no município. Também foram abordados o mapeamento das escolas do segmento e o direcionamento para uma equipe de gestão apropriada.
“Foi uma conversa bastante proveitosa, pois fizemos uma ponte para garantir direitos para a nossa educação. E isso só é possível através de uma base sólida, pautada em leis e diretrizes específicas. Essa abertura com a Seduc é muito importante”, avalia Renilda Cruz, assistente social e presidente da Associação Quilombola de Maria Quitéria.
A secretária Anaci Paim destacou a capacidade de organização das comunidades que buscam estabelecer um contato cada vez mais próximo com a Seduc. “Pretendemos avançar juntos nessa política dirigida às comunidades de Feira de Santana”, observa.
Para a professora Maria Cristina de Jesus Sampaio, da Divisão de Inclusão e Diversidade/Seduc, este é um passo importante para a materialização da educação quilombola em Feira de Santana. “Seguiremos neste processo e vamos colher muitos frutos. Todas as demandas foram ouvidas e discutidas”, ressalta.
*Secom