O grupo extremista Talibã queimou dezenas de instrumentos musicais neste fim de semana no Afeganistão. As autoridades do país realizaram a queima em Herat, Província no oeste do país. Entre os instrumentos jogados na fogueira estavam um violão, um harmônio, outros dois instrumentos de cordas e um tambor.
Para o grupo fundamentalista islâmico, a música é algo ‘imoral’. “Promover a música leva à corrupção moral e tocar música engana os jovens”, disse Aziz al-Rahman al-Muhajir, chefe do Ministério para a Promoção da Virtude e Prevenção da Imoralidade.
Desde que chegou ao poder em agosto de 2021, o Talibã impôs uma série de leis que refletem sua visão rigorosa do Islã, que inclui a proibição de tocar música em público. Muitos dos equipamentos musicais que queimaram no sábado 29, foram confiscados dos salões de casamento da cidade.
Além da música, as mulheres são as principais vítimas das novas leis impostas pelos talibãs, com a sua exclusão da maioria das escolas de ensino médio, universidades e da administração pública.
As mulheres também não podem trabalhar para organizações internacionais, visitar parques, jardins, academias ou banheiros públicos, ou viajar sem estarem acompanhadas por um parente do sexo masculino. Elas também devem se cobrir totalmente ao sair de casa.
O grupo extremista Talibã determinou o fim dos salões de beleza no país na terça-feira 25.
A estimativa é que a medida do grupo fundamentalista islâmico acabe com cerca de 60 mil empregos no Afeganistão. O Talibã comanda o país há dois anos: no início, permitiu a continuação das operações dos salões de beleza, mas mudou de ideia.
A nova proibição restringe não apenas o bem-estar físico e estético das mulheres afegãs, mas também sua vida social. Hoje, as mulheres já não podem ir a parques, salas de aula nem academias.
Informações Revista Oeste