Jornalista culpou as Forças Armadas por mortes de Covid-19 ocorridas no Brasil
Pleno News- Após um artigo publicado na revista Época, do grupo Globo, ‘culpar’ os militares pelas mortes ocasionadas por Covid-19 no Brasil, o Exército resolveu rebater as acusações. Em carta, o comandante do Exército Brasileiro, general Richard Fernandez Nunes, expressou indignação pelas acusações e pediu ao veículo que se retrate.
O artigo em questão foi escrito pelo jornalista Luiz Fernando Vianna e publicado neste domingo (17). O texto traz críticas ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao dizer que as ações tomadas pelo governo fazem parte de um “projeto” que permitiu a morte de brasileiros.
O autor também comparou as mortes causadas pela Covid-19 com mortes cometidas pelo Exército ao longo da história, como na Revolta de Canudos e no governo militar. “No momento, o Exército participa de um massacre. Um general, Eduardo Pazuello, aceitou ser ministro da Saúde mesmo, como admitiu, sem saber o que é o SUS (Sistema Unificado de Saúde). Suas credenciais eram as de um craque da logística. Ele pode ser bom em distribuir fardas e coturnos, mas, como estamos vendo, não sabe salvar vidas”, escreveu Luiz Fernando Vianna.
O general Richard Fernandez Nunes, no entanto, rebateu as acusações e disse que “durante a pandemia, o Exército, junto às demais Forças Armadas e as diversas agências, tem-se empenhado exatamente em preservar vidas. Para isso, vem empregando seus homens e mulheres por todo o território nacional, particularmente em áreas inóspitas, onde se constitui na única presença do Estado, realizando atendimentos médicos, aumentando estoques de sangue por meio de milhares de doações, transportando e entregando medicamentos e equipamentos, montando instalações, desinfectando áreas públicas, enfim, estendendo a Mão Amiga a uma sociedade que lhe atribui os mais altos índices de credibilidade”.
Ele também afirmou que “afirmações dessa natureza, motivadas por sentimento de ódio e pelo desprezo pelos fatos, além de temerárias, atentam contra a própria liberdade de imprensa” e exigiu a “imediata e explícita retratação dessa publicação, de modo que a Revista Época afaste qualquer desconfiança de cumplicidade com conduta repugnante do autor e de haver-se transformando em mero panfleto tendencioso e inconsequente”.