A Polícia Federal (PF) encerrou, na quarta-feira (11), uma investigação sobre mensagens que mencionavam um plano para matar o presidente Jair Bolsonaro na cidade mineira de Três Corações, em novembro do ano passado, durante uma passagem do chefe do Executivo pelo local. A conclusão dos investigadores foi de que um homem de 25 anos realmente tinha intenção de matar o presidente.
No dia 29 de novembro do ano passado, Bolsonaro esteve na cidade para uma formatura em uma unidade militar. O investigado, que trabalhava como funcionário terceirizado na Escola de Sargentos das Armas, foi detido e conduzido à Delegacia de Polícia Federal, em Varginha, após apurações identificarem que ele havia divulgado, na véspera da visita, inúmeras mensagens em textos e vídeos, com menções de atacar Bolsonaro.
A gravação que chamou mais a atenção da PF foi um vídeo em que o homem aparecia afiando o cabo de uma escova de dente para transformá-la em estoque, um instrumento perfuro-contundente não identificável por detectores de metal. Durante a investigação, os policiais cumpriram mandados nas cidades mineiras de Três Corações e Alfenas.
O inquérito policial então chegou à conclusão de que o investigado manifestou e tinha a intenção de atentar contra a vida de Bolsonaro, sendo indiciado pelo crime de atentado contra a liberdade pessoal do Presidente da República. A pena para o homem pode chegar até 12 anos de reclusão.
FACADA
Em 6 de setembro de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro cumpria agenda de campanha em Juiz de Fora (MG), quando foi atacado por Adélio Bispo de Oliveira. O agora presidente foi atingido por uma facada no abdômen. Ele passou por uma cirurgia delicada para estancar hemorragia e conter lesões nos intestinos grosso e delgado.
Após ser socorrido e operado pela equipe médica da Santa Casa de Misericórdia da cidade mineira, Bolsonaro foi levado de avião para São Paulo, onde ficou internado entre 7 e 29 de setembro, no Hospital Albert Einstein.
Em junho de 2019, a Justiça de Juiz de Fora, em Minas Gerais, decidiu absolver Adélio Bispo, tomando como base o fato de o agressor ter sido considerado inimputável após laudos médicos. Mesmo com a sentença, Adélio deve permanecer internado por tempo indeterminado. Ele será submetido a uma perícia médica em 2022, daqui a três anos.
Informações: Pleno News