Correio* – Era madrugada quando a motorista de aplicativo Maria* adentrou o Bairro da Paz, em Salvador, para apanhar uma passageira. A mulher iria para a casa da avó, no Rio Vermelho. Mas nem uma chegou ao destino final, nem a outra encontrou a passageira. Maria foi assaltada, espancada e vítima de estupro por um homem que a obrigou a entrar numa casa abandonada. A motorista teve seu corpo tocado pelo homem, mas conseguiu escapar após simular que estava passando mal. Em seguida, ela correu durante um descuido do bandido.
O crime aconteceu exatamente sete meses após quatro motoristas de aplicativos serem encontrados mortos, com sinais de golpes de facão, na comunidade Paz e Vida, no bairro da Mata Escura, na capital baiano. Os corpos foram encontrados enrolados em sacos plásticos, numa área de vegetação da localidade, a poucos metros de um barraco, onde as vítimas foram mantidas em cárcere privado, torturadas e depois executadas.
De acordo com a Polícia Civil, o crime será enquadrado como estupro, uma vez que o acusado tocou os seios da vítima e a beijou à força. Por meio de nota, a PC informou ainda que a vítima foi ouvida e foram emitidas guias de exames periciais.
Em seu depoimento, Maria disse acreditar que o bandido achava que ela estava no local para colher informações para a polícia.