Na reta final da corrida presidencial da Argentina, o candidato Javier Milei (La Libertad Avanza) criticou seu opositor, o ministro da Economia Sergio Massa (Unión por la Patria), por usar o medo para se promover na campanha.
Em discurso feito na cidade de Rosário, a segunda maior da Argentina, Milei afirmou que os argentinos são mais aterrorizados pelos altos índices de pobreza provocados pela crise econômica que assola o país.
“Com 45% de pobres, 10% de indigentes, de que medo eles falam? Isso é que o verdadeiro terror. Por isso que eu digo: não se deixem levar pelo medo, não deem lugar ao medo”, afirmou.
Milei voltou a declarar que Sergio Massa não representa uma ruptura ao sistema político que possa mudar a situação no país.
“Esse domingo o que teremos que decidir é se queremos o populismo ou a República”, afirmou.
“Temos que saber que é impossível termos resultados diferentes fazendo as mesmas coisas dos últimos cem anos.”
Mais uma vez, o candidato libertário acusou Massa de ir contra suas ideias nacionalistas ao contratar brasileiros para atuar em sua campanha.
Uma equipe de marqueteiros do Brasil foi escalada pelo ministro da Economia para trabalhar em sua campanha.
As principais pesquisas eleitorais na Argentina apontam um grande equilíbrio entre Milei e Massa faltando apenas quatro dias para as eleições.
Nos 12 levantamentos mais recentes, a diferença não passava dos seis pontos percentuais.
As eleições na Argentina serão realizadas no próximo domingo e as pesquisas eleitorais já foram suspensas.
Depois de manter o câmbio congelado desde agosto, o governo da Argentina aumentou a cotação oficial do dólar nesta quarta-feira, 15. Com a medida, a cotação do dólar passou de 350 para 353,05 pesos.
A mudança já era esperada e faz parte do plano anunciado pelo Ministério da Economia.
Em outubro, o secretário de Política Econômica da Argentina, Gabriel Rubinstein, disse que a depreciação seria em torno de 3% ao mês.
Segundo informações publicadas pelo jornal Clarín, as mudanças vão ocorrer diariamente, mas ainda não se sabe qual será o ritmo dessas alterações.
Na Argentina, o dólar estava congelado em 350 pesos desde 14 de agosto, dia seguinte ao primeiro turno da eleição.
Informações Revista Oeste