O presidente da Argentina, Javier Milei, aceitou a demissão de Nicolás Posse do cargo de chefe do Gabinete na segunda-feira 27. Guillermo Francos, atual ministro do Interior, assumirá a posição. A saída de Posse vinha sendo especulada havia alguns dias, com rumores de desentendimentos com Milei e sua irmã, Karina Milei, secretária-geral da Presidência.
Mais cedo, Manuel Ardoni, porta-voz da Casa Rosada, havia negado a possibilidade de saída de Posse quando questionado por jornalistas. No entanto, a Casa Rosada divulgou um comunicado em que confirma a substituição, destacando que Francos assumirá “com profissionalismo, experiência e capacidade política”.
O comunicado também ressaltou que a chefia de Gabinete absorverá as funções do Ministério do Interior, que será transformado em uma Secretaria do Interior sob a liderança de Lisandro Catalán. A nota sublinhou que a mudança visa a dar “maior volume político” ao governo.
Outro comunicado, emitido pela chefia do Gabinete e divulgado na imprensa argentina, afirmou que a renúncia de Posse foi motivada por “diferença de critérios e expectativas no andamento do governo e nas tarefas que lhe foram confiadas”.
Apesar de deixar o cargo, Posse continuará apoiando as ideias de Milei. “Posse continuará acompanhando, como faz desde o primeiro dia, as ideias de liberdade, a defesa da vida e da propriedade e o projeto de uma Argentina livre promovido pelo presidente Milei. Ele o fará a partir de uma nova função, que será anunciada nos próximos dias”, informou a nota.
Em uma entrevista coletiva na segunda-feira 27, Ardoni também anunciou que o governo vai fazer novas demissões de funcionários públicos federais. A segunda rodada de demissões está prevista para entrar em vigor em 30 de junho.
Desde que Javier Milei assumiu a Presidência, em dezembro do ano passado, mais de 11 mil funcionários federais foram dispensados, segundo a Associação de Trabalhadores do Estado (ATE). Em 26 de dezembro, Milei já havia demitido 5 mil funcionários por decreto.
Ardoni afirmou que as demissões são um “processo permanente e eterno” e que é importante “rever o funcionamento de determinadas áreas, qual o valor que acrescentam”. Ele destacou que essa medida se aplica a todos os ministérios e demais funcionários do governo. “A convocatória para a avaliação dos ministérios ocorre desde 10 de dezembro de 2023, e já houve funcionários que saíram”, disse Ardoni.
Informações Revista Oeste