O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nesta segunda-feira, 27, para discutir as deportações de brasileiros dos Estados Unidos. O chefe do Executivo não pretende endurecer a relação com os norte-americanos, conforme divulgou a Rede Bandeirantes.
O governo Lula deve abordar questões como o uso de algemas durante o processo de deportação, que desde 2021 tem sido um ponto de tensão. O presidente deve dialogar com o governo de Donald Trump.
Lula procura manter uma relação pragmática e evitar confrontos diretos, diferentemente da Colômbia, que se opôs ao uso de aviões militares para deportações, o que gerou ameaças de sanções dos EUA. No entanto, o Brasil deve exigir melhores condições de tratamento aos cidadãos brasileiros, especialmente durante o transporte em aeronaves militares.
No sábado 25, a Polícia Federal recebeu os primeiros brasileiros deportados sob a nova política de imigração dos EUA. Os cidadãos chegaram algemados, mas as algemas foram retiradas imediatamente depois do desembarque.
Lula também solicitou a Mauro Vieira informações detalhadas sobre os embarques realizados nos EUA, para buscar transparência no tratamento dos brasileiros durante o transporte. A pauta será levada à próxima reunião remota da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), na próxima quinta-feira 30.
No encontro, Lula pedirá que o órgão emita um comunicado instando os EUA a respeitarem os direitos humanos. A Casa Branca assegurou que todas as ordens foram cumpridas e que não haverá imposição de sanções contra o Brasil.
Essa postura contrasta com a situação que envolve a Colômbia, onde a recusa de receber imigrantes deportados em aviões militares foi percebida como uma ameaça à segurança nacional dos EUA. A ação resultou em uma resposta mais severa do governo norte-americano com ameaças de sansões e embargos econômicos.
Informações Revista Oeste