As Forças Armadas do país africano aplicaram um golpe de Estado nesta quarta-feira derrubando o então presidente Mohamed Bazoum.
Imagem de arquivo de 8 de abril de 2023 mostra Yevgeny Prigozhin após funeral de blogueiro militar russo Maxim Fomin — Foto: Yulia Morozova/REUTERS
O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, saudou o golpe militar ocorrido no Níger nesta quarta-feira (26) e ofereceu os seus serviços para ajudar o novo governo a controlar a situação nacional e “trazer a ordem.”
Prigozhin, em sua mensagem de voz ouvida pela Reuters, gabou-se da suposta eficiência de Wagner em ajudar as nações africanas a se estabilizar e se desenvolver no que parecia ser um discurso de vendas.
“Milhares de combatentes de Wagner são capazes de trazer ordem e destruir terroristas e não permitir que eles prejudiquem as populações locais desses estados”, disse ele.
A ameaça terrorista na região permeia boa parte das decisões políticas. O Níger está em uma região que sofre com influência de grupos terroristas como o Boko Haram, Estado Islâmico e a Al Qaeda.
Segundo o presidente do novo governo, o general Abdourahamane Tiani, os militares tomaram o poder do país devido à precarização da segurança nacional e as ameaças terroristas.
Centenas de apoiadores do golpe no Níger colocam fogo na sede do partido governista na capital Niamey em 27 de julho de 2023 — Foto: Balima Boureima/REUTERS
“O que aconteceu no Níger nada mais é do que a luta do povo do Níger com seus colonizadores. Com colonizadores que estão tentando impor suas regras de vida e suas condições e mantê-los no estado em que a África estava há centenas de anos”, diz uma mensagem de voz nos canais do grupo mercenário atribuída a Prigozhin.
Com uma população de cerca de 27 milhões de pessoas, na sua maioria muçulmanos, o Níger é também um importante aliado da União Europeia na luta contra a migração irregular da África subsaariana.
Acredita-se que com a subida ao poder do general Tiani, Níger passe a se voltar contra as lideranças ocidentais.
Informações G1