O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou, nesta quinta-feira (2), um prazo de 72 horas para que a Prefeitura da cidade dê explicações sobre o cachê pago à cantora Ludmilla por sua apresentação no festival Virada Cultural. O processo foi protocolado pelo vereador paulista Fernando Holiday (Novo), que viu “desrespeito às regras eleitorais” em favor do ex-presidente Lula (PT) durante o show.
Na apresentação, Ludmilla pediu que a plateia fizesse um L com as mãos, gesto que faz referência ao pré-candidato petista. Ao fundo, o telão exibia as cores do Partido dos Trabalhadores (PT).
Holiday pede na ação que o cachê da cantora seja suspenso ou restituído à Prefeitura caso já tenha sido pago. Para ele, a apresentação foi usada para fins eleitorais.
– O município promoveu evento com a cantora para promover um evento cultural, entretanto, o evento ficou marcado pela grande manifestação política em favorecimento de um pré-candidato – declarou o vereador.
A cantora, por outro lado, respondeu o parlamentar dizendo que seu nome também começa com a letra L.
Intimado, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que “não há elementos que corroborem o desvio de finalidade do show” e disse que “pleiteia adequação do polo passivo para inclusão das autoridades responsáveis pelo ato impugnado”.
O festival reuniu mais de 3 milhões de pessoas durante os dias 28 e 29 de maio, promovendo apresentações com mais de 500 atrações em diferentes locais da cidade.
*Pleno.News