RD1|O Grupo Globo foi pego de surpresa com uma matéria feita pelo jornal Correio da Manhã de que estaria à venda. O conglomerado da família Marinho negou qualquer possibilidade de venda e chamou a matéria de “absolutamente falsa”.
O jornal publicou uma reportagem dizendo que o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, estaria organizando a venda das empresas que formam o Grupo Globo, entre elas a própria Globo, com “o agreement para acessar todos os números da empresa”.
O possível comprador seria ninguém menos do que o Grupo J&F, de Joesley e Wesley Batista. O valor da empresa teria sido estimado em 25 bilhões de reais. Vale lembrar que Joesley esteve envolvido em um escândalo político no Governo Michel Temer, em 2017, e foi coadjuvante da célebre frase do presidente: “Tem que manter isso aí, viu?”.
Além do grupo brasileiro, a Carlos Slim, dono da Embratel, Net e Claro, poderia ser sócio na compra da Globo, uma vez que não poderia ter o controle de uma empresa de comunicação por ser mexicano.
Em nota, a Globo desmentiu as informações levantadas. “São absolutamente falsas as ilações publicadas hoje pelo jornal Correio da Manhã. Não há nem nunca houve qualquer intenção de venda do Grupo Globo por parte de seus acionistas”, informou.
Lembrando que um estrangeiro só pode ter até 30% do capital total e do capital votante de empresas jornalísticas e de radiodifusão brasileiras, segundo a Constituição Federal.
A única ligação entre o Grupo Globo e a J&F tem nome e sobrenome: o publicitário Sergio Valente. Ele foi diretor de marca e comunicação da Globo até o final de 2020, quando saiu na reestruturação imposta pela alta cúpula da casa. Em seguida, Sergio foi contratado para ser Chief Marketing Officer global da JBS, controlada pela J&F.
A Globo foi uma das emissoras do país que mais sofreu durante a pandemia do novo coronavírus, com queda de receita por causa da paralisação dos estúdios por conta da proliferação do vírus. Há um ano, o canal tem investido em reprises até no horário das 21h, o mais caro da TV brasileira.