O pacote de ajuda emergencial americano está em elaboração pelo Congresso dos EUA em coordenação com a Casa Branca. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá visitar Israel na quarta-feira (18).
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu aos Estados Unidos US$ 10 bilhões em ajuda militar. A solicitação foi revelada pelo jornal The New York Times. O pacote incluirá também fundos para a Ucrânia, Taiwan e a fronteira EUA-México.
O líder no Senado, Chuck Schumer, disse durante visita a Tel Aviv, no domingo, que os EUA estavam analisando o fornecimento de munição de reposição para o sistema de defesa antimísseis Domo de Ferro, bombas guiadas de precisão, kits JDAM para transformar bombas padrão em munições de precisão, além de munição de 155 milímetros.
Washington mandou o segundo grupo de porta-aviões nuclear liderado pelo USS Dwight Eisenhower para a costa de Israel em meio à guerra do aliado contra o grupo extremista Hamas, conflagrada após o ataque no último dia 7. A medida é vista como mais um aceno de solidariedade do presidente Joe Biden a Israel.
A medida é para “dissuadir ações hostis contra Israel ou qualquer esforço direcionado a ampliar a guerra após os ataques do Hamas”, segundo o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin. Embora não tenha citado, nominalmente, o aviso é um recado direto a países simpatizantes do grupo extremista, notadamente o Irã.
Os Estados Unidos mantêm o compromisso inabalável com a segurança de Israel e nossa resolução de dissuadir qualquer ato estatal ou não estatal que busque escalar esta guerra.”
O USS Dwight Eisenhower deve demorar cerca de três semanas para aportar em Haifa, no norte israelense.
O governo de Biden enviou o USS Gerald R. Ford, maior navio de guerra do mundo, para auxiliar Israel. A ação foi criticada pelos governos da Rússia e da Turquia, que acusaram os EUA de intensificarem os conflitos no Oriente Médio.Continua após a publicidade
Após extremistas do Hamas atacarem Israel na semana passada, os Estados Unidos se posicionaram em defesa do Estado israelense e prometeram dar suporte ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Além dos porta-aviões de guerra, os EUA também enviaram armas e munições para Israel. Também será reforçada sua presença militar naquele país, embora a Casa Branca tenha afirmado que não pretende enviar seus soldados para o combate.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá visitar Israel na quarta-feira (18), confirmou hoje o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken. A viagem de Biden ocorre como parte do apoio dos EUA ao governo de Israel frente ao Hamas, afirmou Blinken, que se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com quem precisou se abrigar em um bunker.
O presidente Biden vai deixar claro, como ele já fez desde o massacre de mais de 1.400 pessoas, incluindo cerca de 30 americanos, que Israel tem o direito e o dever de defender o seu povo do Hamas.
Antony Blinken
A ida de Biden também é um recado para “qualquer ator, estado ou não-estado, que tente levar vantagem com esse ataque. Não o façam”, declarou Blinken, em uma referência implícita a grupos como o Hezbollah e países como o Irã e a Síria.
Além disso, os EUA acordaram com Israel um plano de escoar doações para Gaza, que está sem infraestrutura hospitalar, sem água e sem insumos para a população civil, afirmou o secretário. “Vamos fazer todo o possível para que o Hamas não tenha acesso a esse fluxo. Recebemos positivamente o apoio de Israel ao plano”, declarou Blinken.
Em Israel, Joe Biden também irá verificar quais são as estratégias de guerra de Israel para minimizar as baixas de civis, afirmou Blinken.
O presidente dos EUA viajará para a Jordânia depois da visita a Israel, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
Enquanto estiver em Amã, Biden se reunirá com o rei Abdullah da Jordânia, com o presidente do Egito, Abdel-Fattah el-Sissi, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para discutir a situação humanitária em Gaza, explicou Kirby.
Uma viagem do tipo seria tanto rara quanto arriscada, mostrando apoio dos EUA a Netanyahu em um momento no qual os EUA tentam impedir a ocorrência de uma guerra mais ampla envolvendo o Irã, seu aliado libanês, o Hezbollah, e a Síria, e quando os suprimentos de comida e combustível estão baixos na Faixa de Gaza, onde autoridades dizem que mais de 2.800 pessoas morreram em ataques israelenses.
Uma viagem, contudo, poderia aumentar o poder de Biden de influenciar nos acontecimentos da região, além de melhorar a sua imagem dentro dos EUA.
Biden e Netanyahu, aliados não tão próximos assim, juntaram forças apesar de terem desacordos sobre o futuro do Oriente Médio, com Biden frequentemente realçando seu apoio a um Estado israelense e um Estado palestino independentes.
Uma reunião presencial permitiria a Biden discutir em privado as preocupações e as possíveis linhas vermelhas de uma iminente invasão terrestre de Gaza por parte de Israel.
Informações UOL