Foto: Mohammed Abed/AFP.
Pelo 2º dia consecutivo, o Brasil não faz parte dos países autorizados a retirar seus cidadãos da Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito. Um grupo de 34 pessoas aguarda a liberação para deixar a região. São 24 brasileiros e 10 palestinos que estão em processo ou darão início à imigração ao Brasil.
A relação dos estrangeiros autorizados a cruzar a passagem entre Rafah e o Egito nesta 5ª feira (2.nov.2023) tem maioria de norte-americanos: eles são 400 dos 576 nomes presentes na lista. Os demais são de pessoas com passaporte de Azerbaijão, Bahrein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade. As informações foram passadas pelo embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, ao jornal Folha de S.Paulo.
Em nota publicada na 4ª (1º.nov), o Itamaraty disse confiar que “em breve” os brasileiros na Faixa de Gaza “serão contemplados com autorização para passagem por Rafah”.
Segundo o Itamaraty, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) “têm realizado gestões em favor da saída dos brasileiros junto a diversas altas autoridades de Egito, Israel, Qatar, Autoridade Palestina e de outros países da região”. O ministério disse que as negociações “continuarão a ser feitas até que se concretize a saída dos brasileiros retidos em Gaza”.
Na Cisjordânia, a representação brasileira em Ramala conduziu na 4ª (1º.nov) uma operação de resgate de 32 pessoas de 12 famílias que manifestavam interesse na repatriação. São 12 homens, 9 mulheres e 11 crianças. No grupo, há 6 idosos.
O voo está programado para chegar nesta 5ª (2.nov) na Base Aérea de Brasília. O destino das pessoas repatriadas será Foz do Iguaçu (8), São Paulo (5), Florianópolis (4), Recife (3), Rio de Janeiro (3), Fortaleza (3), Curitiba (2), Goiânia (2), Brasília (2) e Porto Alegre (1).
Segundo o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, 3 veículos, entre ônibus e vans alugados pela representação do Brasil, conduziram os passageiros de 11 cidades da Cisjordânia até a cidade de Jericó e, de lá, para a Jordânia. No Aeroporto Internacional Queen Alia (Jordânia), os brasileiros foram embarcados numa aeronave da presidência da República.
“Os veículos foram identificados com a bandeira do Brasil. Para fins de segurança, as placas, trajetos e listas de passageiros foram informados às autoridades da Palestina e de Israel”, disse Candeas. A medida tem o objetivo de evitar bombardeios no trajeto.
Poder 360