A epidemiologista Melissa Falcão, que coordena o Comitê de Controle do Coronavírus no município, disse acreditar que Feira de Santana atingiu o pico da epidemia pela Covid-19 e a tendência nos próximos dias é que o número de novos infectados diminua.
Momento delicado que tem sido observado, diz a médica, uma demanda maior pelas UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) e o aumento da oferta de leitos clínicos no Hospital de Campanha.
A média de ocupação destes leitos – a unidade oferece 50 vagas, está em torno de 56% e os de UTI chegou à sua totalidade. A leitura da situação, afirma, é de que este problema de saúde não está sendo detectado precocemente.
“Estão chegando para internar no momento grave e precisando de UTI”, disse a médica. “Na rede municipal o problema pode ser resolvido seguindo corretamente o protocolo do município de combate à doença e hospitais da rede privada internar precocemente os pacientes”.
Segundo ela, muitas vezes o paciente procura o sistema de saúde quando já está com falta de ar. “Quem estiver com suspeita de coronavírus ou gripe, nos primeiros sinais de dificuldade de respirar, mesmo que seja leve, deve se dirigir à unidade de saúde”.
A coordenadora do Comitê também disse que o sistema de saúde municipal colocou como regra que todos os pacientes tenham a saturação do sangue medida e orientou as pessoas que buscam atendimento que não aceitem deixar a unidade sem que esta avaliação seja realizada.