Em julho de 2024, a polêmica eleição presidencial na Venezuela resultou na reeleição do ditador Nicolás Maduro. A vitória, no entanto, não passou sem contestação, tanto internamente quanto pela comunidade internacional.
Na última quinta-feira (22), o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela surpreendeu ao validar oficialmente a vitória de Maduro, sem a apresentação da contagem de votos exigida por observadores internacionais e pela oposição. Isso gerou uma onda de críticas e pedidos de auditoria imparcial.
Diante da decisão do TSJ, países como os Estados Unidos, União Europeia e dez nações da América Latina expressaram sua condenação. As críticas se baseiam na falta de transparência e na ausência de uma contagem de votos pública que legitimasse a reeleição de Maduro.
Em um comunicado conjunto, Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai rejeitaram a decisão do TSJ e exigem uma auditoria imparcial dos votos. Essa posição reforça a pressão internacional para que o governo venezuelano seja mais transparente em seus processos eleitorais.
As demandas da comunidade internacional para garantir a legitimidade da eleição venezuelana incluem:
Essas medidas são consideradas essenciais para assegurar que o resultado eleitoral reflete verdadeiramente a escolha do povo venezuelano, evitando dúvidas sobre a integridade do processo.
Até o momento, o Brasil ainda não se posicionou oficialmente sobre a reeleição de Maduro. No entanto, especula-se que o Brasil e a Colômbia possam emitir um comunicado conjunto devido à sua atuação conjunta na mediação do conflito na Venezuela.
Por outro lado, a Organização dos Estados Americanos (OEA) emitiu uma nota repudiando a decisão do TSJ. De acordo com a OEA, a proclamação de Maduro foi prematura e baseada em boletins parciais, levantando suspeitas sobre possíveis irregularidades no processo eleitoral.
A União Europeia, por sua vez, afirmou que só reconhecerá a reeleição de Nicolás Maduro se houver provas substanciais de que ele venceu de maneira justa e transparente. Josep Borrell, alto representante da UE para Assuntos Exteriores, destacou a necessidade de provas verificáveis para que o resultado seja aceito pela comunidade internacional.
Até que essas provas sejam apresentadas, a União Europeia mantém sua posição de não reconhecer a vitória de Maduro, aumentando a pressão para uma revisão do processo eleitoral.
Informações TBN