O acidente no set de gravação do filme Rust, que resultou na morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins, após o ator Alec Baldwin disparar uma arma de fogo, ganhou novos contornos nas últimas horas. De acordo o jornal Los Angeles Times, seis pessoas, entre operadores de câmeras e assistentes, pediram demissão horas antes do ocorrido.
De acordo com a publicação, o grupo alegou más condições de trabalho e falta de segurança nas filmagens como razão para deixar o trabalho. Ainda conforme a publicação, os funcionários relataram problemas com as armas cenográficas, que na opinião deles “não foram devidamente supervisionadas”.
Os profissionais teriam sido substituídos por pessoas que não integram nenhum sindicato profissional. O escritório da polícia de Santa Fé, cidade do estado do Novo México, nos Estados Unidos, não quis comentar a atualização, alegando que as investigações ainda não foram encerradas.
Dois dias antes, Lane Luper, assistente de câmera filiado ao sindicato Aliança Internacional de Funcionários de Palcos Teatrais (IATSE, na sigla em inglês), descreveu condições de filmagem precárias em uma série de comentários no Facebook.
– Neste momento, estou lutando para que minha equipe, neste filme, tenha quartos de hotel disponíveis para quando demorarmos ou estivermos cansados demais para dirigir por uma hora de volta desde o local das filmagens até Albuquerque. Ou eles dizem “não” ou nos oferecem um motel lixo de beira de estrada – escreveu.
Segundo a agência de notícias EFE, Luper publicou os comentários em resposta a um vídeo no qual Baldwin incentivou o sindicato a convocar uma greve enquanto negociava um acordo com chefes de estúdios de Hollywood.
– Estou literalmente na produção do Novo México, com ele e os produtores, e estão tratando a equipe local como merda de cachorro – afirmou, antes de acrescentar que eles “sequer” pagaram o que estava combinado.
*AE