Edmundo González, adversário do ditador Nicolás Maduro na eleição presidencial de 28 de julho, se manifestou depois de deixar a Venezuela. Em mensagem publicada nas redes sociais, nesta segunda-feira, 9, o político afirmou que o destino de seu país “não pode ser de conflito, de dor e de sofrimento”.
“Deixei a Venezuela pensando em minha família e nas famílias de todos os venezuelanos neste momento de tanta tensão e angústia”, escreveu Edmundo González. “Sempre defendi os valores democráticos de paz e liberdade.”
O adversário de Maduro, que agora é asilado político na Espanha, ainda disse que seu “compromisso não se baseia em uma ambição pessoal”. Ele ainda afirmou que não sente ressentimentos.
Além disso, o opositor da ditadura da Venezuela afirmou que “somente a política do diálogo pode fazer os venezuelanos reencontrarem-se como compatriotas”. “Somente a democracia e a realização da vontade popular pode ser o caminho para nosso futuro como país”, afirmou Edmundo González. “Nisto seguirei comprometido.”
Ele ainda lembrou-se das pessoas que estão presas por protestarem contra a ditadura. “Penso, antes de tudo, nas pessoas privadas de liberdade que têm me apoiado”, escreveu. “Sua liberdade é, para mim, a grande prioridade, uma exigência irrenunciável.”
Edmundo González deixou a Venezuela na noite do último sábado, 7, depois de o regime chavista decretar sua prisão.
O opositor estava escondido desde 30 de julho. A ditadura venezuelana o acusa de conspiração, usurpação de funções, incitação à rebelião e sabotagem.
Essas acusações surgiram depois de ele publicar na internet atas eleitorais que, segundo a oposição à ditadura de Maduro, confirmariam sua vitória. Até hoje, os órgãos eleitorais da Venezuela, que são controlados pelo regime, não publicaram os documentos que, supostamente, atestariam a vitória do ditador.
Informações Revista Oeste