Circula nas redes sociais que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), teria demitido a média Raissa Soares por perseguição política. Raissa ganhou notoriedade após fazer um apelo para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ajudar na saúde do estado. Ela também é defensora do uso de hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19.
No entanto, a notícia é falsa. A médica Raissa Soares, que ganhou notoriedade nas redes sociais por defender o uso de hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, não foi demitida do Hospital Regional Deputado Luís Eduardo Magalhães (HRDLEM) – localizado em Porto Seguro, na Bahia. Segundo a própria médica e a direção do hospital, a saída se deu porque, com outros compromissos profissionais, ela não estava conseguindo cumprir os plantões na instituição.
Raissa publicou um vídeo negando que sua demissão tenha motivos políticos. Segundo a médica, que também trabalha na prefeitura de Porto Seguro e no Hospital Navegantes, ela “não estava tendo tempo” de cumprir as escalas no hospital.
Já o Hospital informou, em nota encaminhada pela Secretaria de Saúde da Bahia, que o setor responsável pelas renovações de contratos no hospital procurou a profissional para aumentar a sua carga de trabalho, já que ela trabalhava com uma carga reduzida.
Contudo, segundo a direção hospital, a médica disse que já tinha uma grande demanda de trabalho durante o período da pandemia. Devido à grande quantidade de trabalho, ela decidiu não renovar o contrato. Ou seja, a decisão de demitir a médica não partiu do governador Rui Costa (PT).
Esse boato começou a circular pelas redes após Raissa publicar um vídeo em seu Facebook pedindo ajuda para o presidente Jair Bolsonaro. Na gravação, ela solicitou que o presidente mandasse mais hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com Covid-19. Em abril, a secretaria de saúde da Bahia liberou o uso de hidroxicloroquina e azitromicina para infectados com o vírus mediante a prescrição médica.
Fonte: piaui.folha.uol