Esta quarta-feira (17) deve ser o último dia de Abraham Weintraub à frente do Ministério da Educação (MEC). Segundo a CNN Brasil, a exoneração dele deve ser publicada na edição do diário oficial da União desta quinta-feira (18).
A equipe do MEC teria divulgado, nesta quarta, um balanço do período em que Weintraub esteve à frente da pasta.
A tendência, com isto, seria o ainda ministro da Educação ser realocado para uma posição no exterior.
Caso este seja confirmado como o último dia de Weintraub na pasta, o último ato envolvendo o nome dele terá sido sua manutenção no inquérito das Fake News. Nesta quarta, por 9 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram o pedido de habeas corpus ajuizado pelo ministro da Justiça, André Mendonça.
No inquérito, o relator, o ministro Alexandre de Moraes, cobra explicações de Weintraub sobre as declarações na reunião presidencial do dia 22 de abril, em que ele se refere aos ministros da Suprema Corte como “vagabundos”.
A informação também foi compartilhada por sites bolsonaristas. O portal Brasil sem Medo indica que Carlos Nadalim e Ilona Becskeházy são cotados para sucedê-lo. Contudo, militares e o centrão poderiam indicar o professor e capitão-de-fragata Eduardo Melo, ex-secretário-executivo adjunto do MEC.
Enquanto isso, o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) tomou posse, na manhã desta quarta-feira (17), no cargo de ministro das Comunicações. A pasta foi reativada pelo presidente Jair Bolsonaro, que separou a área do antigo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Em seu primeiro discurso após a posse, Faria destacou a importância das comunicações com o momento de pandemia pelo qual o mundo passa, onde muitas ações cotidianas passaram a ser feitas digitalmente, e ressaltou que o Brasil precisa ampliar o processo de inclusão digital.
Fábio também falou sobre a clareza de comunicação entre Bolsonaro e a população e, ao afirmar que a internet “não aceita voz de comando”, disse que o “povo deu poder ao presidente”.
Por fim, o agora ministro destacou um trecho bíblico retirado do capítulo 13 da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, e pediu que o “amor pelo Brasil possa nos unir como brasileiros”. Faria também pediu que sejam deixadas de lado “as diferenças político-ideológicas” para enfrentar o novo coronavírus.
Em breve discurso, o presidente Jair Bolsonaro destacou a importância de respeitar a vontade do povo e respeitar a Constituição, segundo ele “não são as instituições que falam o que o povo deve fazer”, mas o contrário.
Além de Faria, o ministro Marcos Pontes, que chefiava o MCTIC, também foi empossado na nova pasta de Ciência, Tecnologia e Inovações.
Folhapress*