As vendas do varejo na Bahia tiveram aumento de 1,6% em fevereiro de 2021, em relação ao mês anterior. Este é o primeiro resultado positivo após três meses recuos consecutivos (-3,0% de outubro para novembro, -4,1% de novembro para dezembro e -2,2% de dezembro para janeiro). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e foram divulgados nesta terça-feira (13).
O percentual registrado na Bahia é superior à média nacional, que foi de 0,6%, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2021, de acordo com o IBGE. Apesar da melhoria, o último fevereiro foi o pior para as vendas do varejo no estado desde 2017, quando foi registrada uma queda de -6,4%.
Segundo o órgão, com o desempenho recente, a Bahia se encontra praticamente no patamar registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia, com uma discreta variação negativa (-0,1%) no acumulado entre março de 2020 e fevereiro de 2021.
Apesar dos pequenos sinais de recuperação, o varejo baiano apresenta retração no acumulado do ano (-3,8%), em um resultado pior que o nacional (-2,1%). Também se mantém em queda (-4,9%) no acumulado nos últimos 12 meses (frente aos 12 meses anteriores). O estado tem o terceiro pior resultado do país nesse ranking, acima apenas do Distrito Federal (-7,3%) e do Ceará (-6,1%). Em geral, o Brasil mostra avanço de 0,4% nas vendas do varejo, nos 12 meses encerrados em fevereiro.
Na Bahia, em fevereiro de 2021, 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram quedas nas vendas, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os segmentos com resultados positivos foram, mais uma vez, os de móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos.
Já a comercialização de produtos alimentícios, bebidas e fumo, além do segmento de vestuário e calçados, sofreram queda. As vendas dos mercados têm sofrido recuos seguidos desde novembro de 2020. Este é o setor de maior peso na estrutura do varejo estadual, por isso teve a principal influência no resultado negativo. Dentre as atividades com quedas significativas também está a venda de livros, jornais, revistas e papelaria, que apresenta reduções mensais consecutivos desde julho de 2018.
Já o comércio varejista ampliado baiano (que inclui as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção) apresentou crescimento de 4,4% no volume de vendas em fevereiro, comparando com o mês anterior. Este foi o primeiro resultado positivo após três retrações consecutivas. Porém, frente ao mesmo mês de 2020, as vendas do varejo ampliado na Bahia seguiram em queda (-3,3%).
No comparativo com fevereiro de 2020, as vendas de veículos na Bahia apresentaram o primeiro crescimento (1,5%) após 12 meses consecutivos de retrações (entre fevereiro de 2020 e janeiro de 2021). Já o comércio de material de construção teve queda (-2,6%), após dois meses seguidos em alta.
No acumulado do ano, as vendas do varejo ampliado na Bahia apresentam redução (-4,4%) maior que a nacional (-2,5%). E nos 12 meses encerrados em fevereiro, as vendas do varejo ampliado na Bahia apresentam a maior queda do país (-8,5%), com números abaixo do nacional (-2,3%).
Informações: G1 Bahia