Dez canais administrados pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no aplicativo WhatsApp estão bloqueados há duas semanas.
Segundo a empresa, os bloqueios ocorreram após envio de “mensagens em massa ou automatizadas”, que violam os termos de serviço. O partido diz que as contas desativadas são restritas a pessoas cadastradas para divulgar informações institucionais, e que não foi informado sobre os motivos do bloqueio.
Entre as contas bloqueadas estão um canal administrado pelo gabinete da presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o principal grupo de divulgação de notícias do partido no aplicativo, o “Zap do PT”. O partido estuda tomar medidas judiciais cabíveis para reverter a decisão e, além disso, anunciou a migração do canal para o aplicativo Telegram.
Em nota, o PT disse que não divulga desinformação em seus canais e nem faz disparos em massa. Gleisi gravou um vídeo nas redes sociais em que diz ter seguido tanto as regras do WhatsApp quanto da Câmara dos Deputados ao contratar o serviço que faz os disparos de mensagens em seu grupo.
Ela diz que o canal servia para divulgar ações de seu mandato de deputada e informações de interesse do partido. “O PT não tem nada a esconder e aguarda o restabelecimento das contas do Whatsapp”, afirmou o partido em nota.
No vídeo, Gleisi diz que a suspeita é que oponentes políticos tenham se infiltrado e feito reclamações em massa para provocar os bloqueios.O PT diz que o lançamento do canal foi divulgado publicamente, inclusive por meio de outros canais oficiais de WhatsApp.
Segundo a empresa, mais de 2 milhões de contas são banidas por mês em todo mundo por desrespeitar essas regras.
Estadão Conteúdo*