Somente no mês de outubro, três pessoas em situação de rua foram assassinadas nas proximidades do terminal rodoviário de Feira de Santana, levantando questões sobre a segurança pública e o atendimento a essa população vulnerável. O Coronel Lopes, comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL), comentou as ações tomadas pela Polícia Militar para enfrentar o problema.
“Estamos acompanhando de perto. O comandante geral enviou quatro guarnições de Salvador, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), para reforçar o policiamento tático aqui em Feira. Ontem, identificamos os possíveis autores de um dos crimes e tentamos prendê-los no centro da cidade. Infelizmente, eles resistiram à prisão e houve confronto com as guarnições. Dois elementos vieram a óbito, apesar de termos prestado socorro”, relatou o Coronel Lopes, enfatizando que a resposta da polícia foi imediata.
Além da operação tática, o comandante informou que o policiamento será reforçado com o apoio da Companhia Asa Branca, com uma base móvel e mais uma guarnição atuando no centro da cidade, especialmente nas áreas mais críticas.
“Iremos reforçar com a Asa Branca, com policiamento lotado e também com nossa base móvel. Teremos uma guarnição extra para aumentar a efetividade no policiamento do centro de Feira de Santana”, destacou.
Questionado sobre a presença de pessoas em situação de rua na região, o Coronel Lopes reconheceu a complexidade da questão e afirmou que o problema vai além da segurança pública, exigindo a atuação de outros órgãos.
“Ali é uma questão de saúde pública. Não podemos simplesmente prender essas pessoas, porque muitas são usuárias de drogas e precisam de tratamento. A pessoa está doente, não cometeu um crime e se eu prender, vou levar pra onde? É necessário um maior envolvimento dos órgãos municipais”, afirmou.
O Coronel também ressaltou a necessidade de fiscalização dos estabelecimentos irregulares na área, que agravam o problema da criminalidade.
“Naquele entorno, há diversos hotéis que operam de forma irregular e precisam de maior fiscalização. Muitos dos que se abrigam ali estão, na verdade, envolvidos com tráfico de drogas. Precisamos de uma ação conjunta para fortalecer as operações da polícia”, concluiu.
*Com informações do repórter Danillo Freitas