Em Feira de Santana 25 pacientes estão em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e policlínicas municipais esperando a transferência para uma unidade hospitalar até esta segunda-feira, 28.
Um caso chama atenção. Aos 84 anos, a paciente A. R. O espera por uma transferência há 27 dias na UPA da Mangabeira para tratar uma úlcera venosa. A vaga é disponibilizada pelo Sistema de Regulação do Governo do Estado.
A demora para a transferência sobrecarrega o sistema de saúde municipal, fazendo com que as unidades fiquem lotadas. Ainda expõe os pacientes a uma espera exaustiva por tratamento adequado.
No total, 7 pacientes estão na UPA Queimadinha, 5 na UPA Mangabeira e outros 13 distribuídos nas policlínicas do Feira X, São José, Humildes, Tomba, Rua Nova e Parque Ipê.
REGULAÇÃO ESTADUAL
O Sistema de Regulação Estadual é uma ferramenta do Governo do Estado que disponibiliza vagas em unidades públicas hospitalares conforme critério de gravidade e não proximidade, visando a democratização do acesso.
Para isso, o paciente atendido em uma unidade de urgência e emergência é avaliado e submetido a exames laboratoriais ou de imagem, de acordo com as condições clínicas.
Se comprovada a necessidade de assistência hospitalar, os profissionais da unidade solicitam a regulação no sistema, para que o paciente tenha a assistência adequada.
A descoberta foi relatada em um estudo publicado na revista científica Cell Press
Pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, encontraram em um morcego um novo tipo de ebolavírus, e o denominaram Bombali. A descoberta foi publicada recentemente na revista científica Cell Press.
Nele, os cientistas informam que os morcegos são hospedeiros de diversas doenças que podem se transmitidas de animais para humanos, chamadas de doenças zoonóticas. Uma das principais teorias de surgimento da Covid-19 é que o coronavírus tenha sido transmitida de morcego para humanos. Outro exemplo de doença zoonótica conhecida é a gripe suína.
Segundo informações da pesquisa, existem seis espécies conhecidas de ebolavirus e a cerca de 40 anos, o patógeno circula pela África Oriental e Central.
No estudo foi verificado que como o Ebola, o vírus Bombali “infectou células humanas e macrófagos humanos primários” e foi capaz de “entrar eficientemente nas células” usando o mesmo mecanismo que seu primo viral. Embora ambas as doenças infectassem um número semelhante de macrófagos, os pesquisadores descobriram que elas alteravam o RNA das células de maneiras diferentes para alcançar a replicação.
E enquanto ambos induziram reações imunes das células do sangue, apenas o Ebola, e não o Bombali, provocou a implantação de uma resposta antiviral.
Informações Bahia.ba
Pesquisadores chineses anunciaram a descoberta de compostos semelhantes ao LSD (Dietilamida do Ácido Lisérgico) que poderão ser usados para o tratamento da depressão, mas sem causar os conhecidos, e nem sempre desejáveis, efeitos alucinógenos.
Mas a pesquisa publicada em janeiro deste ano na revista Science dividiu a opinião de especialistas. Foi festejada pela ala da comunidade científica que acredita ser tudo uma questão neuroquímica, mas desagradou cientistas que defendem o estado alterado de consciência como parte essencial do processo terapêutico.
O estudo chinês realizado com camundongos foi conduzido pela equipe dos cientistas Cao Dongmei e Wang Sheng, do Instituto de Bioquímica e Biologia Celular de Xangai. No artigo, os pesquisadores relatam ter separado as interações moleculares responsáveis pelos efeitos antidepressivos dos psicodélicos daqueles que causam alucinações.
Por esse caminho, chegaram a novos compostos que parecem ativar circuitos celulares cerebrais que ajudam a aliviar a depressão sem desencadear alucinações. De acordo com o artigo, esses análogos psicodélicos podem funcionar em humanos e gerar novas famílias de produtos farmacêuticos.
“As estruturas apresentadas fornecem uma base sólida para novos estudos sobre psicodélicos não alucinógenos seguros e eficazes com efeitos terapêuticos”, argumentam os cientistas no artigo.
A ideia de se submeter a uma experiência com alguma substância alucinógena, que pode durar de quatro a muitas horas, pode ser algo bastante desafiador. Por isso, outros pesquisadores também estão mirando em compostos similares aos psicodélicos que não causem os efeitos dissociativos. Ou seja, os chineses não foram os pioneiros neste novo campo de estudo.
Em 2020, o professor David E. Olson, da Universidade da Califórnia em Davis, publicou na Nature seus experimentos, também em roedores, com o TBG (tabernanthalog), um composto semelhante à ibogaína, mas sem os efeitos alucinógenos.
A ibogaína é o princípio ativo da planta psicodélica africana iboga, usada em países da bacia do Congo em rituais de iniciação da religião buiti.
Em entrevista ao VivaBem, Olson disse que estudos informais e pesquisas abertas sugerem que a ibogaína pode ser eficaz no tratamento da dependência química, com efeitos duradouros após uma única administração.
No entanto, ele aponta que a droga apresenta vários problemas, incluindo seus efeitos alucinógenos, que podem durar vários dias, e a cardiotoxicidade. “Ajustamos a estrutura química da ibogaína para produzir um composto mais seguro que reteve os efeitos terapêuticos semelhantes à ibogaína em modelos pré-clínicos”, afirma Olson.
O pesquisador acredita que em breve conseguirá comprovar que o TBG é um composto eficaz no tratamento da adicção e possível de ser utilizado em escala, com risco muito menor de induzir ataques cardíacos em comparação com a ibogaína. “Se tudo correr bem, os ensaios clínicos [com seres humanos] começarão este ano.”
Uma das principais argumentações de quem defende o uso dos psicodélicos sem efeitos alucinógenos é a possibilidade de um custo mais baixo. Os modelos atuais de terapia demandam uma estrutura complexa, com terapeutas e um acompanhamento longo. “Isso impõe alguns desafios do ponto de vista econômico para incluir esse tipo de medicina em um mercado mais amplo”, observa o neurocientista Draulio Barros de Araújo, professor do Instituto do Cérebro da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
Por essa razão, o modelo simplificado dos análogos não alucinógenos de psicodélicos está atraindo o interesse de empresas, principalmente as farmacêuticas. Não por acaso, uma companhia que já começou a investir é a Delix Therapeutics, cujo CEO é o cientista David E. Olson.
Mas a coisa não é tão simples quanto pode parecer. No caso da ayahuasca, bebida alucinógena de origem amazônica, a intensidade da experiência psicodélica está diretamente ligada aos seus benefícios terapêuticos, afirma o neurocientista da UFRN.
“Baseado em nossos estudos, o que a gente percebeu foi que os pacientes com depressão que melhor responderam ao tratamento foram aqueles que mais tiveram a percepção alterada durante os estados induzidos pela ayahuasca”, relata Araújo. O pesquisador conta que esses resultados estão alinhados a estudos recentes com psilocibina (presente nos cogumelos alucinógenos), coordenados por Roland Griffiths, na Universidade John Hopkins.
Por lá, a maior parte dos voluntários descreveram a experiência como uma das mais importantes ou cheias de significados de suas vidas. “Foram elas também que apresentaram melhores benefícios terapêuticos”, compara Araújo.
Há quem veja no desenvolvimento de psicodélicos não alucinógenos uma articulação para atender demandas que não são apenas da área da saúde. Para a indústria farmacêutica, por exemplo, medicamentos que obtenham aprovação de forma mais rápida e simples são mais viáveis comercialmente. Afinal, apesar do avanço das pesquisas, há ainda muita resistência em torno dos alucinógenos. A maioria dessas substâncias está proibida desde o início da fracassada política de guerra às drogas, lançada em 1971 pelo então presidente americano Richard Nixon.
Mas, na opinião do médico e pesquisador em medicina psicodélica, Bruno Rasmussen, essas novas substâncias não terão a mesma eficácia dos psicodélicos tradicionais. “O que a gente observa quando está com um paciente sob efeito de um alucinógeno é que a expansão da consciência traz insights e percepções que provocam mudanças na vida da pessoa e o tratamento da dependência depende disso”, avalia o médico, que há décadas trabalha com a ibogaína.
O mesmo vale para a depressão, prossegue o médico. “Ajuda muito quando a pessoa começa a lidar melhor com algo do passado. Isso faz com que o paciente também mude em relação às perspectivas de futuro”, completa Rasmussen.
Por isso, a experiência psicodélica, na opinião do médico, é fundamental. “Não se trata apenas de um efeito neuroquímico no cérebro, de aumentar ou diminuir algum neurotransmissor, ocupar ou não algum receptor, são componentes importantes, mas não é só isso”.
“Existem evidências crescentes sugerindo que as propriedades das drogas psicodélicas, promotoras da neuroplasticidade, desempenham um papel fundamental em seus mecanismos terapêuticos de ação”, admite o professor da Universidade da Califórnia, David E. Olson. Mas ele reitera que é possível obter a mesma eficácia sem induzir alucinações.
Para Olson, esses novos compostos, chamados por ele de “psicoplastógenos não alucinógenos”, certamente seriam preferíveis do ponto de vista da escalabilidade e segurança. No entanto, ele concorda que pacientes também possam se beneficiar de uma experiência subjetiva induzida por psicodélicos. “Acredito que precisamos de abordagens alucinógenas e não alucinógenas.”
O neurocientista Stevens Rehen, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, também vê com bons olhos a hipótese de que os efeitos terapêuticos dos psicodélicos poderiam estar dissociados dos estados alterados de consciência causados por essas substâncias. “Há ferramentas para explorar essas possibilidades.”
Por isso, o cientista não se surpreende que laboratórios internacionais estejam investindo tempo e recursos nesse campo de estudo. “O advento de novas tecnologias tem proporcionado a expansão das possibilidades de estudo e síntese de novas substâncias.”
Outro pesquisador favorável aos psicodélicos não alucinógenos é Sidarta Ribeiro, neurocientista do Instituto do Cérebro da UFRN. Para ele, o desenvolvimento e a investigação desses compostos permitirão compreender melhor a relação entre os efeitos terapêuticos de base molecular e celular.
“Estas substâncias não-psicoativas podem ajudar as pessoas que precisam da terapêutica psicodélica, mas se recusam a experimentar seus efeitos psicológicos, o que amplia o público que pode se beneficiar dessa medicina.”
Entretanto, ele se opõe ao discurso de que estas substâncias não-psicoativas seriam “superiores” ou “preferíveis” aos psicodélicos com efeitos alucinógenos. “Me parece desonesto, fruto de uma mistura de ingenuidade científica, conflito de interesses capitalista, desrespeito aos usos tradicionais dos psicodélicos e bastante ignorância sobre a riqueza e importância das experiências mentais propiciadas por estas substâncias”, diz Sidarta.
Informações UOL
Sertanejo pediu orações aos fãs e seguidores
O cantor João Neto, que faz dupla com Frederico, anunciou nesta quarta-feira (16) que está com um câncer na tireoide. O diagnóstico foi dado em dezembro do ano passado por meio de exames de rotina.
Em um vídeo publicado no perfil oficial da dupla no Instagram, o sertanejo pede orações aos fãs e aproveita para fazer um alerta.
– Decidi compartilhar com vocês esse meu momento. É uma doença silenciosa. Nunca senti absolutamente nada. E gostaria de deixar um alerta a todos para se cuidarem. Façam exames de rotina. É muito ruim ser pego de surpresa como eu fui – declarou.
Além do tratamento, João Neto vai passar por uma cirurgia para retirar o carcinoma, no Hospital do Amor, no interior de São Paulo, que antes era chamado de Hospital de Câncer de Barretos.
– Conto muito com as orações de todos, com o pensamento positivo de cada um de vocês. Vou ficar em um hospital que é referência no mundo e, se Deus quiser, vai dar tudo certo – finalizou.
Informações Pleno News
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da comercialização de uma marca de testes aplicados por leigos para detectar a contaminação pelo coronavírus, o chamado autoteste.
O órgão decidiu pelo recolhimento dos exames para leigos do Laboratório Mendelics Análise Genômica. Foram proibidas também a fabricação e a publicidade do produto. A equipe da Agência Brasil constatou a propaganda do autoteste no site do laboratório, embora o produto não esteja regularizado, já que não obteve registro junto à autoridade sanitária.
Em nota, o Laboratório Mendelics Genômica afirmou que o teste meuDNA Covid não é um produto. “O teste é uma prestação de serviço por laboratório de análises clínicas. Também não se trata de um autoteste ou de teste rápido. Não há testagem realizada pelo paciente, o qual apenas coleta a amostra de saliva e envia para o laboratório. O teste meuDNA Covid é um teste laboratorial com fim diagnóstico, realizado no laboratório Mendelics”, diz a firma. A empresa informou que irá recorrer da decisão da Anvisa.
A Anvisa autorizou a comercialização de autotestes no dia 28 de janeiro. Entretanto, só podem ser vendidos e anunciados produtos que obtiveram o registro na agência.
No site do órgão, foi disponibilizado um painel para acompanhar quais marcas entraram com pedido, quais conseguiram o registro e quais tiveram o pedido indeferido. As informações podem ser consultadas por qualquer pessoa.
Leia aqui matéria explicativa detalhando como funciona a autorização e uso desses testes.
Informações Agência Brasil
Em Feira de Santana, 31 pacientes estão em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Policlínicas até esta segunda-feira, 14, esperando a transferência para uma unidade hospitalar. As vagas são disponibilizadas pelo Sistema de Regulação do Governo do Estado.
Aos 84 anos, a paciente A.R.O espera por uma vaga há 14 dias para tratar uma úlcera. Outro paciente, J.R.S. aguarda há sete dias transferência para tratar uma pneumonia pós-covid.
Dos 31 pacientes, 11 estão na UPA Queimadinha, 7 UPA Mangabeira, 5 na Policlínica do Parque Ipê, 4 na Policlínica do Feira X, 2 na Policlínica do George Américo, 1 na Policlínica de Humildes e 1 na Policlínica da Rua Nova.
A demora para a transferência sobrecarrega o sistema de saúde municipal, fazendo com que as unidades fiquem lotadas. Ainda expõe os pacientes a uma espera exaustiva por tratamento adequado.
REGULAÇÃO ESTADUAL
O Sistema de Regulação Estadual é uma ferramenta do Governo do Estado que disponibiliza vagas em unidades públicas hospitalares conforme critério de gravidade e não proximidade, visando a democratização do acesso.
Para isso, o paciente atendido em uma unidade de urgência e emergência é avaliado e submetido a exames laboratoriais ou de imagem, de acordo com as condições clínicas. Se comprovada a necessidade de assistência hospitalar, os profissionais da unidade solicitam a regulação no sistema, para que o paciente tenha a assistência adequada.
*Secom
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou hoje (12) de um ato de vacinação infantil contra a covid-19 em Maceió (AL). Durante o ato, o ministro vacinou duas crianças e voltou a afirmar que, até o dia 15 de fevereiro, o ministério vai distribuir vacinas suficientes para aplicar a primeira dose em todas as crianças de 5 a 11 anos no país.
Na ocasião, o ministro voltou a defender a não obrigatoriedade da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, mas fez um apelo para que os pais levem seus filhos para vacinar. Na terça-feira (8), Queiroga informou que após 55 dias da aprovação da primeira vacina para uso infantil contra a covid-19 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o percentual de crianças de 5 a 11 anos que tomaram a primeira dose de imunizantes contra a doença não passa de 15%.
“Vamos disponibilizar as vacinas para os pais e eu exorto a cada pai e cada mãe que levem seus filhos para a sala de vacinação”, disse.
Queiroga também criticou a aplicação de uma segunda dose de reforço das vacinas contra a covid-19 e disse que o país precisa avançar antes na aplicação da dose de reforço ou terceira dose. A aplicação de uma quarta dose foi levantada pelo governo de São Paulo e pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
“Antes de querer aplicar quarta dose sem evidência científica precisamos avançar na aplicação da terceira dose de vacina. O Brasil aplicou em cerca de 30% da sua população a dose de reforço, não queremos aplicar uma quarta dose sem ainda ter uma evidência científica forte”, explicou.
Um levantamento do Ministério da Saúde aponta que mais de 54 milhões de brasileiros em condições de tomar a dose de reforço ainda não o fizeram. Até o momento, 45,8 milhões de pessoas receberam essa dose adicional.
As doses de reforço podem ser dadas quatro meses após a conclusão do ciclo vacinal. As pessoas devem consultar as secretarias municipais de saúde para se informarem sobre os locais onde essas doses estão sendo aplicadas. Até o momento, o ministério recomenda a aplicação de uma quarta dose apenas para pessoas com alto grau de imunossupressão.
“Nos últimos seis meses reduzimos mais de 80% dos óbitos de covid-19 em nosso país. Vamos enfrentar essa variante Ômicron e vamos vencê-la, como vencemos a Delta, como vencemos a Gama e vamos livrar o Brasil da pandemia da covid-19 para voltarmos a ser felizes, como éramos antes”, afirmou o ministro.
*Agência Brasil
Estudo foi feito por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista
Pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) apontam caminhos que podem levar ao desenvolvimento de um anticoncepcional masculino. O estudo, publicado na revista Molecular Human Reproduction, mostra que a partir da proteína Eppin, que regula a capacidade de movimentação do espermatozoide é possível desenvolver medicamentos que controlem a fertilidade dos homens.
Segundo o professor do departamento de Biofísica e Farmacologia da Unesp, Erick José Ramo da Silva, a partir de experimentos feitos em camundongos foi possível identificar dois pontos da proteína que regulam a movimentação dos espermatozoides. “Ela tem um papel muito importante no controle da motilidade temática por interagir com outras proteínas que agora estão no sêmen. E essas proteínas, ao interagirem com a Eppin, promovem o ajuste fino da motilidade, o controle da motilidade”, explica o pesquisador que faz estudos na área há 20 anos.
Segundo Silva, foram usados anticorpos para descobrir quais são os pontos da Eppin, que tem função semelhante nos camundongos e nos seres humanos, responsáveis por regular a movimentação célula reprodutiva masculina. Após a ejaculação, o espermatozoide precisa nadar para chegar ao óvulo e fazer a fecundação.
Porém, antes da ejaculação, os espermatozoides não se movimentam. O estudo trabalhou em identificar justamente qual é a interação que faz com que as células fiquem paradas antes do momento certo. “Quem impulsiona o espermatozoide para dentro é o próprio processo de ejaculação. Somente depois de alguns minutos da ejaculação é que o espermatozoide vai adquirir a motilidade progressiva para seguir a jornada dele”, detalha o professor.
Ao entender detalhadamente como as proteínas mantém os espermatozoides parados e depois ativam a movimentação dessas células, os pesquisadores abrem a possibilidade do desenvolvimento de medicamentos que atuem dessa forma. “A gente estuda como essas proteínas interagem para entender como elas interrompem a motilidade para que a gente possa pensar estratégias farmacológicas, usando um composto, um princípio ativo, que pudesse incisar essa relação que naturalmente acontece”, acrescenta.
Um medicamento que fosse capaz de interromper a movimentação dos espermatozoides seria um anticoncepcional com efeito quase imediato, afirma Silva.
O estudo, inciado em 2016, foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e teve parceria com os departamentos de Farmacologia e de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), além do Instituto de Biologia e Medicina Experimental do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas, da Argentina.
Silva diz que, agora, as pesquisas devem continuar no sentido de buscar compostos ou moléculas que possam atuar nos pontos identificados pelo estudo. Essa nova etapa terá colaboração com cientistas da Inglaterra, de Portugal e da Universidade de São Paulo (USP).
O pesquisador conta, no entanto, que ao longo das últimas décadas, o desenvolvimento de um anticoncepcional masculino tem enfrentado dificuldades devido a falta de financiamento pelas indústrias farmacêuticas.
Informações Agência Brasil
Diante do grande índice de pessoas que marcam e não comparecem a uma consulta ou exame agendado pela Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, o órgão vai adotar uma lista de espera para que demais interessados ocupem a vaga. A medida estará em vigor a partir da próxima semana.
Dados do órgão apontam que, por exemplo, das 50 vagas agendadas para a tomografia, mais de 20 pessoas não compareceram para realizar o exame. Na avaliação do secretário de Saúde, Marcelo Britto, a lista irá representar uma mudança significativa para as marcações, que tem um índice de absenteísmo de 20%.
“Esse é um modelo bastante utilizado em companhias aéreas. Se você perde um voo, arrisca o próximo e, se alguém desistiu, consegue embarcar. Dessa mesma forma podemos fazer aqui para que o recurso não seja perdido, mas direcionado a quem precisa”, explica o secretário de Saúde, Marcelo Britto.
O novo sistema funciona da seguinte forma: o solicitante terá a consulta ou exame agendado para a data mais próxima. Se houver interesse, se candidata à lista de espera e será informado das datas que o procedimento é realizado, anteriores ao agendamento. Neste caso, pode se dirigir ao local e ocupar a vaga de alguém que faltou.
“Por exemplo, temos realização de exames acontecendo entre 8h, 8h15, 8h30 e a pessoa do último horário não compareceu. Aquele que chegar primeiro na unidade e tiver o nome na lista de espera irá ocupar a vaga. Lembrando que essa é uma opção e não uma obrigatoriedade”, destacou Marcelo Britto.
*Secom
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil ainda não chegou ao pico da nova onda da covid-19 causada pela variante Ômicron. No Brasil há cerca de dois meses, a nova cepa registrou, no fim de janeiro, 300 mil casos diários de infecções do coronavírus. “Analisando a última semana epidemiológica do país, tivemos aumento de casos causado pela covid-19 e ainda não chegamos no pico da onda causada pela Ômicron. O enfrentamento contra a doença continua”, avaliou Queiroga nesse sábado (5), pelo Twitter.
Ainda segundo o ministro da Saúde, a pasta monitora a pressão sobre o sistema de saúde e a ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). “Há espaço para abertura de novos leitos e estamos apoiando os Estados sempre que necessário. A atenção primária também tem sido reforçada”, ressaltou.
Na mesma postagem, Marcelo Queiroga enfatizou a importância da vacinação para que os casos tenham sintomas mais leves. “Se você ainda não tomou a segunda dose e a dose de reforço, não esqueça de completar seu esquema vacinal”, alertou.
*Agência Brasil