Divulgação/btt Corp.
Um paciente com câncer de próstata em estágio terminal, com expectativa de vida de quatro meses, alcançou a remissão completa da doença após ser submetido a um tratamento inovadordesenvolvido por um médico brasileiro.
Scott Miller foi diagnosticado com câncer de próstata metastático, em estágio IV, em julho de 2021, aos 66 anos de idade. O tumor apresentava quase 12 centímetros de diâmetro e havia se espalhado para ossos, vesícula, bexiga, reto e outros órgãos.
O paciente foi tratado, ao longo de seis meses, com a tecnologia BTT, que consiste na indução de proteínas de choque térmico por meio de aumento da temperatura, de maneira controlada, pelo cérebro. As proteínas de choque térmico são encontradas em praticamente todos os organismos vivos com funções diversas e complexas.
A inovação foi desenvolvida pelo pesquisador brasileiro Marc Abreu, especialista em termodinâmica cerebral e frequências termorregulatórias formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O chamado túnel térmico cerebral (BTT, na sigla em inglês) foi desenvolvido pelo médico na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
O relato do caso clínico foi apresentado nesta quarta-feira (26) na 38ª edição do Congresso Anual da Society for Thermal Medicine, em San Diego, nos EUA.
“A redução de expressão da proteína de choque térmico está associada com câncer, doenças neurológicas e o envelhecimento. Para o tratamento de câncer, além da mudança da carga termodinâmica, utilizamos frequências diferentes durante a indução com o objetivo de atuar em áreas distintas. A modalidade é a mesma que usamos no tratamento de doenças neurológicas, mas a receita é diferente”, explica Abreu.
Foram necessárias cinco induções como tratamento, ao longo de seis meses. De acordo com o relato clínico, Miller não sentiu nenhum efeito colateral e não realizou nenhum tratamento adicional, ou seja, o paciente não passou em nenhum momento por radioterapia ou quimioterapia, tratamentos tradicionais para combater o câncer.
“Na primeira indução, já senti algo diferente. Com isso, me mudei temporariamente de Los Angeles para Miami, onde fica o Instituto Médico BTT, para dar continuidade ao tratamento. Depois do tratamento, meu radiologista ao rever os meus exames me informou que inacreditavelmente é como se eu nunca tivesse câncer”, diz o Miller.
O paciente será acompanhado a cada seis meses no instituto e fará baterias de exames por três anos.
“Um ponto muito importante é que, com esse tratamento, não só eliminamos o câncer, mas também a fonte do câncer. Temos a erradicação das células-tronco cancerígenas e a neutralização das moléculas sinalizadoras, que são as moléculas que levam ao desenvolvimento e depois a recorrência do câncer”. Marc Abreu, especialista em termodinâmica cerebral e frequências termorregulatórias
O tratamento que realiza a indução de proteínas de choque térmico por meio de hipertermia guiada pelo cérebro também foi utilizado em pacientes com doenças neurológicas.
“Acreditamos que a nossa tecnologia, baseada na termodinâmica do cérebro, tem um potencial único de prevenir e tratar inúmeras doenças a nível molecular”, afirma Abreu.
O câncer de próstata é considerado uma doença silenciosa, que não costuma apresentar sinais ou sintomas nas fases iniciais. Alguns pacientes podem apresentar sintomas como dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, uma maior necessidade de ir ao banheiro, além da presença de sangue na urina.
A doença conta com perfis de evolução variáveis, podendo apresentar um crescimento lento ou rápido, de um paciente para outro.
O exame de toque é um dos métodos de rastreio para a detecção precoce do câncer. O teste permite ao médico verificar a estrutura da próstata, bem como possíveis sinais de aumento ou outras alterações. Com o envelhecimento, a próstata pode aumentar de tamanho naturalmente, sem que haja qualquer tipo de doença.
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que os homens a partir dos 50 anos, e mesmo sem apresentar sintomas, procurem atendimento médico, para avaliação individualizada com o objetivo de diagnosticar de forma precoce o câncer.
O exame de toque pode ser realizado anualmente a partir dos 50 anos para a população em geral, e deve ser iniciado aos 45 anos para homens que façam parte do grupo de risco, especialmente aqueles que contam com histórico familiar da doença.
Para o esclarecimento do diagnóstico, os especialistas também utilizam outro indicador chamado antígeno específico da próstata (PSA, na sigla em inglês). Embora a proteína seja produzida naturalmente pela glândula, o aumento no nível de PSA presente na circulação pode indicar a necessidade de investigar a presença de um tumor.
O exame de PSA é realizado a partir da coleta de sangue, que permite medir os níveis da molécula no organismo. Em seguida, os resultados são comparados pelo médico com outros fatores como o tamanho da próstata, a idade do paciente e a presença de nódulos ou inflamação na próstata.
Créditos: CNN Brasil
720 é o número de pessoas com quem a influenciadora Andrea Sunshine, conhecida nas redes sociais como “vovó fitness”, revelou ter tido relações sexuais desde que se divorciou, há 18 anos. A brasileira radicada em Londres compartilhou esse e outros detalhes sobre sua vida sexual em entrevista recente ao tabloide britânico Daily Mail.
“Sobre os números, é muito difícil contar exatamente, mas em média, digamos que eu me relacionei com 3 a 5 pessoas por semana (…) Namorei rapazes e mulheres porque sou bissexual, o que dá cerca de 720 em média”, disse ela.
Mas, afinal, fazer sexo com tantas pessoas assim pode trazer algum risco para a saúde?
O infectologista Rico Vasconcelos, pesquisador do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e colunista de VivaBem, explica que, na verdade, o que é mais importante de ser levado em consideração não é o número de pessoas com quem uma pessoa se relaciona, mas, sim, as condições em que o sexo foi realizado —isto é, se foi seguro ou não.
Não importa se a ‘vovó fitness’ tem uma parceria sexual apenas ou se ela tem 720 parcerias. Se ela estiver usando algum método de prevenção com boa adesão, ela estará bem protegida. Rico Vasconcelos, infectologista none
O preservativo é um item fundamental para diminuir o risco de ter ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), como herpesgenital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, HIV (vírus da imunodeficiência humana), hepatites virais B e C.
No caso do HIV, se a pessoa tiver se exposto ao risco de ter contraído o vírus, um recurso para evitar a contaminação é a PEP (Profilaxia Pós-Exposição), que é um medicamento de urgência —o tratamento deve ser iniciado preferencialmente nas primeiras 2 horas após a exposição e no máximo em 72 horas.
Já a PrEP (profilaxia pré-exposição) é voltada a pessoas não infectadas pelo HIV, mas com alto risco de adquiri-lo. É um método preventivo que consiste na combinação de medicamentos antirretrovirais que bloqueiam o ciclo de multiplicação do vírus e impedem a infecção do organismo.
Além disso, quem transa mais deveria se testar mais também. “O que eu recomendo é que a pessoa tenha uma rotina de testagem frequente de ISTs e, quanto maior for o número de parcerias sexuais, maior deve ser a frequência da testagem”, diz Vasconcelos.
Qualquer pessoa pode fazer a testagem para descobrir se tem alguma IST e, se tiver uma vida sexual ativa, o recomendável é realizá-la ao menos uma vez por ano. Os testes, cujos resultados saem no mesmo dia, são feitos de forma gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde), em unidades básicas de saúde e CTAs (Centros de Testagem e Aconselhamento). É possível diagnosticar HIV (vírus da imunodeficiência humana), sífilis e hepatites B e C.
O caso da ‘vovó fitness’ é extremo, mas uma pessoa que tem esse ritmo sexual deveria se testar a cada três meses, segundo o infectologista. A testagem é importante não só para que o indivíduo possa buscar tratamento, mas também para evitar a disseminação da infecção para seus parceiros.
A vacinação é outra medida importante na prevenção das ISTs.
Todas as pessoas devem estar em dia com a sua vacinação para doenças que são transmitidas por via sexual, como é o caso das hepatites A e B e do HPV.” Rico Vasconcelos, infectologista
Informações Viver Bem UOL
As estatísticas podem até errar, mas quando a própria OMS declara que o Brasil está entre os países com maiores níveis de estresse, é difícil duvidar. E todo mundo sabe o porquê: a sensação geral é que a pressão só cresce no trabalho, nos estudos, na família e na vida pessoal, sem falar de problemas financeiros, entre outros.
Apesar do cansaço que dá equilibrar todos esses pratos ao mesmo tempo, sem prejuízo do bem-estar, os especialistas explicam que nem todo estresse é ruim. Afinal, ele é reconhecido como uma resposta natural do cérebro que nos leva à adaptação, ajustes e superação de desafios e ameaças, ou seja, é isso que nos ajuda a resolver os perrengues do dia a dia.
Todo estímulo que altera nosso equilíbrio resulta em uma resposta de estresse.
Definidos como estressores, esses estímulos podem ser internos ou externos e provocam mudanças fisiológicas, psicológicas e comportamentais.
Tais alterações promovem uma cascata hormonal que altera mecanismos nervosos, endócrinos e imunológicos.
72% dos brasileiros sofrem sequelas decorrentes do estresse; entre estes, 32% se relacionam ao burnout.
Os níveis de estresse dependerão da forma como cada pessoa percebe a intensidade da exposição ao fator estressante.
Quando o problema se repete por semanas e até meses, o corpo começa a soar o alarme por meio de manifestações como alterações no sono, dor de cabeça constante, irritabilidade, dificuldades de concentração, tensão muscular, etc.
Se isso se prolonga, todos os sistemas do organismo ficam sobrecarregados e se observará a piora de doenças preexistentes, abusos do álcool, tabaco, entre outras substâncias.
Além disso, os cientistas têm reconhecido o estresse crônico como um gatilho para alterações em várias funções do organismo, entre as quais se desacam:
Pesquisas que observam a interação entre nutrição e estresse já identificaram complicações gastrointestinais, consequência da ação de catecolaminas (um tipo de hormônio), além da ligação entre a saúde do cérebro e a do intestino.
As mudanças identificadas são a redução da absorção dos alimentos, alteração da permeabilidade intestinal (mudanças na barreira contra as toxinas locais), modificações na secreção de ácido estomacal, além de maior propensão a inflamações.
Um dos efeitos mais comuns é a alteração no apetite (comer mais ou menos).
A digestão fica difícil e ocorre a aceleração do movimento intestinal.
Colite prévia ou doença de Crohn podem ser reativadas.
A síndrome do cólon irritável pode aparecer, assim como alterações na microbiota.
Úlceras e sangramentos são outros quadros comuns.
Pouco importa se o estresse é agudo ou crônico. O fato é que ele tem efeito nas funções cardiovasculares, estimulando-as ou inibindo-as. A gravidade dessas manifestações dependerá das características individuais (resposta ao estresse e doenças preexistentes).
O sistema cardiovascular responde ao estresse com o aumento da pressão sanguínea e do batimento cardíaco. Quando o estresse é crônico, ele pode ter como consequência doenças cardiovasculares.
A doença arterial coronariana, o AVC (Acidente Vascular Cerebral), a hipertensão arterial e arritmias são doenças relaciondas.
Pode haver estímulo para maior agregação plaquetária, isto é, da formação de coágulos, o que pode resultar em trombose, por exemplo.
Quem vive estressado fica mais suscetível a doenças porque o estresse prejudica o sistema imunológico.
Quando o estresse é grave e prolongado, ele pode reduzir ou suprimir as atividades dos linfócitos (citotoxinas T) que protegem o corpo de células causadoras de doenças, inclusive as relacionadas a tumores.
Hormônios como catecolaminas e opioides, naturalmente excretados em momentos de estresse, têm o mesmo efeito.
As substâncias mediadoras do estresse são capazes de atravessar a barreira hematoencefálica, encarregada de bloquear ou dificultar a passagem de agentes nocivos para o SNC (Sistema Nervoso Central).
A depender do tipo, do momento, da intensidade e duração do estresse, ele tem o poder de prejudicar a cognição.
Quando o estresse é moderado, ele até estimula a função cognitiva (memória virtual ou verbal).
Mas quando os limites de cada pessoa são ultrapassados, podem ser observados prejuízos cognitivos, especialmente os relacionados à memória e à capacidade de julgamento, resultado do estresse sobre as regiões do hipocampo e do córtex pré-frontal.
Essas ações sobre a memória dependem do tempo de exposição, podendo levar a alterações da memória tanto na sua formação, organização e armazenamento de novas lembranças, como as mais antigas.
Fatores como idade, sexo, podem ainda influenciar todos esses resultados.
Os especialistas afirmam que é impossível dissociar a resposta ao estresse do funcionamento do sistema endócrino. É a partir dele que ocorre a excreção dos hormônios esteroides, principalmente o cortisol, que garantem a energia necessária para superar situações estressantes.
Inclui-se nesse processo a queda dos níveis de insulina, o aumento da adrenalina, e o estímulo do pâncreas para a secreção do glucagon, entre outros. Esses fatores, juntos, podem levar ao aumento dos níveis de glicemia (hiperglicemia).
Para além da aparecimento de sintomas como sede, problemas na visão, pessoas com diabetespodem ter maiores dificuldades para controle da taxa glicêmica.
O estresse é uma resposta física ou mental a uma causa externa, como a expectativa de um evento como um exame ou estar doente, ou interna, como os pensamentos negativos. Esses fatores podem ser isolados, ter curta duração, mas também durar ou se repetir ao longo do tempo.
Ele também pode ser positivo (eustresse) —como quando você consegue atender a um prazo no trabalho ou durante o nascimento de um filho; ou negativo (distresse), quando um determinado problema tira o seu sono, por exemplo.
Já a ansiedade pode ser um sintoma do estresse e pode persistir, mesmo que não exista uma ameaça aparente. Caso esse estado seja permanente e comece a atrapalhar a vida, é preciso procurar por ajuda especializada.
Os especialistas consultados afirmam que é possível adotar algumas medidas que ajudam a controlar os efeitos indesejados do estresse.
Fontes: Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR (International Stress Management Association) e diretora da Clínica de Stress e Biofeedback, em Porto Alegre; Sonir Roberto Rauber Antonini, médico endocrinologista e endocrinologista pediátrico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, professor titular da mesma instituição, e presidente do Departamento de Endocrinologia Pediátrica da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia); Talísia Vianez, neurologista, chefe do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Getúlio Vargas da Universidade Federal do Amazonas, que integra a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), sócia-proprietária do Instituto do Senescer. Revisão técnica: Ana Maria Rossi e Sonir Roberto Rauber Antonini.
Referências:
Informações Viva Bem UOL
Pessoas a partir de 12 anos de idade sem comorbidade podem receber a vacina bivalente contra a Covid exclusivamente nesta semana, a partir de segunda-feira (17). A estratégia é para imunizar e proteger o maior quantitativo de pessoas que devem curtir o Micareta.
Para receber o imunizante é necessário ter tomado ao menos duas doses da vacina monovalente da Covid, com intervalo de quatro meses desde a última dose recebida.
A vacina será aplicada nas 104 salas de vacina das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de Saúde da Família (USF). Para ser imunizado, é necessário apresentar os documentos de identidade, cartão SUS e caderneta de vacinação.
À noite, a imunização também pode ser realizada nas USFs vinculadas ao Programa Saúde na Hora, com funcionamento ampliado das 8h às 20h30. São elas: Campo Limpo I, V e VI, Liberdade I, II e III, Queimadinha I, II e III, Parque Ipê I, II e III, Videiras I, II e III e Rua Nova II, III e Barroquinha.
Vale destacar que a depender da demanda e do quantitativo de estoque da vacina na Rede de Frio da Secretaria Municipal de Saúde, existe a possibilidade manter a imunização deste público no período pós-Micareta.
Levar os serviços médicos de excelência da Santa Casa de Feira de Santana à população carente. É este o principal objetivo da “Santa Casa nas Comunidades”, cuja primeira edição aconteceu no último sábado, 15, no distrito de Maria Quitéria.
Foram oferecidos diversos serviços, entre os quais, consultas com ortopedista, cardiologista, enfermagem e atendimento social. O pescador Salvador Santos, de 59 anos, aproveitou para se consultar com os dois médicos presentes. “Achei o atendimento ótimo, e atendeu à minha necessidade. A saúde é muito importante”, afirmou.
Os profissionais atuam de forma voluntária, destaca o provedor da instituição, Rodrigo Matos. “Ficamos realizados, pois esta iniciativa nos conecta ainda mais com a comunidade de Feira de Santana, principal razão da existência da Santa Casa. Evidencia a finalidade e os princípios filantrópicos da nossa atividade”, observa o médico Rodrigo Matos, provedor da Santa Casa.
De acordo com a supervisora da ação, a assistente social Karina Ataíde, a primeira edição do “Santa Casa nas Comunidades” superou as expectativas da entidade. “Temos certeza de que vamos contribuir para a oferta de serviços de saúde com qualidade à população das localidades mais vulneráveis”.
A próxima edição está agendada para 20 de maio. Além das consultas com especialidades, os pacientes terão acesso também a exames de ecocardiograma.
Água com gás é aquele tipo de coisa que ou se ama, ou se odeia. Enquanto há quem ache fantástica a ideia de poder beber uma bebida borbulhante sem culpa —ao contrário dos refrigerantes—, muita gente detesta, afirmando se tratar de uma água “salgada”.
Independentemente de gosto, uma dúvida que sempre paira sobre a água com gás é se ela pode fazer mal à saúde. E aí surgem diversos mitos, como uma suposta presença a mais de sódio, o que poderia fazer mal aos rins, até mesmo um potencial para estragar os dentes. Mas será que alguma dessas afirmações é verdade?
Em primeiro lugar, vale salientar que essa bebida nada mais é do que água com gás carbônico e traz duas variações: as naturais e as industrializadas.
“As águas naturalmente gaseificadas geralmente são encontradas em regiões com fontes termais. Um dos motivos para isso é que as rochas desses locais se decompõem devido ao calor que vem do centro do planeta e se combinam com a água dos lençóis freáticos”, explica João Guilherme Rocha Poço, professor de engenharia química da FEI.
Já as artificiais dependem de um processo que irá adicionar gás carbônico ao líquido. Isso é feito injetando gás pressurizado na água, sem qualquer processo adicional. Tanto que existem máquinas portáteis capazes de fazer esse procedimento de forma rápida e simples em casa.
Uma das preocupações sobre a água com gás é uma suposta presença adicional de sódio. Isso porque essa substância, se consumida em excesso, pode causar problemas de saúde. Muito sódio no organismo pode causar problemas no sistema urinário, como a formação de pedras nos rins, e também favorece o aparecimento de problemas cardiovasculares, como a hipertensão.
A boa notícia para quem curte água com gás é que esse tipo de bebida não tem, necessariamente, mais sódio do que a água comum.
Não há adição de sódio ou sais nesse processo de gaseificação. Entretanto, mesmo nas águas normais, podemos identificar variações na concentração de sódio entre diferentes marcas. Isso se deve às diferenças nas fontes e nos solos de sua origem. Essas diferenças são mínimas e não há impacto na saúde. Marina Pamponet, gastroenterologista do Hospital Mater Dei de Salvadornone
Outra boa notícia é que a bebida também não afeta os dentes. “Hoje sabemos que o seu consumo não afeta a saúde dos dentes ou qualquer outro órgão. Entretanto, as sodas e refrigerantes gaseificados podem ser prejudiciais [por causa do açúcar]”, complementa Pamponet.
O consumo da bebida, porém, requer atenção de pessoas com problemas gástricos, já que o processo de gaseificação da água gera ácido carbônico. Mesmo se tratando de um ácido fraco, ele promove uma leve alteração no pH da água, que fica mais ácida e pode causar desconforto se consumida em grande quantidade por pessoas com esse tipo de quadro.
“Caso haja flatulência e empachamento gástrico, é melhor evitar o seu consumo”, diz Antônio Guilherme Monteiro, gastroenterologista no Hospital Dia Campo Limpo, gerenciado pelo Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
Monteiro também reforça uma orientação que vale para todo tipo de líquido: a de não beber durante as refeições. “Não devemos tomar líquido quando comemos, menos ainda com gás, pois aumenta o volume e causa plenitude gástrica.”
Fora isso, a água com gás pode ser consumida livremente e traz todos os benefícios de sua versão sem gás.
Informações Viva Bem UOL
O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) convocou os médicos que trabalham nas unidades de saúde de Feira de Santana geridas pelas empresas Imaps e IGI para uma assembleia que será realizada na noite desta segunda-feira (17), de forma online, pela plataforma Meet.
A assembleia discutirá a situação dos médicos e deliberará sobre as estratégias a serem adotadas pela entidade.
O Sindimed informou que seus representantes participaram de duas audiências, nos dias 12 e 14 deste mês, junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), em busca de uma solução para pagamento dos honorários médicos em atraso.
Nas duas oportunidades, o Sindimet apresentou como proposta, o pagamento direto aos médicos, por meio da cessão de crédito. Embora a proposta tenha sido recepcionada pela Procuradora do Trabalho que conduz as negociações, os institutos (IMAPS e IGI), segundo o sindicato, não concordaram.
Uma nova audiência de mediação foi remarcada pelo MPT para o dia 26 de abril.
*Acorda Cidade
Apelidado de “hormônio do estresse”, cortisol prepara o organismo para situações do cotidiano e regula o sistema imunológico. Especialistas alertam para uma grande busca por exames que detectam os níveis de cortisol no sangue e para diagnósticos errados em cima dos resultados.
Nas redes sociais, culpar o cortisol por exaustão ou estresse é tema recorrente — Foto: Reprodução/Twitter
O cortisol é um hormônio que entra em cena para preparar o organismo para o que provavelmente está por vir. Ele estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos, acelera os batimentos cardíacos e aumenta a produção de glicose para alertar o corpo em caso de uma emergência.
Por causa da sua ação de defesa frente a situações consideradas estressantes, como um acidente, uma cirurgia ou um assalto, o cortisol é mais conhecido por outro nome: “hormônio do estresse“. Apesar de popular, a nomenclatura tem gerado uma falsa interpretação do cortisol.
Nas redes sociais, o que mais se vê são relatos do tipo “acabei com meu estoque de cortisol hoje” – para justificar uma exaustão no fim do dia – ou “não é nem meio-dia e meu cortisol está nas alturas” – para explicar uma situação ruim vivida no começo da manhã. Tem até quem deseja eliminar o cortisol do corpo na tentativa de eliminar o estresse da mente.
Tudo isso está errado. Médicos endocrinologistas ouvidos pelo g1 afirmam que o cortisol não é a causa, mas a consequência. O aumento do cortisol não deixa você mais estressado e a diminuição dele não te deixa mais cansado. Porque:
Localizadas acima dos rins, as glândulas suprarrenais são responsáveis pela produção do cortisol — Foto: Endocrine Society/Reprodução
“Não há como saber a partir de que intensidade de estresse psicológico e emocional ocorre uma maior ou menor liberação de cortisol. A liberação pode ser uma consequência do estresse, que é desencadeado por outro motivo e que estimula a produção do cortisol”, disse Madson Queiroz de Almeida, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Especialistas alertam para uma grande busca por exames que detectam os níveis de cortisol no sangue e diagnósticos errados em cima dos resultados. O mais comum é a fadiga adrenal, usada para explicar um conjunto de sintomas que ocorrem em pessoas sob estresse mental, físico ou emocional a longo prazo. Não há provas científicas de que a fadiga adrenal seja uma doença.
“Quando o organismo está funcionando direito, o esperado é que, diante de uma situação de estresse, a gente realmente consiga produzir cortisol em quantidades suficientes para enfrentar aquela ocasião. É a reação natural do organismo”, afirmou Roberto Zagury, endocrinologista do Laboratório de Performance Humana (LPH).
Abaixo, nesta reportagem, entenda os seguintes pontos:
O cortisol é liberado no organismo a partir de um trabalho conjunto que envolve o hipotálamo e a hipófise, localizados no cérebro, e as glândulas suprarrenais (ou adrenais), onde é produzido.
“É um hormônio do tipo luta ou fuga”, explicou o endocrinologista Roberto Zagury. “A sua suprarrenal percebe isso e produz bastante cortisol e vários outros hormônios. Todos eles vão preparar o nosso corpo para sair correndo ou para entrar em embate”, disse.
“É justamente o que o organismo precisa naquele momento. A quantidade de cortisol liberada é condizente com as circunstâncias”, afirmou Zagury.
Ou seja: não significa que, em um momento de estresse, o corpo irá receber uma grande quantidade de hormônio. No caso do cortisol, os níveis variam ao longo do dia. Geralmente, são mais elevados nas primeiras horas do dia e mais baixos à noite.
O fluxo regular e harmonioso do cortisol traz uma série de benefícios para o funcionamento do corpo, além de ser vital para a defesa do organismo turbinando o sistema imunológico. O hormônio ainda ajuda a regular o metabolismo e na manutenção da pressão arterial.
Cortisol: como o corpo reage ao estresse — Foto: Wagner Magalhães/Arte g1
O aumento ou a diminuição da produção de cortisol podem estar associados a duas doenças, que atingem as partes do corpo envolvidas na produção e liberação do hormônio.
⬆️ A Síndrome de Cushing é provocada pela exposição prolongada a níveis elevados de corticoides. Isso pode acontecer a partir de um tumor na hipófise, que estimula a produção de cortisol além do planejado, ou por uso excessivo de medicamentos corticoides. A doença causa acúmulo de gordura no abdômen e no rosto, já braços e pernas ficam finos e há fraqueza muscular.
⬇️ A insuficiência adrenal é uma doença rara, autoimune, e que causa danos às glândulas suprarrenais. A inflamação atrapalha a produção de cortisol e causa diminuição no hormônio. A pessoa tem cansaço fácil, perda de peso não intencional, redução da libido sexual, desejo por alimentos salgados e alterações na cor da pele.
Diante desses sintomas, é importante buscar ajuda médica para buscar o diagnóstico correto.
💥 A liberação do cortisol aumenta em situações de estresse no trabalho, no trânsito ou em casa? Sim. É um fluxo normal, de defesa do corpo. O que não é normal é ficar sob estresse o tempo todo – isso pode causar problemas de saúde.
“Existem hipóteses de que depressão e estresse crônico a longo prazo gerem um estímulo constante para aumentar a secreção de cortisol. Mas o ponto é que esse aumento não se traduz em uma doença. Provavelmente, a longo prazo, não faça bem para a saúde mental, haja aumento no risco cardíaco, mas são hipóteses”, explicou o endocrinologista Madson Queiroz de Almeida.
Existem exames que medem o nível de cortisol no corpo. O mais comum é o de sangue, feito em laboratórios de análises clínicas. Em geral, o exame sozinho não deve ser usado para diagnósticos. É necessário fazer outros exames e testes de estímulo para chegar a uma definição precisa.
Segundo o endocrinologista Madson Queiroz de Almeida, o nível de cortisol em indivíduos saudáveis varia de 6 até 20 mcg/dL (a medida usada é micrograma por decilitro de soro ou plasma).
“O cortisol pode vir 7 no exame e, apesar de ser um número baixo, pode não representar nada”, disse o médico.
Medir o cortisol em laboratório também não serve para medir o nível de estresse que você se encontra naquele momento.
“O exame de sangue para cortisol temindicações específicas. Mas ele não mede o nível de estresse que você está submetido. Isso pode ser medido com uma boa conversa com seu médico. Atualmente, as pessoas não avaliam adequadamente os seus pacientes e substituem isso por toneladas de exames”, afirmou o endocrinologista Roberto Zagury.
Fadiga adrenal é uma condição que não existe, segundo a ciência. Mas a “doença” tem aparecido cada vez mais como a causa de cansaço extremo e estresse elevado – e a culpa seria do cortisol.
Segundo a teoria, não comprovada cientificamente, as glândulas suprarrenais, que produzem esse e outros hormônios, não conseguiriam atender às necessidades do corpo de pessoas que enfrentam estresse a longo prazo.
Não há nenhum teste que detecte a fadiga adrenal, segundo Endocrine Society, uma das organizações médicas mais respeitadas do mundo. A pessoa é diagnosticada com a falsa doença com base apenas nos sintomas. Segundo especialistas, isso pode ocultar a verdadeira doença da pessoa e levar ao tratamento errado, causando outros problemas de saúde.
Entre eles, está o uso sem indicação de medicamentos corticoides para aumentar o nível de cortisol. “Se você indica isso para quem não precisa, a pessoa pode ficar exposta aos riscos que os corticoides trazem, como aumento de peso, retenção de líquido e aumento da glicose”, afirma Almeida. Nesses casos, não se deve parar de tomar os remédios de forma abrupta e buscar ajuda médica.
Aqui, a ciência assina embaixo: fazer mudanças no estilo de vida podem ajudar a controlar o impacto que o estresse provoca no organismo, de acordo com os médicos. Entre elas, estão:
“Às vezes, seu problema de saúde é seu próprio estilo de vida”, disse o endocrinologista Roberto Zagury. “Não há nada que você possa fazer, do ponto de vista de estilo de vida, que vai fazer a sua suprarrenal parar de funcionar. E que bom, né?”, afirmou.
Informações G1
Esteatose hepática, doença popularmente conhecida como fígado gorduroso ou simplesmente gordura no fígado, afeta 35,1% de 8.166 participantes de uma pesquisa que investigou fatores associados ao desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares e outras condições crônicas.
O estudo, de autoria de pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e colaboradores da USP (Universidade de São Paulo) e UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), está publicado na edição de sexta-feira (14) da revista Cadernos de Saúde Pública.
A pesquisa evidencia que o aumento da gordura no fígado, condição encontrada em pessoas que desenvolvem doença hepática gordurosa não alcoólica, também está associado a outras taxas preocupantes para a saúde, como alto IMC (índice de massa corporal) e triglicerídeos.
A maior prevalência foi encontrada em indivíduos do sexo masculino e com obesidade. Avaliando fatores sociodemográficos, percebeu-se que esse grupo possuía um nível mais baixo de escolaridade e de atividade física.
Os dados epidemiológicos apresentados nesse artigo são provenientes do ELSA-Brasil, o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto. Após triagem, os mais de 8 mil participantes, com idades de 35 a 74 anos, foram acompanhados por cerca de quatro anos por meio de entrevistas e exames clínicos que coletaram dados sociodemográficos e de saúde.
Os pesquisadores detectaram diferenças em outros fatores clínicos comparando o grupo de participantes que tinha gordura no fígado com o grupo que não apresentava essa condição de saúde. O grupo com esteatose exibia níveis maiores de marcadores significativos, tais como IMC, circunferência da cintura, triglicerídeos, colesterol elevado e resistência à insulina.
A incidência de diabetes entre os participantes foi de 5,25%. Quando realizada a comparação entre os grupos com e sem esteatose hepática, os pesquisadores obtiveram uma incidência de 7,83% no grupo com esteatose hepática e de 3,88% no grupo sem esteatose.
A presença de gordura no fígado aumentou em 30% o risco de se desenvolver diabetes. Mesmo após ajustes de índice de comparação, o risco de surgimento de novos casos de diabetes permaneceu sendo maior no grupo de participantes com gordura no fígado comparados àquele dos que não possuíam a condição.
Os autores destacam que esse é o primeiro estudo a confirmar o risco do desenvolvimento de diabetes em indivíduos com gordura no fígado numa população da América do Sul, corroborando dados existentes acerca da associação entre as duas condições de saúde. Tal relação também já havia sido apontada em outros estudos realizados, principalmente em asiáticos.
Essa pesquisa tende a trazer mais informações, visto que o acompanhamento dos participantes continua. “A perspectiva é continuar acompanhando essa coorte de indivíduos e produzindo conhecimento sobre diversas condições crônicas não transmissíveis”, comenta Luciana Costa Faria, autora do artigo.
No Brasil, o cenário nutricional justifica a crescente dos índices de sobrepeso, obesidade e diabetes. A população exibe maus hábitos de alimentação e a doença hepática gordurosa não alcoólica é uma condição de alta prevalência, alcançando um índice de cerca de 25% da população geral, segundo a pesquisadora.
As conclusões obtidas a partir desse estudo expõem o quão importante é que profissionais da saúde reforcem a conscientização de seus pacientes ao “aconselhar e recomendar mudanças significativas nos hábitos de vida, principalmente atividades físicas regulares, dieta saudável, perda de peso e controle dos demais fatores metabólicos”, diz Faria.
Além disso, os serviços de saúde podem implementar a identificação de pacientes com esteatose hepática como medida preventiva contra o desenvolvimento de doenças crônicas, como a diabetes.
Informações Viva Bem UOL
Cresceu muito o número de crianças e adultos com gripes, resfriados e outras infecções respiratórias. Em muitos casos, a fisioterapia respiratória é uma importante aliada no tratamento dessas doenças. O papel do fisioterapeuta nesse processo é fundamental, pois é ele quem irá utilizar técnicas para melhorar a saúde muscular e reduzir os sintomas do paciente.
Segundo a fisioterapeuta Carla Tanajura, a fisioterapia respiratória não se restringe apenas ao ambiente hospitalar. Em muitos casos, crianças e adultos podem fazer o tratamento em casa ou em clínicas especializadas. A técnica é indicada em casos de gripes, resfriados com produção de secreção, desconforto ou falta de ar, crianças com pneumonia, bronquiolite, crises de asma (com acompanhamento médico adequado), queixas mais fortes com acúmulo de secreções, crianças com neuropatia, apresentando dificuldades para eliminar catarro ou dificuldade para tossir.
Para melhorar o quadro do paciente, existem diversas técnicas que podem ser utilizadas pelo fisioterapeuta, como a cinesioterapia respiratória, tratamento muscular controlado, treinamento muscular respiratório, incentivados respiratórios, terapia com pressão positiva, higiene brônquica e manobras respiratórias de reexpansão pulmonar.
“Essas técnicas são capazes de melhorar o desconforto respiratório na mobilização de secreções, melhora na tosse, reduz o tempo de internamento, para pacientes que estão em hospitais. A fisioterapia respiratória também é recomendado de forma preventiva, para evitar o agravamento do quadro do paciente”, garantiu a fisioterapeuta acrescentando que “dentre as técnicas citadas, uma das mais utilizadas no centro de reabilitação Reabserv, é o método Reequilíbrio Toracoabdominal – RTA. Trata-se de uma abordagem da fisioterapia que avalia e trata o sistema de maneira integral em todas as idades (bebês, crianças e adultos) e baseia-se no posicionamento, alongamento e fortalecimento dos músculos respiratórios.
Ela afirma ainda, que muitos pais recorrem à fisioterapia respiratória para prevenir sintomas respiratórios. Essa abordagem pode ser muito eficaz, pois ajuda a melhorar a capacidade respiratória das crianças, evitando assim o agravamento de possíveis quadros controlados. “A importância da fisioterapia respiratória como tratamento de doenças respiratórias é inegável. É preciso que as pessoas tenham consciência de que o fisioterapeuta é um profissional capacitado para ajudar no tratamento dessas doenças. Por isso, é fundamental que o paciente busque ajuda especializada o mais cedo possível, para que possa ter uma recuperação mais rápida e eficaz”.
Fonte: Assessoria de Comunicação