O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou para a possibilidade de um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso não vença as eleições, marcadas para o próximo dia 28. Maduro busca um terceiro mandato de seis anos, e a disputa tem sido marcada por denúncias de prisões de opositores, acusados pelo governo de conspirar para derrubá-lo.
Para Maduro, apenas sua vitória garantirá a ‘paz’ no país. O presidente venezuelano reforçou que o resultado das eleições é crucial para evitar conflitos. “Quanto mais contundente for a [nossa] vitória, mais garantias de paz vamos ter”, disse Maduro durante discurso no bairro de La Vega, em Caracas, na quarta-feira (17).
Declarações repetem discurso feito na semana passada. Na quinta (11), Maduro disse que a Venezuela decidirá entre “guerra e paz” nas próximas eleições. “Em 28 de julho, escolheremos entre protestos violentos e tranquilidade, colônia ou projeto de pátria, fascismo ou democracia. Estão preparados? Estão preparadas? Eu estou preparado”, declarou.
O destino da Venezuela no século 21 depende de nossa vitória no dia 28 de julho. Se não querem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida causada pelos fascistas, precisamos garantir a maior vitória da história eleitoral do nosso povo. (…) Quanto mais contundente for a vitória, mais garantias de paz vamos ter.
Nicolás Maduro, em discurso durante ato em Caracas
Líder da oposição fala em ‘escalada repressiva’ na Venezuela. “Estou ligando um alarme para o mundo sobre a escalada da repressão de Maduro contra aqueles que trabalham na campanha eleitoral ou nos ajudam em qualquer parte do país: ele fez da violência e da repressão a sua campanha eleitoral”, denunciou María Corina Machado, que foi impedida pela Justiça de concorrer à presidência.
Chefe de segurança de opositora foi preso na quarta-feira (17). Segundo o movimento Vente Venezuela, Milciades Ávila foi levado de madrugada, em um ato de “violação de todos os procedimentos legais”. Atualmente, seis dos ex-funcionários de campanha de María Corina estão escondidos na embaixada da Argentina, de onde buscam asilo político. O governo da Venezuela não se manifestou sobre o caso.
Em 6 meses, 46 pessoas ligadas à oposição foram detidas. Os números são da ONG Acesso à Justiça. No último dia 6, as autoridades venezuelanas liberaram cinco pessoas que haviam sido detidas por apoiar um evento do candidato Edmundo González Urrutia, principal adversário de Maduro nas eleições.
Principal rival de Maduro pediu respeito ao resultado da eleição. Favorito nas pesquisas, Edmundo González Urrutia disse às Forças Armadas que protejam a Constituição e garantam o respeito à “decisão do povo soberano”. “Convido-os a uma nova fase que começará em nosso país, na qual novamente terão um papel de destaque”, afirmou o representante de María Corina Machado no dia 5.
Apesar da recente recuperação, muitas famílias ainda passam fome. Cerca de 5 milhões de pessoas — ou 17,6% da população total do país — não está recebendo comida suficiente, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas). A Venezuela tem o segundo maior nível de fome na América do Sul, atrás apenas da Bolívia. O governo culpa as sanções dos EUA por suas dificuldades econômicas.
Presidente desde 2013, Maduro deu amplo poder aos militares. As Forças Armadas controlam não só as armas, mas também empresas de mineração, petróleo e distribuição de alimentos, além de alfândegas e ministérios importantes. Para a oposição, que denuncia redes de corrupção que enriqueceram muitos oficiais, a politização começou com o falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013).
Informações UOL com AFP, ANSA e Reuters
O ambiente político entre Argentina e Irã está cada vez mais tenso. Recentemente, o governo de Teerão lançou graves ameaças ao presidente argentino, Javier Milei, pela postura dele em relação a Israel. Essa disputa diplomática ganhou destaque após declarações fortes do lado iraniano, expressas num importante jornal do país.
O Tehran Times trouxe a público um editorial incisivo nesta última quarta-feira, forte o suficiente para repercutir globalmente. O porta-voz do governo iraniano fez acusações sérias contra o líder argentino, marcando uma escalada no conflito de palavras entre as duas nações.
As tensões tiveram início a partir das posições adotadas por Javier Milei que, claramente alinhado com Israel, tem condenado as atitudes do regime islâmico iraniano. Além disso, a Argentina sob sua liderança designou o Hamas, grupo com conhecidas ligações com o Irã, como organização terrorista. Essas movimentações não foram bem recebidas por Teerã, que enxerga nessas ações uma ameaça direta.
No referido artigo, o representante do regime dos aiatolás ressaltou que o “Irã mostrou que não joga facilmente no tabuleiro de xadrez do inimigo”. Ele continuou, destacando que, na “posição e momento certos, o Irã imporá seu próprio jogo”. Essas palavras sugerem uma estratégia de resposta cuidadosamente calculada, alertando para possíveis manobras políticas ou até mesmo militares contra os interesses argentinos.
A decisão do governo argentino de classificar o Hamas como terrorista aparentemente agravou a situação. Patricia Bullrich, ministra da Segurança da Argentina, tem sido vocal sobre a expansão das atividades do Hezbollah, outro grupo terrorista apoiado pelo Irã, na América do Sul. Esses desenvolvimentos aumentam a complexidade das relações internacionais na região, destacando uma teia de alianças e inimizades que poderia ter repercussões significativas.
A resposta do Irã às políticas de Milei sugere uma época de maior tensão e insegurança nos laços entre os dois países. Enquanto o presidente argentino mantém uma postura firme contra o que ele vê como ameaças, o editorial do Tehran Timessalienta uma retórica igualmente inflexível do lado iraniano. Essa batalha declarativa, ainda sendo travada apenas na arena verbal e política, tem potencial para influenciar profundamente a diplomacia na América Latina e no Oriente Médio.
Os cidadãos e líderes globais observam atentamente enquanto a Argentina e o Irã delineiam seus próximos movimentos nesse tabuleiro geopolítico altamente volátil. Como essa situação irá evoluir ainda é incerto, mas é claro que as implicações podem ser profundas tanto para a estabilidade regional quanto para as relações internacionais como um todo.
Informações TBN
Foto: 15/07/2024REUTERS/Elizabeth Frantz
Nos últimos dias, o contexto de segurança envolvendo Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, tornou-se ainda mais crítico. Informações confidenciais apontam que o Irã poderia estar planejando um atentado contra ele, uma situação que levou o Serviço Secreto a aumentar as medidas de proteção ao político.
Estas informações alarmantes foram divulgadas em um período onde já se observava um aumento no envio de mensagens por contas e meios de comunicação ligados ao governo iraniano, incluindo referências específicas a Trump. Esta escalada verbal na mídia é um dos fatores que contribuem para o crescimento do alerta entre as autoridades americanas.
Segundo comunicados oficiais, o Serviço Secreto dos EUA, encarregado pela segurança dos ex-presidentes, intensificou suas estratégias e recursos operacionais para garantir a segurança de Trump. Detalhes específicos sobre as mudanças implementadas são mantidos em confidencialidade, mas sabe-se que as restrições e o monitoramento aumentaram consideravelmente.
A raiz desse suposto plano assassinato remonta ao assassinato de Qasem Soleimani, importante comandante militar iraniano, realizado em janeiro de 2020 sob a administração de Trump. Desde então, o governo iraniano tem repetidamente expressado a intenção de retaliar.
Este contexto global intensifica não apenas a segurança de Trump, mas também de outros ex-altos funcionários do seu governo, que igualmente já manifestaram receber diversas ameaças relacionadas.
Em recente evento na Pensilvânia, a segurança de Trump já tinha sido posta à prova, quando Thomas Matthew Crooks tentou se aproximar do ex-presidente, o que levantou questões sobre possíveis falhas de segurança. Especula-se sobre a existência de falhas protocolares e estratégias de segurança enjo rompidas, dado o contexto ameaçador que já estava sendo mapeado.
Embora Crooks não pareça estar ligado diretamente ao plano iraniano, esse incidente sublinha os riscos inerentes a ex-líderes políticos em um ambiente global cada vez mais complexo e volátil.
As investigações sobre o ocorrido estão a cargo do FBI, que se mantém reservado quanto aos detalhes. Este momento delicado destaca não apenas a ameaça constante enfrentada por figuras públicas, mas também a complexidade envolvida na gestão de sua segurança em um contexto de ameaças internacionais interligadas.
A resposta a essas ameaças e as estratégias de proteção continuam evoluindo, à medida que novas informações e contextos surgem, demonstrando a constante necessidade de adaptação dos serviços de segurança e inteligência no mundo contemporâneo.
Informações TBN
O empresário Elon Musk vai doar cerca de US$ 45 milhões de dólares (R$ 245 milhões), por mês, para a campanha presidencial de Donald Trump. De acordo com o Wall Street Journal, a verba será destinada ao grupo político America PAC.
O valor será repassado ao Comitê, criado em junho, destinado a arrecadar fundos para a candidatura do empresário. O grupo tem como objetivo divulgar propagandas e convencer eleitores a votar antecipadamente, principalmente em estados importantes na corrida eleitoral para a Casa Branca.
Musk é apontado como um dos maiores financiadores do novo fundo. O bilionário e Donald Trump se reuniram, em março, em um evento para doadores.
Informações Bahia.ba
O ex-presidente Donald Trump escolheu o senador J.D. Vance, de Ohio, como candidato a vice-presidente de sua chapa para a disputa pela Presidência dos Estados Unidos, em novembro. Trump anunciou a novidade em sua rede social, a Truth Social, nesta segunda-feira, 15.
“Depois de longa deliberação e reflexão e considerando os tremendos talentos de muitos outros, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande Estado de Ohio”, escreveu Trump.
Agora candidato a vice-presidente dos EUA, Vance serve como senador desde o ano passado. Ele tem 39 anos.
Trump anunciou o seu novo companheiro de chapa em meio à convenção do Partido Republicano, que ocorre nesta semana em Wisconsin.
Entre outros pontos, o evento serviu para confirmar o nome do ex-presidente como representante da legenda para o comando da Casa Branca.
O senador J.D. Vance, de Ohio, novo no Congresso, entrou no cargo com a ajuda do ex-presidente Donald Trump.
J.D. Vance é um apoiador de Trump no Congresso norte-americano. Frequentemente vota alinhado com os interesses do ex-presidente.
Ele se opôs a um projeto de lei de ajuda à Ucrânia no início deste ano, ao adotar a crítica de Trump de fornecer mais recursos financeiros dos EUA para Kiev. J.D. Vance também é próximo de Donald Trump Jr., um dos filhos do ex-presidente norte-americano.
Apesar do atentado sofrido no sábado 13, durante comício em Butler, na Pensilvânia, Donald Trump seguiu com a agenda de campanha neste domingo, 14.
O ex-presidente viajou até Milwaukee, no Estado de Wisconsin. Na cidade, ele recebeu formalmente a nomeação como candidato dos republicanos à Presidência dos EUA.
Informações Revista Oeste
Foto: Reprodução/The Objective.
Na noite de ontem (13), cenas políticas nos Estados Unidos tomaram uma direção inesperada e cheia de tensões. Em um recente comício na Pensilvânia, Donald Trump foi atingido por um disparo durante seu discurso. Este atentado gerou um tumulto significativo e uma rápida resposta por parte dos Serviços Secretos, intensificando o clima de divisão e preocupação na política americana.
Acontece que, na semana passada, Joe Biden, atual presidente, fez declarações incisivas sobre seu antecessor, Donald Trump, numa ligação com doadores, expressando seu foco singular em derrotar Trump políticamente. Essas palavras, segundo reportagens, foram faladas dias antes do grave incidente de segurança envolvendo Trump.
A declaração e o subsequente atentado levantam questionamentos sérios sobre a retórica política e suas possíveis consequências.
Conforme relatado inicialmente pelo Politico e confirmado por Kenneth P. Vogel do The New York Times, Joe Biden, em uma conversa privada com arrecadadores de fundos, afirmou que era “hora de colocar Trump no alvo”. Essa frase, embora provavelmente metafórica, destacou o quão centrado Biden está em sua campanha contra Trump. Segundo relatos, Biden incentivou o Partido Democrata a concentrar todos os esforços em derrotar Trump, ignorando outras distrações.
Cinco dias após as palavras de Biden, durante um evento em Butler, Pensilvânia, Trump foi atingido na orelha por um disparo. O ataque trouxe à tona o clima de divisão e violência que pode ser incitado por discursos políticos. Trump, após o atentado, agradeceu ao Serviço Secreto pela rápida intervenção e lamentou as outras vítimas do incidente. Este evento não apenas chocou os Estados Unidos, mas também gerou debates internacionais sobre a segurança de políticos e a influência de suas palavras.
Posterior ao ataque, Joe Biden fez um pronunciamento cauteloso, indicando que ainda não tinha informações suficientes para classificar o ato como uma tentativa de assassinato. Biden expressou sua opinião pessoal, mas enfatizou a importância de obter todos os fatos antes de fazer qualquer declaração definitiva. Esta resposta parece reflectir um desejo de manter a prudência numa situação já bastante inflamada.
A sequência desses acontecimentos trouxe à superfície as complexidades e os perigos inerentes à retórica política acirrada. Enquanto líderes podem buscar enfatizar suas campanhas com fortes declarações, os recentes eventos mostram que palavras podem inadvertidamente escalonar tensões a níveis perigosos. Este é um momento para reflexão sobre como a política está sendo conduzida e as mensagens que estão sendo enviadas ao público.
O ocorrido não apenas destaca a necessidade de responsabilidade na comunicação dos líderes políticos, mas também ressalta a importância do serviço de segurança e resposta rápida em eventos de alto risco. As repercussões desses eventos seguramente influenciarão a dinâmica política nos EUA nos próximos meses, especialmente com as eleições presidenciais no horizonte.
Informações TBN
Foto: Reprodução/Anva MoneyMaker/AFP.
Um recente acontecimento chocante abalou a cena política internacional neste sábado (13). O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi vítima de uma tentativa de assassinato durante um comício na Pensilvânia, provocando reações de lideranças mundiais. Entre elas, a Argentina tomou a frente com pronunciamentos enfáticos contra o ato violento, destacando a posição oficial do país sul-americano sobre o incidente.
Em uma mensagem divulgada pela Casa Branca, Biden enfatizou a importância da segurança e da união nacional frente a atos de violência. Ele também destacou o papel crucial do Serviço Secreto, responsável por manter Trump seguro durante o incidente alarmante.
O incidente ocorreu num momento em que Trump se apresentava aos seus seguidores. Graças à rápida ação do Serviço Secreto, o ex-presidente não sofreu nenhum dano físico. Segundo relatos iniciais, o comício foi imediatamente interrompido para garantir a segurança de todos os presentes.
Biden declarou que tanto ele quanto sua esposa, Jill, estão orando pela segurança de Trump e sua família. “Estou grato por saber que ele está bem e seguro”, afirmou Biden na mensagem. “Não há lugar para esse tipo de violência nos Estados Unidos. Devemos nos unir como uma nação para condená-la”, completou.
Em um comunicado divulgado pela Oficina del Presidente da Argentina, o presidente Javier Milei não só condenou o ataque, mas também expressou solidariedade para com Donald Trump, enfatizando o repúdio a qualquer forma de violência política. O governo argentino foi notavelmente rápido em sua resposta pública ao ocorrido.
O presidente argentino, Javier Milei, destacou em comunicado oficial seu “mais energético repúdio à tentativa de assassinato” contra Trump. Milei também usou suas redes sociais para reiterar seu apoio ao ex-presidente dos EUA, denunciando a ação como um reflexo do desespero de grupos políticos contrários. Na sua visão, essa violência é uma tentativa de desestabilizar democracias estabelecidas e promover agendas autoritárias.
A ex-presidente Cristina Kirchner, que também já foi alvo de uma tentativa de assassinato, manifestou sua solidariedade a Trump. Em sua publicação, Kirchner salientou a importância de respeitar a vida, independentemente das diferenças políticas ou ideológicas, evidenciando uma posição de compaixão diante de atos de violência.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou choque com o tiroteio. “Sara e eu ficamos chocados com o aparente ataque ao Presidente Trump”, escreveu Netanyahu na rede social X, referindo-se à sua esposa. “Rezamos por sua segurança e rápida recuperação.”
A chefe do governo italiano, Giorgia Meloni, também expressou “solidariedade” a Donald Trump, desejando-lhe uma rápida recuperação. Em um comunicado citado pela AFP, Meloni manifestou ainda “esperança de que os próximos meses da campanha eleitoral vejam o diálogo e a responsabilidade prevalecerem sobre o ódio e a violência”.
A Venezuela também condenou o ocorrido, com o presidente Nicolás Maduro desejando “saúde e vida longa” ao candidato republicano às eleições presidenciais norte-americanas, reconhecendo Trump como um adversário político. “Fomos adversários, mas desejo (…) saúde e vida longa”, disse o líder chavista durante um comício no estado de Carabobo, no norte da Venezuela.
O presidente chinês, Xi Jinping, expressou neste domingo, 14 de julho, “compaixão e simpatia” a Donald Trump após a tentativa de assassinato do ex-presidente durante um comício na Pensilvânia.
“A China está acompanhando cuidadosamente a situação relacionada com [a tentativa de] assassinato do ex-presidente Donald Trump”, informou a diplomacia chinesa.
Enquanto o mundo observa e reage, resta a esperança de que tais incidentes não se repitam, prevalecendo o debate pacífico e democrático como alicerce das relações políticas internacionais.
Informações TBN
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, terá uma nova oportunidade para provar aos eleitores que é capaz de governar por mais quatro anos o país depois de um debate desastroso contra Donald Trump.
Nesta quinta-feira, 11, Joe Biden, de 81 anos, concluirá a cúpula da Otan, realizada em Washington, com uma rara entrevista coletiva. Ele responderá sozinho a perguntas da imprensa. As informações são do jornal G1.
A entrevista ocorre em um momento crítico, com a eficácia e a capacidade de Joe Biden sendo intensamente questionadas, e em meio a uma crescente ansiedade dentro do partido Democrata sobre sua candidatura.
Biden não é conhecido por suas habilidades de improviso. Entretanto, o presidente dos EUA pode destacar sucessos como o aumento do emprego e medidas aprovadas no Congresso, além da eficácia da Otan durante seu mandato.
O presidente Joe Biden tentou melhorar sua performance depois do debate com Donald Trump, mas uma entrevista subsequente à ABC também foi desapontadora. A pressão para que ele desista da candidatura aumenta entre deputados e senadores.
Eleitores norte-americanos tendem a avaliar seus líderes mais pela forma como os fazem sentir do que por suas ações. O debate de Biden abalou profundamente seu partido.
Eleitores e aliados avaliarão a capacidade de Biden de pensar rapidamente, demonstrar dinamismo e articular bem durante a entrevista coletiva.
O debate contra Trump, em vez de ajudar Biden, confirmou os receios dos eleitores sobre ele, comentou Allison Prasch, professora de retórica da Universidade de Wisconsin.
“O presidente é um símbolo”, disse Prasch. “Poderíamos argumentar que quando vemos um presidente que parece doente, que tem dificuldade em realizar algumas tarefas básicas da presidência, temos dúvidas sobre o estado da nação.”
“Em 2020 ele prometia demonstrar confiança diante do caos. Ele estava dizendo: ‘Eu sou uma força constante’. Se é assim que você se identifica e faz o oposto neste debate, é exatamente por isso que isso foi tão chocante para o público”, acrescentou.
Discursos inspiradores podem ter grande impacto nas eleições norte-americanas, como o de George W. Bush depois do 11 de setembro ou o Yes, We Can! de Barack Obama. Até mesmo o Make America Great Again de Trump ressoou amplamente.
“As pessoas viam Trump como o reflexo de um país mais turbulento, caótico e furioso”, disse Zelizer. “Os eleitores podem ver a fragilidade de Biden como um símbolo de fraqueza ou de seu próprio tipo de instabilidade.”
Biden fez um bom discurso sobre o Estado da União, ajudando a tranquilizar os que duvidavam de sua viabilidade como candidato. No entanto, os pontos positivos do presidente podem atingir um público menor do que sua disputa com Trump.
Apesar dos apelos para que se retire, Biden insiste ser o melhor democrata para derrotar Trump, a quem ele considera uma ameaça existencial à democracia.
Informações Revista Oeste
O jornalista George Stephanopoulos, âncora do telejornal norte-americano ABC News, disse que Joe Biden não é capaz de cumprir um novo mandato na Presidência dos Estados Unidos. A afirmação ocorreu na terça-feira 9.
Ele deu a declaração quatro dias depois de entrevistar o presidente norte-americano. Sua fala foi a resposta a uma pergunta feita por uma pessoa que o abordou na rua.
O vídeo, que foi divulgado pelo site norte-americano TMZ, mostra Stephanopoulos com roupas de ginástica enquanto caminhava em uma calçada de Nova York. De repente, um estranho se aproxima do jornalista, e, com a câmera do celular escondida, faz a pergunta e recebe a resposta.
“Você acha que Biden deveria renunciar?”, perguntou a pessoa que o abordou. “Você falou com ele mais do que qualquer outra pessoa ultimamente”. O jornalista respondeu: “Não acho que ele consiga cumprir mais quatro anos de mandato”.
Em nota, Stephanopoulos se desculpou. “Mais cedo, respondi a uma pergunta de um transeunte”, escreveu. “Não deveria ter feito isso.”
A equipe do ABC News também se manifestou. Afirmou que o jornalista tinha expressado “o próprio ponto de vista, não a posição do telejornal”.
As críticas ao presidente norte-americano se intensificaram depois do último debate eleitoral. O confronto entre Biden e o ex-presidente Donald Trump ocorreu em 27 de junho. O embate contou com transmissão do canal CNN.
Nesta quarta-feira, por exemplo, o ator de Hollywood George Clooney pediu a Biden que desista de sua campanha. Em um artigo publicado no jornal norte-americano New York Times, o artista afirmou que Biden está “velho demais para concorrer novamente”.
“O tempo é a única batalha que ele não pode vencer”, escreveu Clooney. “É devastador dizer isso, mas o Joe Biden que encontrei há três semanas na arrecadação de fundos não é o mesmo Biden de 2010, nem de 2020. Ele era o mesmo homem que todos vimos no debate.”
Informações Revista Oeste
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o retorno da Venezuela ao Mercosul, suspensa por violação da cláusula democrática. O petista está em Santa Cruz de La Sierra, onde se reuniu com o presidente Luis Arce e se solidarizou pela quartelada em La Paz, denunciada como tentativa de golpe de Estado.
Ao comemorar a adesão da Bolívia ao Mercosul, Lula disse que espera poder receber em breve a Venezuela de volta ao bloco. “O bom funcionamento do Mercosul, que tem a satisfação de agora acolher a Bolívia como membro pleno, concorre para a prosperidade comum. Esperamos também poder receber logo e muito rapidamente de volta a Venezuela.”
Ele prosseguiu: “A normalização da vida política venezuelana significa estabilidade para toda a América do Sul”, afirmou Lula, sem mencionar o cerco do regime à oposição.
A Venezuela vai às urnas no dia 28, em votação marcada pela exclusão de opositores, prisão de críticos e ausência de observadores da União Europeia (UE).
Já sob a ditadura de Nicolás Maduro, a Venezuela foi suspensa do Mercosul em agosto de 2017. Na decisão, os quatro países do bloco constataram “a ruptura da ordem democrática na República Bolivariana da Venezuela” e que “não foram registradas medidas eficazes e oportunas para a restauração da ordem democrática”.
Além disso, em seu discurso, o presidente também comparou a situação da Bolívia com a do Brasil.
“Assim como no Brasil, a democracia boliviana prevaleceu depois de um longo caminho entrecortado por golpes e ditaduras”, disse. “(…) Em 2022, o Brasil completou o bicentenário de sua Independência num dos momentos mais sombrios da sua história. Em vez de celebrar, fomos tomados por uma onda de extremismo que desembocou no 8 de janeiro.”
Para Lula, a Bolívia “já havia provado desse gosto amargo com o golpe de Estado de 2019 e agora se viu acometido pela tentativa de 26 de junho”.
Segundo o presidente, o país não pode voltar a “cair nessa armadilha” às vésperas de comemorar seu bicentenário, em 2025. “Não podemos tolerar devaneios autoritários e golpismos”, acrescentou.
O líder boliviano alega ter sido vítima de uma tentativa de golpe de Estado, mas foi acusado de forjar um autogolpe. A hipótese foi levantada inicialmente pelo general Juan José Zuñiga, apontado como líder da intentona, e reforçada por Evo Morales, antigo padrinho político de Luis Arce.
Em meio ao impasse, Lula visita a Bolívia pela primeira vez em seu terceiro mandato sem encontrar com Morales, seu aliado histórico.
“Em todo o mundo, a desunião das forças democráticas só tem servido à extrema direita”, afirmou, ao lado de Luis Arce, no momento em que as divisões ideológicas aumentam as tensões políticas na região.
Lula chegou a Santa Cruz de La Sierra depois da Cúpula do Mercosul, que teve a adesão da Bolívia ao bloco e expôs o tensionamento político na região.
Mesmo com a ausência do presidente da Argentina, Javier Milei, o país impôs resistências e a falta de consensos atrasou a declaração final, que teve tom mais brando em relação à intentona na Bolívia.
O Mercosul expressou “profunda preocupação e enérgica condenação” logo depois da quartelada. Agora, disse somente que “toda tentativa de afetar instituições democráticas ou afetar a ordem constitucional na Bolívia deve ser condenada.”
Informações Revista Oeste