Conversa entre Joe Biden e Benjamin Netanyahu foi divulgada por jornal e se refere à troca de reféns entre Israel e Hamas
O Channel 12 News divulgou partes de uma conversa entre o presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em que o norte-americano mostrou irritação com acordo de reféns por cessar-fogo com o Hamas.
O órgão de imprensa não cita fontes, mas o telefonema entre os dois líderes e aliados ocorreu na última quinta-feira (1º/8), um dia depois de o chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, ser assassinado.
Netanyahu informou ao presidente que as negociações com o grupo extremista estavam avançando e que enviaria uma delegação para retomar as conversas. Ainda com a notícia da morte de Haniyeh e as promessas de vingança de Irã e do próprio Hamas, o norte-americano se irritou e respondeu: “Pare de me enrolar”.
“Não substime o presidente”, continuou o democrata, em um contexto de escalada dos conflitos entre Israel e seus adversários no Oriente Médio, principalmente o Irã e grupos extremistas, como o Hamas e o Hezbollah.
O gabinete de Netanyahu emitiu uma declaração oficial no sábado (3/8): “O primeiro-ministro não interfere na política americana e trabalhará com quem for eleito presidente, assim como ele também espera que os americanos não interfiram na política israelense”, relatou jornal o The Times of Israel.
O jornal britânico The Telegraph trouxe uma análise apontando a mudança de comportamento de Netanyahu após Biden desistir da corrida presidencial dos EUA diante de Donald Trump. O israelense estaria se encorajando a radicalizar contra o Irã, segundo uma fonte.
Sem tanta força agora, o norte-americano não está conseguindo passar seu recado para diminuir as tensões entre Irã e Israel.
“Biden disse a Netanyahu para não responder com muita severidade aos ataques do Irã. E o Irã sabia disso, e é por isso que eles exploraram a situação para atacar Israel”, afirmou uma fonte do governo israelense para o The Telegraph.
Informações Metrópoles
Após um pedido do regime do ditador Nicolás Maduro, o governo brasileiro retirou, nesta sexta-feira, 2, a bandeira brasileira que estava hasteada na embaixada da Argentina em Caracas. A embaixada está sob a responsabilidade do Brasil após a expulsão dos diplomatas argentinos.
De acordo com interlocutores, a decisão foi tomada para evitar “esticar demais a corda”. O Brasil aceitou cuidar das embaixadas da Argentina e do Peru na Venezuela, mas também mantém um diálogo contínuo com o regime de Maduro, posicionando-se como um dos principais mediadores nas negociações.
Um dos aspectos mais destacados deste cenário é a situação da embaixada argentina, onde seis asilados políticos estão sob a proteção do governo de Javier Milei. Esses asilados são figuras proeminentes da oposição venezuelana. Por enquanto, eles permanecerão no prédio da embaixada.
Segundo a Convenção de Asilo Diplomático, assinada em Caracas, esses asilados teriam direito de deixar o país junto com os diplomatas que lhes concederam proteção. No entanto, a Venezuela impediu essa saída. Um trecho da convenção afirma: “Se, por motivo de ruptura de relações, o representante diplomático que concedeu o asilo tiver de abandonar o Estado territorial, sairá com os asilados.”
Brasil, México e Colômbia, os principais mediadores das negociações com a Venezuela, estão considerando enviar seus chanceleres a Caracas para dialogar com o regime de Maduro e com Edmundo González, candidato opositor e diplomata que atualmente se encontra “protegido”.
Caso a visita presencial não seja viável, uma videochamada entre os chanceleres e Caracas também está sendo avaliada. Outra possibilidade é uma videochamada de alto nível, envolvendo os presidentes Lula, Gustavo Petro (Colômbia) e Andrés Manuel López Obrador (México) com Maduro ou outra figura de destaque do regime. Até o momento, nenhuma decisão final foi tomada.
O Brasil continua insistindo que Caracas divulgue as atas eleitorais, que são os comprovantes da quantidade e das opções de votos nas urnas eletrônicas. No sistema venezuelano, é comum que essas informações sejam publicadas, mas isso não ocorreu no processo de eleição presidencial mais recente.
Apesar das novas informações divulgadas nesta sexta-feira pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, que aumentou a porcentagem de contagem de votos para 97% e reafirmou a vitória de Maduro, o governo de Lula continuará exigindo a divulgação das atas.
A Argentina se tornou um dos principais focos de tensão do regime de Maduro na região. Maduro frequentemente menciona Milei em seus discursos, descrevendo-o como um representante do fascismo e da extrema-direita. Por sua vez, Milei mantém suas críticas constantes ao ditador venezuelano.
Em uma decisão que escalou ainda mais as tensões diplomáticas, a ditadura venezuelana suspendeu temporariamente todos os voos comerciais entre seu território e o Panamá, a República Dominicana e o Peru. Estes países não reconheceram a reeleição do ditador Nicolás Maduro.
Outros países que também sofreram retaliações diplomáticas por parte de Caracas, após expressarem críticas ao resultado eleitoral, incluem Argentina, Chile, Costa Rica e Uruguai. O Brasil interveio assumindo a custódia da legação argentina em Caracas, além de fornecer proteção aos refugiados abrigados pela embaixada de Buenos Aires e à legação peruana.
Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, 31, a Latam Airlines informou a suspensão de seus voos entre Lima e Caracas, pedindo desculpas aos clientes afetados. O governo venezuelano justificou a suspensão dos voos com o Panamá e a República Dominicana, acusando esses países de interferirem nos assuntos internos da Venezuela.
O presidente panamenho, José Raul Mulino, retaliou a decisão de Caracas ao também proibir voos entre os dois países, afetando operações de empresas como a Copa Airlines e a Zona Livre de Colón, a maior zona franca da América Latina. “Ninguém entra ou sai [em aviões panamenhos] da Venezuela enquanto a situação não melhorar naquele país. Lamentamos pelos negócios e empresas afetadas, mas os princípios não são negociáveis”, declarou Mulino.
Mulino ainda criticou a comunidade internacional por sua reação ao resultado das eleições na Venezuela: “O que aconteceu na Venezuela é inaceitável, mas mais inaceitável ainda é o desprezo da comunidade internacional que virou as costas com argumentos absurdos e incoerentes, sem nenhum suporte às normas do direito internacional.”
Informações TBN
Foto: Basilio Sepe/Pool via Reuters
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Em um comunicado oficial, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, revelou que Edmundo González Urrutia foi o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais na Venezuela, realizadas em 28 de julho de 2024. Blinken criticou fortemente o anúncio da vitória de Nicolás Maduro, feito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo chavismo.
De acordo com Blinken, o resultado divulgado pelo CNE é “profundamente falho” e não reflete a vontade do povo venezuelano. Ele afirmou que não há evidências que sustentem a declaração de Maduro como vencedor e que, até o momento, as atas do pleito não foram divulgadas pelo CNE, apesar dos apelos da comunidade internacional.
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Existem razões para acreditar que as eleições presidenciais na Venezuela foram marcadas por irregularidades. A missão de observação independente do Centro Carter relatou que o CNE falhou em fornecer os resultados oficiais a nível distrital, contribuindo para a falta de credibilidade do processo eleitoral. Tais irregularidades levantam sérias dúvidas sobre a legitimidade da vitória anunciada de Maduro.
Segundo os observadores, a oposição venezuelana publicou mais de 80% das folhas de contagem recebidas diretamente das seções eleitorais em todo o país. Esses documentos indicam que Edmundo González Urrutia ganhou a maioria dos votos. Além disso, pesquisas de boca de urna e contagens rápidas no dia da eleição corroboraram esses dados.
Antony Blinken exigiu uma transição de poder “respeitosa e pacífica” na Venezuela. Ele também condenou as ameaças de prisão contra líderes oposicionistas, incluindo Edmundo González e María Corina Machado, que recentemente entrou na clandestinidade. Blinken destacou que essas ameaças são uma tentativa antidemocrática de suprimir a participação política e manter o poder.
Os Estados Unidos e outros parceiros internacionais estão prontos para apoiar a Venezuela na restauração das normas democráticas. Blinken parabenizou González por sua campanha bem-sucedida e fez um apelo para que os partidos venezuelanos iniciem discussões sobre uma transição de poder de acordo com a lei eleitoral venezuelana e os desejos do povo. A comunidade internacional também está preocupada com a segurança dos líderes oposicionistas e exige a libertação imediata de todos os venezuelanos presos por exigir transparência no processo eleitoral.
Em suma, Blinken reforçou a posição dos EUA de apoio ao povo venezuelano em sua luta por uma eleição justa e transparente. Ele instou os partidos venezuelanos a respeitar a vontade popular e a trabalhar em uma transição pacífica, alinhada com os desejos da população e as normas democráticas.
foto: reprodução
A bandeira do Brasil foi hasteada nesta quinta-feira, 1/8, no prédio da Embaixada da Argentina em Caracas. A representação diplomática argentina na Venezuela e as de pelo menos outros cinco países foram expulsas pelo regime de Nicolás Maduro, em razão do não reconhecimento da reeleição do ditador chavista.
Esse incidente foi desencadeado após a controversa reeleição de Nicolás Maduro, que não foi reconhecida por diversas nações. Como resultado, o Brasil assumiu a proteção e a segurança do prédio da embaixada argentina, onde seis oposicionistas de Maduro estão em condição de asilados políticos junto ao governo do presidente argentino, Javier Milei.
Após as expulsões, o Brasil tomou a dianteira ao assumir a segurança da embaixada argentina. Mas por que essa medida foi necessária? Atualmente, seis oposicionistas do governo de Maduro estão asilados na embaixada, buscando proteção após serem alvos da ditadura venezuelana. Esses aliados do candidato de oposição à presidência da Venezuela, Edmundo González, dependem agora do abrigo oferecido pelo Brasil.
Além da Argentina, outras nações também enfrentaram a ira do regime de Maduro. As relações diplomáticas com os seguintes países foram rompidas:
É importante ressaltar que o Brasil não apenas assumiu a representação da Argentina, mas também a da embaixada peruana em Caracas. Isso demonstra uma postura ativa e solidária do Brasil em meio a uma crise diplomática na região.
Num cenário internacional, romper relações diplomáticas é uma medida extrema. Ela é geralmente tomada quando há desacordos severos entre nações, muitas vezes envolvendo questões políticas ou de direitos humanos. No caso da Venezuela, o não reconhecimento da reeleição de Nicolás Maduro, considerado irregular e autoritário por várias nações, foi o estopim para essas rupturas.
Os países que tiveram suas embaixadas expulsas lutam contra o regime de Maduro defendendo princípios democráticos e direitos humanos. Isso gerou um ciclo de sanções que mostram descontentamento com a situação política na Venezuela.
A comunidade internacional mantém um olhar vigilante sobre a Venezuela. A expulsão das embaixadas mostrou a gravidade da situação. Organizações como a ONU e a OEA têm se manifestado sobre a necessidade de um diálogo aberto e uma solução pacífica para a crise.
O Brasil, ao assumir a responsabilidade por embaixadas expulsas, assume um papel de liderança na mediação e proteção de opositores e refugiados políticos. Esta postura ativa destaca a importância de manter um ambiente diplomático estável e seguro, mesmo em tempos de crise.
Essa movimentação no cenário latino-americano mostra como as decisões políticas de um país podem afetar diretamente não apenas os seus cidadãos, mas também a relação com outras nações. A resposta do Brasil e de seus aliados demonstra um comprometimento com a democracia e os direitos humanos, valores essenciais para a comunidade internacional.
Assim, enquanto a crise venezuelana se desenrola, a ação do Brasil serve como um farol de esperança para opositores e uma lembrança de que, mesmo em tempos de turbulência política, a solidariedade internacional pode fazer uma diferença crucial.
Informações TBN
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, anunciou na última quarta-feira (31) que solicitará ao Tribunal Penal Internacional (TPI) a prisão do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. A declaração de Almagro veio em resposta aos recentes acontecimentos no país, que resultaram em uma série de mortes e uma crescente onda de violência.
“É hora de apresentar acusações contra os maiores responsáveis, incluindo Maduro”, afirmou Almagro. Ele enfatizou que Maduro havia prometido um “banho de sangue” e, infelizmente, cumpriu. Até o presente momento, foram contabilizadas 17 mortes. “Vamos solicitar com atenção a acusação e todos que quiserem fazer referência ao caso são bem-vindos”, acrescentou Almagro.
A decisão de Almagro de buscar um mandado de prisão para Nicolás Maduro reflete a gravidade da situação na Venezuela. Segundo ele, “Maduro prometeu um banho de sangue, e ficamos indignados ao ouvir isso e estamos ainda mais indignados agora que ele está fazendo isso”. Almagro acusou o ditador venezuelano de premeditação, traição, impulso brutal e ferocidade.
Esses atos, segundo Almagro, são motivo suficiente para apresentar acusações formais e buscar um mandado de prisão pelo Tribunal Penal Internacional. A OEA, sob a liderança de Almagro, se posicionou fortemente contra as ações de Maduro, apelando para a justiça internacional.
A crise na Venezuela tem se agravado nos últimos anos, levando a uma deterioração significativa da qualidade de vida da população. Desde 2017, o governo de Maduro vem sendo acusado de um crescente autoritarismo e repressão violenta contra dissidentes políticos.
O Tribunal Penal Internacional foi criado para julgar as mais graves infrações contra os direitos humanos, incluindo genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Um mandado de prisão emitido pelo TPI pode levar à detenção e julgamento de líderes acusados dessas atrocidades.
A solicitação de prisão de Nicolás Maduro pelo Tribunal Penal Internacional poderia provocar uma reação global e aumentar a pressão sobre o governo venezuelano. A comunidade internacional, particularmente países da América Latina, têm observado de perto a situação na Venezuela e suas implicações para a estabilidade regional.
Com a OEA liderando a investida, é possível que outros organismos e governos se juntem nesta causa, aumentando ainda mais o isolamento de Maduro no cenário internacional. Isso também pode incentivar maiores sanções econômicas e diplomáticas contra o regime venezuelano.
Informações TBN
Na última quarta-feira (31), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que o candidato opositor Edmundo González e a líder da oposição, María Corina Machado, “deveriam estar atrás das grades”. Essa afirmação veio em um momento de tensão política no país, com acusações de um suposto “plano golpista” por parte dos opositores.
Maduro, ao ser questionado sobre o destino dos opositores, afirmou: “Se perguntam minha opinião como cidadão, essas pessoas deveriam estar atrás das grades e tem que haver justiça na Venezuela”. O presidente venezuelano não poupou críticas e classificou González como “covarde e criminoso” e Corina Machado como “fascista da ultradireita criminosa”.
De acordo com Maduro, os episódios de violência registrados na Venezuela após a oposição não reconhecer os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que atribuiu a sua vitória no pleito presidencial, são parte de uma tentativa de desestabilização do país. Manifestantes tomaram as ruas na segunda-feira (29) em protesto contra o que consideram ter sido uma “fraude” eleitoral.
Os protestos foram marcados por cenas de repressão com o uso de balas de borracha e gás lacrimogêneo. De acordo com a organização Foro Penal venezuelano, 11 pessoas morreram e, segundo o procurador-geral do Ministério Público do país, Tarek William Saab, 1.060 pessoas foram presas.
Na terça-feira (30), o líder chavista Jorge Rodríguez afirmou que com o “fascismo” não se dialoga, não se dão benefícios processuais e não se perdoa. Segundo Rodríguez, nos protestos pós-eleição, havia manifestantes pagos para aterrorizar e balear pessoas, chefiados por Machado e González.
Ele reforçou a posição de Maduro de que os líderes da oposição estão por trás dos atos de violência e que devem pagar por isso. A posição do governo é de que tais atos são uma evidente tentativa de golpe de Estado planejada pela oposição para subverter a ordem no país.
As manifestações que ocorreram na Venezuela incluíram ataques a estações policiais, monumentos, prefeituras e sedes do poder eleitoral. Os protestos envolveram muitos manifestantes encapuzados que marcharam com pedaços de pau. Esses atos foram recebidos com forte repressão por parte do governo de Maduro, que utilizou balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.
As autoridades locais confirmaram a prisão de 1.060 pessoas e a morte de 11 manifestantes. O procurador-geral Tarek William Saab destacou que os ataques foram direcionados contra instalações do governo e que isso justifica as medidas repressivas adotadas.
Com o cenário de violência e instabilidade, o futuro político da Venezuela permanece incerto. A crescente tensão entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição liderada por Edmundo González e María Corina Machado pode levar a mais confrontos. Maduro insiste que os líderes opositores deveriam responder por seus supostos crimes e desestabilização do país.
A situação tem atraído atenção internacional, e diversas organizações de direitos humanos têm monitorado os eventos na Venezuela, preocupadas com a escalada de violência e a repressão aos manifestantes. Só o tempo dirá se haverá uma resolução pacífica para essa crise política.
Enquanto isso, na Venezuela, a população continua a enfrentar uma situação econômica e social complicada, exacerbada pela instabilidade política. Os próximos passos tanto do governo quanto da oposição serão cruciais para o destino do país.
Informações TBN
A Casa Branca afirmou que a paciência dos Estados Unidos com a Venezuela está se esgotando, depois de o regime de Nicolás Maduro ocultar detalhes das eleições presidenciais. John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, deu a declaração nesta quarta-feira, 31.
“A nossa paciência e da comunidade internacional está se esgotando”, disse Kirby. “Está acabando a paciência para que as autoridades eleitorais venezuelanas confessem e divulgem todos os dados detalhados sobre esta eleição. Para que todos possam ver os resultados.”
No domingo 28, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a reeleição de Nicolás Maduro com 80% das urnas apuradas. O ditador tem influência direta no CNE. O resultado divulgado pelo órgão deixou Edmundo González Urrutia, candidato da oposição, em segundo lugar.
Kirby destacou que o CNE deixou de anunciar os resultados por seção eleitoral. Para ele, a falta de detalhes sobre o pleito constitui uma “violação grave dos princípios eleitorais”. O porta-voz norte-americano lembrou que observadores internacionais analisaram a eleição.
“O Centro Carter, um observador internacional, divulgou, nesta manhã, um relatório afirmando que as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela não atendeu aos padrões internacionais da integridade“, afirmou Kirby. “E não pode ser considerada democrática.”
Apesar da falta de dados precisos divulgados pelo órgão eleitoral, a oposição, liderada por Maria Corina Machado, apresentou um relatório com mais de 80% dos votos das urnas. A apuração paralela mostra González Urrutia como vencedor.
De acordo com o relatório, Edmundo González obteve 67% dos votos, o que soma pouco mais de 7 milhões de votos, enquanto Maduro conseguiu 30%, com 3,2 milhões de votos.
Desde que o CNE divulgou os resultados, que atribuíram a vitória a Maduro com 51,2% dos votos contra 44,2% de González, muitos líderes regionais manifestaram preocupação com as irregularidades do processo.
Os cidadãos venezuelanos também foram às ruas para defender seu voto e repudiar a ditadura chavista. Os protestos resultaram em mais de 177 detenções arbitrárias, 11 desaparecidos e pelo menos 16 mortes nas últimas 48 horas, conforme informações de Maria Corina.
Informações Revista Oeste
O PVC (Partido Comunista da Venezuela) publicou nesta 3ª feira (30.jul.2024) uma nota contrária à autoproclamada vitória de Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) na eleição à Presidência. Segundo o partido, o anúncio do resultado “contrasta abertamente com o ânimo que existiu durante o processo eleitoral”.
O partido também pediu que as forças“genuínamente democráricas” que unam forças para “defender a vontade do povo venezuelano”. A sigla pediu ainda que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) divulgue todos os boletins de urna do pleito de domingo (28.jul). Leia a íntegra do comunicado (PDF – 179 kB, em espanhol).
Nesta 3ª feira (30.jul), tanto a oposição quanto o governo organizaram atos na capital, Caracas, para se manifestarem sobre o resultado das eleições. Os contrários a Maduro estão reunidos desde as 12h (horário de Brasília) em frente ao prédio da ONU (Organização das Nações Unidas). Os apoiadores do governo se concentram na sede do Executivo a partir das 15h (horário de Brasília).
Atos contra o atual presidente e o resultado anunciado já deixaram ao menos 6 pessoas mortase dezenas de feridas na Venezuela, segundo a ONG (Organização Não Governamental) Foro Penal. Outras 132 pessoas foram presas.
De acordo com o partido Voluntad Popular (centro-esquerda), de oposição, o dirigente e ex-deputado Freddy Superlano foi detido por agentes do governo na capital. A legenda classificou o ato como “sequestro”. Um vídeo publicano no perfil do X (ex-Twitter) de Superlano mostra o momento em que ele é colocado dentro de um carro. Outras duas pessoas também foram levadas.
Assista (58s):
O CNE informou na madrugada de 2ª feira (29.jul) que Maduro obteve 51,2% dos votos válidos contra 44% de Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita). A oposição questionou o resultado e afirmou poder provar que houve fraudes na reeleição de Maduro.
Segundo María Corina Machado, principal nome da oposição venezuelana e que afirma ter tido acesso aos boletins de urna, Maduro teve 2.759.256 votos, abaixo dos 6.275.180 de González.
Informações Poder 360
Em protestos em todo o país, cartazes foram incendiados, outdoors derrubados e venezuelanos saíram em marcha pelas ruas de Caracas. “Vai cair, vai cair, este governo vai cair”, gritavam manifestantes de uma grande comunidade da capital venezuelana, mesmo sob chuva. Panelaços também foram registrados.
As manifestações aconteciam ao mesmo tempo que o Conselho Nacional Eleitoral proclamava Maduro como presidente. Com resultados contestados por diversos países, incluindo os vizinhos Peru, Panamá, Colômbia e Brasil, Maduro teve 51% dos votos, contra 44% do seu principal opositor, Edmundo González.
“Que ninguém vá tentar bagunçar o país (…) Paz para a Venezuela”, disse Maduro, no poder desde 2013, que havia alertado para um “banho de sangue” caso a oposição ganhasse as eleições.
Informações UOL
A eleição na Venezuela terminou com troca de acusações e resultado incerto. Na madrugada desta segunda-feira (29/7), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela divulgou que o presidente Nicolás Maduro foi reeleito. A oposição nega a vitória do chavista e garante que o candidato Edmundo González venceu o pleito com pelo menos 70% do votos.
Em coletiva de imprensa após o anúncio, o grupo anti-Maduro denunciou irregularidades no processo eleitoral. Eles alegaram ter dificuldade de acesso às atas impressas das zonas eleitorais, conseguindo reunir apenas 40% dos documentos ao redor do país.
No primeiro discurso como presidente reeleito, Maduro culpou agentes internacionais pelo que classificou como um “ataque massivo” contra o sistema eleitoral venezuelano.
“Já sabemos de que país veio”, disse o líder chavista sem apresentar provas.
O presidente do CNE, Elvis Amoroso, informou por volta da 1h20 do horário de Brasília que 80% das urnas tinham sido apuradas, mas que esse resultado parcial era irreversível, dando vitória a Maduro. A participação do eleitorado teria sido de 59%.
Segundo o CNE, Maduro teve 5.150.092 votos, o que representa 51,2% do total apurado. Já Gonzáles conquistou 4.445.978 votos, o que equivale a 44,2%, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral.
Ainda durante a divulgação dos dados eleitorais, o representante do CNE informou que houve um ataque ao sistema de transmissão de dados que atrasou a contagem dos votos. Ele chamou esses atos de terrorismo e disse que serão investigados, mas sem entrar em detalhes.
A Venezuela viveu um processo eleitoral polêmico e muito criticado por opositores e pela comunidade internacional. González era o favorito nas pesquisas eleitorais.
Nicolás Maduro é herdeiro político de Hugo Chávez e tem 61 anos. Ele começou sua carreira política como sindicalista e, mais tarde, participou da campanha vitoriosa de Chávez em 1998.
Maduro foi eleito presidente da Venezuela em 2013, após substituir Chávez, que estava doente e morreu naquele ano. Considerando os dois presidentes, são mais de 20 anos de chavismo no poder. O mandato presidencial na Venezuela é de seis anos.
A líder da oposição, María Corina Machado, contestou o resultado divulgado pelo órgão eleitoral da Venezuela.
Ela assegurou que o candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD) venceu o pleito com cerca de 70% dos votos. A líder pediu que fiscais continuem exigindo as atas impressas nas zonas eleitorais do país.
“Queremos uma Venezuela livre, nossa luta continua”, disse Machado durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (29/7).
Minutos após a divulgação do resultado, algumas lideranças usaram as redes sociais para se pronunciar sobre a reeleição de Maduro, que voltou a cobrar que nenhum país interfira nos assuntos internos da Venezuela.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse que o resultado da votação é difícil de acreditar e exigiu transparência.
“Do Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável”, escreveu no X, antigo Twitter.
Luis Lacalle Pou chamou a reeleição de Maduro de “um segredo aberto” e também disse que não pretende reconhecer o resultado.
“Assim não! Foi um segredo aberto. Eles iriam ‘vencer’ independentemente dos resultados reais”, disse o presidente do Uruguai. “O processo até o dia das eleições e a contagem foram claramente falhos. Não se pode reconhecer um triunfo se não confiarmos na forma e nos mecanismos utilizados para alcançá-los”, frisou.
Já o presidente da Colômbia, Iván Duque, chamou a vitória do líder chavista de “roubo consumado”.
“O roubo foi consumado: o tirano Nicolás Maduro cometeu fraude eleitoral para se perpetuar no poder, ignorando o apoio massivo do povo venezuelano à heroica resistência democrática liderada por María Corina Machado e Edmundo González”, escreveu no X.
Durante o fim de semana, a coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD) orientou os eleitores a acompanharem a contagem dos votos presencialmente nos centros de votação. Muitos compareceram.
No decorrer das eleições, Maduro chocou ao prever “banho de sangue” e “guerra civil” no caso de sua derrota. Ele acabou mudando o discurso no dia da votação, prometendo que reconheceria o resultado.
Antes da oficialização da candidatura de González, outras duas candidatas do PUD foram impedidas de concorrer ao pleito.
Líder da oposição, María Corina foi barrada pela Controladoria-Geral do governo de Maduro, que alegou problemas administrativos na época em que ela foi deputada, entre 2011 e 2014. Já a política Corina Yoris foi impedida após erro no sistema de internet para inserir candidaturas.
Informações Metrópoles