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Na sala de conferências do Fórum Econômico Mundial, onde meus vizinhos usavam fones de ouvido, um suspiro suave ecoou quando Javier Milei atribuiu as dificuldades do Ocidente a todos os movimentos políticos, excluindo o seu próprio.
“Sejam eles abertamente comunistas, fascistas, nazistas, socialistas, social-democratas, nacional-socialistas, democratas cristãos, neokeynesianos, progressistas, populistas, nacionalistas ou globalistas, não há grandes diferenças. Todos eles dizem que o Estado deve controlar todos os aspectos da vida dos indivíduos”, disse o presidente libertário da Argentina para a multidão bem atenta na semana retrasada.
Executivos corporativos trocaram olhares descontraídos e risos esporádicos permearam o ambiente. Essa foi apenas uma das várias declarações surpreendentes feitas por Milei durante seu discurso de 20 minutos em Davos, marcando sua primeira viagem ao exterior desde sua eleição em novembro. O professor de economia rotulou os participantes do Fórum como os “heróis” do mundo capitalista, alertando que haviam sido “cooptados” por neomarxistas, feministas radicais e ativistas climáticos.
O discurso recebeu aplausos substanciais, e ao passar por mim em direção à saída, um experiente europeu do setor de private equity confidenciou estar “impressionado”. Posteriormente, um gestor de fundos enfatizou que, por trás da postura provocativa de Milei, havia “algumas verdades”. Davos viu sua elite ser repreendida por ter perdido o rumo e, surpreendentemente, muitos acolheram essa crítica.
Não foi apenas a postura firmemente pró-negócios de Milei que chamou a atenção, mas também a intrigante eleição dele com uma plataforma de austeridade, prometendo cortar benefícios e subsídios estatais aos eleitores, conforme observado por um participante do Fórum.
A recepção calorosa encontrou eco nos comentários positivos do FMI, um importante credor da Argentina. A instituição concordou em liberar fundos após a administração Milei buscar reduzir o déficit e desvalorizar o peso. Gita Gopinath, diretora-gerente adjunta do FMI, elogiou a nova administração por agir audaciosamente para corrigir distorções na economia.
Daniel Pinto, número 2 do JPMorgan e argentino regular em Davos, também estava otimista, considerando que a administração de Milei estava “abordando todas as coisas certas na economia”, e expressou a esperança de que as medidas pudessem encerrar décadas de deterioração econômica.
Alguns participantes compararam o apoio da elite empresarial ao apoio de Wall Street a Donald Trump, ambos motivados pela perspectiva de políticas de livre mercado. Contudo, Milei, que simbolizou seu plano de encolher o Estado empunhando uma motosserra durante a campanha, parecia um campeão mais credível da desregulamentação devido à sua formação acadêmica, sugeriu um participante.
Alguns especularam que os elogios poderiam ser parte de um movimento cínico para obter uma fatia das privatizações planejadas por Milei de dezenas de empresas estatais. Ludovic Subran, economista-chefe da Allianz, expressou surpresa com o otimismo de alguns banqueiros em relação às “teorias econômicas” de Milei, levantando a possibilidade de interesses puros associados a uma grande onda de privatizações e mandatos de banco de investimento.
Todavia, muitos, talvez ingenuamente, acreditavam que as ideias mais radicais de Milei seriam atenuadas por uma equipe madura ao seu redor. Uma reunião privada entre CEOs e autoridades argentinas, incluindo a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, o chefe de gabinete, Nicolás Posse, e o ministro da Economia, Luis Caputo, causou boa impressão, conforme relatado por um executivo presente. “Eles pareceram profissionais”, afirmou ele.
No entanto, de volta à Argentina após a experiência nos Alpes Suíços, o presidente Milei foi forçado a fazer concessões em seu amplo projeto de reforma, atualmente em debate no congresso, onde o partido de Milei detém uma minoria de assentos. A privatização da estatal de petróleo YPF não está mais incluída, sinalizando que o político libertário pode ter que fazer concessões às forças neo-marxistas que criticou rapidamente em Davos.
Com informações da Folha de SP
Os Estados Unidos estão reconsiderando sua política de sanções contra a Venezuela após a Suprema Corte do país sul-americano confirmar, na última sexta-feira (26 de janeiro de 2024), a inelegibilidade de María Corina Machado, principal opositora de Nicolás Maduro, por um período de 15 anos.
María Corina Machado havia vencido as eleições primárias da oposição em outubro de 2023, tornando-se a candidata para enfrentar Maduro nas eleições presidenciais deste ano, ainda sem uma data definida.
Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, declarou que a decisão da Suprema Corte venezuelana “contradiz o compromisso assumido pelos representantes de Nicolás Maduro de organizar eleições presidenciais justas em 2024”.
Diante dessa situação, os EUA estão revisando a suspensão das sanções que haviam sido acordadas em outubro, quando o país norte-americano concordou em aliviar as punições comerciais no setor de petróleo da Venezuela em troca da realização de eleições presidenciais livres e internacionalmente monitoradas em 2024.
Com informações do Poder 360.
Corte negou recurso apresentado pela ex-deputada federal, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República
Controlado pelo regime chavista, o “STF” da Venezuela confirmou a inabilitação política de María Corina Machado, líder da oposição ao ditador Nicolás Maduro.
Na sexta-feira 26, o tribunal negou um recurso de María Corina contra o entendimento da Controladoria de Justiça, segundo o qual a ex-deputada não poderia concorrer à disputa presidencial, por supostas “irregularidades administrativas”, entre 2011 e 2014.
“O regime decidiu acabar com o Acordo de Barbados”, reagiu ela. “O que não está acabando é a nossa luta pela conquista da democracia através de eleições livres e justas. Maduro e o seu sistema criminoso escolheram o pior caminho para eles: eleições fraudulentas.”
Em junho do ano passado, o órgão determinou 15 anos de inelegibilidade para a ex-parlamentar e outros oposicionistas, entre eles, Henrique Capriles. De todos os candidatos contrários a Maduro, María Corina é a que lidera as intenções de voto.
A inabilitação da líder da oposição está oficialmente ligada a “irregularidades administrativas” quando ela era deputada, entre 2011 e 2014.
Uma das principais articuladoras das manifestações contra Maduro, há dez anos, ela teve seu mandato cassado no mês seguinte pela Assembleia Nacional da Venezuela, comandada na época pelo chavista Diosdado Cabello, número dois do regime.
Depois, em 2015, foi inabilitada politicamente e proibida de deixar o país. Em princípio, a inabilitação era válida por um ano, porém, foi ampliada.
Informações Revista Oeste
O governador do Texas, Gregory Wayne Abbott, está em confronto aberto com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, devido à intervenção do governo federal para impedir o Estado republicano de proteger suas fronteiras.
Ao mobilizar suas tropas e resistir à intervenção federal, Greg declarou publicamente que o governo dos Estados Unidos violou o acordo estabelecido entre o governo federal e os estados. Ele afirmou que o Poder Executivo dos EUA tem a responsabilidade constitucional de fazer cumprir as leis federais que visam proteger os estados, incluindo as leis de imigração em vigor.
De acordo com ele, “o presidente Biden se recusou a aplicar essas leis e até as transgrediu, resultando em recordes de imigração ilegal”.
Apesar de ter sido alertado através de uma série de cartas, uma das quais entregue pessoalmente, Joe Biden ignorou a demanda do Texas para que cumprisse suas obrigações constitucionais.
Greg argumentou que o presidente Biden quebrou o compromisso de aplicar devidamente as leis de imigração estabelecidas pelo Congresso. Em vez de processar imigrantes por entrada ilegal, Biden enviou seus advogados ao tribunal federal para processar o Texas por tomar medidas de proteção na fronteira.
No documento, destaca-se que, sob as políticas fronteiriças consideradas sem lei do presidente Biden, mais de 6 milhões de imigrantes ilegais atravessaram a fronteira sul. O governador ressalta que isso supera a população de 33 estados do país, e a recusa ilegal de proteger os estados causou danos sem precedentes em todo o território dos Estados Unidos.
Diante da revolta, o governo federal mobilizou a Guarda Nacional, que busca resistir em nome da administração democrata.
No meio do impasse, 25 estados dos EUA formalizaram seu “apoio incondicional” ao Texas. Apesar de a Suprema Corte apoiar o governo Biden, esses estados afirmam que farão valer o que a Constituição americana garante. Portanto, o Texas pode contar com seu respaldo em todas as áreas necessárias para evitar a violação de seus direitos.
Esses estados incluem Alabama, Alasca, Arkansas, Flórida, Geórgia, Idaho, Indiana, Iowa, Luisiana, Mississippi, Missouri, Montana, Nebraska, Nevada, Nova Hampshire, Dakota do Norte, Ohio, Oklahoma, Carolina do Sul, Dakota do Sul, Tennessee, Utah, Virgínia, West Virginia e Wyoming.
Com informações de Conexão Política
A segunda etapa das prévias do Partido Republicano para definir quem será o candidato da sigla para as eleições presidenciais dos Estados Unidos deste ano começou nesta terça-feira (23) no estado de New Hampshire.
A votação, que pode ser decisiva, foi aberta no início da tarde, no horário local, e centenas de pessoas enfrentavam fila e o frio para votar no pré-candidato que querem eleger. Desta vez, apenas o ex-presidente Donald Trump e a ex-embaixadora da Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, participam do pleito.
As principais pesquisas dão vitória com folga a Trump, mas Haley, menos conservadora, pode surpreender em New Hampshire, estado mais liberal que o das prévias anteriores, em Iowa.
As prévias ocorrem em estados e territórios americanos ao longo do semestre e escolherão o candidato do partido à Presidência dos Estados Unidos nas eleições de novembro.
Trump vem de boas notícias: em 15 de janeiro, foi o vencedor com folga das prévias em Iowa, na abertura oficial da corrida eleitoral; no domingo (21), Ron de Santis, governador da Flórida e então rival de Trump como pré-candidato pelos republicanos, anunciou a desistência da disputa—e declarou apoio ao ex-presidente.
Assim, Nikki Haley, de perfil mais pragmático e menos conservadora, é a a única concorrente de Trump na indicação dos republicanos. Ex-embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU), Haley terminou a prévia de Iowa em terceiro lugar, com 19% dos votos.
Uma pesquisa encomendada pelo Washington Post divulgada nesta segunda-feira (22) estima que 52% dos eleitores votarão a favor de Trump; Haley tem 34%.
A favor de Haley, pode pesar o fato de que os eleitores republicanos de New Hampshire terem perfil mais moderado que os de Iowa, mais conservadores e religiosos. Além disso, as primárias em New Hampshire ocorrem em esquema semiaberto —é só aparecer: eleitores que não estão registrados em nenhum partido podem ir aos locais de votação e votar.
Isso costuma ajudar candidatos mais moderados, caso de Nikki Haley.
Quem é Nikki Haley, republicana que desafia candidatura de Trump à presidência dos EUA
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Diferentemente de Iowa, as primárias de New Hampshire acontecem de forma direta: os eleitores do partido depositam seus votos diretamente – em Iowa, foram realizados os chamados caucus, o sistema de votação mais antigo ainda em vigor no EUA e na qual os eleitores fazem uma série de debates antes de manifestar seu voto, reunidos em grupos.
Nos EUA, o voto é indireto: eleitores escolhem, em votações realizadas por cada estado, representantes dos candidatos que querem eleger. Quem tiver mais representantes, também chamados de delegados, vence a disputa.
Em New Hampshire, está em jogo a escolha de 22 delegados, um número na prática pouco significativo diante do total de 1.215 delegados que um pré-candidato republicano precisa angariar para ser o escolhido pelo partido para concorrer à presidência.
Mas também pesa o fato de as primárias do estado acontecerem no começo da corrida, aumentando o fator simbólico.
Por isso, analistas disseram à imprensa norte-americana achar que, se Trump vencer ali, ele acabará se confirmando como o candidato republicano, já que ficará virtualmente quase impossível de sua concorrente vencer.
Marcelo Camargo/Agência Brasil
A ditadura venezuelana ordenou nesta segunda-feira (23) a prisão de Sebastiana Barráez, jornalista do site argentino Infobae, e de outro grupo de comunicadores e ativistas de direitos humanos.
Em declarações ao país, o procurador-geral do regime chavista, Tarek William Saab, também mencionou Tamara Sujú, Wender Villalobos, Norbey Marín, Mario Carratú Molina e José Colina, a quem acusou de terem ligações com “ações terroristas e a Operação Pulseira Branca”.
“Os crimes pelos quais estão sendo investigados são: traição à pátria, homicídio doloso qualificado como tentativa contra o presidente da República, homicídio doloso qualificado como tentativa contra o governador do estado de Táchira, terrorismo e associação”, disse o promotor chavista.
Durante sua declaração nesta segunda-feira, Saab disse que desde maio passado até a data, foram registradas múltiplas conspirações contra o ditador Nicolás Maduro. Segundo ele, foram realizadas cinco novas conspirações.
“Como resultado das informações recolhidas, no dia 19 de janeiro foram solicitados 14 mandados de prisão ao 2º Tribunal de Controle Antiterrorismo contra os militares e civis envolvidos nestes planos, os quais foram autorizados”, observou.
Neste sentido, o procurador da ditadura venezuelana informou que foram presos Angelo Julio Heredia Gervacio, Guillermo Enrique César Siero, Tomás Martínez Macías e Carlos Jesús Sánchez Vázquez, Ronald Alejandro Ferrer Vera, Guillermo Henry César Siero, Tomás Martínez Chico e Diana Desiree Victoria Justo.
Ele também detalhou que desde maio passado, um total de 31 pessoas – incluindo civis e soldados – foram presas.
Este anúncio surge em um momento em que a comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, tem pedido ao regime de Maduro que liberte todos os presos políticos e garanta eleições livres.
Fonte: Gazeta Brasil
O governador da Flórida, Ron DeSantis (foto), anunciou neste domingo, 21, sua desistência de concorrer à Casa Branca pelo Partido Republicano.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, DeSantis afirmou apoiar o ex-presidente Donald Trump na corrida de seu partido.
A decisão foi anunciada após desempenho decepcionante nas primárias do partido no estado de Iowa, na segunda-feira, 15. Ele ficou 30 pontos percentuais atrás do ex-presidente.
Trump conseguiu 51% dos votos em Iowa, enquanto o governador da Flórida ficou em segundo lugar, com 21%, seguido de perto por Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul, com 19%.
“Se houvesse algo que eu pudesse fazer para produzir um resultado favorável, mais comícios, mais entrevistas, eu faria, mas não posso pedir aos nossos apoiadores que ofereçam o seu tempo e doem os seus recursos se não tivermos uma visão clara do caminho para a vitória. Consequentemente, estou suspendendo hoje minha campanha”, disse DeSantis ao anunciar a desistência.
No vídeo, disse que apoia o ex-presidente porque “ficou claro” que “a maioria dos eleitores republicanos nas primárias quer dar outra chance a Donald Trump”.
Embora o governador da Flórida tenha reconhecido “desentendimentos” com Trump, ele disse que ele é “superior” a Joe Biden.
O anúncio surpresa ocorreu antes das primárias presidenciais desta semana em New Hampshire. A saída de DeSantis deixa Nikki Haley como a única rival relevante de Trump no partido.
Fonte: O Antagonista.
O processo criminal contra o ex-presidente dos EUA Donald Trump na justiça estadual da Geórgia ganhou as manchetes americanas, nesta semana, mas não por desdobramentos contra o líder republicano. Documentos anexados por um co-réu na ação contra Trump e uma movimentação processual em uma ação de divórcio que corre na Justiça estadual indicam que a procuradora distrital do condado de Fulton, Fani Willis, e o promotor especial designado por ela para o caso contra o ex-presidente, Nathan Wade, podem ter mantido um affair ao longo dos últimos anos — o que levantou questões éticas sobre a nomeação de Wade, em um acontecimento cuja repercussão para o processo ainda é incerta.
As alegações sobre o suposto envolvimento romântico entre a procuradora e o promotor especial apareceram publicamente pela primeira vez em uma moção judicial apresentada neste mês por Michael Roman, um dos 14 co-réus do caso contra Trump na Geórgia, no qual o ex-presidente é acusado de tentar anular o resultado eleitoral de 2020, e de ter agido em complô com uma série de agentes para tentar alcançar o objetivo. Naquele mesmo dia, de acordo com documentos judiciais, Willis recebeu uma intimação da esposa de Wade para testemunhar no caso de divórcio do casal.
Quando Willis concorreu à promotoria distrital no condado de Fulton, na Geórgia, em 2020, com o slogan “Integridade é importante!”, ela frequentemente atacou o então titular do cargo, seu antigo chefe, com acusações de lapsos éticos. Logo após sua vitória, ela criou um grupo para entrevistar candidatos a empregos chamado Comitê de Contratação de Transição de Integridade. Um de seus membros era Nathan Wade, advogado e juiz municipal dos subúrbios de Atlanta, a quem ela contava como amigo e mentor de longa data.
O vínculo pessoal que partilhavam foi descrito por Willis como a chave para a sua decisão de contratá-lo para liderar o processo criminal de uma vida: a acusação do seu gabinete ao ex-presidente Donald Trump pelos seus esforços para anular a derrota nas eleições de 2020.
— Preciso de alguém em quem possa confiar — disse ela em uma entrevista em 2022.
No entanto, as novas evidências sugerem que a relação entre ambos excederia vínculos profissionais e de ordem jurídica, levantando questões éticas sobre a escolha do promotor especial. Em uma entrevista ao The New York Times, uma pessoa familiarizada com a situação disse que Willis e Wade se tornaram próximos depois de se conhecerem num curso de formação jurídica para juízes em 2019 – cerca de dois anos antes da nomeação do promotor especial. Os dois juristas às vezes eram afetuosos um com o outro em locais públicos, disse a pessoa.
Na sexta-feira, extratos de cartão de crédito incluídos ao arquivo do processo de divórcio de Wade mostram que ele comprou passagens aéreas para si e para Willis em 25 de abril de 2023, para uma viagem de Atlanta a São Francisco, e em 4 de outubro de 2022, para uma viagem a Miami. Eles parecem apoiar parcialmente a alegação na moção de Roman, de que Wade e Willis fizeram viagens para vários locais de férias juntos, com Wade pagando algumas das viagens.
Se estas novas revelações irão perturbar o caso Trump – ou o papel de Willis e Wade nele – ainda não está claro. A moção de Roman argumenta que Willis e Wade violaram as regras de conduta profissional da ordem dos advogados da Geórgia, o código do condado relativo a conflitos de interesse e, possivelmente, a lei federal. Pede que o caso contra Roman seja arquivado e que Wade, Willis e todo o escritório de Willis sejam desqualificados do caso.
Em uma carta a Willis, na sexta-feira, o comissário do condado que preside o comitê de auditoria do conselho, Bob Ellis, exigiu dela documentos em um esforço para determinar se os fundos do condado pagos a Wade “foram convertidos em seu ganho pessoal na forma de viagens subsidiadas ou outros presentes.”
Na manhã de sábado, Norman Eisen, conselheiro especial do Comitê Judiciário da Câmara durante o primeiro impeachment de Trump, que tem defendido veementemente a acusação da Geórgia, pediu a Wade que renunciasse, dizendo que a recente alegação de um caso “se tornou uma distração”, embora não fosse legalmente exigido.
No mínimo, as revelações levantaram questões sobre a motivação de Willis para contratar Wade, um generalista que parece atuar como uma espécie de gestor-jurista da equipe de acusação composta por vários advogados.
Credenciais questionadas
Uma revisão das mais de duas décadas de Wade como advogado feita pelo Times também levanta a questão de suas qualificações, e se elas eram suficientes para justificar sua nomeação para um cargo que lhe rendeu mais de US$ 650 mil (R$ 3,2 milhões) em dinheiro do contribuinte e o catapultou ao topo de um dos casos criminais de maior repercussão no país.
Como figura constante no cenário jurídico e político do condado suburbano de Cobb, Wade passou anos lidando com casos criminais de baixo perfil, primeiro como promotor e depois como juiz. E embora tenha defendido clientes em vários casos de crimes graves, o seu sonho de ser eleito juiz do Tribunal Superior estadual foi repetidamente negado pelos eleitores — concorreu quatro vezes a juiz do Tribunal Superior entre 2008 e 2016. Ele perdeu todas as vezes.
O histórico público de Wade como advogado mostra poucas evidências de que ele atuou em casos criminais importantes, sem nenhuma evidência de que ele tenha lidado com um grande caso de corrupção política ou envolvendo o complicado estatuto de extorsão do Estado, conhecido como RICO, sob o qual todos os réus do Trump caso foram acusados.
— O escopo de advogados que lidam com os casos [envolvendo a legislação] RICO da Geórgia é pequeno, e ele não é alguém que estava nesse escopo antes do caso Trump — disse Chris Timmons, advogado de Atlanta.
Wade não foi encontrado para comentar o caso. Mas os seus defensores apontam para os sucessos mensuráveis que a equipe de acusação obteve até agora sob a sua liderança. Os promotores obtiveram quatro confissões de culpa do grupo original de 19 co-réus e repeliram, até agora, um esforço para que o caso fosse transferido para o sistema de tribunais federais, o que ofereceria algumas vantagens aos réus.
Falando recentemente em uma igreja historicamente negra em Atlanta, Willis disse que as questões levantadas sobre a contratação de Wade eram racistas. Ela elogiou as “credenciais impecáveis” de Wade e disse que eles estavam sendo questionados porque ela e Wade eram negros. Ela também disse, recentemente, que ele não foi sua “primeira opção” para dirigir à acusação, mas que outros nomes com credenciais mais robustas negaram o caso.
Fonte: O Globo, com informações do NYT.
Os advogados do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump pediram na quinta-feira, 18, que a Suprema Corte norte-americana coloque um fim rápido e decisivo aos esforços para expulsá-lo das eleições presidenciais de 2024. O republicano deseja concorrer mais uma vez à Casa Branca e venceu as primárias da legenda no Estado de Iowa.
Em um documento escrito, os advogados de Trump pediram ao tribunal que revertesse uma decisão inédita do Supremo Tribunal do Colorado, que dizia que Trump não deveria estar nas eleições primárias republicanas do Estado devido ao seu suposto papel nos eventos que culminaram nos ataques ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
A audiência está marcada para o dia 8 de fevereiro em um caso que ambos os lados apontam que precisa ser resolvido logo para que os eleitores saibam se Trump, o favorito a nomeação republicana, poderá voltar a ocupar a Presidência dos EUA.
O tribunal está lidando com o caso dentro de um prazo reduzido que poderia produzir uma decisão antes da “Superterça”, em 5 de março. A data marca o dia quando o maior número de delegados estará em disputa, inclusive no Colorado.
O caso apresenta ao tribunal superior a sua primeira análise de uma disposição da 14ª Emenda, que proíbe pessoas que “se envolveram em insurreição” de ocupar cargos públicos. A emenda foi adotada em 1868, depois da Guerra Civil Norte-Americana.
Os advogados do ex-presidente afirmam que os “esforços para manter Trump fora das urnas ameaçam privar milhões de norte-americanos e prometem desencadear o caos e a confusão se outros tribunais e autoridades estaduais seguirem o exemplo do Colorado e excluírem o provável candidato presidencial republicano de suas cédulas”.
Membros republicanos do Congresso, procuradores-gerais e líderes legislativos republicanos em 27 Estados, e três ex-procuradores-gerais dos EUA, incluindo um que serviu a administração do republicano, estão entre aqueles que contribuíram para apoiar Trump no caso do Colorado.
A Suprema Corte do Colorado, por 4 votos a 3, decidiu no mês passado que Trump não deveria estar nas eleições primárias republicanas.
Trump está apelando separadamente para o tribunal estadual de uma decisão da secretária de Estado democrata do Maine, Shenna Bellows, de que ele é inelegível para comparecer às urnas no Estado por causa de seu papel no ataque ao Capitólio. As decisões da Suprema Corte do Colorado e da secretária de Estado do Maine estão suspensas até que os recursos sejam encerrados.
O ex-presidente norte-americano Donald Trump venceu o primeiro teste para nomeação pelo partido Republicano na corrida à Casa Branca. A disputa interna entre os pré-candidatos começou nesta segunda-feira, 15, com o caucusde Iowa. O republicano conseguiu 51% dos votos, o que lhe rendem 20 delegados para convenção nacional republicana.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, que ficou bastante distante de Trump na disputa, terminou o pleito com 21% dos votos, em segundo lugar. A ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, ficou em terceiro lugar, com 19%.
A vantagem inédita de Trump para o segundo colocado, com 30 pontos porcentuais e mais de 50% da preferência do eleitorado republicano no Estado, indicam o tamanho da vitória. Ele venceu em todos os condados, dos mais rurais e religiosos às cidades maiores. Nunca uma vitória foi tão ampla em Iowa, o que dá ao ex-presidente fôlego para a próxima disputa em New Hampshire.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado e da agência de notícias Associated Press
Foto: Ding Lin/Xinhua
O ditador comunista da China, Xi Jinping, deverá vir ao Brasil em novembro para uma visita oficial de Estado. A informação foi confirmada pelo chanceler brasileiro Mauro Vieira nesta sexta-feira (19).
O anúncio foi feito depois de se reunir com o ministro de Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, no Palácio do Itamaraty.
O líder chinês deverá participar da Cúpula do G20, que será realizada no Rio de Janeiro (RJ).
A visita já era esperada desde a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Pequim em abril de 2023.
Gazeta Brasil