Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, divulgou um plano abrangente destinado a fortalecer a liberdade de expressão no país. Em pronunciamento publicado no Twitter/X, Trump classificou a censura nas plataformas digitais como uma ameaça direta à democracia americana.
“Se não temos liberdade de expressão, então simplesmente não temos um país livre”, disse. “É tão simples quanto isso.”
Trump enfatizou que a liberdade de expressão é a base de todas as outras liberdades individuais e alertou que sua erosão pode desencadear um efeito dominó, afetando outros direitos fundamentais.
Durante seu discurso, ele mencionou a existência de um grupo composto por burocratas do Estado, empresas de tecnologia e a mídia, que, segundo ele, estaria suprimindo informações essenciais para o público.
De acordo com Trump, essas informações são especialmente críticas em temas como eleições e saúde pública. Como parte de suas propostas, Trump anunciou que, caso retome a presidência, assinará uma ordem executiva proibindo qualquer colaboração entre agências federais e organizações externas para censurar discursos legais.
Essa medida visa a assegurar que as opiniões e informações dos cidadãos não sejam suprimidas sob o pretexto de desinformação. Além disso, ele pretende cortar qualquer financiamento federal que esteja sendo utilizado para rotular discursos como desinformação, garantindo que o governo não apoie práticas de censura.
Outra proposta de Trump é identificar e demitir funcionários públicos que tenham participado de censura interna. Ele destacou que essa ação incluiria agentes de órgãos como o Departamento de Justiça, o FBI, a CIA, entre outros.
Trump pretende instruir o Departamento de Justiça a investigar minuciosamente todos os envolvidos no que chamou de “novo regime de censura online”, prometendo processar violações relacionadas a direitos civis, financiamento de campanha, leis antitruste e a Lei Hatch.
Entre suas propostas está a reforma da Seção 230 do Communications Decency Act. Trump argumenta que a imunidade atualmente concedida às plataformas deve ser condicionada ao cumprimento de padrões rígidos de neutralidade, transparência e justiça, evitando discriminação contra os usuários.
Ele também propôs cessar o financiamento federal para ONGs e programas acadêmicos que sustentem práticas censórias. O discurso de Trump também abordou as universidades que, ao participarem de censura digital ou interferência eleitoral, perderiam acesso a financiamentos federais para pesquisas e empréstimos estudantis.
O presidente eleito sugeriu implementar um período de quarentena de sete anos antes que ex-funcionários de agências de inteligência possam trabalhar em empresas com grandes volumes de dados de usuários americanos, evitando assim possíveis conflitos de interesse.
Outro ponto central do plano de Trump é a criação de uma “Carta de Direitos Digitais”. Esta carta garantirá o “processo devido digital”, onde funcionários governamentais terão que obter uma ordem judicial antes de remover qualquer conteúdo online.
Além disso, usuários terão o direito de serem notificados sobre a remoção de seus conteúdos, receber uma explicação específica sobre o motivo e ter a oportunidade de apelar de forma tempestiva. Trump concluiu seu discurso afirmando que, sob sua administração, o sistema de censura e controle de informação será eliminado completamente.
Para Trump, a restauração da liberdade de expressão é crucial não apenas para a democracia americana, mas também para a sobrevivência da civilização ocidental. Em sua visão, revalorizar a liberdade de expressão ajudará o país a reconquistar sua democracia e proteger a nação de influências autoritárias.
Informações Revista Oeste
O presidente da Argentina, Javier Milei, se reunirá com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima semana. A informação foi publicada por um porta-voz do governo argentino nesta quinta-feira, 7.
Na viagem aos EUA, Milei também se encontrará com o empresário Elon Musk, CEO da Tesla e proprietário da plataforma Twitter/X.
Milei será um dos palestrantes da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), que ocorrerá nos dias 14 e 15 de novembro em Mar-a-Lago, clube privado do futuro líder dos EUA, na Flórida.
Além de Donald Trump, estarão presentes no evento o vice-presidente eleito dos EUA, J.D. Vance, o provável secretário de Estado, Ric Grenell, e o provável procurador-geral, Matt Whitaker.
Milei e Trump já haviam se cruzado em fevereiro, durante a edição anterior da CPAC, em Maryland, nos EUA. Na ocasião, o presidente argentino classificou o norte-americano como um “grande presidente” e que torcia pela sua vitória, o que se concretizou nesta semana.
A conversa terminou com o tradicional slogan“MAGA”, mas com uma ligeira adaptação: “Make Argentina Great Again” (Faça a Argentina Grande Novamente), ao que Milei respondeu com o seu famoso “Viva la libertad, carajo”.
Depois da confirmação da vitória de Donald Trump, Milei foi um dos primeiros presidentes a parabenizá-lo e afirmar que “pode contar com a Argentina para cumprir com a tarefa de engrandecer novamente a América”. “Faça a América Grande de Novo. Sabe que pode contar com a Argentina para realizar a sua tarefa.”
Milei deverá ser o único presidente latino-americano a ser recebido por Trump antes de sua posse, em 20 de janeiro de 2025. Pela proximidade ideológica, o presidente argentino busca se tornar a principal referência de Trump entre os líderes da América Latina, em oposição ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. O petista havia anunciado apoio à candidatura de Kamala Harris, que perdeu a disputa contra o republicano.
“Trump é um expoente do mundo livre, ocidental e capitalista”, disse o porta-voz de Milei, Manuel Adorni. “A sua liderança vai encontrar um apoio incondicional do nosso país para defender a vida, a liberdade e a propriedade. Tanto a Argentina quanto os Estados Unidos são um farol de liberdade num mundo que perdeu o rumo devido a ideias errôneas.”
O chanceler argentino, Gerardo Werthein, também comentou a diferença nas relações diplomáticas e destacou que, enquanto com o presidente Joe Biden a relação de Milei era boa e formal, com Trump a conexão é mais estreita e afinada. “Sempre as relações pessoais contribuem.”
Informações Revista Oeste
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dirigiu-se à nação com um pronunciamento nesta quinta-feira, 7. No discurso, o democrata destacou que o processo eleitoral que elegeu Donald Trump foi conduzido de maneira justa, honesta e transparente.
“Todos nós caímos, o que importa é quão rápido nos levantamos”, afirmou Biden na Casa Branca, em Washington.
“Nós aceitamos a escolha que o país fez”, acrescentou. Você não pode amar seu país só quando você vence.”
O presidente enfatizou a importância de “reduzir a temperatura”, referindo-se à acirrada disputa entre democratas e republicanos. “Para algumas pessoas, é um momento de vitória, para outros, de derrota”, afirmou.
Ele mencionou ainda as legislações que conseguiu aprovar durante seu governo e afirmou que os efeitos delas vão ser sentidos por anos. O democrata disse ainda que vai deixar uma economia forte ao encerrar seu governo. “Reveses são inevitáveis, mas desistir é imperdoável”, disse.
O presidente afirmou que conversou com o presidente eleito, Donald Trump, para parabenizá-lo pela vitória e reafirmar seu compromisso com uma transição pacífica.
Ele elogiou a vice-presidente Kamala Harris pela “campanha inspiradora” e destacou que sua equipe deve se orgulhar do trabalho realizado.
Trump, que retorna à Casa Branca, teve mais força nas urnas neste ano do que em sua primeira eleição.
Com os resultados confirmados em quase todos os Estados, o republicano tinha 51% dos votos populares, contra 47,6% de Kamala. O valor representa quase 5 pontos porcentuais a mais do que ele recebeu oito anos atrás.
É também a melhor votação para um candidato republicano desde 2004, quando George W. Bush venceu o democrata John Kerry, com 50,7% dos votos.
Informações Revista Oeste
Aliados de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, avisaram a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que está em discussão a possibilidade de os EUA terem um “embaixador da liberdade de expressão”. O jornal Folha de S.Paulodivulgou as informações nesta quinta-feira, 7.
O novo cargo teria como objetivo combater as censuras nas redes sociais. No Brasil, várias pessoas, inclusive jornalistas, tiveram as contas de redes sociais suspensas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Combater a censura seria uma das prioridades do governo republicano.
O nome do titular da função, no entanto, não foi definido. Contudo, há uma possibilidade de que seja o empresário Elon Musk, dono do Twitter/X.
Além disso, aliados de Bolsonaro dizem que Trump tem muita gratidão ao ex-presidente brasileiro por ele ter sido um dos últimos chefes de Estado do mundo a reconhecer a vitória de Joe Biden em 2020.
Na terça-feira, dia da eleição deste ano, Bolsonaro teve rápido contato com Trump por intermédio de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, na ocasião, estava junto do presidente eleito comemorando a vitória.
Informações Revista Oeste
O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo afirmou que Donald Trump, vencedor das eleições norte-americanas, vai “fortalecer o braço de Israel na luta contra os terroristas do Hamas”. O ex-chanceler deu a declaração na edição desta quarta-feira, 6, do Jornal da Oeste.
Segundo o diplomata, a vitória de Trump fortalece os países democráticos na luta contra “a onda totalitária que varre o mundo”. Ele disse que os EUA trazem a concepção de que é preciso resistir às políticas autoritárias de países como a China e a Rússia.
No entendimento do ex-ministro, contudo, o governo brasileiro terá dificuldades em firmar parcerias com o governo Trump, em virtude das recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao defender o voto em Kamala Harris, o petista deu a entender que a vitória do republicano seria a ascensão do “fascismo” e do “nazismo” no país.
O ex-ministro afirmou que o governo Trump representa “a liberdade de expressão, principalmente com a presença do empresário Elon Musk em sua equipe”.
Segundo Ernesto Araújo, a linguagem diplomática do mundo atual é a política da fala, da comunicação e do pensamento. O ex-ministro disse que Trump vai fazer dessa política, que representa a liberdade, a sua prioridade. “O Brasil, em contrapartida, caminha para o lado contrário”, disse. “Ou seja, pelo lado da censura e do controle.”
O petista parabenizou Trump pela vitória, na manhã desta quarta-feira. Em sua conta no Twitter/X, Lula afirmou que a “democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada”.
“O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade”, escreveu Lula. “Desejo sorte e sucesso ao novo governo.”
Informações Revista Oeste
Líderes internacionais começaram a parabenizar publicamente Donald Trump pela vitória projetada pela imprensa norte-americana na disputa pela Presidência dos EUA.
O presidente da França, Emmanuel Macron, falou em trabalhar junto com o republicano. “Pronto para trabalharmos juntos como fizemos por quatro anos. Com suas convicções e as minhas. Com respeito e ambição. Por mais paz e prosperidade”.
Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, disse estar “ansioso” para trabalhar com Donald Trump. “Estamos lado a lado na defesa dos nossos valores partilhados de liberdade, democracia e negócios. Do crescimento e da segurança à inovação e à tecnologia, sei que a relação especial entre o Reino Unido e os EUA continuará a prosperar”.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, reforçou o discurso de Trump sobre o “maior retorno da história”. “Seu retorno histórico à Casa Branca oferece um novo começo para a América e um poderoso compromisso com a grande aliança entre Israel e a América”.
Javier Milei, presidente da Argentina, comemorou a vitória de Trump. “Faça a América grande novamente. Você sabe que pode contar com a Argentina para executar sua tarefa”.
O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Mark Rutte, reforçou a aliança com a entidade. “Sua liderança será novamente a chave para manter nossa aliança forte. Estou ansioso para trabalhar com ele novamente para promover a paz através da força através da Otan”.
Na campanha, Trump chegou a dizer que incentivaria os russos a fazerem “o que quiser” com aliados da Otan que não pagam pela defesa conjunta. Os aliados ocidentais também temem que uma presidência do republicano signifique uma redução da ajuda militar à Ucrânia por parte dos Estados Unidos, que impulsionou o apoio de toda a Otan a Kiev e foi seu maior apoiador.
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, foi outro líder internacional a se parabenizar Trump. “Lembro-me do nosso grande encontro com o presidente Trump em setembro, quando discutimos em detalhes a parceria estratégica Ucrânia-EUA, o Plano de Vitória e maneiras de pôr fim à agressão russa contra a Ucrânia”.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse que os EUA e a Itália são nações “irmãs”.“A Itália e os Estados Unidos são nações ‘irmãs’, ligadas por uma aliança inabalável, valores comuns e uma amizade histórica. É um vínculo estratégico, que estou certo que iremos agora reforçar ainda mais. Bom trabalho, presidente”.
Outros líderes internacionais também parabenizaram o republicano pela projeção de vitória (veja mais abaixo). Entre eles, Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria, e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
Donald Trump disse, na madrugada desta quarta-feira (6), que inaugurará uma “era de ouro nos EUA”. Ele iniciou o discurso em um centro de convenções na Flórida após a emissora Fox News projetar sua vitória.
O republicano também disse que irá “curar” os EUA. “Vamos ajudar nosso país a se recuperar. Nosso país precisa de ajuda, precisa muito. Vamos resolver nossa fronteira e todos os outros problemas”.
Trump ressaltou a vitória do Partido Republicano no Senado, que voltou a comandar a casa. “Os EUA nos deu um mandato poderoso. Voltamos a controlar o senado”, disse ele, que ainda destacou a possibilidade de que mantenha o controle sobre a Câmara dos Deputados.
“Foi aparentemente o maior movimento político de todos os tempos”, disse Trump. Ele se referia ao movimento “Faça a América Grande Novamente” (Maga, na sigla em inglês).
Num discurso improvisado, o presidente eleito ainda defendeu que Elon Musk, dono do X, seja “protegido”. “Temos de proteger nossos gênios, não temos tantos deles”, afirmou Trump.
Após instrumentalizar ódio em sua campanha, Trump agora indicou que está “na hora de reunir” o país. Ele falou em “colocar um fim às divisões dos últimos quatro anos”. Indicando que não vai começar nenhuma guerra, Trump ainda lembrou dos atentados e ameaças que sofreu. “Deus me salvou por um motivo”, disse.
O vice na chapa, JD Vance, também discursou no evento. Ele destacou a “maior volta política da história dos EUA” e prometeu que haveria a “maior recuperação econômica da história”.
Informações UOL
Projeção do resultado não é oficial, mas é historicamente aceita pela sociedade americana em eleições presidenciais. Trump será o 47º presidente dos Estados Unidos e terá maioria republicana na Câmara e no Senado. Ele assume o cargo em 20 de janeiro de 2025.
O candidato republicano Donald Trump, 78 anos, venceu as eleições de terça-feira (5) ao garantir votos suficientes para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos, aponta projeção da Associated Press desta quarta-feira (6).
A vitória foi anunciada após ser atingida uma margem segura de votos em que não é mais possível que ele seja superado pela democrata Kamala Harris, ainda que a contagem de cédulas pelo país não tenha sido totalizada. Sua vitória repercutiu no mundo todo e líderes mundiais parabenizaram Trump nesta quarta.
Ele já discursou na Flórida, mesmo antes de Kamala reconhecer a derrota. Trump falou sobre imigração ilegal, afirmou que seu slogan será ‘promessas feitas serão cumpridas’ e pregou a união entre todos os americanos.
A projeção do resultado feita por estatísticos a serviço de institutos e meios de comunicação não é oficial, mas é historicamente aceita pela sociedade americana em eleições presidenciais. Entenda como funciona.
Os Estados Unidos não têm um tribunal eleitoral de âmbito nacional, como o Brasil, e a apuração é de responsabilidade de cada estado. A contagem pode demorar semanas, e a projeção permite saber com antecedência quem será o vencedor.
Há 178 anos, a AP é uma das fontes mais confiáveis para contabilizar os votos das eleições americanas.
A vitória de Trump marca o retorno do republicano ao poder após quatro anos, quando perdeu para o democrata Joe Biden em 2020. É a segunda vez que um presidente volta ao cargo na história, depois de Grover Cleveland (1893-1897 e 1885-1889).
Trump assume o cargo em 20 de janeiro de 2025. Ele terá nos dois primeiros anos de governo a Câmara e o Senado de maioria republicanas.
A eleição dele representa uma situação totalmente inédita na história dos Estados Unidos: Trump será o primeiro presidente já condenado na Justiça.
Em maio deste ano, ele foi condenado por fraude contábil ao declarar como gasto de campanha um pagamento feito a uma ex-atriz pornô. O dinheiro, segundo a acusação, foi pago para comprar o silêncio de Stormy Daniels para que ela não tornasse público o suposto caso que tiveram durante a campanha presidencial de 2016, da qual ele saiu vencedor.
O republicano ainda é réu em três processos diferentes, com dezenas de acusações. E, mesmo reeleito, ele terá de ir a julgamento e pode até governar atrás das grades se for condenado à prisão em algum deles.
Em um dos processos, Trump é acusado de tentar reverter de forma ilegal as eleições presidenciais de 2020. Ele sistematicamente contesta a sua derrota nas urnas naquele pleito, que culminou na invasão do Capitólio (o prédio do Congresso dos EUA) em janeiro de 2021.
O republicano é acusado ainda por 18 mulheres de crimes sexuais — três deles estupros — segundo um levantamento da rede de TV norte-americana ABC. Ele nega todos os casos.
Veja em quais processos Donald Trump é réu nos EUA
Trump entrou na política em 2016 já no posto máximo de seu país, a Presidência da República, ao vencer a democrata Hillary Clinton, e empurrou a sua sigla para uma direita ainda mais radical. Na campanha deste ano, foi além e prometeu a maior deportação de imigrantes na história do seu país.
Logo no começo da sua primeira gestão, Trump iniciou a construção de um polêmico muro em algumas áreas da fronteira entre EUA e México— mas o projeto foi abandonado e ainda está sem conclusão.
Ele também retirou os EUA de uma série de tratados e acordos internacionais. Um deles foi o acordo nuclear histórico com o Irã que seu antecessor, o democrata Barack Obama, havia conseguido costurar. Trump aplicou uma série de sanções ao país rival, que retomou seu programa nuclear e, atualmente, ameaça usá-lo para fins militares, em meio às tensões com Israel.
Ao longo do seu governo, Trump repetiu ameaças de que retiraria os EUA da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), alegando que outros países-membro, principalmente os europeus, deveriam aumentar seus gastos militares para engordar o arsenal da aliança. Na campanha deste ano, voltou a criticar a Otan.
Trump usou o mesmo pressuposto, o de que os EUA pagam mais que outros países, para também abandonar o Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas, alegando que as metas impostas aos norte-americanos eram muito altas. A retirada do acordo do clima foi uma das maiores polêmicas da gestão do republicano, que passou a presidência negando o aquecimento global.
Em paralelo, o ex-presidente conseguiu entregar uma série de vitórias para a ala mais conservadora do Partido Republicano no período. Ele nomeou três juízes da Suprema Corte, impulsionou cortes de impostos favoráveis a empresas e revogou uma série de regulamentações governamentais.
Seus quatro anos à frente da Casa Branca foram permeados ainda por dois impeachments, críticas por sua gestão na pandemia e, nos últimos dias, a invasão no Capitólio.
Donald Trump ao lado da mulher, Melania, e dos filhos Tiffany, Donald Jr., Eric e Ivanka, em entrevista à TV americana. — Foto: Reprodução/Youtube/CBS Evening News
Trump está no terceiro casamento, tem cinco filhos e dez netos. Com a primeira esposa, Ivana Trump, que nasceu na República Tcheca, ele ficou casado por 13 anos e teve três filhos: Donald Jr., Ivanka e Eric. O divórcio aconteceu ainda na década de 1990.
Trump tem outros dois filhos, frutos de duas relações diferentes: Tiffany, do casamento com sua segunda esposa, a atriz e modelo Marla Maples, e Barron Trump, seu caçula e único filho com sua atual esposa, a ex-modelo Melania Trump.
De origem eslovena, Melania é casada há mais de 20 anos com Trump. Os dois se conheceram durante uma festa em Nova York em 1998. Ela participou pouco da campanha do marido, e ficou na residência da família em Nova York a maior parte do tempo.
Como primeira-dama, durante a gestão de Trump entre 2017 e 2021, também manteve a discrição e deu poucas entrevistas, embora acompanhasse com frequência o marido em eventos e viagens internacionais.
O republicano tem uma fortuna estimada em cerca de US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 32 bilhões), fruto de seu conglomerado de empresas que inclui redes de hotéis, resorts, cassinos e campos de golfes dentro e fora dos Estados Unidos. E de uma carreira como personalidade da TV, que o alçou à fama antes de se tornar presidente dos EUA, em 2017.
Ao contrário do que já disse algumas vezes, Donald Trump não construiu sua fortuna do zero. Seus primeiros passos e milhões de dólares foram proporcionados por seu pai, Fred Trump, filho de um imigrante alemão que investiu no incipiente mercado imobiliário de Nova York na década de 1950.
Fred Trump escolheu Donald, o quarto dos cinco filhos que teve, como seu sucessor na carreira. Após se formar em economia na Universidade da Pensilvânia, em 1968, ele assumiu oficialmente a imobiliária da família.
Seu primeiro passo foi tentar ampliar os negócios do pai, focados em residências para famílias brancas no Queens, bairro de Nova York onde o ex-presidente nasceu, em 1946, viveu durante a infância e a adolescência.
Trump filho queria construir prédios altos em Manhattan e hotéis, campos de golfe e cassinos fora dos EUA. Para isso, pegou um empréstimo de cerca de US$ 500 milhões de seu pai, segundo o jornal “The New York Times”, e foi se firmando no mercado imobiliário da cidade ao longo da década de 1970 com construções que ele sempre batizava com o sobrenome da família.
Em 1980, veio seu primeiro processo judicial: foi acusado de discriminar famílias negras em aluguéis de apartamentos em um de seus prédios. Trump, que herdou uma empresa focada em famílias brancas, negou, mas o caso ganhou repercussão, e ele foi, então, em busca de um nome forte para sua defesa.
Bateu na porta do advogado Roy Cohn, uma dasfiguras mais polêmicas da história recente dos Estados Unidos que acabou por se tornar o grande mentor de Trump e responsável por moldar a personalidade política do então jovem empreendedor.
Roy Cohn foi advogado de grandes mafiosos de Nova York e assessorou o senador Joseph McCarthy na caça aos comunistas que marcou a década de 1950 nos EUA.
No processo em que foi acusado de discriminar famílias negras, Trump chegou a um acordo, mas, seguindo o lema de Cohn, declarou vitória alegando que em nenhum momento reconheceu culpa e acusou o governo de perseguição, seguindo a estratégia de ataque que marcaria o resto de sua carreira profissional e política.
Foi também com a ajuda de Cohn que o hoje candidato republicano construiu a Trump Tower,sua famosa torre residencial em Manhattan onde tem uma de suas residências, nos três últimos andares — atualmente, Trump vive com a família em uma mansão de 126 quartos no complexo residencial de Mar-a-Lago, na Flórida, do qual também é o dono.
“O Aprendiz” mostra como Donald Trump se transformou em um grande empresário
Foi também com a ajuda de seu mentor Roy Cohn que o então magnata migrou para a TV, já nos anos 2000.
Cohn, bem relacionado com a mídia local, intermediou para que o então magnata conseguisse fechar um contrato para estrelar o programa “O Aprendiz”, reality show no qual Trump escolhia um participante para trabalhar com ele — os outros todos eram “demitidos”.
E, apesar de que imprimia o sobrenome de seu pai em todas as suas construções, o nome Trump se consolidou como marca empresarial com o programa, que durou 14 temporadas e foi exportado para diversos outros países, inclusive o Brasil.
Além de alçar seu nome de forma nacional, a carreira na TV também salvou Trump de dívidas que ele havia acumulado em suas empresas, apesar dos milhões que herdou do pai.
Informações G1
Candidato republicano votou perto de sua casa, em Palm Beach. Ex-presidente afirmou que fez uma boa campanha e se mostrou confiante com o resultado.
Trump fala com a imprensa após votar em Palm Beach, na Flórida, em 5 de novembro de 2024. — Foto: REUTERS/Brian Snyder
O ex-presidente e candidato republicano Donald Trump votou nas eleições na tarde desta terça-feira (5), na Flórida.
Trump votou ao lado de sua esposa, Melania, em um centro recreativo em Palm Beach, perto de Mar-a-Lago, onde o republicano tem uma mansão.
Após votar, o ex-presidente falou com a imprensa. O candidato foi questionado sobre a postura que irá adotar caso perca as eleições, como aconteceu em 2020. Trump afirmou que não vai contestar os resultados “se for uma eleição justa”.
O ex-presidente também declarou não se arrepender de nada ao longo da campanha e se mostrou otimista com o resultado. “Me sinto confiante”, disse.
“Fizemos uma grande campanha, talvez a melhor das três. Fomos bem na primeira, melhor na segunda, mas alguma coisa aconteceu, e acredito que esta tenha sido minha melhor campanha”, afirmou Trump.
O candidato ainda disse parece que os republicanos estão comparecendo em peso nas eleições e que ainda não preparou um discurso de vitória.
“Não preparei um discurso. Dei discursos na noite passada, a noite toda, como vocês podem concluir”, disse com voz rouca apontando para a garganta. “Não sou um democrata, sou capaz de fazer um discurso em curto prazo. Se eu vencer, logo saberei o que vou dizer, e nem quero pensar na derrota”.
Perguntado sobre violência na eleição, afirmou que não precisa falar sobre isso com seus apoiadores:
“É claro que não haverá violência, meus apoiadores não são pessoas violentas. Eu certamente não tenho que dizer isso, mas com certeza não preciso dizer isso a eles, eles são grandes pessoas, que não acreditam na violência”, defendeu.
Trump vota na Flórida: ‘Me sinto confiante’
O político chegou à Flórida na manhã desta terça após comício em Grand Rapids, no Michigan, onde fechou sua campanha presidencial na noite de segunda. Sua comitiva foi filmada entrando em sua casa às 2h do horário local (4h no horário de Brasília).
Kamala Harris, a candidata democrata e sua rival no pleito, votou por correio no domingo.
Seu vice, J.D. Vance, votou no final da manhã nesta quinta em Cincinnati, em Ohio, ao lado de sua família.
Antes de ir votar, Trump pediu a seus eleitores não desanimem de ir votar por causa das filas nos locais de votação e chamou os democratas de “comunistas radicais” em publicação na rede social X.
“Este será o dia mais importante da história americana. O entusiasmo dos eleitores está imenso porque as pessoas querem fazer a América grande de novo. Isso significa que as filas estarão longas. Preciso que você entregue seu voto, não importa quanto tempo leve. FIQUE NA FILA! Os democratas comunistas radicais querem que você faça as malas e vá para casa. Juntos, teremos uma vitória tremenda”, escreveu Trump.
Donald Trump em comício na Pensilvânia — Foto: REUTERS/Brian Snyder
Os norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira (5) diante de uma das campanhas mais singulares da história recente dos Estados Unidos. O resultado também será inédito: dele, sairá a primeira presidente mulher dos EUA ou o primeiro presidente condenado pela Justiça do país.
Frente a frente estão Kamala Harris, uma ex-procuradora-geral que é a atual vice-presidente do país e reinjetou ânimo entre o eleitorado democrata ao assumir o lugar de Joe Biden na briga pelo comando da Casa Branca, gerando um clima de euforia que foi comparado ao causado por Barack Obama em 2008.
E Donald Trump, o ex-magnata do mercado imobiliário de luxo e ex-presidente dos EUA que tenta voltar ao posto após conseguir mobilizar e reorganizar seu eleitorado mesmo depois de virar réu em quatro processos e ser condenado em um deles.
As pesquisas de intenção de votos apresentaram ao longo da campanha o cenário mais apertado já registrado, o que fará com que a eleição provavelmente seja definida por uma margem muito estreita de votos.
As últimas urnas devem ser fechadas às 2h de quarta-feira (6), pelo horário de Brasília, no Havaí. No entanto, resultados serão divulgados a partir de 20h desta terça-feira em alguns estados, como Indiana e Kentucky.
Ainda não se sabe quando o resultado oficial das eleições presidenciais dos EUA sairá. Como cada estado possui regras diferentes para apuração, o tempo de contagem pode variar em todo o país.
As projeções apontam que até a tarde de quarta-feira (6) pode ser possível saber quem venceu as eleições. No entanto, como a eleição deve ser disputada, atrasos podem acontecer.
Em 2020, por exemplo, Joe Biden foi projetado como vencedor apenas quatro dias após as eleições, em um sábado. Em 2016, Donald Trump foi declarado eleito na madrugada seguinte à eleição.
Informações G1
Gerardo Werthein assumiu o cargo depois da demissão de Diana Mondino, que deu voto favorável ao fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba na ONU
Na segunda-feira 4, Gerardo Werthein assumiu o cargo de ministro das Relações Exteriores da Argentina, nomeado pelo presidente Javier Milei. Com a posse, Werthein pediu a demissão de todos os secretários e subsecretários da administração anterior, liderada por Diana Mondino.
A decisão ocorreu em meio a tensões no governo, depois da demissão de Mondino, por votar a favor do fim do embargo dos Estados Unidos contra Cuba na Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Werthein busca reorganizar a pasta depois de Milei qualificar os funcionários como “traidores da pátria”, devido à posição adotada na ONU.
Entre os demitidos estão Eduardo Bustamante, ex-número dois da chancelaria, Marcelo Cima, Paola Di Chiaro e Ernesto Gaspari, além de Mariano Vergara, Marcia Levaggi, Gabriel Martínez e Ramiro Velloso.
Werthein considera fechar representações diplomáticas em países com pouca atividade, como parte de uma reformulação mais ampla, segundo o jornal Clarín.
Milei já havia comunicado que demitiria os servidores envolvidos no voto contra o embargo. “Isso não só custou o cargo para a chanceler [Diana] Mondino, mas neste momento estamos fazendo todo um trabalho para abrir um processo contra todos os responsáveis e demiti-los”, disse, em entrevista ao canal Ciudad Magazine.
A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, deixou o cargo em 30 de outubro. Isso ocorreu depois de o presidente Javier Milei pedir a renúncia da chanceler, que votou contra o embargo dos Estados Unidos e outros países do Ocidente contra Cuba, na Assembleia-Geral da ONU.
O porta-voz da Presidência confirmou, em publicação no Twitter/X, que Gerardo Werthein, atual embaixador em Washington, é o novo chanceler da Argentina.
O texto da ONU pedia “pelo fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”. O governo da ilha apresentou a proposta hoje.
Além dos EUA, Israel votou contra a proposição, enquanto a Moldávia se absteve. Os outros 187 países integrantes da assembleia votaram a favor.
A congressista norte-americana Maria Elvira Salazar, do Partido Republicano, conversou com Javier Milei sobre a assembleia. O presidente argentino, segundo ela, definiu o voto do país como “uma traição à Argentina”.
Em concordância, a conta oficial do gabinete presidencial argentino publicou no Twitter/X que o país “atravessa um período de mudanças profundas, e esta nova etapa exige que nosso corpo diplomático reflita em cada decisão os valores de liberdade, soberania e direitos individuais que caracterizam as democracias ocidentais”.
Neste sentido, prossegue o comunicado, o governo “se opõe categoricamente à ditadura cubana e se manterá firme na promoção de uma política exterior que condene a todos os regimes que perpetuam a violação dos direitos humanos e as liberdades individuais”.
Informações Revista Oeste
A primeira urna das eleições presidenciais nos Estados Unidos foi aberta na comunidade de Dixville Notch, em New Hampshire, nesta terça-feira, 5. A votação começou à meia-noite no horário local (2h em Brasília) e terminou minutos depois. Kamala Harris e Donald Trump empataram, com três votos cada um.
Dixville Notch é conhecida por ser a primeira a abrir a votação presidencial nos EUA desde a década de 1960. Devido ao pequeno número de eleitores, a contagem é feita imediatamente depois do fechamento das urnas.
Localizada no condado de Coös, próximo à fronteira com o Canadá, a comunidade teve apenas cinco votos na eleição de 2020, todos em Joe Biden. Em 2016, Hillary Clinton recebeu quatro votos e Trump dois.
A última vez que um empate ocorreu em Dixville Notch foi em 2012, quando Barack Obama e Mitt Romney receberam cinco votos cada um. Naquele ano, Obama foi reeleito presidente com ampla vantagem.
O Censo dos EUA de 2020 registrou apenas quatro habitantes em Dixville Notch. Apesar do tamanho, a localidade atrai turistas, por seu parque estadual e um resort.
No restante de New Hampshire, as urnas vão ser abertas às 11h (13h em Brasília). Em outros Estados do leste dos EUA, a votação começou entre 5h e 7h no horário local.
Apesar do empate em Dixville Notch, espera-se que Kamala Harris conquiste todos os quatro delegados da região, já que o Estado tende a votar no Partido Democrata.
As últimas urnas devem ser fechadas às 2h desta quarta-feira, 6, pelo horário de Brasília, no Havaí. Resultados parciais serão divulgados a partir das 20h desta terça-feira em Estados como Indiana e Kentucky.
Ainda não se sabe quando o resultado oficial das eleições presidenciais dos EUA vai ser anunciado. Cada Estado possui regras diferentes de apuração, o que pode afetar a contagem.
Projeções revelam que o vencedor pode ser conhecido até a tarde desta quarta-feira, mas atrasos são possíveis. Em 2020, Joe Biden foi projetado como vencedor quatro dias depois da eleição. Em 2016, Donald Trump foi declarado eleito na madrugada seguinte à abertura das urnas.
Informações Revista Oeste