Os efeitos da pandemia de coronavírus no rádio feirense – da mesma forma que em outros estados e cidades – têm sido desastrosos, do ponto de vista comercial. O efeito dominó atinge primeiro os anunciantes e, consequentemente, os programas. Em Feira de Santana a situação “é devastadora” como definiram ao Protagonista alguns dos radialistas que têm programa terceirizado.
Isso tudo acontece justamente quando a audiência do rádio está mais alta em tempos de pandemia – nunca esteve em baixa. O rádio é, indiscutivelmente, meio comunicação rápido e ágil. Sempre foi, e continuará sendo, base de pauta para todas as outras fontes de informação, a exemplo de tvs, blogs, sites, jornais impressos, etc. Confira abaixo o depoimento de experientes comunicadores-empresários do rádio feirense sobre a crise.
Dilton Coutinho – Quando a crise chega, normalmente a primeira coisa que o cliente faz é cortar a mídia. Alguns, não são todos, consideram a mídia como gasto. Alguns outros entendem a mídia como investimento, pois traz retorno para a empresa. Mas a grande maioria, a primeira coisa que faz é cortar a mídia. Isso já está acontecendo. Os veículos já estão todos sofrendo as dificuldades que todos os segmentos estão passando, não é só a mídia. Alguns segmentos, poucos, estão lucrando com a crise. Mas 99% vão ter que se reinventar, se readaptar, se reorganizar. E logicamente, nós do Acorda Cidade, não somos diferentes, mesmo tendo a maior audiência, mesmo tendo uma equipe grande, boa, mas nós também já começamos a sofrer as consequências. Estamos avaliando com muita cautela e muita calma. Este é o momento onde nós, como empresários, não podemos resolver as coisas na emoção. Temos que ter muita calma, muita tranquilidade para tomar as posições. Eu ainda não tomei nenhuma posição. Na próxima semana nós vamos ver como é que vamos enfrentar essa crise econômica e de saúde, pois são duas: uma casada com a outra. Quando nós temos uma equipe comprometida, uma decisão dessa é muito difícil. Eu estou tendo cautela para resolver isso.
Carlos Geílson – Os efeitos da pandemia no rádio são visíveis. Eu, que tenho 42 anos de profissão, nunca presenciei uma situação dessa, onde o anunciante não quer sair do programa, mas não tem como se manter no programa porque no fim do mês não terá como pagar a publicidade. Ainda é cedo para se dizer qual o futuro desse drama que estamos vivendo no rádio. Há uma situação, que por mais que se tenha lastro, deixou muitos surpresos, porque quando se fez Carnaval e se falava disso (coronavírus) na época, os próprios governantes disseram para todos ficarem tranquilos, então ninguém se preparou para enfrentar esse momento. Estamos solidários com os anunciantes. Estamos cortando na carne e fazendo o que é possível para ajudar os parceiros comerciais. Mas se o comércio demorar a reabrir, o futuro será desastroso. Só vai sobreviver quem tiver muita garra e força de vontade para superar os desafios. Estamos diante de grande batalha, não só a de vencermos o coronavirus, mas, ao mesmo tempo, de sobreviver e nos manter na radiofonia feirense e, de modo geral, em todo o Brasil. Vamos em frente porque nada resiste ao trabalho. E nunca o trabalho foi tão necessário para superar uma crise.
Joilton Freitas – O programa Rotativo News faz 14 anos em junho. Passamos por dificuldades imensas, inerentes ao mercado, mas conseguimos sobreviver. Mas com a pandemia não é uma crise. É um tsunami. Principalmente para os programas terceirizados. Os clientes estão com as portas fechadas. Não vendem. O que acontece: suspendem a mídia. A situação é catastrófica, sim. Não sabemos onde vamos parar. A sobrevivência dos programas corre risco grande. Torcemos para tudo voltar ao normal para que possamos sobreviver ao vírus e à crise.
Luiz Santos – Segundo pesquisa, houve aumento de audiência nas rádios, em todo o mundo, em 15% em média. Aqui percebemos isso. Mas a dificuldade chegou. No nosso programa temos casos de manter a mídia de graça, porque são clientes parceiros de muitos anos e estão em dificuldade. Estamos renegociando nossos contratos. Como iremos pagar à rádio? Estamos em negociação para reduzir os valores do contrato, pois caso contrário não conseguiremos sobreviver. O problema chegou por atacado. Grandes e pequenos. Outras praças enfrentam a mesma dificuldade. Estamos buscando alternativa: descontos, aumentando números de chamadas, etc. A situação está muito complicada. Nunca passei por um momento como esse. Ouço outras rádios de outros estados e a situação é a mesma.
Antônio Sátiro – A dificuldade dos terceirizados é grande. Hoje o rádio é terceirizado. Em alguns casos existe apoio de publicidade dos governos municipal e estadual. Alguns poucos que não têm. Nosso programa, que é mais jornalístico, não tem. Temos esse programa com Osvaldo Cruz e a gente tenta manter o programa sem propaganda governamental. Os clientes da iniciativa privada estão tendo dificuldade e vão ter que retirar os comerciais. Vai afetar a todos e a gente lamenta.
Juarez Fernandes – Os anunciantes estão sumindo. Acredito que seja uma dificuldade de todos os terceirizados do rádio feirense. Os anunciantes sumiram, porque também sofrem os efeitos da pandemia e as medidas restritivas. Vou fazer uma reunião, provavelmente na segunda (13), para adotar as algumas medidas.
Jimycley Araújo – Um exemplo sou eu, que estava com estreia marcada desde o mês de março e tive que adiar por conta do coronavírus. Com o comércio fechado não temos como atrair anunciantes. Fui prejudicado. Sei que colegas estão buscando reduzir valores. Já existe demissão em emissoras, por conta da crise. Fomos surpreendidos com essa situação do coronavírus. Todos em casa. Tive que recuar até de anunciantes já fechados, porque não sabemos como ficaria a situação. Vamos pedir a Deus que tudo se normalize aos poucos. Quem tem programa terceirizado está em sérias dificuldades.
Valdeir Uchoa – Nós, terceirizados, estamos sofrendo as consequências da pandemia. Temos mais de 90% de anúncios privados e por conta de tudo isso, comércio fechado, influencia diretamente no rendimento dos empresários e eles têm que diminuir despesas. Propaganda é cortada primeiro. Estamos buscando estratégias para manter os parceiros de longas datas. Criando facilidades para conseguir a clientela. Nós, que sempre fomos organizados, temos conseguido manter a equipe 100%, mas esperamos que tudo isso passe logo, mesmo sabendo que essa retomada de anúncios deve demorar um pouco. Parceria não é só nos momentos bons.
Por Rotativo News/informações O Protagonista
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O prefeito Colbert Martins Filho decidiu prorrogar por mais uma semana o fechamento do comércio de Feira de Santana. O gestor do município publicou nesta segunda-feira (13), a informação em suas redes sociais. “O mundo enfrenta uma de suas maiores crises na saúde em decorrência do novo coronavírus. Nossa cidade teve um grande aumento nos casos na última semana. Por isso decidi, mais uma vez, prorrogar o fechamento do comércio por uma semana, mantendo só serviços essenciais, escolas, academias, shoppings, galerias, bares e restaurantes continuarão fechados até o dia 04 de maio”, afirmou.
Por Rotativo News/ Rafael Marques
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Chegou na última sexta-feira (10), o carregamento de insumos para a fabricação da hidroxicloroquina que a Índia e o presidente Jair Bolsonaro haviam negociado. Ao todo, são 530 quilos de materiais.
O carregamento foi trazido ao Brasil pelo EMS, o maior laboratório farmacêutico do país. Os insumos são suficientes para produzir medicamentos para 60 mil pacientes.
A importação dos insumos só foi possível por causa de um acordo elaborado entre o próprio Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
Desde que a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia da Covid-19, a Índia passou a restringir a exportação de matéria-prima de farmacêuticos.
Por Rotativo News/Pleno.News
Foto: Pixabay
O idoso de 99 anos, curado da COVID-19, deixou o hospital na última sexta-feira (10). “Eu agradeço tudo que vocês fizeram por mim, não poderiam ter feito melhor”, disse o aposentado sob aplausos dos profissionais da saúde. O idoso que completará 100 anos em junho deste ano, estava internado em uma UTI, usando um respirador.
Por Rotativo News/ Rafael Marques
Até o dia 09 de abril, às 19:00h, em Feira de Santana, foram notificados 526 casos suspeitos da COVID-19 (Gráfico 1), sendo 433 casos descartados, 53 casos aguardando resultado de exames laboratoriais e 40 casos confirmados pelo LACEN (Laboratório Central da Bahia), sendo 01 caso importado da Itália, 01 caso importado dos Estados Unidos, 01 caso provável contaminação no Rio de Janeiro, 05 casos prováveis contaminação em São Paulo e 32 casos de transmissão local. Entre os casos confirmados 06 foram retestados, e apresentaram resultados negativos, evoluindo para cura, liberados da quarentena.
Homem de Sertãozinho – São Paulo que positivou para COVID-19, após cumprir isolamento foi retestado e resultado foi negativo, evoluindo para cura. Foram liberadas da quarentena 53 pessoas que tiveram contato com o mesmo.
Uma Mulher (puerpera) 29 anos teve contatos com os pais (residentes de Brasília – Distrito Federal) e encontra- se hospitalizada.
A Prefeitura Municipal, através da Se- cretaria Municipal de Saúde/Vigilância Epidemiológica e demais Secretarias Municipais, vem adotando medidas de prevenção e ações de monitoramento com mapeamento e identificação dos contatos, coletas e orientação de isolamento domiciliar (quarentena) para todos os casos suspeitos e contatos, com o objetivo de quebrar a cadeia de transmissão da doença COVID-19.
Por Rotativo News
Foto: Divulgação
A Prefeitura de Feira de Santana vai reativar o hospital-maternidade Mater Dei, da rede particular e com atividades suspensas há cerca de seis meses, para implantar serviço de emergência especializado no atendimento a pacientes com coronavírus. A manutenção e adaptação da unidade hospitalar, para reforçar a rede pública no enfrentamento à pandemia, já está sendo preparada pelo Governo do prefeito Colbert Martins Filho.
O prefeito ressalta que todas as medidas possíveis a serem adotadas pelo Governo Municipal já estão sendo tomadas, visando montar estrutura para atender a população feirense em caso de crescimento do número de pessoas contaminadas pelo coronavírus. “Somente nesta unidade pretendemos oferecer entre 40 a 50 vagas”, afirmou.
Por Rotativo News/informações SECOM/PMFS
Foto: SECOM/PMFS
Durante esse período de pandemia, nós temos escutado várias posições de como enfrentar o vírus. Mas as que tem chamado a nossa atenção são as proferidas pelos políticos. Essas posições são para consumo do seu eleitorado, bem como para marcar posição na mídia amiga ou alfinetar adversários.
O presidente Jair Bolsonaro, que não tem meias palavras, dispara todos os dias várias frases que agradam os seus seguidores e fornecem munição para parte da imprensa e da esquerda, sobretudo quando se refere a Covid-19, caso ele venha a contrair a doença, classificando-a de “gripezinha” ou “resfriadinho”. Partindo desse pressuposto, ele menospreza o medo das pessoas diante de uma ameaça que se avizinha. Isso mexe com a sensibilidade da maioria da população já assustada pelo clima de terror implantado por boa parte da mídia. Mas Bolsonaro não parece se importar com isso e segue sua rotina da maneira que sempre foi, fiel à sua autenticidade. Goste ou não, essa é a maneira de ele ser. Quando ataca o isolamento horizontal, ele pensa nos efeitos devastadores que acontecerão na economia e na vida das pessoas. Essa opinião do presidente é defendida por milhões de brasileiros.
Já o governador Rui Costa, ferrenho defensor do isolamento horizontal e adversário mortal do presidente, também não é diferente dele, quando se refere à doença. Em seu programa “Papo Correria”, na última terça-feira (7), ele foi na mesma linha do presidente, quando diz que as pessoas que não estão de acordo com sua maneira de pensar só mudarão de opinião quando “um vizinho, colega de trabalho ou da escola, for atingido pela doença”. E acrescenta: “isso ajuda a conscientizar aquelas pessoas que ainda não estão atentas ou não dão o devido valor”.
Quando faz essas declarações, o governador parece torcer para que alguém próximo de você tenha a doença para confirmar a tese que ele defende. Isso assusta a população e mostra uma falta de sensibilidade diante do pânico das pessoas.
O que dizem o presidente e o governador é repetido por vários políticos de seus respectivos grupos políticos. Podem até não ter a intenção de querer o pior para que suas teses sejam confirmadas, porém é essa impressão que fica na população.
Portanto, não é o que se diz, e sim como se diz. Ou não o que diz, mas quem diz.
Por Joilton Freitas
Foto: Rotativo News
Feira de Santana registrou mais 5 casos de COVID-19, nesta quinta-feira (09). O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen), liberou os resultados.
Segundo a Vigilância Epidemiológica do Município, uma mulher de 38 anos contraiu o vírus do marido. Uma criança de 10 anos, filha do casal e outra mulher, de 30 anos, também estão com coronavírus. Um dos cinco casos pegou o vírus no local de trabalho, Hospital da Mulher.
A Vigilância Epidemiológica Municipal está monitorando os pacientes e segue avaliando os contatos feitos por eles nos últimos dias.
Por Rotativo News/Rafael Marques
Foto: Ilustração Revista Galileu
De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia, Sesab, que divulgou ontem (08), novos dados da situação da pandemia de coronavírus, o estado possui 128 casos de pessoas curadas da COVID-19. “Ao todo, 128 pessoas estão recuperadas e 50 encontram-se internadas, sendo 28 em UTI. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais”.
Por Rafael Marques/Rotativo News
Foto: The Wistar Institute
A suspensão dos sorteios da Loteria Federal pelos próximos três meses devido à pandemia do novo coronavírus levou a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-Ba) a interromper as premiações da campanha Nota Premiada Bahia.
A premiação tem por base os resultados divulgados pela Caixa Econômica Federal para definir o número da sorte a partir do qual são conhecidos os bilhetes ganhadores dos sorteios mensais e especiais.
Mas a solidariedade vai continuar motivando os 550 mil baianos inscritos na campanha, que compartilham suas notas eletrônicas com mais de 530 instituições filantrópicas de toda a Bahia ativas no programa Sua Nota É Um Show de Solidariedade: estão mantidos os repasses para estas entidades, que ocorrem a cada quatro meses.
Por Rotativo News/informações Bahia.ba
Foto: Elói Corrêa