Área próxima a escola na cidade de Gaza onde estão 19 brasileiros foi bombardeada nesta sexta-feira (13). O grupo aguarda a ação do governo brasileiro para retirá-lo do local, que não é considerado seguro desde que Israel deu ultimato de evacuação da região norte Faixa de Gaza.
A brasileira Shahed Albanna, de 18 anos, que está no local, enviou um áudio a reportagem onde é possível ouvir o som de bomba caindo próximo à escola. Em seguida, Shahed enviou vídeo onde mostra pessoas abrigadas na escola em um único cômodo, como forma de se proteger de possíveis bombas.
De acordo com a embaixada brasileira em Ramala, na Cisjordânia, o ônibus demorou a chegar “porque a via principal da cidade de Gaza foi bombardeada durante o trajeto, o veículo chegou bem tarde. Como já é noite, a viagem de Gaza a Khan Younis ficou perigosa. Os brasileiros passarão a noite na escola e viajarão amanhã cedo”.
Com isso, o veículo deve deixar a cidade de Gaza na madrugada desde sábado (14), considerando o horário de Brasília. O Itamaraty informou ainda que a embaixada brasileira de Tel Aviv solicitou formalmente ao Governo de Israel que não bombardeie a escola.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil divulgou ainda que, “segundo informação colhida até agora”, há outro grupo de brasileiros querendo sair de Gaza na cidade de Khan Younis, que faz fronteira com o Egito. Entre esses, está o palestino-brasileiro Hasen Rabee, que aguarda oportunidade para deixar o local, conforme relatado à Agência Brasil.
Ordem para sair –Israel informou aos agentes das Nações Unidas que a região norte da Faixa de Gaza, onde vivem 1,1 milhão de pessoas, deve ser evacuada em 24 horas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou para que a ordem seja revista porque não há tempo hábil para retirar todo mundo. O organismo internacional diz que teme a escalada da crise humanitária.
“Como é que 1,1 milhão de pessoas poderão atravessar uma zona de guerra densamente povoada em menos de 24 horas? Estremeço ao pensar quais seriam as consequências humanitárias da ordem de evacuação”, afirmou Martin Griffiths, Subsecretário-Geral da ONU para Assuntos Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência.
Nessa quinta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com o presidente de Israel, Issac Herzog, e apelou para que seja aberto um corredor humanitário que permite às pessoas saírem da Faixa de Gaza.
Informações Bahia.Ba
Apesar do candidato liberal Javier Milei estar liderando as pesquisas de intenção de voto na Argentina, a disputa continua acirrada entre os três principais candidatos, segundo levantamentos recentes.
Os dados revelam o ministro da Economia, Sergio Massa, em segundo lugar e a candidata conservadora Patricia Bullrich em terceiro
Duas pesquisas mostraram os três candidatos dentro de um intervalo de 10 pontos percentuais, indicando que é provável que haja um segundo turno.
Para vencer no primeiro turno, o candidato precisa obter no mínimo 45% dos votos, ou mais de 40% com uma vantagem de mais de 10 pontos sobre o outro candidato mais próximo.
O economista Milei, que ganhou nas eleições primárias de agosto deste ano, tem entre 34% e 35% dos votos, de acordo com uma pesquisa da Opina Argentina.
Já Massa tem entre 29% e 30%, enquanto Bullrich tem entre 24% e 25%.
Uma pesquisa da Synopsis Consultores mostrou Milei com 36,5%, seguido por Massa com 29,7% e Bullrich com 23,8%.
Facundo Nejamkis, analista da Opina Argentina, sugere que o resultado está em aberto.
A crise econômica da Argentina fez com que a inflação anual atingisse 138%, e colocou duas em cada cinco pessoas abaixo da linha da pobreza.
No mês passado os preços na Argentina subiram 12,7%, superando as previsões dos analistas. Esta foi a inflação mensal mais alta do país em 21 anos. Em agosto havia sido de 12,4%.
A alta de setembro reforçou a expectativa de uma inflação acumulada até o fim do ano superior a 170%.
Os dados foram divulgados dez dias antes das eleições presidenciais argentinas. O descontrole dos preços e perda do poder de compra por parte da população são o tema central do pleito deste ano.
As promessas de Javier Milei de dolarizar a economia e fechar o Banco Central têm conquistado muitos eleitores.
Embora Milei seja visto como tendo a melhor chance de vencer, é possível que haja um segundo turno na Argentina.
Informações Revista Oeste
Foto: Yahya HASSOUNA, Belal Al SABBAGH / AFPTV / HAMAS MEDIA OFFICE / South First Responders / AFP.
O ator israelense David Cunio teria sido sequestrado pelo Hamas junto com a mulher, as filhas gêmeas de 3 anos, além de uma cunhada e uma sobrinha, durante os ataques do Hamas a Israel no último sábado (7/10). As informações foram confirmadas pela revista norte-americana Variety.
Reprodução
Conhecido pela atuação em Juventude, filme apresentado no Festival de Cinema de Berlim em 2013, David Cunio é era morador de Nir Oz, comunidade no sul de Israel que foi alvo de bombardeios no fim de semana.
O cunhado do artista, Aharon Aloni, afirma que o ator acordou com o som das bombas no sábado e se refugiou em um bunker localizado n própria casa.
O local, no entanto, teria sido incendiado por terroristas e a família, forçada a fugir. Desde então Cunio e os familiares não foram mais vistos, levando as autoridades a acreditar que eles estão entre as 150 pessoas sequestradas para Gaza.
Tom Shoval, diretor do filme “Juventude”, falou com a Variety sobre o sequestro de Cunio e expressou a esperança de que todos sejam encontrados vivos. “Esse pesadelo aconteceu e não temos muitas informações sobre onde eles estão. Espero que sejam liberados em breve e que nada pior tenha acontecido a eles”, afirmou.
Shoval apelou aos governos do Ocidente para ajudar na localização e resgate de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza. “Precisamos fazer tudo o que pudermos para libertar esses reféns, que incluem crianças e idosos, e trazê-los de volta para casa. Isso é uma emergência real.”
Metrópoles
Campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, após ataque israelense — Foto: Mohammed Abed/AFP
O exército israelense emitiu um aviso, nesta quinta-feira (12), pedindo que os moradores da Cidade de Gaza deixem suas casas em direção ao sul da região em até 24 horas. A informação foi confirmada em um vídeo publicado em redes sociais das forças militares do país.
O porta-voz do exército afirmou que a “evacuação é para a própria segurança” dos habitantes da Faixa de Gaza e recomendou que as pessoas só voltem à Cidade de Gaza quando o governo israelense permitir.
Palestinos temem que a ordem seja um indicativo de que o exército israelense entre por terra em Gaza.
Pouco tempo antes do pronunciamento nas redes sociais do exército, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse, em comunicado, que os militares israelenses avisaram que todos os palestinos na região norte da Faixa de Gaza, cerca de 1,1 milhão de pessoas, deveriam migrar para o sul.
No entanto, segundo as informações do exército, o alerta é apenas para a Cidade de Gaza, que conta com cerca de 677 mil habitantes.
Israel também afirmou que, nos próximos dias, as operações na Cidade de Gaza serão “significativas” e que os moradores da região não devem se aproximar ou tentar ultrapassar a fronteira. (Veja a íntegra do comunicado abaixo)
Segundo a ONU, o comunicado foi enviado pouco antes da meia-noite no horário local. Assim, as 24 horas serão completadas às 18 horas desta sexta-feira (13), no horário de Brasília. A Organização afirmou que já transferiu seu centro de operações centrais para o sul de Gaza.
Salama Marouf, chefe do gabinete de comunicação do Hamas, disse à agência que o aviso é “propaganda falsa, com o objetivo de semear confusão entre os cidadãos e prejudicar a nossa coesão interna” e que orienta os cidadãos palestinos a “não se envolverem nestas tentativas”.
Stephane Dujarric, porta-voz da ONU pediu que, se qualquer ordem de ataque por Israel for confirmada, seja rescindida, “evitando o que poderia transformar o que já é uma tragédia numa situação calamitosa”.
De acordo com o porta-voz, “as Nações Unidas consideram impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras”, já que não haveria tempo hábil para a movimentação de todo esse contingente de pessoas.
Em comunicado, Dujarric afirmou que a ordem de deixar a parte norte de Gaza foi dada, inclusive, aos funcionários da ONU e às pessoas abrigadas nas instalações humanitárias da organização.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também apelou às autoridades israelenses, dizendo que mover as pessoas que estão em estado grave nos hospitais de Gaza, incluindo aquelas com suporte de respiração, é uma “sentença de morte”.
Dezenas de tanques de guerra estão sendo colocados por Israel na fronteira de Gaza, antes de uma invasão terrestre planejada pelas forças militares do país para combater o Hamas.
O conflito entre Israel e Palestina teve início no último sábado (7), após terroristas do grupo Hamas iniciarem um ataque sem precedentes contra o território israelense. Israel se declarou em guerra e os bombardeios entre os dois lados continuam desde então, com mais de 2.800 mortos até o momento, sendo 1.537 palestinos e 1.300 israelenses.
Imagens de drone mostram como ficou o local da rave atacada pelo Hamas
“As Forças de Defesa de Israel apelam que todos os cidadãos da Cidade de Gaza evacuem suas casas em direção ao sul, para sua própria segurança e proteção, e se mudem para a área sul de Wadi Gaza, como mostrado no mapa.
A organização terrorista Hamas travou uma guerra contra o Estado de Israel e a Cidade de Gaza é uma área onde operações militares acontecem. Essa evacuação é para a sua própria segurança.
Você poderá retornar para a Cidade de Gaza apenas quando outro pronunciamento permitir que isso seja feito. Não se aproxime da área da cerca de segurança com o Estado de Israel.
Os terroristas do Hamas estão escondidos na Cidade de Gaza, dentro de túneis que ficam abaixo de casas e dentro de prédios lotados de cidadãos inocentes de Gaza.
Cidadãos da Cidade de Gaza, evacue para o sul para a sua própria segurança e a segurança de seus familiares, e se distancie dos terroristas do Hamas, que estão te usando como um escudo humano.
Nos próximos dias, as Forças de Defesa de Israel continuarão com operações significativas na Cidade de Gaza, com esforços extensivos para evitar ferir civis.”
▶️ Como foi o ataque? As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa Gaza, de onde Hamas lançou 5 mil foguetes.
▶️ Como foi a resposta de Israel? Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação e bloqueou as fronteiras da Faixa de Gaza, impedindo a entrada de alimentos, eletricidade, água e combustível.
▶️ Quantas pessoas morreram? O balanço mais recente das autoridades locais indicava, na manhã de quarta-feira, que mais de 2.700 pessoas morreram. A ONU estima que mais de 338 mil pessoas foram deslocadas em Gaza desde sábado (7).
▶️ O que é e onde fica Faixa de Gaza? É o território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito.
▶️ Qual é o histórico do conflito na região? A disputa entre Israel e Palestina se estende há décadas e já resultou em inúmeros enfrentamentos armados e mortes.
Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.
G1
Foto: Kon Zografos/Pixabay
AComissão Europeia notificou o TikToknesta quinta-feira (12) pela circulação de“propaganda terrorista”na rede social, pedindo a empresa aremoçãodesse tipo de conteúdo em até 24 horas. A preocupação da comissão é oacesso de menores de idadeà plataforma chinesa de vídeos curtos.
A carta foi enviada diretamente pelocomissário Thierry Breton, responsável pelo monitoramento das empresas digitais na União Europeia (UE), ao presidente do TikTok, Shou Zi Chew. Breton ressaltou a importância de diferenciar fontes confiáveis de conteúdo de“propaganda terrorista”, especialmente considerando que muitos usuários, incluindo menores de idade, utilizam a plataforma como fonte de notícias.
Thierry Breton destacou a“obrigação especial”que acredita que o TikTok tem em proteger crianças e adolescentesdos“conteúdos violentos que retratam a tomada de reféns e outros vídeos gráficos” que supostamente circulam na plataforma. Ele se referiu aos cidadãos israelenses capturados pelo grupo terrorista Hamas.
O Antagonista
Diplomatas estrangeiros receberam hoje informações que existem sinais suficientes para sugerir que Israel está se preparando para uma invasão terrestre da Faixa de Gaza, depois de atacar a população local nos últimos dias, como resposta ao ataque terrorista do Hamas.
A informação foi coletada por serviços de inteligência estrangeiros e circula entre algumas das principais potências mundiais.
Os dados não estão sendo confirmados por Israel, ainda que governos de várias partes do mundo tenham acelerado a retirada de seus nacionais da região, antes que o cenário eventualmente se concretize.
O UOL obteve as informações com exclusividade, indicando o temor da região de que Israel esteja mobilizando o apoio de seus aliados com o propósito de entrar numa guerra terrestre nas próximas horas ou dias.
Antes, planeja esgotar os serviços, alimentos e água da população local de Gaza, como vem fazendo desde domingo.
A estratégia poderia envolver a criação de uma zona tampão dentro das fronteiras da Faixa de Gaza de até dois quilômetros. Não se descarta o uso da Marinha para desembarcar soldados e garantir o controle sobre a Faixa de Gaza.
Os serviços estrangeiros também apontam que a situação na Cisjordânia e em Jerusalém ocupada irão se agravar, especialmente depois de o Hamas e o Jihad Islâmico terem apelado aos cidadãos da Cisjordânia e de Jerusalém ocupada para se unirem à resistência.
As indicações são de que um dos cenários prováveis é o aumento da violência entre colonos e cidadãos palestinos.
Parte da informação que circula aponta que seria de interesse de Israel provocar a entrada do Hezbollah na guerra.Continua após a publicidade
Isso daria justificativa para que Israel bombardeasse as bases do grupo, com importante destruição no Líbano. E acabaria afetando a popularidade do Hezbollah.
A segunda razão revela um cenário ainda mais dramático: Israel garantiria a intervenção dos Estados Unidos caso o Hezbollah optasse por um confronto.
Informações UOL
Iniciados no sábado 7, os ataques terroristas do Hamas contra Israel já haviam sido planejados há dois anos. A revelação é do chefe de relações externas do grupo, Ali Baraka, que participou de uma entrevista à TV Russia Today, no dia seguinte ao atentado.
“A hora zero do ataque foi mantida em total segredo”, admitiu Baraka. “Um número bastante limitado de líderes do Hamas sabia. Nos últimos anos, o Hamas não entrou em nenhuma guerra. Esta guerra fazia parte da estratégia do Hamas.”
De acordo com o terrorista, o Hamas levou o Ocidente a crer que o grupo estava apenas “governando Gaza”, e que havia abandonado o que ele chamou de “resistência”. “Enquanto isso, por baixo da mesa, o Hamas se preparava para este grande ataque”, disse.
Baraka disse que, para o plano dar certo, mesmo os integrantes do Hamas não poderiam saber o momento exato do início dos ataques.
“Depois de meia hora do início da invasão, contatamos as diferentes facções do Hamas, assim como os nossos aliados Hezbollah e no Irã”, disse o membro do grupo terrorista.
“Os turcos também foram notificados”, disse. “Até os russos enviaram uma pergunta a respeito dos ataques e foram atualizados sobre a situação e os objetivos da guerra.”
Informações Revista Oeste
Considerado um dos melhores do mundo, o serviço de inteligência de Israel está sendo responsabilizado por não ter previsto o ataque sem precedentes do grupo extremista Hamas, que no último sábado (7) invadiu o país por terra, céu e mar, matando pelo menos 900 israelenses. A ação resultou em uma declaração de guerra e 800 palestinos mortos nos bombardeios na Faixa de Gaza.
1 – Israel confiou demais em seu aparato tecnológico, segundo especialistas. O país espalhou drones, câmeras e sensores de movimento em sua fronteira com a Faixa de Gaza. Rastreadores de GPS eram instalados no carro de suspeitos e até celulares explosivos eram plantados entre os inimigos.
Essa expertise tornou Israel dependente dessa tecnologia para conseguir informações. Segundo Amir Avivi, um general israelense reformado, os terroristas em Gaza aprenderam a escapar dessa coleta de informações, que chegariam cada vez mais incompletas ao serviço de inteligência.
“O outro lado [o Hamas] aprendeu a lidar com o nosso domínio tecnológico e parou de usar tecnologia que pudesse expô-lo”, disse Avivi à agência de notícias AP. “Eles voltaram à Idade da Pedra”, disse ele sobre a decisão dos terroristas de abandonarem telefones e computadores para formular seus planos em salas protegidas contra espionagem.
2 – Israel subestimou o Hamas. A inteligência israelense afirmava nos últimos anos que as sucessivas derrotas do Hamas enfraqueceram sua disposição de partir para o confronto armado. Segundo o jornal Jerusalem Post, “os dados pareciam confirmar essa impressão”: nos últimos conflitos com Gaza, o Hamas não participou.
Para Israel, o grupo estaria hoje mais interessado em governar Gaza, melhorando as condições de vida de seus 2,3 milhões de habitantes. Israel até cogitava permitir a entrada de mais trabalhadores vindos de Gaza.
“Há anos que vivemos numa realidade imaginária”, disse sob anonimato um oficial superior da reserva ao diário israelense Haaretz. “Nos convencemos de que o Hamas está dissuadido e assustado e que sempre receberemos a tempo os avisos de inteligência.”
3 – Israel se concentrava em combater na Cisjordânia. Confiante de que o Hamas estava sob controle, exército e inteligência israelenses priorizaram um conflito na Cisjordânia que já dura um ano e meio.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é pressionado por apoiadores a sustentar militarmente os acampamentos ilegais feitos por judeus na Cisjordânia. Em janeiro, por exemplo, ele regularizou nove deles em resposta a um ataque terrorista a uma sinagoga.
No dia do ataque do Hamas, 24 batalhões que deveriam estar em Gaza ficaram presos na Cisjordânia.
4 – Reforma do Judiciário desmobilizou as Forças Armadas. O país está politicamente divido desde que Netanyahu encampou uma reforma no Judiciário que chegou a prever a derrubada de decisões da Suprema Corte pelo Parlamento em votações por maioria simples.
Essas divergências se infiltraram nas Forças Armadas, disse Martin Indyk — norte-americano responsável pelas negociações israelo-palestinianas na gestão Barack Obama. Reservistas ameaçaram não se apresentar se convocados pelo exército, e centenas deles participaram de uma manifestação em Tel Aviv contra a reforma.
Eles dizem que não vão servir a um país que ruma para uma ditadura. Outros acreditam que o enfraquecimento da Suprema Corte exporia as forças israelenses a acusações de crimes de guerra em tribunais internacionais. Hoje, Israel se defende dessas suspeitas afirmando contar com um sistema jurídico independente capaz de investigar qualquer delito.
5 – Inteligência israelense teria ignorado avisos do Egito. Ontem, um oficial da inteligência egípcia disse à AP que Jerusalém ignorou avisos de que o Hamas preparava “algo grande”.
Ele disse, porém, que os israelenses estavam concentrados na Cisjordânia e minimizaram a ameaça vinda de Gaza. “Nós os avisamos que uma explosão da situação estava chegando muito em breve e que seria grande. Mas eles subestimaram esses avisos”, disse o oficial, que falou sob anonimato porque não tinha autorização para tratar do assunto na imprensa.
Um dos avisos teria sido feito pelo ministro da Inteligência do Egito, general Abbas Kamel, que teria telefonado a Netanyahu 10 dias antes do ataque. Teria dito que Gaza faria “algo incomum, uma operação terrível”, de acordo com o site de notícias Ynet.Continua após a publicidade
Em discurso à nação na noite de ontem, Netanyahu negou ter recebido qualquer aviso prévio, denunciando uma “notícia falsa”.
Aliados e críticos do governo falam agora em “união nacional” contra um inimigo comum, e rejeitam apontar culpados.
“Este é um grande fracasso”, disse Yaakov Amidror, antigo conselheiro de segurança nacional de Netanyahu. Ele se recusou, no entanto, a explicar as razões, dizendo que as lições devem ser aprendidas quando a poeira baixar.
Porta-voz do governo, o contra-almirante Daniel Hagari reconheceu que o exército deve uma explicação, mas só depois. “Primeiro lutamos, depois investigamos”, afirmou.
A inteligência israelense deve “jogar pela janela” sua estratégia de segurança baseada apenas em tecnologia. Para analistas do diário Jerusalem Post, é preciso “voltar à moda antiga” e reforçar as forças terrestres na fronteira com Gaza.
Informações UOL
O Ministro da Energia, Israel Katz, disse na madrugada desta quinta-feira (12) que não será fornecida electricidade ou água a Gaza até que as pessoas sequestradas durante o ataque do Hamas regressem a suas casas.
“Ajuda humanitária a Gaza? Nenhum interruptor elétrico será ligado, nenhuma bomba de água será aberta e nenhum caminhão de combustível entrará até que os raptados regressem”, publicou ele no X (antigo Twitter).
“Humanitarismo pelo humanitarismo. E ninguém pode nos pregar moralidade”, concluiu ele. De acordo com Israel, o grupo palestino ainda mantém cerca de 150 prisioneiros, mas não há detalhes sobre a localização e o estado de saúde deles.
Segundo autoridades dos dois lados, cerca de 2.600 pessoas morreram na guerra até o momento. O Ministério da Saúde da Palestina fala em 1.300 mortos em Gaza, enquanto Israel cita mais de 1.300 vítimas.
Na última terça (10), Israel afirmou ter encontrado 1.500 corpos de membros do Hamas, mas não deu detalhes. Os cadáveres, segundo o governo israelense, estavam no sul do país.
A ONU afirma que os bombardeios israelenses danificaram 12.600 prédios e deixaram 263 mil palestinos sem casa. Brasileiros no país relatam que a situação é cada vez mais dramática, porque as fronteiras seguem fechadas e itens como água e comida estão acabando.
O Ministério da Defesa de Israel chegou a afirmar, em vídeo, que haveria brasileiros entre os reféns do Hamas. Segundo Israel, o grupo palestino ainda mantém cerca de 150 prisioneiros, mas não há detalhes sobre a localização e o estado de saúde deles.
A informação de que há brasileiros entre os sequestrados é incerta. Ao jornal Folha de S. Paulo, o porta-voz do exército de Israel, Jonathan Conricus, afirmou que isso “não está completamente confirmado”.
Pelo menos 26 brasileiros ainda tentam sair de Gaza. O Egito, país que faz fronteira com o território palestino, se comprometeu com o governo brasileiro a ajudar na retirada do grupo, mas ainda não se sabe quando eles poderão sair.
Informações UOL
Foto: Reprodução/X/@UHN_Plus.
Um incêndio de grande proporção atingiu o Aeroporto de Luton, na cidade de Londres, no Reino Unido, na noite desta terça-feira, 10. De acordo com informações obtidas pelo jornal “The Guardian”, as chamas começaram no estacionamento do local e se espalhado por outros setores.
“Metade da estrutura está totalmente envolvida no incêndio e o edifício sofreu um colapso estrutural significativo”, disse um membro do Corpo de Bombeiros, em entrevista ao jornal inglês. Até a publicação desta matéria, nenhuma pessoa foi encontrada ferida.
Através das redes sociais, a administradora do aeroporto admitiu que “parte da estrutura colapsou”. No comunicado, também foi anunciada a suspensão de todos os voos, além da recomendação para que os passageiros não se dirigissem ao lugar. Já os moradores da região foram instruídos a fecharem suas janelas.
Jovem Pan News