Porta-voz do Ministério da Defesa de Israel diz há brasileiros reféns em Gaza
O Ministério da Defesa de Israel disse que há brasileiros entre as pessoas feitas de reféns pelo Hamas em Gaza.
“Há (entre os reféns) norte-americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, argentinos e ucranianos”, disse o porta-voz Jonathan Conricus.
Karla Stelzer Mendes, uma brasileira que estava no festival de música eletrônica Universo Paralello, está entre as pessoas desaparecidas, mas não há confirmação de que seja ela a pessoa que esteja feita de refém pelo Hamas.
Outros dois brasileiros desaparecidos, Bruna Valeanu e Ranani Glazer foram encontrados mortos em Israel.
Segundo o governo israelense, cerca de 150 pessoas foram feitas de reféns durante a invasão do Hamas neste sábado (7). Entre as pessoas sequestradas e levadas para Gaza estão idosos, crianças, professoras, além da DJ Shani Loukque participava do festival de música Universo Paralello.
Um menino palestino sentado em uma casa danificada vista através dos escombros, após os ataques israelenses, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, 11 de outubro de 2023 — Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
Ao todo, 2.255 pessoas morreram, segundo os dois lados.
Após a ofensiva do Hamas, Israel contra-atacou bombardeando Gaza. A região que é uma estreita faixa de terra com cerca de 40 quilômetros de comprimento, situada entre Israel, o Egito e o Mar Mediterrâneo sofreu com ataques e um bloqueio total.
Israel bloqueou a passagem de alimentos, água, combustível e medicamentos na Faixa de Gaza.
Nesta quarta-feira (11), o Hamas disse que a única usina de energia da região não estava mais operando.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram ter feitos novos bombardeios contra a Faixa de Gaza, destruindo alvos ligados ao grupo terrorista, no entanto, autoridades locais alegam que diversos alvos civis também foram atingidos. Foram mais de 400 ataques nas últimas 24 horas, sendo ao menos 200 só nesta quarta.
A agência da ONU para refugiados palestinos informou que nove de seus funcionários foram mortos com os ataques aéreos.
Juliette Touma, diretora de comunicações, disse que os ataques mataram os funcionários da ONU dentro de suas casas.
Em outro desses ataques israelenses, segundo autoridades do Hamas, atingiu a casa da família de Mohammad Deif, um dos dois líderes militares do grupo terrorista. O bombardeio matou o pai e o irmão de Deif, além de outros dois parentes. O paradeiro de Deif segue desconhecido.
G1 Explica: o conflito violento entre Israel e Palestina que dura mais de 70 anos
▶️ Como foi o ataque? As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa Gaza, de onde Hamas lançou 5 mil foguetes.
▶️ Como foi a resposta de Israel? Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação.
▶️ Quantas pessoas morreram? O balanço mais recente das autoridades locais indicava, na manhã desta terça-feira, que mais de 2.255 pessoas morreram. Mais de 1.200 foram em Israel. O Ministério da Saúde de Gaza informou ter registrado 1055 mortes de palestinos.
▶️ O que é e onde fica Faixa de Gaza? É o território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito.
▶️ Qual é o histórico do conflito na região? A disputa entre Israel e Palestina se estende há décadas e já resultou em inúmeros enfrentamentos armados e mortes.
Criminosos do Hamas invadiram território israelense, além de realizar sequestros e lançar mísseis contra civis
O conflito deflagrado a partir do ataque organizado pelo grupo terrorista Hamas contra Israel já contabiliza 1,2 mil mortos, informam autoridades internacionais.
Até o início desta segunda-feira, 9, cerca de 700 pessoas foram assassinadas em Israel desde sábado 7. Muitas delas eram civis. O número de feridos, a saber, é de 2,1 mil. Na ocasião, terroristas do Hamas invadiram o território israelense em área próxima à Faixa de Gaza. Além disso, os criminosos do grupo extremista realizaram sequestros e lançaram mísseis contra o país judaico.
De acordo com as forças militares israelense, 260 corpos foram encontrados somente no local onde ocorria um festival musical — e que acabou como alvo de terroristas. Nesta segunda, o Hamas afirma que, além de ser responsável por dezenas de assassinatos, mantém mais de 100 reféns.
Com o ataque terrorista, o governo israelense declarou “estado de guerra”. Em carta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que deixará em ruínas as localidades onde os militantes do Hamas estiverem.
O governo de Israel não ficou, contudo, parado. Diante do ataque terrorista, as forças militares do país partiram para cima do Hamas. Nesse sentido, Israel informou que a Faixa de Gaza está fechada. Além disso, as autoridades israelenses realizaram ataques contra 653 bases do grupo extremista, que conta com apoio público do Irã.
Conforme informações de agências internacionais, 493 pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o ataque terrorista de autoria do Hamas. Ainda de acordo com a imprensa estrangeira, o número de mortos na Cisjordânia, área ao leste de Israel e que é controlada por autoridades palestinas, está em sete.
Informações Revista Oeste
Foto: Tomas Cuesta/Pool via Reuters (01.out.23).
No segundo e último debate oficial de candidatos à presidência da Argentina antes das eleições, realizado neste domingo (8), o atual ministro da Economia e candidato, Sergio Massa, disse que incluirá o movimento palestino Hamas na lista argentina de organizações terroristas e prometeu criar um “FBI argentino” para combater a criminalidade.
O candidato de ultradireita Javier Milei, do partido A Liberdade Avança, disse que, se chegar à presidência, não vai aderir à agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que estabelece metas globais para o desenvolvimento sustentável, que qualificou como “marxismo cultural” e “decadência”.
O ataque do Hamas a Israel ganhou protagonismo logo na abertura dos discursos de quatro dos cinco candidatos. Milei manifestou “solidariedade com Israel e seu pleno direito de proteger seu território dos terroristas”.
Patricia Bullrich, da coalizão de centro-direita Juntos pela Mudança, que foi com uma fitinha preta simbolizando luto no terninho, sob um broche com a bandeira argentina, manifestou solidariedade “neste momento triste do ataque, do terrorismo do Hamas”.
O candidato peronista não alinhado ao kirchnerismo Juan Schiaretti se restringiu a reiterar sua “solidariedade com o povo de Israel pelo ataque sofrido”. Já Massa, também com uma fitinha no peito, expressou “solidariedade com todas as vítimas de um ataque terrorista brutal, que hoje deixa o mundo de luto”.
A candidata da sigla Frente da Esquerda e dos Trabalhadores, Myriam Bregman, fez a menção somente ao fim do discurso inicial, afirmando sentir dor “pelas vítimas civis”, mas ressaltando que “ocorrem em um conflito que tem como base a política do Estado de Israel de ocupação e apartheid contra o povo palestino”.
O assunto voltou à tona quando Milei perguntou a Massa como ele avançaria na política internacional se dentro da coalizão governista “tem gente que apoia os terroristas e é amigo dos países delinquentes”.
O ministro respondeu que há anos defende a possibilidade de julgamento na Argentina com a ausência do réu, o que permitiria que terroristas suspeitos pelos atentados terroristas contra a Embaixada de Israel e contra a Associação Mutual Israelita da Argentina, cujas explosões nos anos 1990 deixaram mais de 100 mortos em Buenos Aires, possam ser condenados.
E afirmou que, se for presidente, incluirá o Hamas entre as organizações listadas como terroristas pelo país, que tem a maior comunidade judaica da América Latina.
No debate deste domingo, dedicado aos temas “segurança”, “trabalho e produção”, “desenvolvimento humano, moradia e proteção do meio ambiente”, houve mais trocas de acusações do que no anterior, há uma semana.
Bullrich, que foi ministra de Segurança do ex-presidente Mauricio Macri, acusou o kirchnerismo de “defender delinquentes” e questionou a proposta de Milei de desregular o mercado legal de armas.
“Se liberarem [o comércio de armas], vão terminar massacrando crianças nas escolas”, disse ela, que também questionou a defesa que ele fez de “gerar mecanismos de mercado” para o transplante de órgãos.
Segundo ela, “a venda de órgãos” – que Milei nega propor – geraria “sequestros de crianças e tráfico de pessoas”.
Bullrich manteve o discurso mão dura e disse que entrará em territórios dominados pelo tráfico de drogas “com as forças provinciais, nacionais e se for necessário, com as Forças Armadas”.
Disse também que, se eleita, reduzirá a maioridade penal de 16 para 14 anos, ao que foi questionada por Bregman: “Gostaria que nos conte até que idade [quer baixar], até os 12, até os 10, até o Jardim da Infância?”.
Já Massa afirmou que lutará contra a insegurança com prevenção, fazendo com que juízes “tenham que prestar contas para a sociedade” e com a criação de um FBI argentino – uma agência federal integrada pelos melhores integrantes das forças de segurança do país para atuar contra a corrupção, o narcotráfico e o tráfico de pessoas.
Milei, por sua vez, disse que “por culpa da casta política”, o Estado falha e o país vive um “banho de sangue”. Ele pediu que os castigos sejam efetivos, e que “saia caro ser delinquente”, mediante uma reforma do sistema prisional, do código penal e do sistema judiciário do país.
“Na Argentina liberal, quem terá medo serão os delinquentes”, garantiu.
Esse foi um dos diversos momentos em que Bullrich mencionou o ex-chefe de gabinete da província de Buenos Aires, o kirchnerista Martín Insaurralde, que protagonizou um escândalo pela divulgação de fotos suas passando férias em um iate de luxo em Marbella, no Mediterrâneo, ao sul da Espanha.
As fotos vieram à luz na semana passada, dias após a publicação do índice de pobreza do primeiro semestre, que revelou que 1,2 milhão de argentinos passaram a ser pobres no último ano, e geraram indignação. O peronista acabou renunciando ao cargo.
“Não dá para fazer uma boa segurança se os seus sócios são delinquentes”, disse a candidata do Juntos pela Mudança para Massa, que mencionou diversas denúncias de corrupção contra o kirchnerismo.
Quando o assunto foi trabalho e produção, o alvo foi Massa, que há um ano assumiu o ministério da Economia.
Ele defendeu suas medidas recentes para amenizar o impacto da disparada dos preços após as eleições primárias, como a devolução do imposto sobre os produtos da cesta básica e o fim do imposto de renda para trabalhadores que ganham até R$ 25 mil mensais.
“Quero perguntar para o ministro: é possível viver com 124 mil pesos [cerca de 800 reais no mercado paralelo de câmbio] por mês como vivem os aposentados?”, questionou Bregman.
O peronista Schiaretti acusou Massa de ter levado, desde que assumiu, a inflação acumulada de 12 meses de 65% para 124% e o dólar de 250 para 800 pesos no mercado paralelo.
Já Milei disse que Massa somente faz propostas para os trabalhadores, mas “se esquece do capital” e que por isso, 30% dos trabalhadores formais da Argentina estão abaixo da linha de pobreza.
Bullrich, por sua vez, mencionou a disparada do dólar, o aumento da pobreza e o bloqueio do governo às importações. “A Argentina está na destruição total e profunda do seu aparato produtivo, e em vez de arrumar a emergência, você cava o poço mais fundo”, disse para o ministro.
Massa se defendeu, afirmando que os outros candidatos parecem “paraquedistas suecos”, por esquecerem que o último governo contraiu a maior dívida da história do Fundo Monetário Internacional, com o empréstimo para Macri em 2018, de 45 bilhões de dólares, a que o candidato governista atribui os graves problemas econômicos do país.
Em seu discurso sobre trabalho e produção, Milei criticou a emissão monetária e defendeu a “modernização do sistema trabalhista” com “redução das punições para que haja crescimento com acumulação de capital e crescimento do salário real”.
Logo, foi acusado por Bregman de querer eliminar licenças e décimo-terceiros. “A única liberdade que o Javier Milei defende é a de te explorarem sem limites”, criticou ela.
Como resposta, Milei disse a Bregman que socialistas não entendem de economia e ironizou a proposta da candidata de reduzir a jornada de trabalho para seus horas diárias para que haja mais contratações: “Isso é maravilhoso.
Por que então não deixamos só em uma hora por dia? Vai ter emprego para todos. É como dizer que dá para modificar a lei da gravidade com um decreto”, respondeu, em tom jocoso.
Neste momento, Massa disse que Milei desrespeita as mulheres, o que “mostra seu traço autoritário”.
“Quero deixar bem claro o que o Milei está propondo: um mercado de trabalho onde as mulheres não têm possibilidade de se desenvolver, onde os mais jovens têm que ir a um mercado precário de salários, onde trabalhadores perdem direito a férias remuneradas e indenização e, principalmente, onde voltamos a um regime de escravidão”, acusou.
A troca de acusações continuou intensa quando os candidatos podiam fazer perguntas sem temas definidos. Bullrich acusou Milei de fazer acordos com o partido de Massa para fechar suas listas de candidaturas municipais e provinciais.
Já Milei disse que ela pretende “lavar seu passado de montonera assassina”. Os Montoneros eram uma organização armada dos anos 1960 e 1970, vinculada à juventude peronista, da qual Bullrich era integrante. Ela nega ter apelado para a violência na época.
Quando Massa questionou Milei por ter votado contra uma lei para diagnosticar e prevenir doenças cardíacas no primeiro ano de vida dos bebês, o ultradireitista respondeu que a saúde pública deveria funcionar para isso sem uma legislação e acusou a atual administração de ser responsável por “um desastre” pandemia.
“Temos 130 mil mortos por culpa deste governo ‘genocida’”, acusou.
Perguntado por Schiaretti sobre se vai aderir à Agenda 2030 da ONU, o economista ultraliberal respondeu: “Não, porque não aderimos ao marxismo cultural, não aderimos à decadência”. E alegou que seu programa de governo tem uma “agenda energética com restrições aplicáveis na Europa”.
Mas quando Bregman mencionou o negacionismo do candidato sobre a mudança climática, Milei disse os ciclos de aquecimento global sempre ocorreram e que “todas as políticas que culpam o ser humano” pelo fenômeno “são falsas e a única coisa que querem é arrecadar fundos para financiar socialistas preguiçosos que escrevem papers de quarta categoria”.
Na maioria das pesquisas, Milei lidera as intenções de voto com cerca de 35%, diante de Massa, que aparece em segundo lugar, e de Patricia Bullrich, que aparenta ter menores possibilidades de disputar um eventual segundo turno.
Para ganhar no primeiro turno, o candidato precisa obter 45% dos votos ou 40% com uma diferença de 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado.
As eleições presidenciais da Argentina acontecem em 22 de outubro. Se necessário, o segundo turno será em 19 de novembro.
CNN Brasil
Foto: JOHN MOORE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP.
O presidente dos EUA, Joe Biden (foto), informou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que a ajuda militar de seu país “está a caminho” do Mar Mediterrâneo.
Biden prometeu “apoio total” ao governo de Israel e ao povo israelense após os ataques terroristas. As informações foram divulgadas pela Casa Branca.
Segundo o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, o governo americano enviará ainda neste domingo porta-aviões, caças e munições a Israel.
A medida, disse Austin, foi tomada após reunião com Joe Biden e servirá para “reforçar esforços de dissuasão”.
“Os EUA mantêm forças prontas em todo o mundo para reforçar ainda mais esta postura de dissuasão, se necessário”, disse o secretário em comunicado.
Após os ataques do Hamas contra Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou no sábado que o Exército de seu país vai usar “toda a sua potência” para “destruir as capacidades” do grupo terrorista.
Netanyahu também prometeu “reduzir a escombros” todos os esconderijos do Hamas.
Fonte: O Antagonista.
O governo argentino está cada vez mais enfraquecido. Trabalhadores e aposentados aguardam as ajudas econômicas prometidas para aliviar o último golpe inflacionário, medida anunciada no domingo pelo ministro da Economia e candidato presidencial Sergio Massa, que vem recebendo críticas. Um total de 12 dos 24 governadores provinciais e dezenas de intendentes municipais anteciparam que não pagarão o bônus de 60 mil pesos (US$ 162 , ou R$ 791) previsto para os próximos dois meses. Alguns argumentam que não podem pagar: estão com os cofres vazios. Outros não querem: consideram que se trata de uma medida eleitoral e destacam que os funcionários públicos se beneficiam de negociações salariais coletivas que limitaram seu poder de compra.
A rebelião das províncias e municípios soma-se àquela iniciada pelas câmaras empresariais, apoiada pela oposição. “As micro, pequenas e médias empresas não vêm atingindio há vários meses seus resultados econômicos e esta imposição vai agravar a perda”, anunciou a Confederação Argentina de Médias Empresas (Came), que agrupa as pequenas e médias empresas do país, em comunicado.
Os dois grandes rivais de Massa nas eleições de 22 de outubro, o economista ultraliberal Javier Milei e a conservadora Patricia Bullrich, prometeram cortar gastos públicos se chegarem à Casa Rosada e criticam o que chamam de “plano platita” de Massa. Para Milei, Massa quer “ganhar a eleição injetando dinheiro nas pessoas” e incentivou a população a não cair “nessa armadilha”.
— É um novo ato de populismo — denunciou o candidato do partido de extrema direita A Liberdade Avança.
Bullrich concorda com Milei. Na sua opinião, o candidato peronista “zomba de todo mundo” ao propor soluções baseadas em “maquiagem financeira e mais emissão monetária”.
O governo argentino garante que as grandes empresas têm condições de pagar o valor fixo e algumas autoridades ameaçaram multar as que não cumprirem a medida. A participação dos salários no PIB argentino caiu sete pontos desde 2017: passou de 55,6% do PIB argentino para 48,4% no primeiro trimestre deste ano.
Em contrapartida, a fatia do bolo dos empresários aumentou mais de três pontos percentuais desde então: passou de 35% para 38,4%.
O secretário da Indústria, José Ignacio de Mendiguren, lembrou que durante a pandemia grande parte dos empresários recebeu ajuda estatal para pagar salários e pediu que eles fizessem “um esforço extra” para alcançar a estabilidade macroeconômica.
O presidente argentino, Alberto Fernández, saiu em defesa de Massa.
— Tudo o que estamos fazendo é um pouco de justiça. Distribuir os maiores lucros de alguns, para que esses lucros cheguem a quem trabalha — disse Massa na quarta-feira, durante um evento público realizado na província de Catamarca, no norte do país.
O presidente também criticou as províncias que se recusam a distribuir o bônus entre seus funcionários públicos, especialmente a capital argentina, governada pelo oposicionista Horacio Rodríguez Larreta:
— Me chama a atenção que Catamarca e La Rioja possam pagar e a cidade mais opulenta da Argentina tenha dificuldades.
O bônus de 60 mil pesos faz parte de um amplo pacote de medidas apresentado por Massa para os próximos dois meses. O ministro da Economia também anunciou congelamento de preços — ou aumentos abaixo da inflação — para alimentos essenciais, tarifas de transporte público, combustível, medicamentos e planos de saúde. É uma bomba-relógio: depois das eleições, os preços certamente voltarão a disparar. Para financiar a despesa extra, o governo aprovou na quarta-feira uma ampliação orçamental, por decreto.
O candidato peronista procura recuperar a iniciativa após a derrota nas eleições primárias de 13 de agosto — nas quais a aliança governista União pela Pátrica ficou em terceiro lugar— e reduzir a incerteza econômica e social das últimas duas semanas.
Horas depois do anúncio dos resultados, o peso argentino desvalorizou 18% em relação ao câmbio oficial e a cadeia de comercialização ficou paralisada. Quando foi reativada, muitos produtos registraram aumentos significativos de preços. A difícil situação econômica ameaçou transbordar para as ruas quando se registaram saques em lojas de diferentes províncias e com eles reapareceu o fantasma do “corralito”, em 2001 — quando a Argentina viveu uma hiperinflação que obrigou o ex-presidente Raúl Alfonsín a antecipar em seis meses a entrega do poder ao peronista Carlos Menem (1989-1999), vencedor da eleição presidencial daquele ano.
Após a perplexidade inicial com a vitória inesperada de Milei nas primárias, seus principais rivais voltaram à disputa esta semana. A menos de dois meses das eleições, as sondagens mostram o candidato de extrema direita à frente e colocam Massa em segundo lugar, seguido de perto pela ex-ministra da Segurança macrista. Para vencer no primeiro turno, o mais votado precisa ter 45% dos votos ou 40% e dez pontos percentuais que o segundo. Caso contrário, haverá um segundo turno em novembro.
O Globo
Brasileiro foi condenado à prisão perpétua por matar a ex-namorada a facadas nos EUA Imagem: Montagem / Departamento de Polícia de Chester County / Arquivo Pessoal
Condenado pelo assassinato da ex-namoradaDeborah Brandão, Danilo Sousa Cavalcante, 34, fugiu da prisão nos Estados Unidos nesta quinta-feira (31), segundo autoridades do país.
A Argentina enfrenta uma onda de saques a supermercados e lojas em diferentes partes da Grande Buenos Aires na terça-feira (22). Autoridades locais disseram que os saques foram incentivados por mensagens nas redes sociais que pediam que as pessoas saíssem às ruas para saquear lojas. A onda de saques começou no fim de semana em cidades do interior da Argentina e se espalhou para a periferia de Buenos Aires na terça-feira. Os saques foram direcionados a supermercados, lojas e outros estabelecimentos comerciais.
O Ministro da Segurança da Província de Buenos Aires, Sergio Berni, afirmou que na noite de terça-feira houve tentativas de roubo “de maneira coordenada” em centros comerciais dos subúrbios das cidades de Moreno, José C. Paz e Escobar. Um dos supermercados sofreu grandes estragos e os autores do ataque atearam fogo ao local. Não há informações sobre feridos.
No fim de semana, houve episódios similares nas províncias de Córdoba, Mendoza e Neuquén. Muitos negócios dos bairros de Once e Flores, na capital, alteraram suas rotinas por temer saques. Prefeitos da grande Buenos Aires denunciaram ontem que circulavam mensagens e notícias falsas sobre saques.
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Segundo as autoridades, a situação estava sob controle nesta quarta-feira (23). A polícia, porém, continuava a patrulhar e helicópteros sobrevoavam os subúrbios da capital.
A onda de saques é atribuída a uma série de fatores, incluindo a crise econômica, o aumento da pobreza e o desemprego. A crise econômica tem feito com que o custo de vida aumente, o que dificulta para as pessoas comprarem alimentos e outros itens essenciais. O aumento da pobreza também está levando a um aumento da desigualdade, o que está criando um ambiente propício à violência.
A inflação ao consumidor está em 113,4%, na comparação anual, segundo o dado de julho.
Informações TBN
Uma onda de saques a lojas e supermercados em toda a Argentina levou a dezenas de detenções, em um possível sinal de volatilidade crescente com uma inflação superior a 100% e uma disputa presidencial tensa nas eleições de outubro.
Os saques, desde a cidade de Bariloche, na Patagônia, até a região vinícola de Mendoza e ao redor da capital Buenos Aires, têm mostrado pequenos grupos de pessoas invadindo lojas, roubando alimentos e outros itens, segundo a TV estatal, autoridades e testemunhas da Reuters.
Mais de 100 pessoas foram detidas em diferentes regiões, disseram autoridades. Vídeos e fotos mostram lojas invadidas e saqueadas, prateleiras vazias, pessoas tentando entrar à força nos supermercados e alguns pequenos incêndios. A polícia foi mobilizada para vigiar as lojas.
“Há alguns dias temos visto esse tipo de comportamento”, disse o ministro da Segurança, Aníbal Fernández, nesta quarta-feira. Ele alegou que os saques estavam sendo coordenados.
“Há um objetivo aqui de gerar algum tipo de conflito e tentamos evitá-lo”, disse ele. “Isso não é espontâneo e não é uma coincidência”.
A Argentina, um grande exportador mundial de cereais, enfrenta uma inflação anual de 113%, o que está fomentando uma crise no custo de vida. Uma recente e acentuada desvalorização do peso elevou ainda mais os preços ao consumidor neste mês. O JP Morgan prevê que a inflação termine o ano em 190%.
A inflação acentuada está adicionando mais tensão a uma disputa eleitoral presidencial de três vias, atualmente liderada pelo libertário radical Javier Milei, que acabou derrotando a conservadora Patricia Bullrich e o ministro da Economia, Sergio Massa, nas primárias de agosto.
Milei, que prometeu dolarizar a economia e eventualmente desmantelar o Banco Central, aproveitou uma onda de raiva dos eleitores na Argentina por causa da inflação e das crescentes dificuldades, com cerca de quatro em cada dez pessoas vivendo na pobreza.Continua após a publicidade
“É trágico ver novamente, depois de 20 anos, as mesmas imagens de saques que vimos em 2001”, disse ele na plataforma X, anteriormente chamada de Twitter, referindo-se à crise econômica de 20 anos atrás. Ele acrescentou que não endossa a violência.
A porta-voz presidencial Gabriela Cerruti acusou Milei de promover os ataques. Ela diz que ele quer “desestabilizar” o país.
Bullrich, ex-ministra da Segurança e candidata da principal coligação conservadora de oposição, criticou os saques e destacou as suas credenciais de lei e ordem.
“A Argentina vive na desordem, e a desordem parece ser a regra”, disse ela. “Nada justifica estes ataques à propriedade privada ou a inação do governo. Precisamos de ordem e pronto”.
Informações UOL
O representante argentino no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Guillermo Francos, anunciou que deixará a instituição para integrar a equipe do Liberdade Avança, coalizão de Javier Milei para as eleições presidenciais da Argentina de 2023. O candidato ficou em 1º lugar nas primárias do país.
Francos é diretor executivo para a Argentina e Haiti no BID. Em carta divulgada no domingo (20.ago.2023), ele disse que deixará o cargo nos próximos dias para “não afetar nenhuma sensibilidade em um momento tão crucial”. O economista disse ter recbido uma proposta de Milei para integrar sua equipe de trabalho caso o libertário ganhe a corrida para a Casa Rosada. As informações são da Bloomberg.
“Estou convencido de aceitar trabalhar na equipe liderada por Javier Milei para construir uma Argentina liberal como Alberdi a imaginou: moderna, desenvolvida, mais justa e digna”, disse.
Antes de chegar ao BID em 2019, Franco estava à frente do Wilobank, o banco digital fundado por Eduardo Eurnekian. Ele também ocupou um cargo no conselho da Corporación América, a holding de Eurnekian enquanto Milei era economista-chefe.
Leia a declaração completa Guillermo Franco:
“Eu concordei em entrar para a equipe de Milei.
Tendo presente o oferecimento que Javier Milei me fez de integrar sua equipe de trabalho no caso de ser eleito Presidente da Nação, tendo decidido aceitá-lo e ocupando atualmente o cargo de Diretor Executivo para Argentina e Haiti no Banco Interamericano de Desenvolvimento, sendo ao mesmo tempo o Decano de seu Conselho de Administração, tomei a decisão de me afastar de tal função nos próximos dias para não afetar nenhuma sensibilidade em um momento tão crucial de nossa jovem democracia.
Agradeço a oportunidade que me foi dada de defender os interesses de nosso país e da América Latina e Caribe na mais importante Instituição de Desenvolvimento da região. Estou convencido de ter honrado essa confiança, como também estou convencido de aceitar trabalhar na equipe liderada por Javier Milei para construir uma Argentina liberal como Alberdi a imaginou: moderna, desenvolvida, mais justa e digna.
Guillermo Francos
Diretor executivo
Banco Interamericano de Desenvolvimento”
Javier Gerardo Milei tem 52 anos, é formado em economia e liderou com 30,4% dos votos a eleição primária de 13 de agosto de 2023 na disputa pela Presidência da Argentina. Ele está à direita no espectro político ideológico, com ideias liberais na economia. Defende fechar o Banco Central do país, acabar com o peso e usar o dólar dos EUA como moeda local.
O candidato concorre à Casa Rosada pela coalizão “La Libertad Avanza“ (em português, A Liberdade Avança). Milei se autodefine como “anarcocapitalista” e “libertário” –é contra a interferência do Estado na sociedade e a favor do sistema de livre mercado. Diz que seu programa será uma “motosserra” para cortar gastos públicos. Afirma que o aquecimento global é uma mentira, é a favor da venda de órgãos e defende o sistema de educação não obrigatório e privado.
Poder 360
Foto: ALEJANDRO PAGNI / AFP.
O presidenciável argentino ultraliberal Javier Milei declarou que pretende retirar o país do Mercosul caso vença as eleições.
Para o grande vencedor das primárias, uma das primeiras medidas do governo seria deixar o bloco com Brasil, Paraguai e Uruguai.
“É uma união aduaneira que favorece os empresários que não querem competir”, disse, citando também a negociação em andamento para o tratado de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.
Após a vitória nas prévias do último domingo (13), Javier Milei disse que sua posição no campo das Relações Exteriores também prevê o fim da colaboração com a China, que é atualmente o principal parceiro comercial da Argentina.
“Quero estar alinhado com o Ocidente, meus sócios serão os Estados Unidos e Israel. A posição será de luta contra o socialismo. Todos os dispostos a lutar contra a esquerda estarão ao meu lado. Não faço negócios com comunistas”, declarou Milei, favorito nas eleições presidenciais, com o primeiro turno marcado para 22 de outubro. (ANSA)
O Tempo