Vice-presidente diz que há uma “histeria” em torno do preço do petróleo
O vice-presidente da República Hamilton Mourão disse que, ainda que o preço da gasolina e demais combustíveis tenham uma redução, a população precisa entender que não voltará a patamares de anos anteriores.
– Uma realidade a gente tem que entender, o preço do combustível, fruto até da questão da transição energética que nós temos que viver, não vai voltar aos patamares que a gente gostaria. Não vamos mais, na minha visão, pagar R$ 4 por litro de gasolina, vai ser difícil isso acontecer – declarou em conversa com jornalistas na chegada ao Planalto, nesta quarta-feira (16).
O vice-presidente pontou que há uma “histeria” em torno da questão atual do petróleo, em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia.
– Essa questão do preço do petróleo é muita histeria, porque houve uma variação, vamos dizer assim, violenta do preço do petróleo, fruto aí primeiro da questão da pandemia, do retorno da atividade econômica. Depois, está havendo esse conflito absurdo lá na Rússia e na Ucrânia – assinalou.
O general afirmou também que a Petrobras deve ajustar os preços, depois da recente queda do preço do petróleo no mercado internacional.
– Óbvio que o mercado começa a se reequilibrar. Então, [o preço do barril de petróleo] bateu US$ 139 e já está em US$ 99, US$ 98. É óbvio [que] essa flutuação acredito que a Petrobras vai encaixar isso aí e vai haver uma redução – disse.
Nesta terça-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou esperar que agora, com a queda no preço do barril de petróleo tipo Brent, a Petrobras acompanhe a flutuação para baixo. Ele afirmou que poderá ser aprovada a redução do Pis/Cofins.
Informações Pleno News
Empresa informou que medida também provocaria o desabastecimento de combustíveis no Brasil
Depois de ser intimada pela Justiça a se manifestar em ação que questiona o aumento de combustíveis anunciado na semana passada, a Petrobras disse que a suspensão do reajuste poderá levar ao “desabastecimento” e ao “caos” no país.
A empresa protocolou, nesta terça-feira (15), resposta no processo movido pelo Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas e outros representantes da categoria na semana passada.
A ação pede que seja dada liminar contra o reajuste estabelecido pela Petrobras na semana passada de 18,8% na gasolina, 24,9% no diesel e 16,1% no gás de cozinha.
Na manifestação apresentada hoje, a Petrobras reforça que a política de preços dos combustíveis é feita em equilíbrio com os mercados globais e essa é uma condição fundamental para o funcionamento adequado do setor. “Caso os agentes de mercado – não só a Petrobras – sejam forçados a adotarem preços defasados, a consequência será o desabastecimento nacional”, afirmou.
A empresa disse ainda que os autores da ação pretendem fazer uso “político” e de resposta a uma categoria específica com o processo, e que acolher a liminar pedida traz riscos, uma vez que o aumento já está em vigor.
“A Petrobras não é a única a atuar no mercado de refino no Brasil. Assim, a medida liminar, nos moldes em que pleiteada, gerará um ‘preço Petrobras’ e um preço diferente nas demais refinarias, o que ocasionaria um caos sem precedentes no mercado, em razão do preço judicialmente congelado”, completou.
Em sua resposta, a Petrobras lembrou ainda que outras commodities (produtos básicos, como petróleo e minério de ferro) também apresentaram aumento de preços em decorrência do conflito no leste europeu.
A companhia ressaltou que o preço dos combustíveis ao consumidor final reflete não só o valor pago nas refinarias, mas também fatores como tributos estaduais e federais e margens de distribuição e revenda.
“A quantia paga pelo consumidor final não é a quantia que a Petrobras recebe. Do mesmo modo, a quantia paga pelo consumidor final não é o resultado das políticas de preços seguidas pela Petrobras, mas também da composição de diversas parcelas aplicadas por outros agentes”.
Para ilustrar, a empresa disse que quando um consumidor abastece seu veículo num posto e paga R$200, a Petrobras recebe, em média, cerca de R$ 71 (35,5%). “O restante refere-se aos tributos, etanol anidro e margens de distribuição e revenda”.
*AE
O presidente Jair Bolsonaro espera que a Petrobras siga o mercado internacional e reduza o preço dos combustíveis, após a queda do valor do barril de petróleo.
O preço do barril do petróleo do tipo Brent, o mais comercializado internacionalmente, fechou a cotação do dia a US$ 99. Na semana passada, o barril chegou a custar mais de US$ 139, maior valor em 14 anos, o que levou a Petrobras a promover reajustes no preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, anunciados na última quinta-feira (10).
“Estamos tendo notícias de que nos últimos dias o preço do petróleo lá fora tem caído bastante. A gente espera que a Petrobras acompanhe a queda de preço lá fora. Com toda certeza, ela fará isso daí”, disse o presidente durante evento de lançamento do novo marco legal da securitização e de garantias rurais, no Palácio do Planalto, em Brasília.
O presidente voltou a criticar a decisão da Petrobras de aumentar o preço dos combustíveis antes mesmo de o Congresso Nacional e do governo aprovarem medidas para conter o aumento dos preços. Uma dessas medidas foi a edição de uma lei complementar que unifica o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis. O texto foi sancionado na última sexta-feira (11).
“A gente lamenta apenas, se a Petrobras tivesse esperado um dia a mais, nós poderíamos, ao se anunciar o reajuste de R$ 0,90 no litro do diesel pela empresa, que não é de responsabilidade nossa, mas exclusiva da Petrobras, também ter anunciado a diminuição de R$ 0,60 no litro do combustível. Por um dia, se a Petrobras tivesse esperado, teríamos apenas um aumento de R$ 0,30 no preço do diesel”, disse.
Em seu discurso de hoje, o presidente Jair Bolsonaro também destacou que seu governo tem se empenhado na redução de impostos. Além do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre operações de câmbio, ele citou a diminuição do Imposto sobre Produtos Industriais (IPI), feita na semana passada, e que poderá ser ampliada. “Há pouco dias, tivemos aqui a questão do IPI, em 25%. E há uma possibilidade, segundo o [que] Paulo Guedes disse de reduzir mais ainda para automóveis, motocicletas e produtos da linha branca. É uma coisa fantástica porque nunca se ouviu falar isso aqui no Brasil”.
Informações Agência Brasil
Órgão pediu extinção do processo contra o presidente
A Advocacia-Geral da União (AGU) negou omissão do governo federal diante do aumento do preço dos combustíveis. A manifestação foi enviada nesta segunda-feira (14) em uma ação que pede a suspensão do reajuste em todo o país. Segundo a pasta, não cabe ao presidente Jair Bolsonaro (PL) interferir na política de preços da Petrobras.
– Como não há qualquer relação de subordinação entre a sociedade de economia mista [Petrobras] e a União, não há que se falar que o ente central está sendo omisso em controlar ilegalidades supostamente praticadas pela companhia em sua política de preços dos derivados de petróleo – diz um trecho da manifestação.
A AGU diz que a estatal tem “autonomia administrativa” e pratica a “liberdade de preços, o que está alinhado com princípio constitucional da livre concorrência”. O pedido da pasta é para a Justiça Federal encerrar o processo sem análise do mérito.
CAMINHONEIROS ACIONAM JUSTIÇA
O memorial foi enviado em uma ação movida pela Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas em conjunto com sindicatos de transportadores de cargas. O argumento das entidades é que, ao atrelar a política de preço do combustível ao valor internacional do barril de petróleo, a Petrobras age em prejuízo do consumidor.
Em relação ao governo, acusam “atos e omissões inconstitucionais e ilegais” que, em sua avaliação, “caracterizam violação de setores sensíveis em atentado à soberania nacional por subordinação da independência do setor energético a interesses meramente econômicos externos”.
A Petrobras comunicou na semana passada um reajuste de 18,8% na gasolina, 24,9% no diesel e 16,1% no gás de cozinha. Bolsonaro chegou a criticar a estatal após o anúncio. O presidente disse que a empresa registra “lucro absurdo” em um “momento atípico no mundo” e que ficou insatisfeito com a medida.
*AE
Ele disse saber que a categoria está chateada após o último reajuste dos combustíveis adotado pela Petrobras
O presidente Jair Bolsonaro disse, neste sábado (12), que não conversou com os caminhoneiros sobre reajustes nos preços de combustíveis, mas afirmou estar ciente de que eles estão “chateados”.
– Peço a compreensão deles. Entendo que a partir de hoje subiu, sim, R$ 0,90 o preço do diesel, mas hoje diminuiu R$ 0,60. Espero que na ponta aqui, na bomba, esse valor se faça presente – comentou ele sobre um Projeto de Lei Complementar (PLC), aprovado na sexta-feira pelo Congresso Nacional.
O chefe do Executivo disse torcer para que a categoria não se organize para fazer protestos contra o aumento dos combustíveis. No governo de Michel Temer, uma grande greve dos motoristas paralisou o país e fez com que o presidente buscasse recursos extraordinários para auxiliar os trabalhadores.
– Tem muito caminhoneiro que (…) alguns falam em greve. Sei disso. Lamento. Espero que não haja – afirmou.
Bolsonaro considerou também que há o pensamento entre alguns profissionais de que não é o ideal entrar em greve porque, com uma possível paralisação, o caminhão não pode sair de casa e o motorista não teria mais como honrar pagamentos, como o de combustíveis.
– Quer ver uma coisa? Você pega uma viagem daqui Brasília a São Paulo, mais ou menos mil quilômetros. Um caminhão grande gasta, a cada dois quilômetros, um litro de diesel. Então, ele gasta quinhentos litros para ir e quinhentos para voltar. Gasta mil litros de combustível. Se o aumento foi de R$ 900, o que não é verdade, então aumentou mais R$ 900 – calculou.
E continuou.
– Realmente é insuportável isso que está acontecendo. Nós temos que ter sensibilidade – ressaltou.
Petrobras
Bolsonaro também afirmou que qualquer um pode ser trocado em seu governo, com exceção dele próprio e do vice-presidente Hamilton Mourão.
– Todo mundo pode ser trocado – disse, quando questionado por jornalistas sobre se existia a possibilidade de mudar o comando da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, após o reajuste dos combustíveis anunciado esta semana.
Bolsonaro falou com repórteres após participar de um evento para “filiação em massa” de pré-candidatos a deputados federais do PL.
Na sequência, no entanto, Bolsonaro voltou ao tema.
– Ninguém falou em trocar (o presidente da Petrobras). Você perguntou se ele pode ser trocado. Qualquer um pode ser trocado no meu governo, menos eu e o vice-presidente da República, que têm mandato – ressaltou.
O chefe do Executivo lembrou que, pelo cargo que ocupa, se considera o acionista majoritário da estatal, que também possui ações no mercado financeiro.
– Então eu dou os meus palpites, minhas sugestões, diretamente ao presidente (da empresa) quando se faz necessário. Mas isso não é interferência. São sugestões apenas que eu faço – relatou.
O presidente também deu a entender que não conversou com o general Luna após a decisão do comandante da Petrobras de repassar o aumento dos custos dos combustíveis no mercado externo para o mercado doméstico.
– Certas coisas não precisam comentar. Ele vai ligar para mim para perguntar ‘está satisfeito com o reajuste?’, Não vai. Ele sabe o que eu penso disso e o que qualquer brasileiro pensa disso (…) Agora, o brasileiro tem que entender que quem decide esse preço não é o presidente da República. É a Petrobras com os seus diretores e o seu Conselho – explicou.
Da mesma forma, Bolsonaro também descartou, mais uma vez, a possibilidade de mudar os preços dos combustíveis “na caneta”.
– Não existe isso. Se você efetuar uma medida dessa aí, explode. Quando você fala, o preço do combustível está atrelado ao valor do petróleo lá fora e ao dólar aqui dentro. Se você tomar certas medidas, você simplesmente causa um caos na economia (…) Não adianta você reduzir na canetada em R$ 1 o preço do combustível se o dólar vai para R$ 7 – afirmou.
Ele disse ainda que o presidente da Petrobras está realizando investimentos a médio e longo prazo.
– Estive com ele no Comperj, em Itaboraí (RJ). Estamos investindo em outras refinarias, pelo Brasil, para aumentar a sua produtividade – ressaltou.
O presidente comentou que, para construir uma refinaria, além de ser uma obra demorada, é precisamos estimular a iniciativa privada para que parta para a construção de refinarias no Brasil.
– Esse [processo] é longo, não é coisa rápida. É demorado – calculou.
Bolsonaro ilustrou, dizendo que há minirrefinarias no mundo e que a China, inclusive, tem expertise nessa área. Comentou ainda que tratou do tema com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e que recebeu como resposta que os projetos são possíveis, mas que podem levar de três a quatro anos para ser construídos.
*AE
Na noite desta sexta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro sancionou, na íntegra, o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 11, de 2020, que prevê a cobrança em uma só vez do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, inclusive importados. O ICMS único também valerá para o gás natural e para a querosene de aviação. A sanção foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
Atualmente, a alíquota do imposto é um percentual cobrado em cima do preço final do litro na bomba, que sofre variações do dólar e do preço internacional, onerando ainda mais o valor final cobrado dos consumidores. O PL sancionado determina que a cobrança do ICMS ocorra sobre o preço na refinaria ou no balcão de importação, quando o combustível vier do exterior. Os novos valores, pela proposta, serão definidos por meio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne representantes da área econômica de todos estados e do Distrito Federal.
O diesel é o único combustível que adotaria uma regra de transição emergencial. Segundo essa sistemática, enquanto não for adotada a cobrança única – e correspondente unificação de alíquota – do diesel, o valor de referência para estipulação do tributo será a média móvel dos preços médios praticados ao consumidor final nos 60 meses anteriores a sua fixação.
Na definição das novas alíquotas, deverá ser previsto um intervalo mínimo de 12 meses entre a primeira fixação e o primeiro reajuste dessas alíquotas e de seis meses para os reajustes subsequentes, devendo-se observar o prazo de 90 dias no caso de um novo aumento.
A medida também reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, garantindo a manutenção dos créditos vinculados às pessoas jurídicas da cadeia produtiva.
Desse modo, a proposição não apenas preserva a autonomia dos estados e do Distrito Federal, mas também simplifica a incidência do ICMS sobre os combustíveis e lubrificantes, confere maior uniformidade e dilui o peso da carga tributária incidente sobre estes produtos para enfrentar o súbito aumento do petróleo decorrente da guerra na Ucrânia.
Informações Agência Brasil
Afirmação foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a aprovação de projetos de lei que permitem a redução de tributos pelo Senado atenuarão a alta no diesel anunciada nesta quinta (10), pela Petrobras em dois terços. O ministro também afirmou que o governo não estuda mudar a política de preços da Petrobras.
Segundo cálculos apresentados pelo ministro, o aumento de 24,9% representará um acréscimo de R$ 0,90 por litro de diesel. Em sentido contrário, a redução de PIS/Cofins representará uma redução de R$ 0,33 por litro do diesel, a um custo de R$ 18 a R$ 19 bilhões para a União.
Já o corte de tributos estaduais significará um corte de R$ 0,27 por litro, custando entre R$ 15 bilhões e R$ 16 bilhões para os cofres dos estados.
– O Senado teve excelente trabalho de compartilhamento dos custos que essa guerra está impondo à população brasileira. Há uma guerra do outro lado do mundo que pressiona preço do petróleo e tem impacto no Brasil. Temos que compartilhar esses custos, ao invés de passar tudo [para a União] – apontou.
Questionado sobre eventual redução de tributos sobre a gasolina, que não é contemplado nos projetos aprovados no Senado, Guedes disse que isso é “outra história”.
– O que foi aprovado até agora é atenuar o impacto do diesel. O Brasil gira em cima do diesel, queremos atenuar principalmente para o transporte público, urbano e rodoviário – completou.
‘Nunca pensamos em alterar política de preços’
Guedes negou que o governo federal estudou alterar a política de preços da Petrobras.
“É uma lei”, disse Guedes, que foi repetido pelo ministro de Energia, Bento Albuquerque.
– Não houve discussão sobre a política de preços da Petrobras. Nunca pensamos em alterar – respondeu o ministro da Economia, após ser questionado pelos jornalistas.
Nesta semana, o entanto, conforme mostrou o Broadcast, o presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu rever a política de preços da Petrobras.
– Não pode continuar (…) Tem legislação errada, feita lá atrás, que você tem paridade com preço internacional. O que é tirado do petróleo leva-se em conta o preço fora do Brasil, isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí sem mexer, sem nenhum sobressalto no mercado – declarou o presidente na segunda-feira (7)
O ministro Bento Albuquerque também afirmou nesta quinta que não é a Petrobras ou o governo que fixa o preço dos combustíveis.
– É oferta e demanda. O preço é fruto da disponibilidade do produto, mas hoje tem escassez no mundo – disse o ministro aos jornalistas, após reunião com Guedes.
‘Reajuste da Petrobras é procedimento da própria empresa’
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o reajuste anunciado pela Petrobras é um “procedimento próprio da empresa” e que reflete o livre mercado.
– A Petrobras não é a única, ainda é o agente majoritário, mas temos outras empresas no [mercado de combustíveis]. O que foi aprovado hoje é muito importante para o País porque evita justamente a volatilidade dos preços dos combustíveis, tanto para cima, como para baixo – disse, em referência aos dois projetos de lei aprovados pelo Senado sobre o tema.
Albuquerque falou em entrevista coletiva ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, que fez coro dizendo que os preços da Petrobras são livres.
– Precisamos compartilhar os custos. O governo federal tem excesso de arrecadação e podemos repassar isso à população – afirmou.
Albuquerque disse que o governo monitora a crise entre Rússia e Ucrânia para “avaliar a necessidade de medidas”.
– Todos nós estamos fazendo a nossa parte – pontuou.
*AE
O Senado aprovou, na tarde de hoje (10), o Projeto de Lei (PL) 1.472/2021, que altera a forma de cálculo do preço dos combustíveis, além de criar uma Conta de Estabilização. Esse fundo funcionará como um mecanismo de amortecimento contra flutuações do preço do petróleo no mercado internacional. O objetivo é reduzir o valor dos combustíveis nos postos e evitar a oscilação constante de preços para o consumidor. Agora, o projeto segue para a Câmara.
O PL estabelece diretrizes da política de preços na venda de combustíveis e derivados do petróleo. São elas: proteção dos interesses do consumidor; redução da vulnerabilidade externa; estímulo à utilização da capacidade instalada das refinarias; modicidade de preços internos; e redução da volatilidade de preços internos.
A lógica da Conta de Estabilização será economizar na baixa, retardando a queda dos preços, para posteriormente retardar a alta dos preços, contendo variações de curto prazo. Assim, a fonte prioritária dessa conta sairá da própria margem de variação dos preços.
O texto também estipula que os preços dos combustíveis derivados de petróleo praticados no país tenham como referência as cotações médias do mercado internacional, os custos internos de produção e os custos de importação.
Uma das críticas do autor do projeto, Rogério Carvalho (PT-SE), e que motivou sua redação, está na fórmula atual de cálculo dos preços dos combustíveis, com base na Paridade de Preços Internacionais (PPI). Desde 2016, a Petrobras adota o PPI, que vincula o preço do petróleo ao mercado internacional tendo como referência o preço do barril tipo brent, que é calculado em dólar. Portanto, o valor internacional do petróleo e a cotação do dólar influenciam diretamente na composição dos preços da companhia.
O projeto também traz um aumento no valor do auxílio-gás. Ele revê a legislação que criou o auxílio, ampliando seu público, em 2022, para 11 milhões de famílias. Seria o dobro de sua meta de atendimento em relação aos valores originalmente aprovados na lei orçamentária anual.
Uma das alterações feitas no texto hoje pelo relator, Jean Paul Prates (PT-RN), foi a inclusão de um auxílio a motoristas de baixa renda e a ampliação do vale-gás a famílias carentes. O chamado Auxílio Combustível Brasileiro vai beneficiar motoristas autônomos, taxistas e motociclistas de aplicativo com renda familiar de até três salários-mínimos, priorizando quem recebe o Auxílio Brasil.
Esse PL está sendo discutido no Plenário da Casa desde a semana anterior ao carnaval. Atendendo a um pedido do vice-líder do governo no Senado, Carlos Viana (MDB-MG), com apoio de outros colegas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu adiar a votação para depois do feriado. Ontem (9), o assunto foi novamente ao Plenário, quando houve novo adiamento.
Diante do impasse e do anúncio da Petrobras deaumentar os preços do diesel e da gasolina em suas refinarias, Pacheco pediu empenho dos pares para deliberação do tema hoje, sem novas prorrogações. Pacheco disse aos senadores que o anúncio do aumento substancial do preço dos combustíveis pela Petrobras impunha ao Senado a apreciação ainda nesta quinta desse PL e também do Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/2020. O PLP propõe a simplificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis em todo o país, que está sendo votado pelo plenário.
Após assinatura do protocolo de intenções entre a Trade Invest Holding e a Prefeitura de Feira de Santana, o Ceasa Feira de Santana já é uma realidade. Com o investimento privado de R$330 milhões, as obras devem começar ainda em 2022, gerando cerca de 2 mil empregos durante a construção. A expectativa é que o Ceasa Feira de Santana gere cerca de 12 mil empregos diretos e indiretos, impactando positivamente a economia do município.
O empreendimento é o primeiro do Brasil com o modelo de negócio por autorização, diferente de outros do segmento que funcionam sob o esquema de concessão. Estima-se mais de 1.300 boxes com infraestrutura de alta qualidade, além de galpões, hotel, feira varejista e agro shopping, com venda de insumos e equipamentos para o setor.
A terraplanagem e toda a parte de obra de infraestrutura começam nas próximas semanas. A primeira etapa está prevista para ser entregue em 18 meses e, a cada seis meses, uma etapa seguinte – num total de três etapas. “É importante citar que, no sistema Ceasa, há uma média de 40 empregos informais para cada emprego formal. Então estamos falando de quase 40 mil pessoas vivendo economicamente desse empreendimento”, ressaltou Luiz Roberto Pessoa, diretor da Trade Invest Holding.
O local
Projetado para ser uma das 10 maiores do Brasil, o Ceasa Feira de Santana ocupará uma área equivalente a 82 campos de futebol e será construído às margens da BR-101, no trecho do distrito de Humildes. O empreendimento terá sustentabilidade ambiental, social e energia limpa como pilares.
O local foi escolhido por ser próximo da BR 324, estando a 21 km do aeroporto de Feira, 95 km do aeroporto de Salvador, 75 km do porto de Aratu e 100 km do porto de Salvador.
Projeto
Pensando em dar suporte à população do Distrito de Humildes, aos comerciantes e clientes, serão instaladas uma Policlínica, uma base da Polícia Militar e um centro do SAMU e um hotel com 120 apartamentos, garantindo a melhor logística e estrutura para o empreendimento.
A construção do Ceasa Feira de Santana não impactará o pequeno varejo nem o centro de abastecimento do município, mas será uma opção comercial para o atacadista, que contará com um ambiente planejado para ele, com estrutura e facilidades.
Relevância
E marcando presença no cenário brasileiro, a Ceasa Feira de Santana já participou de uma reunião das Centrais de Abastecimento, em fevereiro deste ano, para discutir o Plano nacional de Abastecimento. O encontro contou com a presença de Mário Gadioli, Diretor Executivo da Ceasa Feira de Santana. A reunião, promovida pela Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes em Entrepostos de Abastecimento (Brastece), também contou com a presença de representantes e Presidentes das Ceasas do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco.
Os executivos de São Paulo participaram através da Ceagesp e da Ceasa Campinas, que foi a anfitriã. Mário Gadioli lembrou que as Ceasas são responsáveis pela logística de abastecimento do país e possuem um papel fundamental para a segurança alimentar do Brasil. ”As Ceasas são fundamentais para o desenvolvimento do país, com 81% de toda produção hortifrutigranjeira passando pelas centrais de abastecimento, ter uma estrutura moderna e com transparência na formação de preços é essencial para o Brasil”, explicou o Diretor.
A grande maioria de produtores rurais dependem das Ceasas para distribuição de sua produção, já que são 5,7 milhões de estabelecimentos rurais, com área ocupada de 351,289 milhões de hectares. Isso equivale a 41% da área total do país, segundo dados do Censo Agropecuário.
Quem está com algum dinheiro ‘esquecido’ nos bancos vai poder conferir o valor dos recursos e pedir o resgate a partir desta segunda-feira (7). São R$ 4 bilhões que serão pagos a 28 milhões de clientes – 26 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de empresas, segundo dados do Banco Central.
Entre os dias 7 e 14 de março, as consultas e pedidos de resgate serão liberados apenas para as pessoas nascidas antes de 1968 e para as empresas criadas antes deste mesmo ano. Para os demais, os recursos serão liberados nas semanas seguintes de forma escalonada.
Até a última sexta-feira (25), 116.808.865 clientes, pessoas físicas e empresas, tinham feito consultas no sistema para saber se têm algum dinheiro esquecido. Desse total, segundo o BC, 25,9 milhões de contas de pessoas físicas e 253 mil contas de pessoas jurídicas tinham algum alguma quantia a receber. Outros 90,6 milhões não tinham saldo.
*Metro1