Patamar supera o teto da meta definido pelo governo para este ano, que é de até 4,75%. Números foram divulgados pelo Banco Central.
Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação deste ano, de 5,98% para 6,01%. Foi a terceira alta seguida no indicador.
A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central. Foram ouvidas mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.
Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Se confirmado, esse será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo sistema de metas. Em 2022, a inflação somou 5,79%.
Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso, porque os preços dos produtos aumentam sem que o salário acompanhe esse crescimento.
Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro subiu de 4,14% para 4,18% na semana passada.
A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a inflação, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Para o crescimento Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, a expectativa do mercado financeiro recuou de 0,91% para 0,90% na última semana.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
Já para 2024, a previsão de crescimento caiu de 1,44% para 1,40%.
O mercado financeiro reduziu a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 12,75% para 12,50% ao ano para o fim de 2023. Atualmente, a taxa Selic já está em 13,75% ao ano.
Para o fim de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia ficou estável, em 10% ao ano.
Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:
Informações G1
Presidente do BNDES deu a declaração em Pequim, onde acompanha o presidente Lula em visita oficial. Recursos deverão ser investidos em projetos de infraestrutura, energia e industrialização.
Aloizio Mercadante, futuro presidente do BNDES, durante reunião de encerramento dos grupos de trabalho do governo de transição, realizada na tarde desta terça-feira (13), no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta sexta-feira (14) que o banco de desenvolvimento da China vai emprestar R$ 6,5 bilhões ao Brasil.
Mercadante fez o anúncio durante declaração à imprensa em Pequim, onde acompanha a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) ao país asiático.
Segundo Mercadante, os recursos serão repassados em duas operações. A primeira será um empréstimo de R$ 4 bilhões no prazo de 10 anos, para financiar, no Brasil, projetos de:
A segunda operação, de acordo com o presidente do BNDES, será de R$ 2,5 bilhões e terá um prazo mais curto, de três anos, também para investimentos em infraestrutura, transição energética e industrialização.
As operações, entre os bancos de desenvolvimento do Brasil e da China, serão analisadas pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Cabe à Casa Legislativa dar a aval a empréstimos desse tipo.
“Uma parceria muito importante, que melhora as nossas condições de financiamento para esses setores”, afirmou Mercadante à imprensa em Pequim.
O presidente do BNDES, no entanto, não deu mais detalhes sobre as operações, como condições e taxas de juros.
Informações G1
Foto: Tv Brasil
A defesa do governo brasileiro na adoção de moedas alternativas ao dólar para realizar o comércio entre os países emergentes está causando pesadelos nos EUA, segundo fontes diplomáticas em Washington, Brasília e Pequim.
Nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou a posse de Dilma Rousseff no NDB (o banco dos Brics) para defender o uso de moedas locais entre as economias do bloco. Há uma semana, o governo brasileiro anunciou que começou a permitir que o comércio com a China ocorra em moeda local.
Além disso, os dois países fecharam um acordo para que bancos no Brasil possam usar o sistema financeiro de pagamentos criado pela China, uma alternativa ao swift.
Mas a preocupação da Casa Branca não é apenas o impacto que isso teria para o comércio. No centro do debate na diplomacia americana está seu temor de que, se o plano do Brics vingar, o dólar não apenas deixará de ser hegemônico. Mas, acima de tudo, o mundo terá uma alternativa para driblar eventuais sanções financeiras impostas pelos americanos.
Hoje, quando o governo dos EUA decide pressionar um governo estrangeiro, uma de suas maiores armas não está nos armazéns das Forças Armadas, mas no Tesouro dos Estados Unidos: o dólar e o sistema financeiro que a moeda americana estrutura.
Na prática, o governo sob sanções americanas não consegue usar a moeda americana, gerando graves problemas para suas contas públicas ou qualquer relacionamento com o exterior. Isso envolve desde abastecer uma aeronave num aeroporto estrangeiro ou pagar pela importação de alimentos.
Sanções neste estilo foram implementadas contra a Rússia, Coreia do Norte, Cuba, Irã, Síria e Venezuela, além de terem sido adotadas contra personalidades em Belarus, Eritreia, Libéria, Mali, Nicarágua e tantos outros.
Na China, sanções existem contra indivíduos que, segundo os americanos, estariam relacionados com violações de direitos humanos.
Hoje, por exemplo, uma parcela da economia russa apenas existe por conta do comércio com a China, usando as moedas locais e evitando o dólar.
Para a China, portanto, contar com um sistema alternativo é também uma medida geopolítica de enorme impacto internacional e com a meta de reduzir a hegemonia americana no mundo.
O UOL apurou que, nos think-tanks americanos e na diplomacia em Washington, enquanto a manobra parecia ser apenas da China e Rússia, a preocupação se limitava aos impactos mais imediatos com a guerra.
Mas a sinalização por parte do Brasil de que apoia tal projeto causou mal-estar na capital americana. O tema poderá ser discutido na cúpula dos Brics, planejada para agosto na África do Sul.
Entre os republicanos, a movimentação dos emergentes seria ainda um sinal de debilidade do atual presidente Joe Biden. A outra preocupação americana é de que a iniciativa não ficará restrita aos países que atualmente compõem o bloco. Pequim defende que governos como o saudita, o iraniano e outros aliados regionais também sejam considerados para uma adesão ao bloco.
Informações UOL
Em entrevista ao UOL no último sábado (9), o governo anunciou que vai acabar com a isenção de imposto sobre encomendas internacionais de até US$ 50. Entenda a medida e o que vai mudar ao comprar em sites como AliExpress, Shein e Shopee.
Pelas regras atuais, encomendas até US$ 50 (R$ 247) estão isentas, desde que sejam enviadas de uma pessoa para outra. Encomendas enviadas por empresas para pessoas são taxadas em 60%. Agora todas as remessas vão pagar. O governo diz que o benefício da isenção vem sendo amplamente utilizado fraudulentamente para vendas realizadas por empresas estrangeiras.
Todas as compras feitas, de qualquer valor, em sites do exterior, devem ser taxadas. Hoje já existe a tributação sobre o valor da encomenda, mas segundo o governo a cobrança não é efetiva. O imposto é de 60% para encomendas de até US$ 500 (R$ 2.470). Acima disso, é cobrado 60% mais o ICMS de cada estado e outras taxas podem ser acrescentadas.
O governo quer acabar com a isenção de US$ 50 para envios entre pessoas físicas para impedir fraudes. De acordo com a Receita Federal, empresas no exterior enviam produtos para o Brasil como se fossem pessoas físicas e declaram valores abaixo de US$ 50 para que a compra não pague imposto.
Acabando com a isenção, o governo vai cobrar imposto de todas as remessas internacionais, sejam elas de US$ 5 ou US$ 50. Na prática, quer dizer que todos os produtos enviados para o Brasil serão taxados em 60%.
Sim e não. Como o volume de compras é muito grande, a Receita Federal não tem capacidade de fiscalizar todas as encomendas. Para corrigir esse problema, o governo pretende cobrar o tributo quando o consumidor faz a compra.
Haverá uma vantagem depois da mudança, na visão do governo. Com o imposto pago antecipadamente, o produto chegará mais rápido na casa do comprador. Por outro lado, produtos de grandes marcas que produzem principalmente na China devem ficar mais caros porque as empresas tendem a repassar os tributos ao consumidor.
Não, a regra vale para compras feitas em qualquer site no exterior. Embora o governo não tenha se referido a um site em especial, ele sugeriu que o problema está concentrado nos produtos comprados na Ásia. As empresas negam irregularidades.
O governo diz que quem age legalmente não será afetado. Em nota, o Ministério da Fazenda destacou que o benefício atual “se aplica somente para envio de pessoa física para pessoa física. Se, com base nele, empresas estiverem fracionando as compras, e se fazendo passar por pessoas físicas, estão agindo ilegalmente. Com as alterações anunciadas, não haverá qualquer mudança para quem, atualmente, compra e vende legalmente pela internet”.
Ainda não se sabe. O governo diz que vai editar uma Medida Provisória para acabar com a isenção e criar regras para ampliar a cobrança do imposto de 60% sobre as remessas internacionais. Não há prazo para que isso aconteça.
É sempre uma possibilidade. Apesar de as mudanças não estarem valendo, há mais pressão para que as compras vindas do exterior sejam fiscalizadas e tributadas.
O imposto incide sobre o valor total da remessa. Além do produto, isso inclui o frete e o seguro. Por exemplo, se um produto custa US$ 40 (R$ 198), com frete e seguro de US$ 5 (R$ 25), será cobrado imposto de 60% sobre o valor de US$ 45 (R$ 222). Com isso, o consumidor pagará US$ 27 (R$ 133) de tributo, elevando o valor da compra para US$ 72 (R$ 356).
Hoje os tributos só têm sido pagos quando as encomendas são barradas pela Receita Federal. Em sites como Amazon e Mercado Livre, porém, o imposto é cobrado no momento da compra internacional.
Informações UOL
O governo vai acabar com a isenção de impostos sobre encomendas postais de até US$ 50 (R$ 247) entre pessoas. A estimativa é que produtos até esse valor comprados diretamente do exterior, em sites como AliExpress, Shein e Shopee, fiquem 60% mais caros.
Remessas entre pessoas também vão pagar impostos. Pelas regras atuais, encomendas até US$ 50 estão isentas, desde que sejam enviadas de uma pessoa para outra. Encomendas enviadas por empresas para pessoas são taxadas em 60%. Agora todas as remessas vão pagar. O governo quer arrecadar mais com isso e diz que o consumidor vai ser beneficiado.
Segundo a Receita Federal, empresas estão usando essa distinção de maneira fraudulenta. O governo federal afirma que muitas lojas declaram valores mais baixos que os efetivamente pagos ou enviam os produtos separadamente para não pagar imposto. Por exemplo, uma compra de US$ 200 (R$ 988) pode ser dividida em quatro pacotes de US$ 50 (R$ 247) ou ter valor declarado abaixo de US$ 50. As empresas negam irregularidades (veja mais abaixo).
Em nota sobre as mudanças, o governo diz que quem age legalmente não será afetado. A nota diz que o benefício atual “se aplica somente para envio de pessoa física para pessoa física. Se, com base nele, empresas estiverem fracionando as compras, e se fazendo passar por pessoas físicas, estão agindo ilegalmente. Com as alterações anunciadas, não haverá qualquer mudança para quem, atualmente, compra e vende legalmente pela internet”.
Hoje os tributos só têm sido pagos quando os produtos são barrados pela Receita Federal. A cobrança só acontece quando a fiscalização percebe que o produto tem valor acima de US$ 50, afirma Rafael Lima, gerente sênior de Tax da consultoria empresarial Mazars.
As varejistas internacionais não podem ser acusadas de sonegação. Segundo Lima, os impostos não são devidos por elas, mas sim pelos consumidores, isto é, os importadores.
O imposto será cobrado antes da entrega do produto. O tributo pode ser recolhido na hora da compra no site de comércio eletrônico. Caso isso não aconteça, o comprador deverá fazer o pagamento do imposto à Receita Federal. Esse pagamento pode ser feito pelo site dos Correios, por meio de boleto bancário ou cartão de crédito. Os Correios avisarão os compradores.
O imposto incide sobre o valor total da remessa. Além do produto, isso inclui o frete e o seguro. Por exemplo, se um produto custa US$ 40 (R$ 198), com frete e seguro de US$ 5 (R$ 25), será cobrado imposto de 60% sobre o valor de US$ 45 (R$ 222). Com isso, o consumidor pagará US$ 27 (R$ 133) de tributo, elevando o valor da compra para US$ 72 (R$ 356).
A alíquota do imposto não vai mudar. Em entrevista ao UOL, Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal, afirmou que o governo deve manter o imposto sobre encomendas postais em 60%.
Caso a Receita Federal constate erros ou tentativas de fraude, o comprador será punido. Além do imposto de 60%, ele terá que pagar duas multas: uma de 100% e outra de 37,5%, sobre a diferença do valor declarado e o valor real da mercadoria.
Se algum produto no pacote não foi declarado na nota fiscal, a multa equivale a 75% da diferença do imposto devido. O consumidor também deverá pagar o imposto sobre o item não declarado. Caso a compra entre no país com declaração de isenta, e a Receita não aceite a isenção, o comprador terá de desembolsar o imposto devido mais multa de 37,5%.
Veja o que as empresas importadoras falam sobre a atuação delas no mercado brasileiro:
O AliExpress é um marketplace global que conecta compradores e vendedores de todo o mundo. O AliExpress tem o compromisso de fornecer aos consumidores brasileiros produtos de qualidade e participar ativamente no desenvolvimento da economia digital local. Cumprir as regulamentações dos locais onde operamos é nossa principal prioridade.
Aliexpress, em notanone
As possíveis mudanças tributárias em compras internacionais não afetarão os consumidores Shopee que compram dos nossos mais de 3 milhões de vendedores brasileiros registrados em nosso marketplace. Mais de 85% das vendas da Shopee são de vendedores brasileiros, e não de fora do país. A Shopee está no Brasil desde 2019, tem dois escritórios na cidade de São Paulo e emprega mais de 3.000 colaboradores diretos. Além disso, a taxação que está sendo discutida vale para compras internacionais de forma geral e não apenas para plataformas asiáticas. Temos origem em Singapura, mas nosso foco é local. Inclusive, apoiamos o governo em qualquer mudança tributária que apoia o empreendedorismo brasileiro, pois também compartilhamos do mesmo propósito e queremos contribuir com o desenvolvimento do ecossistema local.
Shopee, em notanone
A Shein está comprometida em gerar valor para a indústria, consumidores e economia do Brasil. As regras do “de minimis” são adotadas por muitos países com o objetivo de facilitar o comércio internacional e propulsionar o crescimento local. Reconhecemos a importância em propor melhorias para as regras no Brasil de modo a fornecer segurança jurídica para os operadores e garantir que milhões de brasileiros possam continuar a ter acesso ao mercado mundial, bem como a artigos produzidos localmente.
Shein, em nota.
Informações UOL
O principal índice do mercado de ações brasileiro avançou 0,64%, aos 106.889 pontos, estendendo os ganhos da véspera.
Sede da B3 — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em alta nesta quarta-feira (12), estendendo os ganhos da véspera, depois de resultados mais brandos da inflação brasileira e, hoje, da americana.
A desaceleração dos preços aumenta a perspectiva de queda das taxas de juros aqui e nos Estados Unidos, o que anima investidores a deixar investimentos seguros e partir para ativos de risco, como a bolsa. Além disso, é uma situação que favorece aplicação em países emergentes, como o Brasil. (saiba mais abaixo)
Ao final da sessão, o Ibovespa subiu 0,64%, aos 106.889 pontos, renovando a maior pontuação de fechamento desde fevereiro.
Na véspera, o índice teve uma forte alta de 4,29%, aos 106.213 pontos. Com o resultado de hoje, o Ibovespa passou a acumular alta de 4,91% no mês. No ano, no entanto, ainda acumula perdas de 2,59%.
Inflação desacelera para 0,71% em março
As divulgações dos índices de inflação do Brasil e dos Estados Unidos foram duas boas notícias para os agentes do mercado financeiro, que se preocupam com desaceleração da economia global. Ambos os dados indicam que a subida dos juros está fazendo efeito nos preços, e que poderão ser reduzidos em um prazo mais curto.
Na terça, o dólar teve um forte recuo, que o colocou no patamar de R$ 5, enquanto a bolsa de valores brasileira teve a maior valorização diária em seis meses após inflação brasileira vir abaixo do esperado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,71% em março, enquanto a expectativa de mercado era de alta de 0,77%.
Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 4,65% na janela de 12 meses. É o menor valor para 12 meses desde janeiro de 2021.
Nesta quarta-feira, os números de inflação dos Estados Unidos também vieram abaixo das expectativas. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) teve alta de 0,1% em março, depois de aumentar 0,4% em fevereiro, informou o Departamento do Trabalho dos EUA.
Nos últimos 12 meses, o índice americano tem alta de 5% antes do ajuste sazonal — foi o menor patamar desde maio de 2021.Economistas previam que os custos ao consumidor cresceriam 5,2% na base anual, após aumento de 6% em fevereiro.
“O índice de habitação foi de longe o maior contribuinte para o aumento mensal de todos os itens. Isso mais do que compensou o declínio no índice de energia, que caiu 3,5% no mês, com a queda dos principais índices de componentes do setor. O índice de alimentos permaneceu inalterado em março, com o índice de alimentação em casa caindo 0,3%”, diz o comunicado.
Já o núcleo dos preços dos EUA veio em linha com o esperado, de 0,4% no mês e 5,6% em 12 meses. O ritmo é ligeiramente mais rápido em comparação anual com os 5,5% de fevereiro, mas levemente mais lento no mensal (0,5% em fevereiro).
Investidores monitoravam os resultados, pois um dado forte no relatório de inflação poderia alimentar apostas de que o Federal Reserve (BC dos EUA) continuará elevando os juros em sua próxima reunião de política monetária, no início de maio. Os mercados futuros já precificavam cerca de 70% de chance de o banco central norte-americano subir sua taxa básica em 0,25 ponto percentual.
Nesta tarde, o Fed revelou a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), dos dias 21 e 22 de março. Na ocasião, os juros americanos foram elevados em 0,25 ponto percentual.
O documento mostra que parte das autoridades do Fed consideraram interromper os aumentos da taxa de juros, até que ficasse claro que a falência de dois bancos regionais não causaria maior estresse no sistema bancário.
Ainda assim, concordaram adiante que a inflação alta ainda era a prioridade. A avaliação foi de que as ações tomadas pelas autoridades dos EUA e pelo Fed tinham “ajudado a acalmar as condições no setor bancário e a diminuir os riscos de curto prazo para a atividade econômica e a inflação”.
Na Europa, o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, disse nesta quarta-feira que a inflação subjacente na zona do euro está se mostrando rígida e o Banco Central Europeu está menos otimista sobre sua trajetória do que sobre as pressões gerais sobre os preços.
“Acreditamos que o núcleo da inflação fornece um sinal melhor das tendências inflacionárias de médio prazo”, disse de Guindos em Madri. “A inflação continuará a desacelerar, mas não estamos tão otimistas quanto ao núcleo da inflação.”
Já entre os novos indicadores internos, as vendas no varejo brasileiro tiveram alta de 3,8% em janeiro na comparação com o mês anterior, e avançaram 2,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
Os números vieram bem acima da expectativa. Pesquisa da Reuters apontou que eram esperadas altas de 3,2% na comparação mensal e de 1,4% sobre um ano antes.
Informações G1
A Receita Federal informou nesta terça-feira (11) que vai acabar com a isenção de imposto às encomendas internacionais que custem até US$ 50. O Fisco não esclareceu quando a medida entrará em vigor.
A informação foi dada inicialmente pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, em entrevista ao portal UOL, e confirmada pela assessoria do órgão ao g1 nesta terça-feira (11).
“Confirmamos as informações publicadas. Nesse momento não temos informações adicionais”, diz a Receita.
A ação faz parte do pacote de medidas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação e viabilizar as metas de resultado das contas públicas previstas no novo arcabouço fiscal.
A regra que isenta de impostos as remessas internacionais com valor até US$ 50 é válida somente para transações feitas por pessoas físicas.
Porém, empresas estariam se passando por pessoas físicas para enviar as encomendas internacionais e o cliente receber no Brasil sem cobrança de imposto.
Algumas empresas ou mesmo pessoas físicas também estariam omitindo o valor real dos produtos enviados ao Brasil para caber na cota de US$ 50 e não pagar imposto.
Por isso, a Receita vai acabar com essa isenção, de forma que todas as encomendas sejam tributadas normalmente.
G1
A picanha subiu 1,19% em março, de acordo com a pesquisa para apurar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgada nesta terça-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação oficial de março ficou em 0,71% e o acumulado do ano está em 2,08%.
A alta é mais de 1 ponto porcentual acima do grupo alimentos, que subiu 0,05% no último mês.
Entre as carnes, a picanha teve a segunda maior alta, atrás da capa de filé, cujo preço subiu 1,37% em março. Na média, as carnes tiveram redução de 1,06% em março, porque outros tipos de carnes (com costela, filé mignon e frango) sofreram deflação.
No grupo dos alimentos, as maiores altas foram no morango, na manga e na cenoura, com índices na casa dos 28%. Em média, hortaliças e verduras tiveram alta de 5,63% em março. O ovo de galinha subiu quase 8%.
A cerveja aumentou 0,37% em março, conforme a pesquisa do IBGE, e outras bebidas alcoólicas tiveram aumento de 3,1%; refrigerante e água mineral subiram 1,12%.
Informações Revista Oeste
Já o diesel recuou pela 7ª semana seguida; dados são referentes à semana de 2 a 8 de abril.
Bomba de gasolina em posto da zona sul de São Paulo — Foto: Marcelo Brandt/G1
O preço médio do litro da gasolina nos postos do país voltou a subir após três semanas seguidas de queda, mostram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta segunda-feira (10). A pesquisa é referente à semana de 2 a 8 de abril.
▶️ Gasolina: A gasolina comum foi comercializada em média a R$ 5,50 o litro.
▶️ Etanol: Já o litro do etanol caiu pela quarta semana seguida: foi de R$ 3,89 para R$ 3,88.
▶️ Diesel: O preço médio do diesel, por sua vez, chegou à sétima queda consecutiva: foi de R$ 5,80 para R$ 5,78.
▶️ Contexto: Os dados foram contabilizados pela ANP pouco mais de um mês após a retomada de impostos federais sobre gasolina e etanol — a medida passou a valer em 1º de março. Naquela mesma semana, a gasolina teve alta de 3,34%, mas logo iniciou trajetória de queda.
Inicialmente, o tema causou um impasse entre as alas política e econômica do governo. Os ministros Fernando Haddad (PT), da Fazenda, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, explicaram no dia 28 de fevereiro a volta dos impostos federais.
Os aumentos, segundo Haddad, foram de:
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, informou que a reoneração parcial dos impostos vale por quatro meses, até junho. Ela só será mantida no segundo semestre caso o Congresso decida converter a medida provisória em lei.
Na ocasião, Haddad disse que os impactos nas bombas seriam menores, já que a Petrobras havia anunciado a redução nos preços de gasolina e diesel para as distribuidoras.
“Estamos com um objetivo claro, que é recompor o orçamento público”, afirmou o ministro.
Ainda segundo Haddad, com a redução da gasolina em R$ 0,13 o litro pela Petrobras, o impacto final a ser sentido pelo consumidor seria de R$ 0,34 para a gasolina.
No dia 22 de março, a Petrobras anunciou mais uma redução do preço do diesel para as distribuidoras. O valor passa de R$ 4,02 para R$ 3,84 por litro, uma redução de R$ 0,18 ou 4,47%.
A medida passou a valer no dia seguinte (quinta-feira, dia 23). Os preços dos demais combustíveis não sofreram alteração. A última redução anunciada pela Petrobras havia sido no dia 28 de fevereiro, para diesel e gasolina.
Informações G1
Segundo a Federação Brasileira de Empresas Lotéricas, o reajuste das apostas das loterias ainda não tem data definida
A assessoria de imprensa da Federação Brasileira de Empresas Lotéricas (Febralot) afirmou que a entidade recebeu um ofício da Caixa que informa que haverá reajuste nos preços das apostas de seis modalidades de jogos comercializados pela rede de loterias ligadas ao banco público. São elas: Lotofácil, Mega-Sena, Quina, Lotomania, Timemania e Dia de Sorte.
A assessoria, porém, não soube dizer quais serão os novos valores nem quando entrarão em vigor. Informou apenas que a Caixa vai formalizar a decisão em breve. O R7 entrou em contato com a Caixa e aguarda o posicionamento do banco.
Atualmente, o valor da aposta simples da Mega-Sena é de R$ 4,50.
R7