Cerca de 267 mil famílias deixaram de receber o Auxílio Gás, benefício que prevê o pagamento de botijões a famílias carentes, desde o começo do governo Lula. O Ministério do Desenvolvimento Social, que gere o programa, informou que houve uma atualização no cadastro e retirada de beneficiários.
Em dezembro, o benefício era pago a 5,95 milhões famílias. Em abril, o número caiu para 5,69 milhões, uma queda de 4,4%. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação
O ministro Wellington Dias afirmou que a revisão cadastral é como a que ocorreu com o Bolsa Família.
G1
Remuneração atual do chefe da companhia, ainda sem o reajuste, equivale a 18,19% do praticado pelo mercado, informou a petroleira.
Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio — Foto: Marcos Serra Lima/g1
A assembleia de acionistas da Petrobras vai votar nesta quinta-feira (27) o aumento de 43,88% nos salários de diretores e do presidente da estatal, Jean Paul Prates. Caso o reajuste seja aprovado, o rendimento do chefe da petroleira, por exemplo, deve subir de R$ 115 mil para mais de R$ 165 mil por mês.
De acordo com a Petrobras, o reajuste nos rendimentos tem como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado de 2013 a 2022. Questionada pelo g1, a empresa não confirmou se a medida passa a valer imediatamente.
A proposta já havia sido aprovada e encaminhada pelo Conselho de Administração (CA) da petroleira em março de 2023. A Assembleia Geral Ordinária (AGO), que pode confirmar a decisão, está marcada para começar às 13h desta quinta.
Em relatório que antecede a AGO, a companhia informou que a remuneração total para o cargo de presidente foi o equivalente a 18,19% do praticado pelo mercado ao longo de 2022. Afirmou ainda que o salário dos diretores no mesmo período foi o equivalente a 54,85% da média praticada pelas empresas.
As propostas debatidas nesta quinta contemplam a remuneração de administradores, de titulares do Conselho Fiscal e de membros dos comitês estatutários de assessoramento ao Conselho de Administração (CA), incluindo:
Ainda segundo relatório da Petrobras, caso aprovadas, as propostas somam um desembolso de até R$ 54,26 milhões para o período de abril deste ano a março de 2024, valor que representa um aumento de 37,1% em relação ao aprovado pela AGO em 2022.
Informações G1
Foto: Pedro França/Agência Senado
Presidente do Banco Central diz entender as críticas de Lula sobre o atual patamar da Selic
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem o direito de se manifestar a respeito do atual patamar da taxa básica de juros do país, a Selic. Ele, entretanto, enfatizou que o órgão não pode ser considerado o responsável pela situação econômica do Brasil.
“[Não] há nenhuma mágica, nenhuma bala de prata”, disse Campos Neto em relação à diminuição da Selic pelo BC. A fala dele foi registrada nesta terça-feira, 25, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Estratégicos (CAE) do Senado Federal.
Atualmente, a taxa básica de jurosestá em 13,75% ao ano. O patamar é definido mensalmente pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O nível da Selic tem sido publicamente criticado por Lula.
Campos Neto tem, contudo, entendimento diferente do petista. Aos senadores, ele elencou ações que são responsáveis pela expansão econômica de um país. Como exemplo, o presidente do BC falou em equilíbrio fiscal e contas públicas em dias. Campos Neto também defendeu publicamente a implementação das três reformas estruturais: administrativa, fiscal e tributária.
Na comissão do Senado, Roberto Campos Neto disse que é preciso controlar a inflação — o que pode, pelo lado do Banco Central, ser feito por meio da elevação da taxa de juros quando for considerado necessário.
“No tripé da política econômica do Brasil, a gente tem um sistema de metas, um câmbio que é flutuante, e a gente tem que ter um tripé de responsabilidade fiscal”, afirmou o presidente do BC. “Esse é o desenho do sistema em todos os países do mundo, e a parte fiscal influencia muito o que o Banco Central faz, através das expectativas e, caso não seja cumprido, o Banco Central tem que escrever uma carta, até com eventual punição, como está estabelecido na lei”, complementou Campos Neto.
Revista Oeste
Os analistas de mercado projetam nova alta da inflação para 2023, que deve fechar o ano em 6,04%, de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 24, pelo Banco Central.
É a quarta semana seguida de alta depois de uma única previsão de queda. Nas 11 primeiras semanas do governo Lula, todas as projeções foram de alta.
Para 2024 e 2025, os analistas mantiveram a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação, da semana passada, de 4,18% e 4% respectivamente.
A previsão do mercado também é de crescimento maior da economia em 2023, de 0,96% ante 0,9% na semana anterior. Para 2024, também houve projeção de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,41% ante 1,4% na semana passada. Para 2025, a projeção é de queda para 1,7% ante 1,72% há uma semana.
Os analistas mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 12,5%, a mesma da semana passada. Foi a primeira queda depois de mais de dez semanas de estabilidade da projeção (em 12,75%). Atualmente a Selic está em 13,75%.
A taxa de câmbio teve a segunda queda seguida. Neste relatório, os analistas projetam que o dólar fechará 2023 custando R$ 5,20. Na semana passada, a cotação era de R$ 5,24.
Divulgado toda segunda-feira, o Boletim Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.
Informações Revista Oeste
O Concurso 2.585 da Mega-Sena deste sábado deverá pagar o prêmio de R$ 42 milhões a quem acertar as seis dezenas. O sorteio será às 20h no Espaço da Sorte, na Avenida Paulista. Ninguém acertou o último concurso (2.584), quarta-feira (19), e o prêmio acumulou.
As apostas para o concurso de hoje podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa em todo o país, ou pela internet. O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.
Novos preços
A partir do fim deste mês, as apostas lotéricas ficarão R$ 0,50 mais caras. Segundo a Caixa Econômica Federal, o reajuste será feito após mais de três anos sem elevação de preços. Duas modalidades terão aumentos no início do próximo mês.
Para a Mega-Sena, a Lotofácil, a Quina e a Lotomania, os novos preços valerão a partir de 30 de abril. Para o Timemania e o Dia de Sorte, o aumento entrará em vigor em 3 de maio. Segundo a Caixa, o reajuste foi necessário para repor a inflação acumulada desde novembro de 2019, quando ocorreu o último aumento.
Informações Bahia.ba
Empresa diz que deixou de receber três parcelas referentes à conclusão antecipada de um projeto. O g1 não conseguiu contato com a Tok&Stok, uma das maiores redes varejistas de móveis do país.
Galpão Extrema Business Park I, alugado para a Tok&Stok, em Extrema (MG) — Foto: Divulgação/Vinci Logística
Uma consultoria de tecnologia entrou com um pedido de decretação de falência da Tok&Stok, uma das maiores redes varejistas de móveis, na Justiça de São Paulo. A empresa Domus Aurea, com sede em Barueri (SP), alega ter um valor em atraso de R$ 3,8 milhões para receber da rede de móveis referente à conclusão antecipada de um projeto.
A consultoria afirma que deixou de receber três parcelas referentes a um distrato assinado em abril de 2022. O contrato, fechado em 2019, previa a prestação de serviços de gestão e desenvolvimento de tecnologia para as operações da varejista — o que já teria sido entregue. O g1 não conseguiu contato com a Tok&Stok para comentário.
No pedido ajuizado na 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo na terça-feira (18), a Domus afirma que “a insolvência da Tok Stok é comprovada, pois materializada em título executivo cuja soma ultrapassa 40 salários mínimos, não houve pagamento”.
O pedido de falência acontece em um momento de reestruturação da Tok&Stok. No início do ano, a empresa contratou a consultoria Alvarez & Marsal para formatar uma reorganização financeira de uma dívida que chega a R$ 600 milhões.
Em 2020, em meio ao momento privilegiado do varejo durante a pandemia, a Tok&Stok chegou a protocolar um prospecto preliminar para a realização de um IPO (sigla em inglês para uma oferta pública inicial de ações na bolsa) para captar recursos para expansão de lojas e digitalização da operação.
Segundo o jornal “Valor Econômico”, a empresa apostou na expansão do varejo e reforçou estoques que não conseguiu desovar. Os custos fixos aumentaram, enquanto as vendas diminuíam e a dívida aumentava.
Já neste ano, além do recente pedido de falência, a varejista também foi alvo de uma ação de despejo por falta de pagamento do aluguel de um galpão logístico localizado em Extrema (MG). O aluguel atrasado era referente ao mês de janeiro e estava vencido desde 6 de fevereiro. O valor foi pago em juízo.
Há algumas semanas, a empresa também iniciou um processo de fechamento de lojas em alguns estados do país, em especial no Nordeste.
Fundada há mais de 40 anos pelo casal de empreendedores Régis e Ghislaine Dubrule. Além da família, a empresa tem entre os principais investidores a gestora Carlyle, que agora avalia uma injeção de capital para resgate do negócio.
Informações G1
O Brasil só perde para Índia em transferências realizadas em tempo real
O Banco Central (BC) divulgou nesta quarta-feira (19), que o Pix é a segunda forma de pagamentos instantâneo mais utilizada do mundo. Ao total, foram 29,2 bilhões de transações em 2022, a modalidade detém 15% das operações desse tipo em todo o planeta.
Conforme o BC, os dados foram sistematizados pela pesquisa Prime Time for Real-Time Report, feita pelas empresas especializadas ACI Worldwide e GlobalData. De acordo com o levantamento, somente a Índia registrou mais operações de transferência instantânea que o Brasil, com 89,5 bilhões de operações.
Mesmo com a Índia predominante, tomando o lugar da China, na semana passada, entre as nações mais populosas, com 1,4 bilhão de habitantes, o Pix teve maior aceleração no ano passado. Em 2022, o número de transações pelo Pix subiu 228,9%, contra alta de 76,8% no sistema indiano de transferência.
Informações Bahia.ba
Se “O Lobo de Wall Street” (2013) tivesse sido filmado no Brasil, o personagem de Leonardo DiCaprio poderia ser um gerente de banco.
Diferentemente da “matriz”, que é como a Faria Lima se refere à Bolsa de Nova York (NYSE), por aqui são os grandes bancos os principais intermediários entre o dinheiro das pessoas e o mercado de investimentos.
Seis das dez maiores gestoras de investimento do mercado brasileiro, as “assets”, estão nas mãos de instituições bancárias.
Nesta reportagem, o UOL publica o ranking dos 25 players com maior capital investido no Brasil e explica como eles influenciam o mercado.
Juntos, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa, Santander e Safra fazem a gestão de quase 40% do mercado financeiro do país: R$ 3,75 trilhões, em valores.
Só que essa montanha de dinheiro não pertence a eles, mas às dezenas de milhões de clientes que compram fundos e produtos financeiros todos os dias através de suas agências bancárias.
As decisões sobre esses recursos são tomadas por especialistas contratados pelas assets, que têm times de analistas independentes e estruturas separadas para que os interesses dos cotistas não entrem em conflito com os dos bancos.
Essa separação é chamada no mercado de “Chinese Wall”.
No Brasil, assim como na maioria dos países latinos, como Espanha, Itália e França, a figura do gerente de banco é muito importante para decidir os investimentos. Há uma diferença crucial na cultura de investimentos em relação aos países anglo-saxões, onde o indivíduo é criado para ser responsável pelas suas decisões financeiras.
Alexandre Chaia, gestor de investimentos e professor de finanças do Insper
Essa diferença não torna o mercado financeiro americano mais racional do que o brasileiro, diz o professor, apenas mais líquido —isto é, como os ativos estão pulverizados nas mãos de muito mais participantes, há um número muito superior de ordens de compra e venda todos os dias.
“No final do dia, o mercado brasileiro tem a característica de ser muito mais especializado. Quem toma as decisões sobre a maior parte do capital em circulação acaba sendo um especialista de mercado”, afirma Chaia —ele próprio gestor de R$ 2,2 bilhões através da Carmel, uma firma independente de investimentos.
No ecossistema brasileiro, além dos grandes bancos, o mercado ainda é disputado, palmo a palmo, pelas “assets” independentes.
São firmas como Patria, Plural e Vinci Partners, fundadas e tocadas por profissionais experientes, com boas conexões, para captar recursos de grandes investidores dentro e fora do Brasil.
Pode ser o dinheiro do fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos para investimentos em ativos de infraestrutura no Brasil. Ou recursos de aposentados de alguma empresa estatal para investir no mercado imobiliário, por exemplo.
É provável que essas gestoras sejam o que de mais parecido exista no Brasil com a competição de Wall Street.
Sem a vasta clientela de um grande banco por trás, esses gestores têm de atrair investidores institucionais ou indivíduos de alta renda.
Nos últimos anos, a hegemonia dos bancões também vem sendo desafiada por emergentes responsáveis por levar ao mercado um enorme contingente de pessoas físicas, através de plataformas digitais de negociações instantâneas.
Em troca de remuneração pelas operações, a XP (R$ 153 bi sob gestão) e o BTG Pactual (R$ 282 bi) acabaram se tornando os dois titãs do investimento digital, além de distribuir para suas bases produtos financeiros próprios e de terceiros.
Para o analista independente Ricardo Schweitzer, o mercado de investidores pessoas físicas teve crescimento em três momentos nos últimos 20 anos.
Houve uma primeira onda no início dos anos 2000, que foi a chegada das pessoas físicas via agentes autônomos de investimento, depois com as plataformas de home broker e, por último, com o movimento de influenciadores, que democratizou muito a informação sobre investimentos.none
O fundamento básico para entender o mercado financeiro é que ele funciona como um meio de captar recursos para empresas e governos, ao mesmo tempo em que oferece oportunidades de investimento para indivíduos e instituições financeiras.
Em linguagem simples, é um ambiente onde ocorrem a compra e venda de ativos de renda fixa e de renda variável.
Do outro lado do balcão das gestoras, que movimentam muito dinheiro, mas são intermediárias do capital de terceiros, está quem investe.
No Brasil, os colossos desse tipo de investimento são os fundos de pensão, com cerca de R$ 1 trilhão em dinheiro de aposentadorias de funcionários de empresas estatais e privadas.
Eles protagonizaram o movimento mais importante do mercado brasileiro dos últimos anos: a migração em peso da renda variável para ativos de renda fixa.
Foi durante a pandemia. Com juros Selic de 2% ao ano, os fundos de pensão atingiram o seu maior patamar histórico investido em ações na Bolsa: 20,6%.
Mas a euforia com a renda variável foi minguando à medida que o Banco Central foi subindo a Selic em meio a preocupações com a alta da inflação.
Em dezembro do ano passado, a Selic atingiu 13,75%, e pelo menos R$ 60 bilhões em dinheiro dos aposentados retornou com força à renda fixa, que com a alta de juros passou a oferecer remuneração mais competitiva com risco mais baixo.
No final de 2022, os fundos de pensão tinham R$ 860 bilhões em renda fixa, um novo recorde. Para se ter uma ideia, o patrimônio somado dos 51 brasileiros que integram a lista de bilionários da revista Forbes é de R$ 780 bilhões.
A debandada em massa do capital dos fundos da Bolsa fez com que os preços das ações despencassem. Quem ficou desde então só viu baixa.
Lula e André Esteves (ao fundo Abilio Diniz e João Camargo)Imagem: Arquivo pessoal
Há uma incompreensão mútua e duradoura entre a Faria Lima e Brasília. É comum que políticos se queixem da “insensibilidade” do mercado financeiro, assim como é comum que gestores reclamem da “irracionalidade” no gasto público.
De um jeito simplificado, a razão de todo desentendimento entre o mercado e a esquerda está no gasto público.
Para a indústria financeira, o governo precisa manter as despesas sob controle, reduzir a dívida pública para colher inflação baixa e crescimento sustentável.
Se o juro alto é o preço para controlar a inflação, a Faria Lima não tem problema com isso. Na mentalidade predominante do entorno de Lula, o governo precisa expandir o gasto público para obter crescimento econômico.
As recorrentes críticas de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por causa dos juros altos têm uma leitura negativa no mercado. O sócio da gestora Rio Bravo e ex-presidente do BC no governo FHC, Gustavo Franco, criticou o petista.
O argumento dele é que economias ricas e com rating AAA (grau máximo de investimento) terão combinações de inflação e juros melhores que países de rating BB, como o Brasil (dois degraus abaixo do chamado grau de investimento).
A lógica deveria indicar que o Brasil deveria perseguir o ‘grau de investimento’ em vez de perder tempo combatendo a independência do Banco Central.none
Embora tenha sido relacionado à alta da Bolsa no primeiro momento, o arcabouço fiscal, regra do atual governo para substituir o teto de gastos, foi recebido com ceticismo pelos gestores,
Na carta mensal aos investidores, o Verde, “asset” de Luís Stuhlberger, uma das vozes mais influentes do mercado, vocalizou o desconforto.
Para ele, a regra estabelecida pelo governo do PT é “pior que o necessário e melhor que o temido”.Imagem: Carol Malavolta/UOL
O mercado é coisa de rico.none
MITO: O maior contingente dos clientes das assets dos grandes bancos é formado por pessoas de classe média que procuram uma alternativa de rendimento para suas economias um pouco melhor que a poupança. São pessoas que compram CDBs ou investem em fundos imobiliários pensando em um projeto de médio ou longo prazo, como a compra de um imóvel, fazer uma reserva para a faculdade dos filhos ou trocar de carro.
O mercado tem ideologia.none
VERDADE: Basicamente, gestores preferem governos que mantenham sob controle o crescimento das despesas públicas, porque isso oferece maior previsibilidade para o pagamento da dívida pública. Ideologia do mercado é o lucro, não é fiel a partido A ou partido B. No primeiro governo de Lula (2003-2006), houve forte alta da Bolsa porque o governo, superando os temores antes da eleição, adotou uma política de superávits fiscais (gastar menos do que arrecada) e de controle da inflação. No governo Bolsonaro, tido como mais pró-mercado, os agentes econômicos aderiram às promessas de privatizações e de controle das contas públicas.
O mercado não gosta de Lula (e vice-versa).none
VERDADE: O mercado é cético quanto aos sinais dados pelo atual governo de expansão dos gastos públicos. Muitos gestores vêem o terceiro mandato de Lula mais próximo dos anos de Dilma Rousseff (2011-2016) do que do primeiro governo do petista, onde houve ênfase no combate à inflação. No PT, o mercado financeiro é descrito como uma das forças responsáveis pelo impeachment de Dilma e pela ascensão de Bolsonaro. De fato, a maioria dos gestores votou em peso em Bolsonaro em 2018, tendo Paulo Guedes como avalista, e aderiu à reeleição do presidente. A minoria que se opôs à reeleição de Bolsonaro em 2022 ganhou o apelido de “faria luler” entre os pares.
Informações UOL
Texto final da nova regra fiscal foi divulgado pelo Ministério da Fazenda e deve ser entregue ao Congresso. Projeto prevê metas para o resultado primário das contas do governo.
O texto do novo arcabouço fiscal prevê que o presidente da República terá de encaminhar uma mensagem ao Congresso Nacional em caso de descumprimento das metas de resultado das contas públicas.
Na mensagem, o presidente terá de explicar as razões para o descumprimento da meta e as medidas que serão adotadas para correção.
” Caso a meta de resultado primário não seja cumprida, o Presidente da República encaminhará mensagem ao Congresso Nacional, até 31 de maio do exercício seguinte, com as razões do descumprimento e as medidas de correção”, diz o texto do novo arcabouço fiscal.
Não haverá, contudo, punição ao presidente da República em caso de descumprimento da meta. Para o governo, a única “punição” prevista é que, caso o resultado primário fique abaixo da banda de tolerância da meta, o limite para o crescimento das despesas cai de 70% para 50% do crescimento real da receita.
A proposta do novo arcabouço fiscal será encaminhada nesta terça-feira (18) ao Congresso Nacional. Terá de ser aprovada pelo Parlamento para entrar em vigor em 2025.
Para 2024, a meta é zerar o rombo nas contas públicas (déficit primário igual a 0% do PIB), com um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos.
Atualmente, o presidente do Banco Central já é obrigado a publicar uma carta pública em caso de descumprimento da meta de inflação. Essa carta é encaminhada ao ministro da Fazenda, presidente do Conselho Monetário Nacional.
Pelo texto do arcabouço, a maior parte das despesas vai ficar submetida a um mecanismo segundo o qual os gastos do governo só poderão crescer numa proporção do aumento das despesas, buscando o equilíbrio das contas públicas.
Mas, de acordo com a proposta, alguns gastos ficarão de fora da regra. São eles:
Informações G1
Patamar supera o teto da meta definido pelo governo para este ano, que é de até 4,75%. Números foram divulgados pelo Banco Central.
Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação deste ano, de 5,98% para 6,01%. Foi a terceira alta seguida no indicador.
A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central. Foram ouvidas mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.
Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Se confirmado, esse será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo sistema de metas. Em 2022, a inflação somou 5,79%.
Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso, porque os preços dos produtos aumentam sem que o salário acompanhe esse crescimento.
Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro subiu de 4,14% para 4,18% na semana passada.
A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a inflação, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.
Para o crescimento Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, a expectativa do mercado financeiro recuou de 0,91% para 0,90% na última semana.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
Já para 2024, a previsão de crescimento caiu de 1,44% para 1,40%.
O mercado financeiro reduziu a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 12,75% para 12,50% ao ano para o fim de 2023. Atualmente, a taxa Selic já está em 13,75% ao ano.
Para o fim de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia ficou estável, em 10% ao ano.
Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:
Informações G1