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Jake Sullivan acredita que a única forma de haver uma investigação com base científica é tendo acesso a todos os dados

Pompeo anuncia que embaixador americano na China deixará cargo Foto: Reprodução

O assessor de segurança do presidente dos Estados UnidosJoe Biden, Jake Sullivan, garantiu neste domingo (21) que a China não forneceu dados suficientes sobre a origem e a posterior propagação do novo coronavírus.

– Estão a ponto de publicar um informe sobre as origens da pandemia em Wuhan, sobre o qual temos perguntas, porque não acreditamos que a China tenha colocado à disposição suficientes dados originais sobre como começou a se propagar essa pandemia tanto na China como em todo o mundo – afirmou o assessor, em entrevista à emissora americana CBS News.

Em 9 de fevereiro, a missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) que fez investigação no país asiático descartou a possibilidade de que o SARS-CoV-2 tenha sido criado em laboratório, ao mesmo tempo que considerou possível que o patógeno tenha chegado à China, vindo de outros países, por meio da cadeia de alimentos congelados.

O diretor de Emergências da OMS, Mike Ryan, chegou a afirmar nesta semana que o objetivo da missão não era “investigar a China, mas sim obter lições para o futuro”, podendo, assim, evitar outras pandemias.

Sullivan, no entanto, afirmou hoje que a única forma de acontecer uma investigação com base científica é tendo acesso a todos os dados, embora admita que não tenha respostas sobre o desenrolar da crise, evitando, assim, fazer qualquer tipo de acusação.

– Não estou em condições de dizer como chegou a Covid-19 a este mundo. Tudo o que tenho condições [de fazer] é pedir à OMS que faça seu trabalho da melhor maneira possível – disse o assessor.

Sullivan ainda deixou claro que toda a busca de informações deve ficar a cargo de cientistas e especialistas, “sem nenhuma interferência por parte de qualquer governo”.

O assessor de segurança ainda deu detalhes sobre a conversa de cerca de duas horas que Biden teve com o presidente da China, Xi Jingping, no último dia 10.

– O presidente Biden levantou a questão da Covid-19 e da necessidade de todos os países assumirem a responsabilidade de ajudar a proteger o mundo, inclusive a China – revelou Sullivan.

Informações Pleno News/ EFE


Chegada a São Paulo está prevista para as 6h55 de amanhã

Vacina de Oxford/AstraZeneca

Um avião da companhia Emirates, com remessa de 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19 decolou na madrugada de hoje (22) de Mumbai, na Índia, e deve chegar a São Paulo às 6h55 desta terça-feira.

A aeronave deixou a cidade indiana por volta das 10h30 da manhã (horário local), o que equivale a 2h da madrugada de hoje no horário de Brasília. A carga fará escala em Dubai, nos Emirados Árabes, de onde decolará para São Paulo às 22h40 (horário local) – 15h40 de hoje (horário de Brasília).

O voo chegará a São Paulo amanhã de manhã e as vacinas seguirão para o Rio de Janeiro, onde serão levadas para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).

As doses foram produzidas pelo Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia e maior produtor mundial de vacinas. Mesmo prontas, as vacinas precisarão passar primeiro por Bio-Manguinhos para que possam ser rotuladas antes de serem distribuídas ao Programa Nacional de Imunizações.

A importação de doses prontas é uma estratégia paralela à produção de vacinas acertada entre a AstraZeneca e a Fiocruz. Para acelerar a disponibilidade de vacinas à população, 2 milhões de doses já foram trazidas da Índia em janeiro e está previsto um total de 10 milhões de doses prontas a serem importadas. Além dos 2 milhões que chegam amanhã ao país, mais 8 milhões estão previstas para os próximos dois meses. 

Enquanto negocia a chegada das doses prontas, a Fiocruz trabalha na produção local das vacinas Oxford/AstraZeneca. Segundo o acordo com a farmacêutica anglo-sueca, a Fiocruz vai produzir 100,4 milhões de doses de vacinas até julho, a partir de um ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado. A primeira remessa desse insumo já chegou ao Bio-Manguinhos e o primeiro milhão de doses produzido na Fiocruz tem entrega prevista para o período de 15 a 19 de março.

De acordo com a fundação, os dois primeiros lotes estarão liberados internamente nos próximos dias. Esses lotes são destinados a testes para o estabelecimento dos parâmetros de produção.

“Com esses resultados, a instituição produzirá os três lotes de validação, cuja documentação será submetida à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esses lotes somarão cerca de 1 milhão de doses e seus resultados serão enviados à Anvisa até meados de março”.

Também está em andamento na Fiocruz o processo de transferência de tecnologia para a produção do IFA no Brasil, o que tornará a fundação autossuficiente na produção das vacinas. A previsão é que as primeiras doses com IFA nacional sejam entregues ao Ministério da Saúde em agosto, e, até o fim de 2021, seja possível entregar 110 milhões de doses, elevando o total produzido no ano pela Fiocruz para 210,4 milhões. 

Informações Agência Brasil


Foto: Washington Nery

Balanço do terceiro dia do Toque de Recolher

O terceiro dia do Toque de Recolher, em Feira de Santana, resultou em 55 estabelecimentos fechados; um encerramento de festa com paredão; 40 atendimentos de ocorrências por descumprimento ao decreto vigente e 399 orientações ao público.  

Ainda neste domingo, 21, a fiscalização composta de prepostos da Prefeitura Municipal e do Governo do Estado fechou a feirinha de animais, na Getúlio Vargas, por constatar aglomerações de pessoas no local.

Vale lembrar que a restrição para circulação de pessoas, a partir desta segunda-feira, 22, é das 20h às 5h. O novo decreto estadual estabelece ainda que o funcionamento do delivery de alimentos é até 23h, e em bares e restaurantes o atendimento presencial encerra às 18h.

O transporte público urbano circula até 20h30, e aos domingos e feriados com último balão às 20h. O decreto se estende até o dia 28 de fevereiro. 


Veterano do SBT apresentou febre, mas está bem; exame para confirmar doença ainda não ficou pronto

Foto: reprodução/SBT
Foto: reprodução/SBT

O apresentador Carlos Alberto de Nóbrega, de 84 anos, foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, como precaução contra o novo coronavírus após ter febre. A decisão foi tomada depois dos familiares do veterano contraírem a doença. A esposa do humorista, Renata Domingues, está internada na mesma unidade e o filho dele, João Victor, 20, faz o tratamento em casa.

Segundo informações do portal Notícias da TV, o apresentador informou que está bem e disposto, apesar de ter apresentado febre recentemente. Ele fez dois exames para a Covid-19, mas o resultado ainda não ficou pronto. Carlos Alberto tomou a primeira dose da vacina contra ao vírus em 10 de fevereiro.

“De quarta-feira (17) para quinta nós passamos a noite em claro pelo mal-estar dela [Renata Domingues]. Ela foi internada e eu estava bem. A única coisa que eu estava sentindo é que, às vezes, fico um pouco resfriado. Mas não é gripe. Sou vacinado todos os anos contra gripe e nunca mais tive. Mas, muitas vezes, tem aquela aguinha no nariz e aquela rouquidão”, contou.

Informações Bahia.ba


Foto: Washington Nery

Feira de Santana não registrou nenhuma morte por Covid-19, nas últimas 24h. Até agora são exatamente 23.265 pacientes recuperados, índice que representa 94% dos casos confirmados. Enquanto isso, 32 exames foram negativos e 17 positivos.


O boletim epidemiológico contabiliza ainda 69 pacientes internados no município e 1.030 casos ativos, ou seja, pessoas que ainda estão com a doença. A informação é da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde neste domingo (21).

Relatório sobre Covid-19 em Feira de Santana
NÚMEROS DESTE DOMINGO
21 de fevereiro de 2021

Casos confirmados no dia: 17
Pacientes recuperados no dia: 0
Resultados negativos no dia: 32
Total de pacientes hospitalizados no município: 69
Óbito comunicado no dia: 0

A Secretaria de Saúde ressalta que a inclusão no boletim dos registros de óbito por Covid-19 é feita quando a declaração de óbito, ficha de notificação e resultado do exame positivo para a doença chegam à Vigilância Epidemiológica.

NÚMEROS TOTAIS

Total de pacientes ativos: 1.030
Total de casos confirmados no município: 24.748 (Período de 06 de março de 2020 a 21 de fevereiro de 2021)
Total de pacientes em isolamento domiciliar: 961
Total de recuperados no município: 23.265
Total de exames negativos: 35.726 (Período de 06 de março de 2020 a 21 de fevereiro de 2021)
Aguardando resultado do exame: 347
Total de óbitos: 453

INFORMAÇÕES TESTES RÁPIDOS

Total de testes rápidos realizados: 21.544 (Período de 06 de março de 2020 a 21 de fevereiro de 2021)
Resultado positivo: 3.852 (Período de 06 de março de 2020 a 21 de fevereiro de 2021)
Em isolamento domiciliar: 19
Resultado negativo: 17.692 (Período de 06 de março de 2020 a 21 de fevereiro de 2021)

O teste rápido isoladamente não confirma nem exclui completamente o diagnóstico para covid-19, devendo ser usado como um teste para auxílio diagnóstico, conforme a nota técnica COE Saúde Nº 54 de 08 de abril de 2020 (atualizada em 04/06/20).

Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana


Vacinação drive-thru contra a covid-19 no Parque da Cidade, em Brasília.
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Agência Brasil- O Ministério da Saúde dispensou o uso de licitação para compra das vacinas Covaxin, da Índia, e Sputnik V, da Rússia. O objetivo é dar mais agilidade ao processo de aquisição desses imunizantes.

A compra ainda depende da aprovação para uso emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No total, serão disponibilizadas para a população 10 milhões de doses da Sputnik V e 20 milhões da Covaxin.

As entregas devem começar em março e deverão seguir o seguinte cronograma:

Sputtnik V

Março: 400 mil

Abril: 2 milhões

Maio: 7,6 milhões

Total: 10 milhões de doses

Covaxin

Março: 8 milhões

Abril: 8 milhões

Maio: 4 milhões

Total: 20 milhões de doses.

O investimento previsto é de R$ 639,6 milhões na vacina russa e R$ 1,614 bilhão na vacina da Índia.


Feira de Santana não registrou nenhuma morte por Covid-19, nas últimas 24h. Até agora são exatamente 23.265 pacientes recuperados, índice que representa 94% dos casos confirmados. Enquanto isso, 42 exames foram negativos e 88 positivos.


O boletim epidemiológico contabiliza ainda 69 pacientes internados no município e 1.013 casos ativos, ou seja, pessoas que ainda estão com a doença. A informação é da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde neste sábado (20).

Relatório sobre Covid-19 em Feira de Santana
NÚMEROS DESTE SÁBADO
20 de fevereiro de 2021

Casos confirmados no dia: 88
Pacientes recuperados no dia: 50
Resultados negativos no dia: 42
Total de pacientes hospitalizados no município: 69
Óbito comunicado no dia: 0

A Secretaria de Saúde ressalta que a inclusão no boletim dos registros de óbito por Covid-19 é feita quando a declaração de óbito, ficha de notificação e resultado do exame positivo para a doença chegam à Vigilância Epidemiológica.

NÚMEROS TOTAIS

Total de pacientes ativos: 1.013
Total de casos confirmados no município: 24.731 (Período de 06 de março de 2020 a 20 de fevereiro de 2021)
Total de pacientes em isolamento domiciliar: 944
Total de recuperados no município: 23.265
Total de exames negativos: 35.694 (Período de 06 de março de 2020 a 20 de fevereiro de 2021)
Aguardando resultado do exame: 396
Total de óbitos: 453

INFORMAÇÕES TESTES RÁPIDOS

Total de testes rápidos realizados: 21.544 (Período de 06 de março de 2020 a 20 de fevereiro de 2021)
Resultado positivo: 3.852 (Período de 06 de março de 2020 a 20 de fevereiro de 2021)
Em isolamento domiciliar: 19
Resultado negativo: 17.692 (Período de 06 de março de 2020 a 20 de fevereiro de 2021)

O teste rápido isoladamente não confirma nem exclui completamente o diagnóstico para covid-19, devendo ser usado como um teste para auxílio diagnóstico, conforme a nota técnica COE Saúde Nº 54 de 08 de abril de 2020 (atualizada em 04/06/20).

Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana


Total das aquisições deve custar quase R$ 2 bilhões

Ministro da Saúde autorizou compra de doses da Sputnik V e da Covaxin Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo

O Ministério da Saúde publicou neste sábado (20), em edição extra do Diário Oficial da União, a dispensa de licitação para a compra das vacinas contra Covid-19 Sputnik V e Covaxin. Os textos informam que as aquisições terão o custo de R$ 693,6 milhões para o imunizante da Rússia e de R$ 1,614 bilhão para a vacina indiana.

Na prática, isso autoriza a compra das vacinas, mas, de acordo com fontes do governo, o ministério colocou a condição de só realizar o pagamento se houver autorização de uso emergencial ou registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A dispensa de licitação foi autorizada pela Medida Provisória 1.026, que trouxe medidas excepcionais relativas à aquisição de vacinas, insumos, bens e serviços de logística destinados à vacinação contra o novo coronavírus. As publicações no DOU não especificam o volume de doses contratadas. Pelo cronograma do ministério, serão entregues a partir de março 20 milhões de doses da Covaxin e 10 milhões da Sputnik V.

Ambas as vacinas, porém, nem sequer estão sob análise de uso emergencial na Anvisa. A agência ainda aguarda dados de segurança e eficácia para começar esta avaliação. A agência chegou a devolver um pedido de uso emergencial da Sputnik V pela falta de informações básicas.

O laboratório União Química também pretende fabricar as doses da Sputnik V no Brasil, mas ainda não tem as certificações exigidas para isso. De acordo com fontes do governo federal, a preparação da fábrica para produzir este imunizante pode levar até seis meses.

A eficácia da Sputnik V é de 91,6%, segundo dados publicados na The Lancet. A Anvisa, porém, tem feito cobranças reiteradas à União Química para que o detalhamento destas informações, além daquelas que tratam de segurança do produto, sejam entregues.

A vacina da Índia está em uso emergencial no seu país de origem, mas tem dados de eficácia ainda desconhecidos. A Covaxin é fabricada pela Bharat Biotech, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos.

Informações Pleno News/Estadão


Apesar de ser incômodo, o swab nasal continua a ser o principal método para fazer o diagnóstico de covid-19 - ZORANM/GETTY IMAGES
Apesar de ser incômodo, o swab nasal continua a ser o principal método para fazer o diagnóstico de covid-19 Imagem: ZORANM/GETTY IMAGES

Uma notícia inusitada vinda da China chamou a atenção nos últimos dias: autoridades locais anunciaram que iriam começar a usar o swab anal para diagnosticar a covid-19.

Em resumo, o método consiste em introduzir no ânus uma haste flexível para colher amostras de material orgânico, que depois serão analisados em laboratório para detectar (ou não) a presença do coronavírus.

Atualmente, o padrão é fazer o swab nasal, em que a haste é colocada no nariz e na boca para coletar amostras lá do fundo da garganta.

De acordo com especialistas chineses, o novo exame teria uma precisão maior, traria resultados mais confiáveis e seria particularmente útil em algumas situações especiais.

Mas o que a ciência diz sobre o assunto? E como os testes que diagnosticam a covid-19 evoluíram nos últimos meses?

Via alternativa

A ideia de fazer testes laboratoriais pelo ânus não é particularmente nova.

Exames de fezes e colonoscopia, por exemplo, são métodos valiosíssimos para o diagnóstico de uma série de doenças — de infecções gastrointestinais ao câncer colorretal.

Até mesmo no contexto da covid-19 o assunto não é uma novidade absoluta.

“Já sabemos há algum tempo que o intestino poderia funcionar como um santuário do coronavírus, como acontece com outras doenças virais. Ele poderia escapar do nariz e dos pulmões, ficaria em algumas regiões do sistema digestivo e seria eliminado pelas fezes”, raciocina o infectologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury.

Ainda nos primeiros meses de pandemia, os médicos notaram que a doença não se limitava aos sintomas respiratórios e muitos pacientes apresentavam incômodos gastrointestinais, como cólicas e diarreia.

Portanto, do ponto de vista das características da enfermidade, pensar num swab anal não é tão estranho assim — apesar de não existir nenhuma evidência contundente até o momento mostrando que ele seria superior ou traria resultados melhores do que a análise feita pelo nariz e pela garganta.

Barreiras naturais

Se os testes pelo ânus são aprovados na análise técnica, eles emperram em questões como comodidade, praticidade e conveniência.

“Há uma série de restrições de natureza cultural, de foro íntimo. Um exame desses envolve expor a própria genitália e a região anal, que são bastante sensíveis”, aponta o infecologista e epidemiologista Fernando Bellissimo Rodrigues, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

Na própria China, o swab anal será usado por enquanto em situações muito específicas.

Segundo uma reportagem da Forbes, testes desse tipo estão sendo aplicados em passageiros que desembarcam no aeroporto de Pequim e em alguns centros de quarentena.

Há notícias de que um grupo de mil crianças e professores também precisaram fazer o exame depois que foram expostos ao coronavírus.

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que o método também poderia ser válido em pacientes com diarreia como sintoma principal ou em pessoas que apresentam alguma dificuldade para a coleta pelo nariz e pela garganta.

Mas essa não é a única novidade no mundo do diagnóstico da covid-19: nos últimos meses, o conhecimento e a tecnologia avançaram bastante e hoje trazem uma série de opções diferentes que facilitam a vida de pacientes e profissionais da saúde.

Escrito nas moléculas

De forma geral, os exames para covid-19 são divididos em dois grandes grupos: os testes virais e os de anticorpos.

O primeiro detecta o agente infeccioso (ou pedacinhos dele) e permite saber se a pessoa está com a doença “ativa” em seu organismo.

Já os testes de anticorpos medem a resposta do sistema imunológico e indicam se o indivíduo já teve a doença no passado — falaremos sobre eles em detalhes mais adiante.

De acordo com as principais diretrizes nacionais e internacionais, o método principal para diagnóstico do coronavírus continua a ser aquele conhecido pela sigla RT-PCR.

A coleta acontece por meio do swab nasal, em que a haste flexível raspa o fundo da garganta para colher o material que será analisado no laboratório.

“Sabemos que essa região costuma ter a maior concentração de vírus em infecções respiratórias e é relativamente fácil de acessar pelo nariz e pela boca”, explica o virologista José Eduardo Levi, da rede de laboratórios Dasa.

O RT-PCR é o exame que possui atualmente a melhor sensibilidade entre as opções disponíveis.

Isso significa que ele é capaz de identificar, entre as pessoas com suspeita de estarem infectadas, aquelas que realmente estão doentes.

Na prática, o método deixa “escapar” poucos casos de covid-19, o que dá uma grande confiança em seus resultados.

Mas, apesar da alta confiabilidade, essa opção apresenta algumas desvantagens.

A primeira delas é a demora para obter os resultados.

O RT-PCR também requer equipamentos, reagentes e profissionais especializados, o que torna todo o processo mais custoso.

Por fim, não dá pra ignorar o fato de a coleta ser incômoda — quem já precisou fazer sabe que o swab nasal não é nada agradável.

Avanços da ciência permitiram a criação de testes mais rápidos e baratos para detectar o coronavírus. Mas eles ainda não são superiores ao RT-PCRImagem: ANDREW MILLIGAN/GETTY IMAGES

Evoluções científicas

Foi pra resolver alguns desses pontos fracos do RT-PCR que outros três tipos de exames surgiram e já estão disponíveis em alguns laboratórios.

Eles também avaliam a presença do vírus no organismo e podem ajudar a fazer o diagnóstico da covid-19.

Uma opção relativamente recente é o exame de saliva. Em vez de cutucar o fundo do nariz com uma haste flexível, a premissa aqui é cuspir num recipiente e esse material é analisado.

“Isso representa um avanço, particularmente para aquelas pessoas que necessitam repetir os testes com regularidade”, destaca Granato, que também é professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Depois de colhida, a saliva também passa pelo laboratório onde acontece aquele processo de busca por pedacinhos genéticos do coronavírus pela mesma tecnologia do RT-PCR.

Outra inovação dos últimos meses é o teste LAMP, disponível em locais como farmácias, estações móveis e centros de diagnóstico.

Ele também é feito por swab nasal e vasculha a presença de pistas genéticas do vírus.

A diferença está no custo: como exige equipamentos menos rebuscados e possui menos etapas, essa metodologia é mais barata.

Por fim, a última novidade é o teste de antígeno, que também carece da coleta de material no fundo da garganta.

“Em vez de detectar o material genético, essa tecnologia vai procurar outros pedacinhos da estrutura do vírus”, diz Levi, que também é pesquisador do Instituto de Medicina Tropical da USP.

Mais uma vez, o ganho aqui está no preço mais baixo e na rapidez em obter um laudo positivo ou negativo.

Apesar de todas as facilidades, esse trio de exames não supera o RT-PCR naquilo que é mais essencial: a sensibilidade.

Em outras palavras, os testes de saliva, de antígeno e o LAMP são validados cientificamente e podem sim ser úteis numa série de situações.

Mas eles deixam escapar com mais frequência alguns resultados positivos de covid-19, o que pode fazer indivíduos infectados acharem que estão livres da doença.

Quando fazer o teste de covid-19?

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) destaca quatro situações em que é necessário passar por um exame desses:

  1. Pessoas com sintomas de covid-19 (febre, tosse, cansaço, dor, diarreia, perda de olfato e paladar…);
  2. Indivíduos que tiveram contato próximo (menos de 1,5 metro por mais de 15 minutos) com pessoas com covid-19 confirmada;
  3. Quem esteve envolvido em atividades que aumentam o risco de uma infecção pelo coronavírus e não podem fazer isolamento preventivo (como em situações de viagens, aglomerações ou longos períodos em ambientes fechados com outras pessoas);
  4. Quem é selecionado para estudos ou programas de testagem realizados por seguros de saúde, governos e institutos de pesquisa.

Uma recomendação que existia até uns tempos atrás era a de esperar pelo menos três dias de sintomas antes de fazer a coleta do material para análise — mas isso caiu por terra recentemente.

“Quando a pessoa procura um serviço de saúde com sinais sugestivos, ela deve ser submetida ao exame imediatamente. Não faz sentido algum pedir para que ela volte dali a alguns dias”, indica Rodrigues.

“Um retorno posterior só significaria dupla carga de trabalho das unidades assistenciais e um maior risco de contágio para o próprio paciente, se ele não estiver com covid-19, ou para todo mundo ao redor, se ele está realmente infectado”, completa o especialista.

Se ficar em dúvida de quando fazer o teste e qual dos tipos é o melhor para você, o ideal é buscar a orientação de um profissional de saúde, que poderá fazer uma avaliação e analisar os prós e contras antes de dar uma recomendação personalizada.

Quando NÃO fazer o teste de covid-19?

Os exames utilizados atualmente para o diagnóstico da doença não foram desenvolvidos para grandes rastreamentos populacionais, em que milhares de pessoas são testadas — mesmo aquelas que não se encaixam nos quatro critérios descritos acima.

O grande risco dessa estratégia é sofrer com uma alta taxa de resultados falso negativos, em que as pessoas estão infectadas com o vírus, mas ele não é detectado na análise laboratorial.

Hoje em dia, sabe-se que entre 40 e 50% das pessoas que pegam covid-19 não apresentam sintoma algum.

Se elas não tomarem os cuidados básicos (uso de máscaras, lavagem de mãos, distanciamento físico…), podem transmitir o vírus para outros e criar novas cadeias de transmissão.

Portanto, um resultado falso negativo pode reforçar uma falsa sensação de segurança, quando todo mundo deve seguir as recomendações para evitar uma proliferação ainda maior da pandemia.

Os especialistas também contra-indicam a realização dos testes como um salvo-conduto para se aglomerar em festas e outros eventos sociais.

“O resultado do exame é sempre um retrato até aquele momento. Nada garante que você se infecte alguns minutos ou dias depois”, reforça Levi.

O passado te condena?

Como comentamos no início da reportagem, os testes sorológicos (ou de anticorpos) são um segundo tipo disponível desde o primeiro semestre de 2020, quando a pandemia se alastrou para todos os continentes.

Realizados por meio de uma coleta de sangue, eles quantificam a produção de anticorpos conhecidos como IgA, IgG e IgM contra uma infecção pelo coronavírus.

Os anticorpos são substâncias produzidas pelo nosso sistema imunológico, que ajudam a neutralizar uma segunda invasão viral.

O problema é que essa reação de defesa do organismo demora um pouquinho para acontecer. Portanto, os testes sorológicos só dão um resultado válido dez dias ou mais após o início dos sintomas.

Eles não servem, então, para diagnosticar a doença ativa e tomar as medidas contra a covid-19, como uma quarentena ou um tratamento para os casos mais graves.

“Por essas razões, a utilidade desses testes é um pouco mais restrita. Eles podem ser valiosos, por exemplo, em inquéritos populacionais e estudos epidemiológicos que vão medir a porcentagem da população que já foi exposta ao vírus”, conta Rodrigues.

Os testes sorológicos permitem saber se você já teve a infecção no passado, mas não servem para realizar o diagnóstico de covid-19Imagem: CAVAN IMAGES/GETTY IMAGES

Deturpação do uso

Apesar de indicarem quem já teve covid-19, um resultado positivo no exame sorológico não é passaporte para voltar à “vida normal”.

Em primeiro lugar, a ciência ainda não sabe quanto tempo dura a imunidade após um primeiro episódio da doença.

Apesar de todos os avanços, a metodologia dos anticorpos também não é 100% à prova de falhas e pode dar resultados “errados”.

Por fim, a detecção de novas variantes no Reino Unido, na África do Sul e em Manaus abre uma possibilidade de quadros de reinfecção que não podem ser ignorada.

As recomendações de distanciamento físico, uso de máscaras, lavagem de mãos e preferência por locais arejados e ventilados continuam essenciais para todo mundo.

Avanços e descobertas

Os exames de anticorpos também evoluíram bastante de uns tempos para cá.

“Uma coisa importante que aprendemos com a experiência é que não basta fazer um teste só, porque nenhum deles é capaz de identificar toda a gama de respostas imunológicas que o ser humano apresenta. É importante que as amostras passem por dois métodos diferentes para um resultado melhor”, informa Granato.

Um passo relevante nessa área é a chegada de métodos que avaliam os anticorpos neutralizantes.

“Eles nos certificam que o indivíduo tem anticorpos e que eles são realmente capazes de proteger contra o vírus”, explica Levi.

As opções disponíveis até então avaliam substâncias com o IgA, o IgG e o IgM, mas elas dão menos certeza sobre a efetividade da resposta imune diante de uma nova infecção quando comparadas aos tais anticorpos neutralizantes.

Outra novidade que deve chegar nos próximos meses são os testes que avaliam a reação das células do sistema imunológico após um quadro de covid-19.

“Essa tecnologia analisa os glóbulos brancos, que em laboratório são estimulados com pedaços do coronavírus. Se essas células reagem, significa que há uma resposta imunológica mais completa”, projeta Levi.

Acesso no Brasil

Os especialistas entrevistados para essa reportagem sinalizam que a disponibilidade dos testes de covid-19 no país melhorou significativamente.

“No início, havia uma grande limitação, porque os insumos necessários nem chegavam até aqui”, lembra Granato.

Mas ainda há problemas na compra de substâncias essenciais para a realização do RT-PCR, por exemplo.

“Nós perdemos a oportunidade lá atrás de criar uma política de usar os testes para rastrear os primeiros casos positivos e isolá-los. Isso nunca foi feito de forma organizada no país”, lamenta Levi.

No início da pandemia, programas desse tipo foram implementados com enorme sucesso em países como Nova Zelândia e Coreia do Sul.

Informações Notícias UOL


Nas últimas 24h, Feira de Santana registrou mais 188 pacientes recuperados da Covid-19 e atingiu a marca de 23.215 curados da doença desde o início da epidemia, índice que representa 94,2% dos casos confirmados. Enquanto isso, 71 exames foram negativos e 41 positivos.
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 69 pacientes internados no município e 975 casos ativos, ou seja, pessoas que ainda estão com a doença. A informação é da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde nesta sexta-feira (19).

Relatório sobre Covid-19 em Feira de Santana
NÚMEROS DESTA SEXTA-FEIRA
19 de fevereiro de 2021

Casos confirmados no dia: 41
Pacientes recuperados no dia: 188
Resultados negativos no dia: 71
Total de pacientes hospitalizados no município: 69
Óbito comunicado no dia: 0

A Secretaria de Saúde ressalta que a inclusão no boletim dos registros de óbito por Covid-19 é feita quando a declaração de óbito, ficha de notificação e resultado do exame positivo para a doença chegam à Vigilância Epidemiológica.

NÚMEROS TOTAIS

Total de pacientes ativos: 975
Total de casos confirmados no município: 24.643 (Período de 06 de março de 2020 a 19 de fevereiro de 2021)
Total de pacientes em isolamento domiciliar: 906
Total de recuperados no município: 23.215
Total de exames negativos: 35.652 (Período de 06 de março de 2020 a 19 de fevereiro de 2021)
Aguardando resultado do exame: 526
Total de óbitos: 453

INFORMAÇÕES TESTES RÁPIDOS

Total de testes rápidos realizados: 21.544 (Período de 06 de março de 2020 a 19 de fevereiro de 2021)
Resultado positivo: 3.852 (Período de 06 de março de 2020 a 19 de fevereiro de 2021)
Em isolamento domiciliar: 19
Resultado negativo: 17.692 (Período de 06 de março de 2020 a 19 de fevereiro de 2021)

O teste rápido isoladamente não confirma nem exclui completamente o diagnóstico para covid-19, devendo ser usado como um teste para auxílio diagnóstico, conforme a nota técnica COE Saúde Nº 54 de 08 de abril de 2020 (atualizada em 04/06/20).

Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana

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