“Tribes of Europa” é uma série sci-fi lançada em 2021, na Netflix, produzida pela W&B Television, mesma produtora de “Dark”. Com uma história repleta de aventura, fantasia e ação, o show emplacou no Top 10 brasileiro da plataforma durante o ano. Na trama, em um mundo distópico que se passa em 2074, a humanidade entrou em colapso por conta da tecnologia e, para sobreviver, os povos se dividiram em tribos. No centro da nossa história, temos os Orígenes, um grupo de pessoas que decidiu se isolar nas florestas para viverem em conexão com a natureza e sem uso de equipamentos ultramodernos.
É consenso que há algo de bastante similar com “Game of Thrones”. Os três protagonistas, os irmãos Liv, Kiano e Elja, acabam se separando e ganhando suas próprias subtramas, assim como ocorre com a família Stark. Em “Tribes of Europa”, a guinada acontece depois que uma nave atlantiana cai, dando início a uma série de eventos violentos. Quando a vila dos Orígenes é praticamente exterminada, Liv (Henriette Confurius) se une a um grupo de militares, os Escarlates; Kiano (Emilio Sacraya) é sequestrado por uma poderosa tribo inimiga, os Corvos; e Elja (David Ali Rashed), o caçula, encontra o piloto que caiu da nave atlantiana. Os dois se tornam amigos e fogem com o Cubo, um artefato misterioso de imenso poder, que contém uma mensagem para os atlantianos e poderá levar Elja para a Arca, uma espécie de porta de passagem para Atlântida.
Para ficar mais claro, os atlantianos seriam os norte-americanos, detentores das maiores e mais poderosas tecnologias e possivelmente os responsáveis pelo mundo como eles conhecem: destruído e em guerra. Não é de hoje que vemos filmes, séries e livros com histórias assustadoras sobre os efeitos colaterais da ciência e tecnologia sobre o planeta. Dominação dos robôs, destruição da Terra, escassez dos recursos naturais essenciais para a vida, epidemias globais destruidoras, dentre outras coisas. De “Blade Runner” a “Mad Max”, de “Interestelar” a “Eu, Robô”, do crente ao ateu, ninguém explica os mistérios, temores e dúvidas que rodeiam o futuro da humanidade.
Apesar de parecer um pouco adolescente, não se engane, a série não deixa de explicitar cenas de violência e sangue e, em menor quantidade, sexo. Então, tire as crianças da sala! Com seis episódios de aproximadamente 50 minutos, a série tem dificuldade em fazer a história decolar, o que só ocorre próximo do fim. Com cenas de ação e violência inebriantes, é na hora de entregar um contexto original, que se aprofunda na história dos protagonistas e explora mais suas personalidades que a série dá uma travada. Mas se você adora uma combinação de cenas cheias de movimento, aventuras, batalhas e umas pitadas de humor, pode se render para este programa que se mostrará ideal para você.
Embora o streaming ainda não tenha oficializado uma segunda temporada, o diretor Philip Koch já trabalha em uma possível continuação da história e já revelou até que vislumbra pelo menos oito temporadas da série. Para os fãs de relacionamentos longos, essa pode ser uma boa notícia também.
Informações Revista Bula
Ao longo de mais de um século, o cinema se tornou, sem margem para maiores questionamentos, a arte mais glamourosa da natureza humana. Filmes, a despeito de sua natureza já um tanto sofisticada, foram adquirindo uma aura de sublimidade, primando cada vez mais pela beleza, pelo requinte estético, pela harmonia da forma, sem prescindir, claro, da evolução de seus recursos. O cinema é também é o conjunto das manifestações artísticas que mais dependem da tecnologia. Aborde-se o assunto que se queira, filmes são dependentes de muita inteligência artificial, muitos computadores, muita afinação técnica, a fim de que o resultado do empenho de uma equipe com dimensões de verdadeira falange agrade o público, e, de preferência, igualmente a crítica. A competição quanto a um lugarzinho um pouco mais ensolarado entre diretores e atores de diferentes estúdios já daria um filme daqueles – tanto daria como deu. Excelentes profissionais estão sempre se digladiando à procura do tão ansiado reconhecimento que, como tudo na vida, não é para todos. Nunca há Oscar que chegue para todas as produções que o merecem, e isso também acaba virando matéria para muito bafafá. Restam filmes que continuarão soberbos, essenciais na formação da humanidade, a despeito de não contarem com seu homenzinho dourado. A história do escritor agraciado não com um Oscar, mas com um Nobel, o que não é nada ruim, malgrado desdenhe do prêmio — e da própria origem —, é o mote do argentino-espanhol “O Cidadão Ilustre” (2016), dirigido a quatro mãos por Gastón Duprat e Mariano Cohn. Representante do melhor da inventividade e do talento asiáticos, o sul-coreano “A Sun” (2019), de Chung Mong-hong, traz no enredo a saga de uma família em pedaços, devido à inconsequência do filho caçula. É justamente por “A Sun” que começamos a nossa lista, que dispõe de outros cinco títulos, além de “O Cidadão Ilustre”, todos na Netflix, do mais novo para o mais antigo, a fim de deixar a sua vida facinha, facinha. Eles não levaram o prêmio máximo da indústria cinematográfica de Hollywood, mas, se serve de consolo, são hors-concours aqui na Bula. E você, também acha?
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
A Sun (2019), Chung Mong-hong
“A Sun” começa de maneira brusca e, assim, o espectador já fica esperto quanto ao que pode esperar do drama taiwanês do diretor Chung Mong-hong. Mas que ninguém se desestimule: o enredo é todo permeado por respiros cômicos — e eles são mesmo necessários. A pobreza, ainda que num país rico, é implacável, e ai daquele que pense que pode subverter o estabelecido. Contudo, seria tolo afirmar que o risco social é o responsável por fomentar a criminalidade; o fato é que a alma de todo homem tem sua face sombria — e cada um deve mantê-la sob controle. E controle — e, por extensão, autocontrole —, é uma ideia cara aos orientais. Um pai de família honrado não se prestaria a aturar os deslizes de caráter por parte de um filho, muito menos seus delitos. Ao tomar conhecimento da prisão de A-Ho, A-Wen exige que o caçula seja sentenciado com uma pena dura, o que revolta sua mulher, Qin, mãe do rapaz. A partir daí, o que se segue é a total desintegração do que até tão pouco tempo era um lar (e uma família). Ainda que haja uma ou outra tentativa pontual de contornar a questão, o casal, juntamente com o filho mais velho, pressentem que nada vai voltar ao ponto anterior à ruptura. A vergonha que todos sentem pelo destino de A-Ho, tornado ainda mais significativo numa sociedade que valoriza sobremaneira a austeridade da conduta social, o constrangimento, o remorso, tudo converge para que não consigam se encontrar outra vez. O sol pode ser o que há de mais justo no mundo, mas só pode iluminar e emprestar seu calor a ambientes que se abram para ele. Do contrário, fica eternamente preso em meio à nuvem de ignomínia e pequenez que flutua sobre a natureza do homem desde sempre.
Ya no Estoy Aquí (2019), Fernando Frías de la Parra
Ulises não é nenhum personagem de Homero, nem faz parte de “Odisseia” alguma, mas bem que poderia. O protagonista de “Ya no Estoy Aquí” tem sua jornada própria, uma trajetória em busca de autoconhecimento e descobrimento do mundo, honra, afirmação. O garoto de 17 anos, como qualquer um em Monterrey, nordeste do México, gosta de roupas largas, cabelo extravagante, penduricalhos, estética que, sob uma análise ligeira, remeteria aos rappers nova-iorquinos. No caso de Ulises, o moleque é um digno representante da cultura regional, hispânico-latina, mais precisamente. Ele sonha em se tornar um expoente da Kolombia, um subtipo da cúmbia, ritmo surgido no país sul-americano, com algumas variações de tempo. Ulises também, como um adolescente comum, anda em companhia dos amigos, e aí é que está o problema. Numa dessas, conhece criminosos de verdade, se mete em confusão com eles e sua única saída é imigrar, no bagageiro de uma van, para os Estados Unidos. Lá, se vira como pode, dançando no metrô a fim de defender um trocado e dorme de favor na água-furtada da garota sino-americana, também uma intrusa no mundinho abafado da América, interessada nele, mas não correspondida, porque Ulises não fala inglês, e tampouco a moça entende espanhol. O filme de Fernando Frías de la Parra é um portento de beleza, de originalidade, com seus planos ora disparados, ora lentos, quase se arrastando, tudo friamente pensado, enquadramentos quase sempre muito abertos, a fim de conferir à cena a sensação de distância, de exclusão. O resultado de tamanho esmero é um genuíno tratado antropológico sobre a juventude em países periféricos da América Latina, sobre a resistência cultural nesses rincões perdidos, mediante a ótica do oprimido, sem jamais se permitir concessões ao vitimismo. Ulises é digno até a raiz do cabelo descolorido, mesmo quando reconhece a derrota e se submete. Um herói, portanto.
O Autor (2017), Manuel Martín Cuenca
O que seria da natureza humana sem o sonho? É o devaneio, a capacidade de imaginar outras possibilidades o que faz o homem persistir na luta pela sobrevivência, prosperar, evoluir. Álvaro é um sonhador, mais até: Álvaro é um obstinado. Iria às últimas consequências quanto a se tornar um escritor de renome, de prestígio, não os caça-níqueis que Amanda, sua mulher, gosta de ler. Justamente Amanda é quem dá o impulso que faltava para que o protagonista de “O Autor” se dedique exclusivamente à sua promissora carreira literária: Álvaro flagra a mulher com outro e decide que é hora de mudar tudo em sua vida. Larga o emprego, determinado a viver da pena, mas nem bem começou a ser artista e já lhe falta inspiração, até que lhe ocorre a genial ideia de provocar conflitos em quem os cerca, a fim de observar suas reações e, enfim, escrever. O que ele não imaginava, limitado também como indivíduo, é que ele passaria como a principal vítima de suas armações.
Rastros de um Sequestro (2017), Jang Hang-jun
O suspense do diretor Jang Hang-jun vem confirmar a trajetória ascendente do cinema sul-coreano. A narrativa do ótimo “Rastros de um Sequestro” gira em torno de Jin-Seok, que acaba de se mudar com a família para uma casa nova. Certa noite, o rapaz presencia o sequestro do irmão mais velho, Yoo-seok, que volta 19 dias depois, sem se lembrar de nada. A reação de Yoo-seok poderia ser entendida como natural frente a tamanho choque, mas Jin-Seok começa a estranhar o comportamento dele e o fato do irmão sempre sair a altas horas. Convencido de que a pessoa que passou a conviver com a família não é Yoo-seok, o protagonista decide investigar o caso por conta própria.
O Cidadão Ilustre (2016), Gastón Duprat e Mariano Cohn
Em “O Mundo como Vontade e Representação”, publicado em 1818, o filósofo polonês Arthur Schopenhauer (1788-1860), defendia a ideia da vida sob a forma de uma vontade de vida, isto é, a vida seria uma mera prospecção do homem acerca de seus desejos mais obscuros. O homem não sabe querer, pois ao querer já espalha destruição por todo lado, e, portanto, há que se negar toda vontade, mesmo (ou em especial) as que, aparentemente, possam induzir a supostas boas intenções. Depois de um discurso o seu tanto ácido na cerimônia da entrega do Prêmio Nobel de Literatura, com o qual é agraciado, Daniel Mantovani, um bem-sucedido escritor que saíra de Salas, na Argentina, onde nascera e vivera até os 20 anos e fora viver em Barcelona, na Espanha, começa a sentir os efeitos autodestrutivos de sua sinceridade indomável. Os compromissos mais importantes são cancelados, sobra um ou outro simpósio ou palestra menos insignificante, e uma série de homenagens que o prefeito de Salas, justamente de Salas, houve por bem lhe dedicar. Daniel não está à beira da falência ou passando algum apuro de dinheiro, não se trata disso: o que o move é um misto de vaidade — porque, como ele mesmo reconhece, um escritor é feito de pena, papel e vaidade —; orgulho por, depois de haver desdenhado do Nobel, sua cidadezinha ter se lembrado dele; e, quem sabe, alguma condescendência. Por mais que tenha vivido os últimos 40 anos dizendo a si mesmo que seu passado o incomodava, de maneira consciente ou não embarca para a Argentina, sequioso por reencontrar esse passado. E o passado de fato permanece lá, mas diferente, como ele próprio. Como se Salas tivesse dedicado quatro décadas a fim de arquitetar uma vingança contra o filho ilustre, mas soberbo, uma sucessão de eventos começa a se abater sobre Daniel, primeiro apenas vexatórios. O constrangimento logo cede lugar a situações que exigem dele posições mais duras, como artista e como indivíduo. O escritor é impingido a tomar parte em diversas polêmicas, ainda que involuntariamente em algumas circunstâncias, e sua permanência na cidade natal se torna insustentável. O sermão (mais um) com que ataca as “autoridades” salenses, inclusive um autoproclamado artista plástico, presidente de uma associação de classe, que manipula o resultado de um certame de pintura que recusara seu quadro a fim de ser um dos vencedores, é, já faltando pouco mais de vinte minutos para o encerramento, o ápice do enredo. Sua forma de compreender a política, a arte, a cultura — palavra que lhe provoca asco —, são lições de vida para qualquer um, a despeito da época em que se esteja, num roteiro que não demanda nem o mínimo retoque. No surpreendente final, a pergunta que resta nas cabeças e nas bocas é: que diabos ele foi fazer lá? Mas a conclusão é óbvia e vem de imediato. Valeu a pena.
A Livraria (2017), Isabel Coixet
Tentativas de mudar o estabelecido são sempre difíceis, quando não resultam infrutíferas, especialmente em se sendo mulher, de meia-idade e num lugar que não é o seu. Em plenos anos 1950, uma livreira chega a uma cidadezinha no litoral da Inglaterra disposta a deitar raízes e seguir com seu negócio. Para tanto, terá de se investir de uma boa camada de destemor, a fim de vencer o conservadorismo dos novos vizinhos, o que a fará se valer das mesmas armas que seus adversários.
A Voz do Silêncio (2016), Naoko Yamada
Contra um mundo que só fala veneno, a surdez. “A Voz do Silêncio”, de Naoko Yamada, ao abordar temas sensíveis como assédio moral entre crianças e adolescentes, deficiência física, autoaceitação, acerto de contas com a vida, presta um grande serviço ao público, não prescindindo de observar o requinte estético e a força da mensagem. Shōko Nishimiya, a protagonista, é uma garota surda. Shōko nunca tivera problemas quanto a sua condição, mas ao ser transferida para uma nova escola, acaba sendo hostilizada pelos colegas, liderados por Shouya Ishida, o valentão do pedaço. Shouya é acusado e a direção o expulsa. Passa a ser visto como um pária, os amigos se afastam e ele não sente mais vontade de planejar algum futuro, nem mesmo de continuar a viver. Planeja seu suicídio por anos, meticulosamente, ao ponto de conseguir juntar o dinheiro gasto pela mãe com o reparo dos aparelhos auditivos da ex-colega, que ele quebra numa de suas investidas contra a garota. Debruça-se junto ao parapeito de uma ponte e sobe para o lançamento, mas no instante derradeiro fica a par de que Shōko vai ser sua colega outra vez e, vislumbrando a oportunidade de se redimir, desiste, dando início a uma nova — e benfazeja —etapa em sua história. “A Voz do Silêncio” se trata justamente disso: a metáfora da existência como uma interminável chance de se recolher os cacos da dignidade e se recompor. O emprego da paleta de cores pendendo para tons pastéis e a preferência por planos mais abertos colaboram quanto a tornar o ambiente mais oxigenado e suscetível à conversão do antagonista, sem que haja mais vácuos. Nem silêncios.
Informações Revista Bula
2021 foi um ano de grandes lançamentos na Netflix. Entre séries e filmes, a plataforma dominou o mundo do entretenimento e mudou para sempre a maneira como consumimos conteúdo. O investimento bilionário em produções originais deu certo, e o streaming lançou alguns de seus longas mais elogiados nos últimos meses.
A Netflix também tem tudo para figurar na temporada de premiações com diversas indicações ao Oscar – mostrando assim que o streaming é, realmente, o futuro da indústria.
Continua depois da publicidade
Com lançamentos de terror, suspense, romance, drama, comédia, fantasia, aventura, ação e muito mais, a plataforma contou em 2021 com estreias para todos os gostos.
Listamos abaixo os 7 melhores filmes que a Netflix lançou em 2021, perfeitos para uma maratona de fim de ano; confira.
Ataque dos Cães é uma das grandes apostas da Netflix para o Oscar 2022. O filme já está praticamente garantido na premiação, especialmente nas categorias de atuação. Ambientado nos anos 20, o filme de Jane Campion faz um ótimo trabalho ao subverter alguns dos principais clichês dos faroestes. Ataque dos Cães acompanha a história de Phil Burbank, um fazendeiro durão que trava uma verdadeira guerra de ameaças contra a nova esposa do irmão e seu filho adolescente, até que antigos e surpreendentes segredos vêm à tona. O longa é protagonizado por Benedict Cumberbatch, e tem também Kirsten Dunst, Jesse Plemons e Kodi Smit-McPhee no elenco.
Entre os filmes de terror lançados pela Netflix em 2021, Ninguém Sai Vivo é um dos melhores. O longa aborda como o sonho americano pode virar um pesadelo, tudo isso com uma assustadora temática sobrenatural. Em Ninguém Sai Vivo, uma imigrante ilegal mexicana foge para os Estados Unidos e aluga um quarto em uma pensão decadente. Na primeira noite no local, a protagonista Ambar começa a escutar estranhas vozes e sinistros lamentos. Não demora para a personagem descobrir que algo terrível acontece por trás das paredes, e que seu pior pesadelo está apenas começando.
Identidade também tem tudo para representar a Netflix no Oscar, graças à sua trama sensível e sólido comentário social. Embora seja ambientado nos anos 20, em Nova York, o filme aborda um tema bastante controverso da sociedade atual: o colorismo. O filme representa também o primeiro trabalho de Rebecca Hall, de Homem de Ferro 3, como diretora. Em Identidade, uma mulher negra tem seu mundo virado de cabeça para baixo após reencontrar uma amiga de infância que “passa” por branca. Protagonizado por Tessa Thompson e Ruth Negga, o longa traz também importantes reflexões sobre racismo, intolerância e, é claro, identidade.
Tick, Tick… Boom! tem Andrew Garfield – o eterno Espetacular Homem-Aranha – no papel principal. O musical semiautobiográfico conta a história do dramaturgo americano Jonathan Larson, criador da icônica peça Rent. Além de mostrar o processo criativo do escritor, o filme conquista fãs por sua ótima trilha sonora e trama inovadora, que mistura elementos de diversos gêneros. A produção tem tudo para dar a Andrew Garfield seu segundo Oscar, após Até o Último Homem. O longa também é o primeiro filme produzido e dirigido por Lin-Manuel Miranda, o criador do musical Hamilton.
Não Olhe Para Cima chegou ao catálogo da Netflix em 24 de dezembro, fechando o ano da plataforma com chave de ouro. O longa de Aaron Sorkin, diretor de A Rede Social e Os 7 de Chicago, acompanha a história de dois astrônomos que descobrem um enorme cometa em rota de colisão com a Terra. Para alertar o povo, a dupla embarca em uma turnê midiática marcada pelo descaso do governo, o sensacionalismo da mídia e a indiferença da população. O filme é uma bem-humorada alegoria à inação da sociedade perante às mudanças climáticas, firmada em ótimas atuações de Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Meryl Streep, Jonah Hill, Timothée Chalamet e Ariana Grande.
Com Halle Berry no papel principal e na cadeira de diretora, Ferida é um emocionante drama ambientado no universo das lutas profissionais. O longa conta a história de Jackie Justice, uma lutadora em declínio que aceita enfrentar uma estrela do MMA em troca de um grande prêmio em dinheiro. Além de abordar o treinamento da protagonista, o filme mostra os esforços de Jackie para recuperar a confiança do filho, abandonado por ela na infância. Prepare os lencinhos, pois o final do filme deixa até os espectadores mais durões com lágrimas nos olhos.
Se o seu desejo de final de ano na Netflix é simplesmente se divertir, Bad Trip é a melhor opção. A hilária comédia de Eric Andre, Lil Rel Howery e Tiffany Haddish é de morrer de rir, e fez muito sucesso com o público e com a crítica especializada. A premissa do filme é bastante simples: nessa comédia de câmeras escondidas, dois amigos embarcam em uma louca viagem para Nova York enquanto pregam peças em pessoas reais. Nojento, bizarro e extremamente divertido, o filme é um dos mais engraçados da plataforma.
Informações Observatório do Cinema
The Hand of God – A Mão de Deus tem tudo para ser um dos indicados da Netflix ao Oscar 2022. Dirigido pelo premiado cineasta italiano Paolo Sorrentino (A Grande Beleza), o filme emociona assinantes com uma história tocante, agridoce e relativamente trágica. Quem já conferiu o longa quer saber: The Hand of God é baseado em uma história real? Respondemos abaixo; confira.
“Na Nápoles dos anos 80, um jovem louco por futebol se vê diante de uma tragédia familiar que define seu futuro incerto, porém promissor, como cineasta”, afirma a sinopse oficial do longa.
Continua depois da publicidade
O filme italiano conquistou imediatamente a crítica especializada, atingindo 81% de aprovação no Rotten Tomatoes e acumulando elogios pela abordagem de sua temática e por sua narrativa sensível – além de uma indicação ao Globo de Ouro.
O elenco de The Hand of God – A Mão de Deus é formado por Filippo Scotti, Toni Servillo, Teresa Saponangelo, Marlon Joubert, Luisa Ranieri, Renato Carpentieri e outros astros da Itália.
Como muitos espectadores já desconfiavam, The Hand of God é baseado em uma história real. Na verdade, o filme adapta para as telas algumas das mais importantes experiências e eventos da adolescência de Paolo Sorrentino.
A Mão de Deus é o filme mais intimista da carreira do cineasta, já que mostra um dos períodos mais traumáticos de sua vida.
Quando Paolo Sorrentino era adolescente, seus pais morreram por envenenamento de monóxido de carbono na residência da família. O diretor só escapou pois estava assistindo a uma partida de Maradona no Estádio de Nápoles.
Em uma entrevista recente, Sorrentino revelou que já planejava produzir um filme semi-biográfico há cerca de uma década, mas que só agora tomou coragem para revisitar as partes mais traumáticas da juventude.
“Nos últimos três anos, comecei a pensar que uma história pessoal como essa poderia ser interessante para o público”, comentou o diretor.
Para produzir A Mão de Deus, Paolo Sorrentinoretornou à cidade natal de Nápoles, a qual não visitava há um bom tempo. Embora o filme seja baseado na adolescência do cineasta, certos aspectos foram modificados com uma boa dose de liberdade criativa.
“A realidade é apenas um ponto inicial para a história. Precisamos reinventá-la. Aqui em Nápoles, nós temos uma maneira divertida de recriar memórias. É algo que eu ‘roubei’ daqui e levei para a vida”, comenta o diretor no documentário “The Hand of God: Pelos Olhos de Sorrentino, lançado juntamente com o drama.
Uma das mudanças mais importantes de A Mão de Deus está no nome do protagonista. O personagem principal, embora baseado em Sorrentino, se chama Fabietto Schisa.
Em uma das cenas mais significativas do filme, Fabietto conversa com o lendário cineasta italiano Antonio Capuano – o mentor de Sorrentino na vida real.
Outro diretor italiano mencionado no filme é Federico Fellini, responsável por filmes memoráveis como I Vitelloni e 8½. Mas foi Roma, de Alfonso Cuarón (disponível na Netflix) que inspirou Paolo Sorrentino a produzir seu décimo filme.
Dessa forma, embora Fabietto e sua família sejam completamente fictícios, servem como veículos para Sorrentino contar sua própria história.
The Hand of God – A Mão de Deus está disponível na Netflix; veja abaixo o trailer.
Informações Observatório do Cinema
A arte é libertadora, porque nos fornece um olhar amplo, mais distanciado e mais sereno sobre as situações da vida. Os filmes, por exemplo, nos colocam em diversas posições que nunca ocupamos. Nos sentimos na pele de quem nunca fomos, passamos por situações que nunca vivenciamos. Personagens e histórias contadas pelo cinema podem nos inspirar, nos representar ou provocar estranhamento, mas sempre nos tiram de nossa zona de conforto emocional. Nesta lista, a Revista Bula traz uma seleção de produções disponíveis na Netflix que vão te fazer pensar fora da caixinha e irão te trazer novos olhares sobre a vida. Entre eles, “Eu Sou Todas as Meninas”, de 2021, de Donovan Marsh; “Ferida”, de 2021, de Halle Berry; e “Imperdoável”, de 2021, de Nora Fingscheidt. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
Eu Sou Todas as Meninas (2021), Donovan Marsh
Neste filme sul-africano, a detetive Jodie Snyman tem um objetivo: combater o tráfico internacional de exploração sexual infantil. Para adentrar este sistema comandado por homens poderosos, ela se une a um suposto serial killer. Embora as mortes provocadas por este assassino pareçam, à princípio, aleatórias, nos bastidores dos tribunais é revelado que os mortos são, na verdade, predadores sexuais.
Ferida (2021), Halle Berry
Jackie é uma mãe solteira que trabalha em dois empregos e uma boxeadora fracassada que perdeu todas as lutas que enfrentou durante sua vida. Quando as autoridades ameaçam tirar a guarda de seu filho, ela precisa retornar ao octógono em busca de uma vitória para dar ao filho uma vida com dignidade.
Imperdoável (2021), Nora Fingscheidt
Ruth Slater matou dois policiais e cumpriu longos anos de cadeia antes de ganhar sua liberdade. De fora da prisão, Ruth se depara com uma sociedade que não está disposta a perdoar seus erros do passado. Mesmo tendo cumprido sua pena, Ruth não tem redenção. Como consequência de suas ações, sua irmã mais nova agora vive uma vida problemática. Enquanto isso, o filho de um dos policiais mortos por Ruth planeja se vingar dela.
Onde Eu Moro (2021), Pedro Kos e Jon Shenk
O documentário mostra por meio de entrevistas e imagens de drones um olhar sobre locais onde pessoas sem-teto chamam de “casa”. O filme apresenta quem são essas pessoas, suas histórias de vida. Ainda fala sobre os tipos de políticas públicas que são criadas para tentar invisibilizar o problema. O espectador se dá conta de que os moradores sem-teto não são apenas números, mas seres humanos com um passado e presente muito difíceis e um futuro ainda mais incerto.
14 Montanhas, 8 Mil Metros e 7 Meses (2021), Torquil Jones
Nirmal Purja é um escalador de montanhas que empreende uma jornada aparentemente impossível. Ele lidera um grupo exclusivamente nepalês com objetivo de subir ao topo das 14 montanhas mais altas do mundo. Cada uma delas tem mais de oito mil metros acima do nível do mar. Em seu plano, a empreitada deve ser cumprida em apenas sete meses. O documentário acompanha a trajetória heroica para o sucesso ou fracasso da missão.
Um Ninho a Dois (2021), Theodore Melfi
Lilly e Jack Maynard estão passando por um momento difícil depois de sofrerem uma grande perda. Jack tem de enfrentar os problemas da família sozinho, enquanto Lilly lida com sua culpa. As dificuldades de Lilly ficam ainda piores quando um passarinho, que fez um ninho em seu quintal, começa a assediá-la e atacá-la. Comicamente obcecada em se livrar do pássaro, Lilly procura ajuda de Larry, um psicólogo peculiar que se tornou veterinário. Ele irá ajudá-la a explorar, reconhecer e enfrentar seus próprios problemas.
Quanto Vale? (2020), Sara Colangelo
Kenneth Feinberg é um poderoso advogado de Washington encarregado do Fundo de Compensação de Vítimas de 11 de setembro, que, em quase três anos de trabalho pro bono no caso, luta contra o cinismo, a burocracia e a política associados à administração de fundos do governo. Ao fazer isso, ele descobre quanto vale a vida.
O Fotógrafo de Mauthausen (2018), Mar Targarona
O enredo desse drama sobre a Segunda Guerra Mundial — com tudo o que um filme sobre a resistência frente à dominação alemã tem de mais lancinante — gira ao redor de Francesc Boix, ex-soldado que servira durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), e fora feito prisioneiro em Mauthausen, um dos campos de concentração nazistas quando do advento de mais uma série de batalhas, dessa vez em escala global. Ele é requisitado para atuar como fotógrafo do diretor do campo, o oficial Paul Ricken, registrando o desempenho das tropas germânicas. Testemunha involuntária da história, Boix fica sabendo que a Alemanha não será páreo à contraofensiva dos Aliados, o que suscita nele a obsessão em manter a salvo tudo o que pôde documentar por meio de suas fotos, a fim de não permitir que os líderes nazistas tivessem qualquer tipo de benefício num futuro julgamento.
Sementes Podres (2018), Kheiron
Wael foi menino de rua quando criança e ganha a vida praticando pequenas fraudes com sua mãe adotiva e melhor amiga, Monique. Em um de seus golpes, conhecem Victor, que tem uma instituição de apoio para adolescentes problemáticos. Ele os convence de realizar um trabalho voluntário neste centro direcionado a jovens excluídos do sistema escolar. Monique será a secretária e Wael um educador. O encontro entre o ex-menino de rua e os adolescentes promoverá a conexão ideal para ajudar esses adolescentes a refletirem sobre suas próprias vidas.
Somos Todos Iguais (2018), Michael Carney
Ansioso em reparar os danos de uma traição recente, Ron Hall concorda em acompanhar sua esposa, Debbie, em um abrigo onde ela realiza trabalhos voluntários. Lá, Ron desenvolve uma amizade improvável com um morador de rua supostamente violento, Denver. No abrigo, ele supera a hostilidade inicial de Denver e aprende os detalhes de sua comovente história pessoal.
Informações Revista Bula
Gravações da sequência do longa estão paralisadas desde agosto
Já não é de hoje que atriz Letitia Wright tem se posicionado de forma crítica à vacinação contra a Covid-19. De acordo com uma fonte do site norte-americano Giant Freakin Robot, a atriz, inclusive, prefere deixar as gravações do longa Pantera Negra: Wakanda Forever, segundo filme do herói, caso seja obrigada a se vacinar.
A atriz publicou, em dezembro do ano passado, um vídeo questionando a eficácia dos imunizantes contra a Covid-19. Na época, devido às críticas, ela apagou o vídeo e pediu desculpas, ponderando que não é contra as vacinas, mas que é importante questionar.
Já em outubro deste ano, Letitia veio a público desmentir boatos de que estava espalhando teorias antivacina pelo set de filmagem do longa.
Recentemente, a Disney anunciou a implantação de um sistema de isolamento durante as novas produções sob domínio da empresa, como é o caso da Marvel. O procedimento exige que todos os profissionais envolvidos apresentem uma comprovação de vacinação.
A atriz não chegou a divulgar publicamente seu status de vacinação, os sites The Hollywood Reporter e Newsweek ouviram de fontes próximas a atriz que ela não recebeu o imunizante.
Devido a uma contusão da atriz sofridas no set, as gravações do segundo filme estão paradas desde agosto. Ainda não existe uma previsão para a retomada das gravações. A atriz é intérprete da personagem Shuri, irmã do Pantera Negra.
Informações Pleno News
Se você é daqueles que ama ficar em casa curtindo preguiça, jogado no sofá, vendo filmes e séries ou lendo um livro, longe das agitações e das festas, então essa lista é para você. Agora, se você adora dar rolê e aproveitar o tempo livre para badalar, a Revista Bula aposta que você vai querer tirar pelo menos algumas horinhas do seu final de semana para se atualizar dessas novidades que acabaram de chegar na Netflix. São produções maravilhosas e, entre elas, está uma promessa para o Oscar de 2022, o faroeste “Ataque de Cães”, de 2021, de Jane Campion. Destaque também para “14 Montanhas, 8 Mil Metros e 7 Meses”, de 2021, de Torquil Jones; e “Segredos nas Paredes”, de 2021, de Wisit Sasanatieng. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
Ataque dos Cães (2021), Jane Campion
A história é ambientada em 1920, em Montana, onde os irmãos Phil e George Burbank administram um rancho. Durante uma viagem para fora da cidade, George conhece Rose, uma mulher viúva e mãe do adolescente Peter. Os dois se apaixonam e se casam. Enquanto o garoto passa a viver em um colégio interno, Rose agora é a nova moradora do casarão dos Burbank. Mas, ao contrário da vida romântica que havia sonhado ao lado de George, ela passa a viver um verdadeiro tormento com seu cunhado, que sabe como torturá-la emocionalmente. Quando Peter sai de férias e fica hospedado na casa, as violências psicológicas praticadas por Phil se intensificam.
14 Montanhas, 8 Mil Metros e 7 Meses (2021), Torquil Jones
Nirmal Purja é um escalador de montanhas que empreende uma jornada aparentemente impossível. Ele lidera um grupo exclusivamente nepalês com objetivo de subir ao topo das 14 montanhas mais altas do mundo. Cada uma delas tem mais de oito mil metros acima do nível do mar. Em seu plano, a empreitada deve ser cumprida em apenas sete meses. O documentário acompanha a trajetória heroica para o sucesso ou fracasso da missão.
Segredos nas Paredes (2021), Wisit Sasanatieng
Quando a mãe dos adolescentes Pim e Putt sofre um grave acidente e fica internada, eles são obrigados a passarem alguns dias na casa dos avós, com quem não tinham contato. Na residência, eles encontram um buraco na parede que ninguém mais parece enxergar. Pim e Putt decidem investigar esse estranho fenômeno, mas suas descobertas conduzem a segredos sinistros e sobrenaturais de sua família.
Viagem ao Topo do Mundo (2021), Patrick Imbert
Fukamachi é um repórter fotográfico que, após décadas obcecado em encontrar um alpinista chamado Habu, o encontra no Nepal. Já idoso e recluso, o escalador afirma ter encontrado uma câmera que pertenceu a George Mallory, um alpinista que tentou escalar o Everest em 1953, mas desapareceu. Conforme os dois se conectam, Fukamachi descobre que o desprezo de Habu por seus adversários de esporte, além de uma vida marcada pela tragédia pessoal, o tornou retraído e isolado. Mas os dois têm mais em comum que o fotógrafo imaginava.
Maré Alta (2020), Verónica Chen
Laura está em sua casa de veraneio para tomar conta das obras da nova churrasqueira. Três homens foram contratados para realizar o serviço, entre eles, Weisman, que está à frente do trabalho. Laura e Weisman passam a se aproximar e não demora para que passem a noite juntos. Eles tentam esconder o caso dos outros dois funcionários, mas é tarde. Toto e Hueso já entenderam a situação. Os dois começam a tomar liberdades quando Laura não está e logo começam a fazer comentários depreciativos e rudes sobre a contratante. Enquanto Laura se refugia atrás das paredes de vidro de sua mansão, Weisman desaparece. Laura ainda decide ignorar as ligações do marido, criando um clima de tensão e desconforto cada vez mais irremediável.
Informações Revista Bula
Pergunte a um homem quantas mulheres ele admira pela sua competência e habilidade e ele irá contá-las nos dedos (se houver alguma). Por séculos, os homens ficaram com os méritos e os louros de trabalhos desenvolvidos por suas companheiras, alunas, colegas de trabalho. Mary Shelley teve, à princípio, os créditos de Frankenstein dados ao marido, Percy. Madame de La Fayette era proibida de assinar suas histórias e usava pseudônimos masculinos. Dizem que várias fotografias famosas de Robert Capa, na realidade, foram registradas por sua esposa, Gerda Taro. Nettie Stevens foi uma cientista que fez a fascinante descoberta sobre os cromossomos, que renderam ao seu professor, Thomas Hunt Morgan, um prêmio Nobel. O mundo sempre foi injusto com as mulheres. Mas, aqui, nesta lista, queremos exaltar personagens fortes que nos inspiram e despertam genuína admiração. Entre as obras, “Oferenda à Tempestade”, de 2020, de Fernando González Molina; “The Old Guard”, de 2020, de Gina Prince-Bythewood; e “Aniquilação”, de 2018, de Alex Garland. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
Oferenda à Tempestade (2020), Fernando González Molina
Amaia tem um bebê de cinco meses que fica sob os cuidados do pai, enquanto ela investiga uma onda de mortes súbitas entre bebês na cidade de Pamplona. Aparentemente, as crianças foram usadas em sacrifícios para uma entidade que mata pessoas enquanto elas dormem. Durante as apurações, Amaia encontra similaridades entre as mortes e casos que ocorreram há anos no Vale do Batzán. Inclusive, ela se defronta com seu próprio passado, quando começa a suspeitar que sua irmã gêmea, morta quando ainda era bebê, também pode ter sido vítima do mesmo culto.
The Old Guard (2020), Gina Prince-Bythewood
Do quadrinista Greg Rucka, um grupo de mercenários imortais liderados por Andy vivem de prestar serviços para quem tem dinheiro o bastante para bancar. Enquanto isso, se passam por seres humanos comuns e fazem o possível para proteger sua verdadeira identidade. Após descobrirem que uma outra pessoa imortal atua como fuzileira naval, o grupo tenta convocá-la por medo de que o mundo os descubra.
Aniquilação (2018), Alex Garland
Lena é uma bióloga em luto pela perda do marido, o soldado Kane, que serviu em uma missão secreta e foi tido como morto. Repentinamente, ele é encontrado vivo, desorientado e incapaz de recordar o que houve. De volta em casa, Lena tenta levá-lo ao hospital, mas o casal é interceptado pelo governo e levado para uma instalação misteriosa. Lá, Lena é informada sobre uma força extraterrestre que parece estar se expandindo e que matou todos que tentaram entrar nela, com exceção de Kane. Ela e outras mulheres cientistas recebem a incumbência de ir até à área desconhecida e descobrir o mistério por trás da força. A esperança de Lena é desvendar como ela atua para que seu marido seja salvo. No entanto, a experiência se mostra bem além das expectativas mais selvagens de Lena.
Antonia: Uma Sinfonia (2018), Maria Peters
Ambientado em Nova York, em 1926, Antonia Brico sonha em ser regente de orquestra, mas encontra inúmeros obstáculos, apesar de seu inegável talento e determinação. A profissão, na época, é praticamente dominada por homens e a entrada de uma mulher é bastante limitada. Fica ainda mais difícil quando ela tem de escolher entre o amor de sua vida e a música.
Dumplin’ (2018), Anne Fletcher
Willowdean é uma adolescente plus size que vive às sombras de sua mãe, Rosie, uma ex-miss. Rosie se mantém ocupada organizando esse tipo de competição e não tem muito tempo para a filha. Cansada de ser deixada de lado, Willowdean e sua melhor amiga, Ellen, decidem participar de um concurso promovido por Rosie como forma de protesto. Inspiradas por Willowdean, outras meninas que não são consideradas padrões de beleza para estes eventos decidem se inscrever como manifestação.
Millennium: A Garota na Teia de Aranha (2018), Fede Alvarez
A hacker Lisbeth Salander ganhou fama como justiceira de mulheres abusadas e vive uma vida reclusa. Quando Frans Balder, ex-funcionário da NSA, ativa um programa chamado Fireball capaz de hackear qualquer sistema de mísseis nucleares do mundo, ele percebe o perigoso equívoco que provocou e pede para que Lisbeth roube o software da NSA e o esconda. No entanto, há mais pessoas interessadas em ter acesso ao programa.
A Incrível Jessica James (2017), Jim Strouse
Jessica James tem 20 e poucos anos, mora no Brooklyn é uma aspirante a dramaturga. Quando ela fala sobre teatro, seu rosto se ilumina: Jessica realmente acredita no poder que as histórias têm de transformar a vida das pessoas. Mas, na parede de seu apartamento, uma porção de cartas de rejeição de várias universidades. Sua crise existencial parece se agravar ainda mais quando seu relacionamento com o namorado chega ao fim. Afinal, isso é tudo que a vida tem a lhe oferecer?
My Happy Family (2017), Nana Ekvtimishvili e Simon Groß
Na Geórgia, é comum que várias gerações de uma mesma família vivam sob o mesmo teto por um longo período. Ao mesmo tempo, os lares são muito machistas e as mulheres são responsáveis por manter a união e a felicidade de todos, além de se comportarem de maneira pacífica e submissa. Neste contexto, Manana, de 52 anos, sonha em sair de casa. Quando ela finalmente toma a decisão e sai para viver sem seus pais e seu marido, ela inicia uma nova jornada rumo ao autoconhecimento e para uma vida como nunca conheceu antes.
Agnus Dei (2016), Anne Fontaine
Ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, na Polônia, freiras beneditinas cantam serenamente durante a manhã. A melodia é cortada por um grito que ecoa pelos corredores e vem de uma jovem freira prestes a dar à luz. Uma das irmãs corre até a cidade para buscar um médico, percorrendo bosques e ruas devastadas pela guerra. Mathilde Bealieu, da Cruz Vermelha, reluta em deixar seu posto para socorrer a parturiente. Mas, assim que chega ao convento, fica chocada em descobrir que pelo menos meia dúzia de jovens freiras também estão em estágios avançados da gravidez.
A Hora Mais Escura (2012), Kathryn Bigelow
O longa-metragem retrata a caçada por Osama Bin Laden nas duas horas que antecedem sua morte. Observamos as táticas da CIA, como detalhes clínicos práticos, técnicas de vigilância para aproximar da presa e grampeamento de telefones, perseguições e satélites usados para espionar o terrorista líder do Al Qaeda, que foi o homem mais procurado do mundo após os ataques de 11 de setembro. Enquanto a agência está tomada por dúvidas sobre seu paradeiro, a agente Maya está 100% convencida de que o alvo está próximo.
Informações Revista Bula
De ‘Ataque dos Cães’ a ‘Duna’, confira filmes recém-lançados nas telas de grande potencial para o prêmio máximo do cinema
Com a temporada de premiações de 2022 se aproximando, muitos filmes que são grandes apostas para o Oscar já estão chegando aos cinemas brasileiros. Muitos deles já passaram pelo circuito europeu de premiações – caso do Festival de Veneza, por exemplo – e foram bem recepcionados pela crítica especializada. Confira uma seleção de cinco bons filmes feita por VEJA que estão sendo cotados para a próxima edição do Oscar e que valem uma espiada nos cinemas:
Ataque dos Cães
Em exibição no Brasil antes de sua chegada a Netflix, na quarta-feira 1º de dezembro, o longa-metragem dirigido pela neozelandesa Jane Campion fez sua estreia no Festival de Veneza deste ano e já chamou a atenção pela atuação acachapante de Benedict Cumberbatch. A história acompanha os tormentos pessoais de Phil (Cumberbatch), fazendeiro recalcado que faz de tudo para esconder quem é, inclusive de si, e reage ao mundo com crueldade e arroubos homofóbicos. Baseado no livro homônimo escrito por Thomas Savage, Ataque dos Cães já arrebanhou prêmios em festivais pelos quais passou: melhor direção em Veneza e melhor ator, para Cumberbatch, em Toronto – e, desde já, o ator impõe-se como um dos favoritos ao Oscar.
Duna
Nova adaptação do clássico de 1965 escrito por Frank Herbert, Duna chamou a atenção pelos festivais internacionais graças ao primor visual. Comandando por Denis Villeneuve, o filme acompanha a trajetória de Paul Atreides (Timothée Chalamet) filho de um nobre lorde que comanda Arrakis, planeta hostil de onde é extraída a especiaria – substância poderosa e de valor imensurável que possibilita as viagens interplanetárias. Além das exibições no cinema, o longa também já está disponível na HBO Max.
Deserto Particular
O escolhido para representar o Brasil no Oscar de 2022 é um intenso romance ambientado no sertão. Na trama de Deserto Particular, Daniel (Antonio Saboia) é um policial que comete um erro capaz de colocar sua carreira e sua honra em xeque. Sem mais nada a perder em Curitiba, ele decide ir atrás de uma mulher com quem se relaciona pela internet, e por quem está perdidamente apaixonado. O longa dirigido por Aly Muritiba foi a aposta da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais para disputar uma vaga na categoria de melhor filme internacional.
A Crônica Francesa
A Crônica Francesa é uma bela carta der amor ao jornalismo. A narrativa compila histórias que giram em torno de uma revista americana à la The New Yorker, publicada em uma cidade fictícia da França no século XX. O longa, dirigido pelo aclamado diretor Wes Anderson, foi um dos indicados à Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano. O elenco está repleto de grandes veteranos do cinema, como Benicio Del Toro, Tilda Swinton, Frances McDormand, Anjelica Huston e Bill Murray, além de nomes recentes queridos pelo público como Elisabeth Moss, Timothée Chalamet e Saoirse Ronan. Difícil passar sem indicações ao Oscar.
Noite Passada em Soho
Aventura do diretor pop Edgar Write pelas produções de terror e suspense, Noite Passada em Soho acompanha a história de Eloise (Thomason McKenzie), uma jovem apaixonada pelos anos 1960 que vai para Londres estudar moda. Ao não se encaixar bem na capital, ela começa a ter “sonhos” que a transportam para sua década favorita e começa a acompanhar a vida de Sandy (Anya Taylor-Joy), uma aspirante a cantora que acaba se envolvendo em problemas aterrorizantes.
Informações Veja
Para ajudar os leitores que estão em dúvida sobre o que assistir na Netflix, a Bula reuniu em uma lista dez ótimos filmes de diferentes gêneros e nacionalidades que valem cada minuto do seu tempo. A seleção priorizou longas que não estão entre os mais assistidos, mas receberam boas notas em sites especializados em cinema. Entre os escolhidos, destacam-se “O Fotógrafo de Mauthausen” (2018), de Mar Targarona; “Ao Cair da Noite” (2017), de Trey Edward Shults; e “O Ano Mais Violento” (2014), dirigido por J. C. Chandor. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix
Tigertail (2020), Alan Yang
Depois de uma infância difícil em Taiwan, o jovem Pin-Jui sonha em viver nos Estados Unidos. Apesar de estar profundamente apaixonado pela namorada, ele decide abandonar tudo e se casar com a filha de seu chefe para conseguir se mudar para a América. Mas, com o passar dos anos, ele se arrepende de suas decisões, pois constrói um casamento infeliz e uma relação distante com sua filha, Angela.
O Fotógrafo de Mauthausen (2018), Mar Targarona
Baseado em fatos reais, o filme narra a história de Francesc Boix, um fotógrafo que lutou no Exército Republicano durante a Guerra Civil e foi levado para Mauthausen, um campo de concentração nazista na Áustria. Ele usa seu talento para fotografar as evidências dos horrores cometidos dentro das muralhas de Mauthausen. Mais tarde, suas fotos serviram para acusar líderes nazistas.
Tempo Compartilhado (2018), Sebastian Hofmann
Pedro aproveita uma promoção para descansar com sua família em um resort. Chegando lá, certo de que encontraria um paraíso perfeito, ele descobre que o lugar distribuiu mais vagas do que era capaz de comportar e agora sua família terá que dividir o quarto com outras pessoas. As férias de Pedro se tornam um pesadelo e ele começa a desconfiar que todos os contratempos fazem parte de um plano do resort para destruir sua família.
A Mulher Mais Odiada dos Estados Unidos (2017), Tommy O’Haver
Na década de 1960, Madalyn Murray O’Hair, uma mulher ateia, decide entrar com dezenas de processos em tribunais federais para garantir uma separação entre Estado e religião. Inicialmente, ela pede que a Suprema Corte dos EUA derrube a obrigatoriedade da leitura da Bíblia em escolas públicas. Mas, em um país de maioria cristã, Madalyn se torna uma mulher perseguida, conhecida como a mais odiada de todas.
Ao Cair da Noite (2017), Trey Edward Shults
Após um vírus mortal exterminar a maior parte da população mundial, Paul leva sua família sobrevivente para morar numa casa na floresta. Eles usam máscaras de gás, racionam a comida e estão sempre armados. Apesar da tensão, todos são unidos. Mas, tudo muda quando Christopher aparece com a esposa e o filho pedindo abrigo. Paul decide ajudar os forasteiros, mas começa a ficar cada vez mais desconfiado de suas verdadeiras intenções.
Shimmer Lake (2017), Oren Uziel
Em uma pacata cidade interiorana, três moradores assaltam o banco pertencente ao juiz local, Brad Dawkins. Anos antes, a explosão de um laboratório de metanfetamina matou o filho de um dos ladrões, e eles querem se vingar de Dawkins, que não se empenhou no caso. O jovem xerife Zeke Sikes fica responsável por prender os assaltantes, mas descobre que um deles é o seu irmão, Andy.
Divinas (2016), Uda Benyamina
Dounia vive com sua mãe em uma comunidade carente, dominada pelo tráfico, nos arredores de Paris. Ela frequenta a escola ocasionalmente e pratica pequenos roubos. Com o objetivo de melhorar sua vida, ela decide trabalhar para a traficante local, Rebecca. Para isso, ela tem a ajuda de Moimouna, sua melhor amiga. Em meio ao perigo, as duas se apoiam e sonham com o dia em que terão tudo que sempre desejaram.
The Invitation (2015), Karyn Kusama
Uma tragédia abala o casal Will e Eden. Eles perdem o filho acidentalmente e, desolada, Eden vai embora sem dar explicações. Dois anos mais tarde, ela reaparece casada com David, o homem que ela conheceu em uma seita religiosa. Ela convida o ex-marido para um jantar que ela oferecerá para reencontrar os amigos. Durante a reunião, Will começa a suspeitar que os anfitriões estão tramando contra ele.
O Ano Mais Violento (2014), J. C. Chandor
Durante um dos invernos mais rigorosos de Nova York, em 1981, o imigrante Abel Morales e sua esposa, Anna, tentam prosperar na grande cidade com uma companhia de distribuição de óleo para aquecedores. Mas, após cortes na segurança ordenados pelo governo, Nova York é tomada pela criminalidade e pela violência, e Abel tenta encontrar maneiras de salvar sua empresa sem se envolver com corruptos.
Flu (2013), Kim Sung-su
Bundang, no subúrbio de Seul, está passando por uma epidemia devastadora. Um homem morreu por causa de um vírus desconhecido e, em pouco tempo, milhares de pessoas foram infectadas. O vírus é transmitido pelo ar e mata em 36 horas. O caos se instaura no país e o governo pede que Bundang seja isolada. Enquanto isso, a médica In Hae faz de tudo para achar a cura da doença.
Quebrando a Banca (2008), Robert Luketic
Ben Campbell é um jovem nerd e superdotado que estuda no MIT. Precisando de dinheiro para pagar as mensalidades da faculdade, ele aceita integrar um grupo de estudantes liderado pelo professor Mickey Rosa. Todos os fins de semana, eles vão para Las Vegas e usam seus conhecimentos em matemática para ganhar jogos em cassinos. Ben fica rico rapidamente, mas começa a tomar atitudes erradas em sua vida pessoal.