Em seu discurso na manifestação pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), neste 7 de Setembro, na Avenida Paulista (SP), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre sua luta contra a corrupção sistêmica existente no Brasil, o que teria provocado um estrangulamento dos esquemas criminosos, produzindo uma caçada política contra ele.
Na oportunidade, o presidente de honra do Partido Liberal (PL) declarou que sua eleição em 2018 se deu graças a uma “falha do sistema”. Diante da multidão aglomerada no coração da capital paulista, Bolsonaro disse que existem dois tipos de ladrões: “o que rouba dinheiro”, em clara referência ao passado criminal do presidente Lula (PT), e “os que roubam o futuro, a liberdade”.
O líder conservador voltou a afirmar, sobre a posse de Lula, em 2023, que ele jamais passaria a faixa para um ladrão, e voltou sua artilharia a Alexandre de Moraes, alvo do ato político deste sábado.
O ex-presidente declarou que Moraes, a quem se referiu como “ditador”, faz mais mal ao Brasil do que Luiz Inácio Lula da Silva.
Assista ao discurso:
Informações Pleno News
Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a manifestação realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, neste sábado (7), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) chamou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de “covarde” pelo fato de o senador dizer que não vai pautar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
– Paute o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, seu covarde – disse o deputado em discurso em cima do trio elétrico.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também foi alvo de protestos de Nikolas, que disse que o parlamentar terá de pôr em pauta o projeto que anistia os presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023 se quiser o apoio da direita ao seu candidato na sucessão da chefia da Casa.
– Se o presidente Lira deseja ter os votos da direita para o seu candidato à presidência da Câmara, que paute ainda este ano a anistia para os presos políticos – declarou.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, presidida pela deputada Caroline de Toni (PL-SC), deve discutir na próxima terça-feira (10) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que anistia os condenados por participação nos atos de 8 de janeiro.
*AE
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “psicopata” durante a manifestação realizada neste sábado (7) contra ele, na Avenida Paulista, em São Paulo. O parlamentar fez uma série de críticas, associando decisões de Moraes, sobretudo em relação aos acusados pelos eventos do 8 de janeiro de 2023, à “psicopatia.”
– Um psicopata é capaz de jogar velhinhas em uma cadeia por anos, por apenas por capricho pessoal. Um psicopata é capaz de separar uma mãe dos seus dois filhos sem qualquer remorso, como tem sido feito com a senhora Débora Rodrigues dos Santos. Um psicopata é incapaz de analisar um recurso de uma pessoa doente na cadeia e infelizmente ele vira óbito – protestou.
Eduardo citou nominalmente, também, a prisão do ex-assessor especial de assuntos internacionais do ex-presidente Bolsonaro, Filipe Martins, que havia sido preso preventivamente em uma investigação sobre um suposto golpe para manter o então presidente no poder.
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Em um trio elétrico ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de vários senadores, Eduardo pediu o impeachment de Moraes e exaltou Elon Musk, o dono da rede social X, cujo funcionamento no Brasil foi proibido por Moraes.
– O Elon Musk, o bilionário da tecnologia, não recua, porque ele entende que a batalha é pela liberdade de expressão e ela transcende questões econômicas, vai além dos interesses financeiros, é uma luta pela preservação dos valores fundamentais – completou Eduardo.
*AE
Após representação de senador Cleitinho (Republicanos-MG) e determinação do MPSP, Polícia Civil mandou intimar coordenador de Boulos
São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para investigar o uso de linguagem neutra no Hino Nacional em um ato de campanha do candidato à Prefeitura Guilherme Boulos (PSol).
A investigação foi aberta após representação do senador Cleitinho (Republicanos-MG) contra a campanha de Boulos ao Ministério Público Federal. O MPF enviou a investigação para o MP Estadual, que pediu à polícia para instauração do inquérito.
Na portaria, o delegado Tiago Fernando Correa menciona legislação que veda adaptações ao Hino Nacional e outros símbolos da República. No documento, ele afirma ver indícios de contravenção penal que carecem de apuração.
O delegado da Polícia Civil determinou a intimação do coordenador da campanha do candidato.
“Diante da complexidade do caso, a demandar diligências investigatórias, e considerando os comandos autorizativos contidos na Lei n.º 9.099/95 para situações deste jaez, DECLARO, com fulcro no artigo 5º, inciso I, do Código de Processo Penal, instaurado Inquérito Policial para a formal investigação do noticiado ilícito penal”, afirma o delegado.
Após a repercussão negativa do Hino Nacional em linguagem neutra no último sábado (24/8), a campanha decidiu romper o contrato com a produtora responsável por organizar o comício e afirmou não ter sido consultada sobre a ideia.
O evento foi promovido no bairro do Campo Limpo, zona sul da capital paulista. Na hora de executar o Hino, a intérprete alterou um trecho. Em vez de cantar “dos filhos deste solo”, a cantora optou por a linguagem neutra e cantou: “des files deste solo…”. A artista responsável pela mudança foi a cantora paulista Yurungai.
Informações Metrópoles
A Chevrolet anunciou, nesta quarta-feira (4), um investimento significativo de R$ 5,5 bilhões em suas fábricas no estado de São Paulo, especificamente em São Caetano do Sul e São José dos Campos. Este investimento faz parte dos R$ 7 bilhões que a General Motors (GM) planeja destinar ao Brasil até 2028, com foco no desenvolvimento de tecnologias inovadoras, como o sistema híbrido flex.
O evento contou com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que anteriormente compareceu a uma cerimônia similar na Volkswagen. Naquela ocasião, a marca alemã anunciou um investimento maciço de R$ 13 bilhões no estado para os próximos anos.
O Brasil será pioneiro no mundo ao implementar essa nova tecnologia da General Motors, que combina o sistema híbrido com a flexibilidade de combustível. A GM também desenvolve modelos híbridos plug-in, que podem ser carregados eletricamente, embora estes usem apenas gasolina. A introdução de um sistema híbrido plug-in flex ainda está sendo considerada pela marca, mas não faz parte do atual investimento.
Em 2025, ano do centenário da GM no Brasil, a empresa planeja lançar novos modelos híbridos. Especificamente, dois modelos estão em fase de desenvolvimento e a expectativa é que alguma tecnologia inovadora seja apresentada primeiro, embora detalhes sobre quais tecnologias serão introduzidas inicialmente ainda não tenham sido divulgados.
A fábrica de São Caetano do Sul receberá parte significativa desses recursos. Esse movimento representa uma guinada na estratégia de eletrificação da GM, que inicialmente pretendia migrar diretamente de carros a combustão para elétricos. Agora, a transição para modelos híbridos se mostra um passo crucial, com Brasil como mercado chave.
O investimento de R$ 7 bilhões anunciado no início deste ano visa renovar totalmente a linha de veículos até 2028. Um montante de R$ 1,2 bilhão será destinado à fábrica de Gravataí (RS) para o desenvolvimento de um novo SUV compacto derivado do Onix, que competirá com modelos como Renault Kardian, Fiat Pulse e o futuro Volkswagen A0 SUV.
As fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos também estão dividindo a produção de diversos modelos atuais. A unidade de São Caetano do Sul produz os modelos Tracker, Montana e Spin. Já a de São José dos Campos fabrica a S10 e a Trailblazer. Além disso, a GM mantém uma fábrica de peças em Mogi das Cruzes e um centro de distribuição em Sorocaba.
Uma parte do investimento, R$ 300 milhões, será direcionada para a fábrica de Joinville (SC), especializada na produção de motores flex. Atualmente, essa unidade fabrica motores 1.0 de até 82 cv e 10,6 kgfm, e motores 1.0 turbo de até 116 cv e 16,8 kgfm.
Com esses investimentos, a GM busca se posicionar na vanguarda da tecnologia automotiva, aproveitando o potencial do mercado brasileiro para avançar na eletrificação. Esta é uma aposta que pode redefinir a indústria automotiva nacional e destacar o Brasil no cenário global.
Informações TBN
Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos — Foto: Ailma Teixeira/g1
A Polícia Federal vai investigar as denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. A informação foi confirmada pelo diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues.
“[Vamos iniciar a investigação] por iniciativa própria, ainda não recebemos representação”, disse Passos ao Em Ponto, da GloboNews.
Nesta quinta-feira, 5, a ONG Me Too Brasil, que combate o assédio sexual, informou ter recebido denúncias contra Almeida. A existência das denúncias foi divulgada inicialmente pelo portal Metrópoles e confirmada em nota pública pela ONG.
“A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual Me Too Brasil confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico”, diz o comunicado (veja a íntegra ao final desta reportagem).
As mulheres que foram vítimas pediram anonimato ao Me Too Brasil.
O ministro Silvio Almeida publicou uma nota dizendo que repudia as denúncias e que nega os assédios.
“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”, afirmou Sílvio Almeida.
Pouco depois de divulgar a nota, o ministro divulgou um vídeo em que repete os termos da nota e reforça que não cometeu assédio. Ele também ressaltou, no vídeo, que as denúncias visam atingir as causas que ele representa (veja abaixo).
Em vídeo, ministro Silvio Almeida diz que denúncias de assédio sexual são mentirosas
Em nota, o Palácio do Planalto informou que a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir de ofício um procedimento de apuração sobre o caso.
Segundo o comunicado, o ministro foi chamado na noite desta quinta para “prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias, por conta das denúncias publicadas pela imprensa contra ele”.
“O Governo Federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”, afirmou o Planalto.
Silvio Almeida assumiu o Ministério dos Direitos Humanos em janeiro de 2023, no início do governo. Formado em Filosofia e Direito, doutor e pós-doutor pela Universidade de São Paulo, é uma das referências no país em questões raciais.
Veja o que disse a Me Too na nota em que confirma as denúncias contra o ministro:
Nota Pública – Me Too Brasil – Caso Silvio Almeida
A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico.
Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional pra a validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa.
Vítimas de violência sexual, especialmente quando os agressores são figuras poderosas ou influentes, frequentemente enfrentam obstáculos para obter apoio e ter suas vozes ouvidas. Devido a isso, o Me Too Brasil desempenha um papel crucial ao oferecer suporte incondicional às vítimas, mesmo que isso envolva enfrentar grandes forças e influências associadas ao poder do acusado.
A denúncia é o primeiro passo para responsabilizar judicialmente um agressor, demonstrando que ninguém está acima da lei, independentemente de sua posição social, econômica ou política. Denunciar um agressor em posição de poder ajuda a quebrar o ciclo de impunidade que muitas vezes os protege. A denúncia pública expõe comportamentos abusivos que, por vezes, são acobertados por instituições ou redes de influência.
Além disso, a exposição de um suposto agressor poderoso pode encorajar outras vítimas a romperem o silêncio. Em muitos casos, o abuso não ocorre isoladamente, e a denúncia pode abrir caminho para que outras pessoas também busquem justiça.
Para o Me Too Brasil, todas as vítimas são tratadas com o mesmo respeito, neutralidade e imparcialidade, com uma abordagem baseada nos traumas das vítimas. Da mesma forma, tratamos os agressores, independentemente de sua posição, seja um trabalhador ou um ministro.
O Me Too Brasil oferece escuta e acolhimento qualificados a todos os sobreviventes de violência sexual, por meio do site metoobrasil.org.br/ e do número 0800 020 2806, disponível em todo o território nacional. A organização fornece informações sobre possíveis reparações e oferece apoio psicológico contínuo, focado na saúde mental, no empoderamento e na reconstrução da autonomia das vítimas.
Atendemos todas as pessoas independentemente de raça, origem, poder, classe, orientação sexual, identidade de gênero, idade ou gênero. A identidade e os fatos relatados ao nosso canal 0800 são mantidos em sigilo e só são divulgados publicamente com o consentimento das vítimas ou com a aprovação da equipe técnica responsável pelo acolhimento.
Veja abaixo a nota do ministro Silvio Almeida:
Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país.
Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro.
Confesso que é muito triste viver tudo isso, dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro.
Toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados. E não apenas baseados em mentiras, sem provas. Encaminharei ofícios para Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso.
As falsas acusações, conforme definido no artigo 339 do Código Penal, configuram “denunciação caluniosa”. Tais difamações não encontrarão par com a realidade. De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso. Isso comprova o caráter baixo e vil de setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro, independentemente de visões partidárias.
Quaisquer distorções da realidade serão descobertas e receberão a devida responsabilização. Sempre lutarei pela verdadeira emancipação da mulher, e vou continuar lutando pelo futuro delas. Falsos defensores do povo querem tirar aquele que o representa. Estão tentando apagar a minha história com o meu sacrifício.
SILVIO ALMEIDA
MINISTRO DE ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS E DA CIDADANIA
Informações G1
O Datafolha divulgou, nesta quinta-feira (5 de setembro de 2024), um novo levantamento de intenção de votos para a Prefeitura de São Paulo. O resultado revela um empate técnico entre os principais candidatos: Guilherme Boulos (PSol), Pablo Marçal (PRTB) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).
A pesquisa foi realizada após o início do horário eleitoral no rádio e na TV, marcando o primeiro levantamento deste período. Principal nome em termos de tempo de propaganda na TV, com mais de seis minutos à disposição, Nunes apresentou 22% das intenções de voto, destacando-se como o candidato que mais cresceu desde a última pesquisa realizada há duas semanas.
Os números do levantamento: Boulos mantém-se na liderança com 23% das intenções de voto, seguido de perto por Marçal e Nunes, ambos com 22%. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, o que coloca os três candidatos em uma situação de empate técnico.
Além dos líderes, a pesquisa traz outros nomes na disputa pela prefeitura de São Paulo. Vamos explorar esses números mais detalhadamente:
O levantamento do Datafolha também incluiu cenários de possíveis segundo turnos. Nas simulações, Pablo Marçal enfrenta dificuldades contra ambos os seus principais adversários. Caso as eleições fossem hoje, Marçal seria derrotado por Nunes com 53% contra 31% e também por Boulos com 45% contra 39%.
Já Nunes, mostra-se vitorioso no cenário contra Boulos, com uma diferença de 49% a 37%. Estes dados ressaltam a competitividade da corrida eleitoral em São Paulo, que promete ser acirrada até o final.
A pesquisa foi conduzida presencialmente com 1.204 eleitores entre os dias 3 e 5 de setembro. Com a televisão e o rádio como principais plataformas de propaganda, os candidatos têm explorado ao máximo seu tempo disponível. Nunes, em especial, aproveitou seu extenso tempo de campanha na TV, enquanto Boulos e Marçal continuam utilizando suas estratégias para manter e atrair eleitores.
Segue o levantamento completo do Datafolha:
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o Protocolo SP-03608/2024.
Informações TBN
Na tarde desta quinta-feira (05), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre um recurso da Starlink contra o bloqueio de suas contas bancárias. Este bloqueio foi resultado de uma decisão após a empresa X, do mesmo grupo econômico, não cumprir ordens judiciais.
A decisão de bloqueio foi tomada porque a X falhou em limitar perfis conforme solicitado pela Corte, não pagou multas por descumprimento de decisões e não designou um representante legal no Brasil. Agora, a PGR terá a responsabilidade de emitir um parecer sobre o caso, antes de Zanin tomar uma decisão definitiva.
A Starlink é parte do mesmo grupo econômico da empresa X, o que levou o ministro Alexandre de Moraes a aplicar a restrição. Ambas as empresas estão sob escrutínio devido a atividades relacionadas que não cumpriram as ordens da Suprema Corte.
Entre as principais razões para a aplicação do bloqueio estão:
A Starlink contesta a decisão do ministro Zanin, alegando que a restrição foi imposta sem assegurar o direito ao contraditório e à ampla defesa. A empresa argumenta que a medida é desproporcional e pode causar danos irreparáveis, incluindo dificuldades no pagamento de tributos, salários e outras obrigações financeiras.
Os principais pontos levantados pela Starlink são:
Após o parecer da PGR, o ministro Cristiano Zanin deve analisar o recurso apresentado pela Starlink. Existe a possibilidade de que Zanin leve o caso à Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros, em plenário virtual. Este procedimento pode ser decisivo para o futuro financeiro da Starlink no Brasil.
Este caso é um marco significativo para avaliar o cumprimento das ordens judiciais pelas empresas tecnológicas, especialmente aquelas com grande influência econômica. A decisão a ser tomada pode também afetar outras empresas do mesmo setor, estabelecendo precedentes importantes.
Se a decisão de Zanin estiver em favor da Starlink, pode resultar no desbloqueio das contas da empresa, permitindo que ela retome suas atividades financeiras normais. Contudo, um parecer contrário pode reafirmar o bloqueio, impondo mais desafios à empresa.
Informações TBN
Vereador Senival Moura (PT), aliado próximo de Boulos, é investigado por morte de ex-braço direito e negócios de empresa de ônibus com o PCC
São Paulo – Novos depoimentos colhidos pelo Departamento de Homicídios (DHPP) da Polícia Civil paulista reforçam a “ingerência” do vereador Senival Moura (PT) sobre a Transunião, empresa de ônibus que opera linhas na zona leste de São Paulo investigada por suposto elo com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O parlamentar petista (de camisa azul ao lado de Boulos na foto em destaque) é investigado por suposto envolvimento no assassinato de um ex-diretor da empresa que seria, segundo investigadores, seu testa de ferro no comando da companhia.
Candidato à reeleição a uma cadeira na Câmara Municipal paulistana, o vereador é apoiador assíduo da campanha do deputado Guilherme Boulos (PSol) à Prefeitura da capital e tem sido um de seus cabos eleitorais em bairros da zona leste paulistana.
Em sabatinas, debates e comícios de rua, Boulos tem prometido “passar a limpo” contratos de ônibus da cidade em razão da infiltração do PCC nas empresas – o psolista tem utilizado as investigações da polícia e do Ministério Público (MPSP) sobre os contratos para atacar o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
“O dinheiro público da prefeitura, nosso dinheiro, está indo para lavar dinheiro para o crime via empresa de ônibus”, disse Boulos há 10 dias, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, referindo-se à investigação envolvendo outra empresa de ônibus, a Transwolff, que é ligada ao presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), e acusada de lavagem de dinheiro para o PCC.
Questionado sobre possível envolvimento de aliados políticos no esquema, Boulos disse que “não há”. “Hoje quem está denunciado são pessoas ligadas ao atual prefeito”, completou.
Depoimentos tomados em março de 2024 e obtidos pelo Metrópoles reforçam a “ingerência” de Senival sobre a empresa de ônibus, mesmo em um período no qual ele não fazia parte de seus quadros. Trocas de e-mails internos apreendidos pela Polícia Civil também contêm menções ao vereador e até mesmo a seus “carros”.
À reportagem a campanha de Boulos declarou que não tem conhecimento dos “desdobramentos das investigações em curso” e disse que o vereador não exerce função na campanha. O Metrópolesprocurou Senival, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.
Os documentos fazem parte da investigação da morte de Adauto Soares Jorge, executado a tiros em março de 2020, em um estabelecimento comercial no distrito de Lajeado, no extremo leste de São Paulo. Ele era diretor estatutário da Transunião. As suspeitas sobre Senival chegaram à polícia após o depoimento de uma testemunha protegida.
O colaborador contou que, desde os anos 1970, Senival tinha envolvimento com o transporte clandestino e que, a partir de sua entrada na política, passou a arrecadar verbas de campanha com o crime organizado. Segundo a testemunha, o vereador usava “laranjas” para comandar a cooperativa de ônibus, e Adauto seria um deles.
A testemunha afirma que, em 2020, o PCC passou a dominar os quadros da Transunião, e Adauto teria desagradado a facção por privilegiar pagamentos a antigos perueiros irregulares e financiar a campanha de Senival com o caixa da empresa. Isso fez o crime organizado jurar o vereador e seu então braço direito de morte.
Os novos depoimentos não implicam Senival no assassinato, mas reforçam seu elo com a Transunião à época em que ele não fazia parte de seus quadros formalmente. Para os investigadores, os testemunhos mostram que o vereador tinha influência sobre a gestão da empresa por meio de terceiros.
Uma das testemunhas foi Reinaldo Knot Rola, que esteve nos quadros da Transunião até 2021, um ano depois do assassinato de Adauto. Ele relatou que possuía cinco ônibus ligados à empresa e disse que Adauto exercia a “função” do presidente da Transunião. Após a morte de Adauto, afirmou ele à polícia, essa tarefa passou para Lourival de França Monário, que é investigado por ser uma espécie de preposto do PCC no comando da empresa.
Questionado sobre a influência do vereador na Transunião, Reinaldo Rola afirmou que, “desde os tempos da cooperativa, Senival Moura exercia ingerência na cooperativa e continuou com tal ingerência, mesmo após a transformação em empresa, pelo menos até pouco antes da morte de Adauto, quando houve a troca de comando da empresa”.
Outro depoimento colhido pelo DHPP é de Adriano Guimarães da Costa, que tem três ônibus “trabalhando para a Transunião”. Ele disse acreditar que Senival exercia a atividade de “presidente” da empresa e que Adauto era seu braço financeiro. Afirmou não saber nada relevante sobre a morte do ex-diretor. Também questionado sobre a influência do vereador petista, pontuou que “desde os tempos de cooperativa Senival Moura exercia ingerência na cooperativa e continuou com tal ingerência mesmo após a transformação em empresa”, que ocorreu em 2015.
Documentos da investigação mostram referências a Senival que reforçam o elo com o vereador, que não integrava formalmente os quadros da empresa. Em um dos e-mails, por exemplo, uma funcionária de RH afirma: “Estou reenviando as planilhas, pois é 36643 teve seu desconto isento a pedido do Senival. Sendo assim, tirei ele das planilhas”. A mensagem enviada a outro funcionário é datada de 31 de maio de 2019.
Em outro e-mail, com o tema “Carros do Senival”, um funcionário diz a outro: “Este é o relatório de carros do Senival referente à semana 13”. Esses diálogos foram encontrados em computadores apreendidos na operação policial deflagrada em 2022 para investigar o caso do assassinato do ex-braço direito do vereador petista.
Na mesma investigação, policiais encontraram indícios de que a Transunião estava pagando uma mensalidade de pelo menos R$ 70 mil ao PCC em diálogos extraídos do celular de Adauto, conforme foi revelado pelo Estadão e confirmado pelo Metrópoles.
Nessas mensagens, também há referências a ordens e diálogos com Senival. Em uma delas, de outubro de 2017, o então braço direito de Senival conversava com Leonel Moreira Martins, um conhecido membro do PCC que participou de roubos a bancos e de uma das maiores fugas de presos do Brasil, quando 83 detentos escaparam por meio de um túnel de uma penitenciária estadual.
Nesse diálogo, Leonel cobra R$ 5 mil de Adauto e explica que tudo estaria acertado com o “presidente”. Segundo a polícia, ele “notadamente se referiu a Senival Pereira de Moura, o qual figurava como o real controlador da empresa Transunião”.
Pelo teor dos diálogos, dizem os investigadores, Senival era apelidado de “velho” ou de “vereador” nessas conversas. Em uma delas, de agosto de 2019, também para cobrar valores, Leonel diz a Adauto já ter conversado com o “velho”.
“Leonel é mais explícito, ao determinar que Adauto deposite ‘53.500’ (cinquenta e três mil e quinhentos reais), dizendo logo em seguida, às 09h51, já ter conversado com o ‘vereador’, em uma clara referência a Senival Pereira de Moura”, diz a Polícia Civil.
Esses diálogos corroboram a narrativa da testemunha protegida segundo a qual a empresa passou a ser cobrada pelo PCC, em uma relação que tensionou até a suposta traição de Senival e a morte de Adauto.
Como mostrou o Metrópoles, em abril deste ano, esta não é a única investigação que apura o elo entre a Transunião e o PCC. A empresa, segundo a Polícia Civil, tem sua diretoria investigada por suspeita de participar da lavagem de dinheiro de familiares de Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, irmão Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo do PCC. Eles negam envolvimento com o crime organizado.
Senival Moura é vereador há 17 anos, atualmente preside a bancada do PT na Câmara Municipal e integra uma ala petista de vereadores que é considerada “governista” tanto por adversários quanto dentro do próprio partido. Esse grupo tem o costume de votar junto com a base de Ricardo Nunes em temas sensíveis, como a aprovação da revisão do Plano Diretor, no ano passado.
Inicialmente, Senival era contrário ao apoio do partido à candidatura de Boulos e defendia que o PT lançasse um nome próprio à Prefeitura. Incumbido de tentar garantir a Boulos votos em Guaianases, seu reduto eleitoral, assim como em outros bairros da zona leste da cidade, o vereador abraçou a campanha do psolista de vez este ano.
Em nota enviada ao Metrópoles, a assessoria de Boulos disse que Senival não exerce “função” dentro da campanha.
“O vereador não exerce função na campanha. Também não temos conhecimento dos desdobramentos das investigações em curso. De todo modo, reiteramos o nosso compromisso de combater a infiltração do crime organizado na atual gestão municipal, passando a limpo todos os contratos da Prefeitura com empresas de ônibus”, diz a nota.
O vereador tem sido figura presente nas agendas de Boulos na zona leste desde a pré-campanha. Em 18 de agosto, após o início oficial da campanha, Senival esteve ao lado do candidato do PSol na Vila Prudente. Os dois circularam juntos pelo bairro, e o psolista fez um aceno ao vereador durante discurso em um campo de futebol do Veneza Independente, equipe formada em um Clube da Comunidade (CDC).
“Esse campo aqui no CDC, que eu sei que teve apoio do Senival e apoio do Jilmar [Tatto] (…) é o modelo e padrão do CDC que eu quero em toda a cidade de São Paulo”, declarou Boulos no evento.
Mesmo quando não vai a algumas agendas na zona leste, Senival se faz presente por meio de apoiadores ou com aparatos de campanha. Na quinta passada (29/8), por exemplo, um carro de som com o seu nome e número de urna acompanhava uma caminhada de Boulos em Cidade Tiradentes. Do alto do trio elétrico, o psolista agradeceu a presença da equipe do vereador.
Informações Metrópoles
O senador republicano Marco Rubio afirmou, nesta quarta-feira, 4, que, ao suspender o Twitter/X no Brasil, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez uma “manobra para minar as liberdades básicas” no país.
“Desde multar indivíduos e entidades privadas que buscam informações sobre X até impor censura legal, o povo brasileiro está enfrentando sérias repressões, por simplesmente se envolver em uma plataforma de mídia social”, observou o parlamentar, em um comunicado. “Em nome das liberdades básicas e do nosso relacionamento bilateral, o Brasil deve retificar esse movimento autoritário.”
Essa não é a primeira vez que Moraes é criticado por um parlamentar norte-americano. Em maio deste ano, a representante republicana María Elvira Salazar exibiu a foto de Moraes, durante uma sessão no Congresso Nacional dos Estados Unidos (EUA).
“Nós não sabemos se o ministro é um socialista, ou se ele é um tolo, ou se ele é um tolo útil para os socialistas”, disse. “Mas sabemos que ele está cerceando um dos direitos fundamentais de uma democracia que é a liberdade de expressão.”
Depois de Moraes derrubar o Twitter, a Embaixada dos EUA no Brasil se manifestou.
“A Embaixada dos EUA está monitorando a situação entre o STF e a plataforma X”, comunicou a representação diplomática. “Ressaltamos que a liberdade de expressão é um pilar fundamental em uma democracia saudável. Por política interna, não comentamos decisões de tribunais ou disputas legais.” A embaixada foi provocada inicialmente pelo site Metrópoles.
Oeste apurou que, nos bastidores, a nota da representação diplomática acendeu o alerta vermelho entre os ministros do STF.
Informações Revista Oeste