Foto: VolksWagen
Noticiado inicialmente pelo jornal Folha de São Paulo, o ventilado plano da volta dos carros populares no Brasil, com preço médio de R$ 50 mil, começou a ser discutido.
Desde abril, o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, tem elaborado estudos e simulações neste sentido, como revelado por uma das diretoras da pasta, Margarete Gandini, durante evento recente, em São Paulo.
“Não é fácil conseguir uma modelagem factível para essa proposta, mas estamos fazendo simulações internas para ver o que é possível. As emissões de CO² são parte fundamental nesse projeto”, disse Gandini.
Com parte da indústria automotiva brasileira ociosa por conta da atual baixa demanda de produção, a volta do chamado carro popular no Brasil seria a ‘galinha dos ovos de ouro’ para o setor.
Um dos rascunhos da proposta passa pelo retorno da produção de modelos com motores exclusivamente movidos a etanol no país. Plano que agrada sobretudo à fabricante Stellantis, dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, que tem projeto avançado de desenvolvimento de novos motores híbridos, movidos a etanol. O apelo ecológico do etanol é outro ponto a favor.
A criação do novo “carro popular” no Brasil dependeria ainda da criação de um exclusivo regime de tributação para os novos veículos, movidos a etanol, menor que dos veículos a gasolina ou flex.
Outra barreira a ser vencida é a oferta de crédito. Sem melhores condições de financiamento para incentivar a compra do carro zero, cuja principal barreira esbarra na atual taxa básica de juros (Selic) de 13,75%, a ideia da volta do carro popular pode falhar.
O Tempo