O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu, em votação realizada na terça-feira 7, a ministra Cármen Lúcia como a nova presidente da Corte. Ela vai assumir o posto de Alexandre de Moraes, que deixará o tribunal em 3 de junho.
A tradição do TSE estabelece que o magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF) com mais tempo de serviços na Corte Eleitoral assuma a presidência.
Na mesma votação, Nunes Marques foi escolhido como vice-presidente.
Depois da votação simbólica, Cármen Lúcia expressou seu compromisso em honrar a Constituição e as leis da República. Ela também afirmou que vai se dedicar integralmente ao trabalho no TSE para “benefício da democracia brasileira.”
Em discurso, Moraes elogiou a colega e disse estar alegre em passar a presidência da Corte para a ministra.
“A Justiça Eleitoral estará em boas mãos”, disse o ministro. “A democracia brasileira estará em boas mãos e, repito, a tranquilidade, a felicidade e a honra que tenho de daqui pouco menos de um mês transferir o cargo a Vossa Excelência.”
Cármen Lúcia, que já presidiu o TSE entre 2012 e 2013, será responsável por conduzir as eleições municipais de 2024.
Ela foi relatora das resoluções aprovadas em fevereiro com normas para o pleito, incluindo regulamentações sobre o uso de inteligência artificial e a responsabilidade das grandes empresas de tecnologia.
Cármen Lúcia Antunes Rocha é natural de Montes Claros, Minas Gerais. Foi indicada ao STF em 2006 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituir Nelson Jobim.
Formada em Direito pela PUC-Minas e mestre em Direito Constitucional pela Univesidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Cármen Lúcia também foi procuradora do Estado.
Durante os anos 1990, assumiu papéis de liderança na OAB, tanto em Minas Gerais quanto no Conselho Federal. Foi indicada ao cargo de procuradora-geral em 2001 pelo então governador Itamar Franco.
Já no STF, Cármen Lúcia tomou posse como ministra efetiva do TSE e em 2009. Três anos depois, foi nomeada presidente da Corte.
A ministra também fez parte do plenário da Justiça Eleitoral até 2013. Entre 2016 e 2018, também foi presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Informações Revista Oeste