Apesar do candidato liberal Javier Milei estar liderando as pesquisas de intenção de voto na Argentina, a disputa continua acirrada entre os três principais candidatos, segundo levantamentos recentes.
Os dados revelam o ministro da Economia, Sergio Massa, em segundo lugar e a candidata conservadora Patricia Bullrich em terceiro
Duas pesquisas mostraram os três candidatos dentro de um intervalo de 10 pontos percentuais, indicando que é provável que haja um segundo turno.
Para vencer no primeiro turno, o candidato precisa obter no mínimo 45% dos votos, ou mais de 40% com uma vantagem de mais de 10 pontos sobre o outro candidato mais próximo.
O economista Milei, que ganhou nas eleições primárias de agosto deste ano, tem entre 34% e 35% dos votos, de acordo com uma pesquisa da Opina Argentina.
Já Massa tem entre 29% e 30%, enquanto Bullrich tem entre 24% e 25%.
Uma pesquisa da Synopsis Consultores mostrou Milei com 36,5%, seguido por Massa com 29,7% e Bullrich com 23,8%.
Facundo Nejamkis, analista da Opina Argentina, sugere que o resultado está em aberto.
A crise econômica da Argentina fez com que a inflação anual atingisse 138%, e colocou duas em cada cinco pessoas abaixo da linha da pobreza.
No mês passado os preços na Argentina subiram 12,7%, superando as previsões dos analistas. Esta foi a inflação mensal mais alta do país em 21 anos. Em agosto havia sido de 12,4%.
A alta de setembro reforçou a expectativa de uma inflação acumulada até o fim do ano superior a 170%.
Os dados foram divulgados dez dias antes das eleições presidenciais argentinas. O descontrole dos preços e perda do poder de compra por parte da população são o tema central do pleito deste ano.
As promessas de Javier Milei de dolarizar a economia e fechar o Banco Central têm conquistado muitos eleitores.
Embora Milei seja visto como tendo a melhor chance de vencer, é possível que haja um segundo turno na Argentina.
Informações Revista Oeste