A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou a solicitação de aprovação da versão atualizada da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Zalika Farmacêutica. O imunizante faz parte de um contrato firmado com o governo brasileiro para o fornecimento de quase 60 milhões de doses.
O Ministério da Saúde aguardava a autorização para que o Brasil pudesse receber a vacina atualizada, que combate a variante JN.1, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão da Anvisa de negar o pedido foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) na última segunda-feira, 3.
Atualmente, as doses disponíveis nos postos de saúde são destinadas à variante XBB.1.5. Essas doses foram desenvolvidas no final de 2023 e aprovadas no Brasil no começo de 2024.
No entanto, em abril do ano passado, a OMS recomendou a atualização para a variante JN.1, orientação que foi seguida pela Anvisa em uma instrução normativa publicada em setembro.
Dois meses depois, em novembro, a Anvisa autorizou as versões atualizadas das vacinas da Pfizer e da Moderna para a variante JN.1. No mesmo mês, o Ministério da Saúde realizou uma licitação e firmou um contrato para a aquisição de vacinas para adultos exclusivamente com a Zalika Farmacêutica.
A Zalika atua como representante brasileira do Instituto Serum, da Índia, e as doses incluídas no contrato são da vacina Covovax, desenvolvida pela Novavax e produzida pelo instituto. O contrato, que segundo o Ministério da Saúde gerou uma economia superior a R$ 1 bilhão, prevê o recebimento de 57 milhões de doses em até dois anos.
Em dezembro, a Zalika enviou à Anvisa o pedido de aprovação da versão atualizada da Covovax para a variante JN.1. O contrato com o governo brasileiro estabelece que a empresa deve fornecer as doses mais atualizadas aprovadas pela Anvisa.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ao portal Metrópoles que negou aval à vacina diante da ausência de “informações técnicas” de que o imunizante teria eficácia e segurança durante os nove meses de validade.
“Os dados apresentados não confirmaram que a vacina atualizada com composição da linhagem JN.1 é estável por nove meses, quando armazenada nas condições recomendadas de 2°C a 8°C”, informou a Anvisa.
“Ou seja, o indeferimento do pedido se deu pela ausência de informações técnicas de qualidade necessárias para manutenção da eficácia e segurança da vacina no prazo de validade proposto”, disse a agência.
Informações Revista Oeste