O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, é esperado na sede da Polícia Federal, nesta quinta-feira (9), para prestar esclarecimentos sobre as irregularidades em contratos da Saúde durante a pandemia. Witzel prestará depoimento no âmbito das investigações do Superior Tribunal de Justiça, que resultou na Operação Placebo.
Witzel deveria ter sido ouvido na última semana, mas o depoimento foi adiado por causa do falecimento da avó da primeira-dama Helena Witzel, que também é suspeita de irregularidades.
A Operação Placebo mira supostas fraudes em contratos emergenciais firmados pela Secretaria de Saúde do Estado com empresas privadas e organizações sociais. O contrato com a O.S. Iabas foi o que mais chamou a atenção, uma vez que o foi cobrado do governo do estado cerca de R$ 835 milhões pela construção de sete hospitais de campanhas, dos quais apenas um foi entregue e ainda assim com menos da metade da capacidade de funcionamento.
Ainda no âmbito da Operação Placebo, Wilson e Helena Witzel foram alvos de mandos de busca e apreensão em residências ligadas ao casal, incluindo o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do estado, além do Palácio Guanabara, que é sede do governo, e um imóvel de Witzel, no bairro do Grajaú.
Na ocasião, foram apreendidos celulares, computadores e documentos do casal Witzel. Todos os itens passaram por perícia da Polícia Federal.
Witzel também deve ser ouvido nesta sexta-feira (10).
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