O ex-presidente Jair Bolsonaro busca consolidar apoio do partido Republicanos para a votação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023. A estratégia visa a pressionar para haver a discussão do tema Congresso Nacional.
A sigla, que conta com o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Hugo Motta (PB), e com o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é central nesta articulação.
Ainda nesta semana, Bolsonaro planeja se reunir com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, antes da manifestação do próximo domingo, 16, com foco na anistia.
Depois de encontros com líderes do Centrão, como Gilberto Kassab (PSD), Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP), o ex-presidente tenta consolidar apoio ao projeto. Juntos, PL, PSD, União Brasil e PP somam 244 votos, ainda abaixo dos 257 necessários para aprovação no plenário da Câmara.
A proposta enfrenta resistência na Casa, pois líderes argumentam sobre a falta de clima político apropriado. A prioridade tem sido pautas de consenso, especialmente no início do mandato legislativo.
Hugo Motta evita conflitos com o senador e presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Este não enxerga o momento como oportuno para discutir o PL da Anistia. Se houver a aprovação da Câmara, o texto segue ao Senado.
Senadores ainda não têm a maioria dos votos suficientes, mas um resultado favorável na Câmara pode influenciar a decisão na outra Casa. Interlocutores de Alcolumbre dizem que a proposta pode ganhar força com o desgaste do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Para Bolsonaro, a anistia se tornou prioridade. O liberal apela pessoalmente a líderes partidários por apoio. O Republicanos, com 44 deputados, é visto como crucial para alcançar os votos necessários.
Informações Revista Oeste