Com três anos de profissionalismo, em 1957 o Fluminense de Feira cedeu metade do time para vestir a camisa canarinho e representar o Brasil.
Esse fato ocorreu no Chile na disputa da taça Bernando O\’Higgens (líder da independência Chilena), que anualmente reunia a seleção Brasileira e Chilena. A Confederação Brasileira de Desportos, hoje CBF, escolheu a Bahia para representar o Brasil, com isso a seleção foi montada com a base do Fluminense e Vitória. Periperi, Walder, Valter Vieira, Gilberto e Raimundinho foram os jogadores do Touro do Sertão cedidos para a seleção Brasileira.
O time que jogava no esquema tático 4-2-4, demonstrava espírito de luta e muita garra, enquanto o Chile apostava nas bolas aéreas na área do nosso goleiro Periperi. Com boas jogadas do nosso ponta esquerda Raimundinho, a seleção venceu um jogo e perdeu outro, o que ocasionou numa prorrogação bastante tumultuada. Após a entrada desleal do atacante chileno Fernández no goleiro Periperi começou uma confusão generalizada com invasão de campo e intervenção policial. Nosso goleiro teve que ser substituído e o juiz sequer deu cartão ao atacante adversário.
Faltando um minuto pra acabar a prorrogação e a seleção Brasileira levantar a taça, pois jogava pelo empate, o atacante Fernandéz conseguiu fazer um gol de cabeça e dar o título a seleção do Chile. Segundo relatos, o gol teria sido ilegal. O árbitro Morales não teria visto um toque de mão do atacante chileno Musso, que também participava do lance.
Fonte: Livro “Fluminense 50 anos” produzido por Carlos Mello e Carlos Brito e site “Correio 24 horas”
Foto do arquivo de Djalma Leal