O vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, apareceu recentemente ao lado do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh. A presença de Alckmin no evento ocorreu pouco antes de Haniyeh ser morto. O encontro aconteceu nessa terça-feira (30/7) durante a posse do presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
Embora não haja registros oficiais de que Alckmin tenha mantido diálogo com Haniyeh, o evento contou com a presença de outros líderes de grupos terroristas, como Jihad Islâmica, Hezbollah e Houthis. Alckmin estava representando o governo brasileiro e também foi convidado para o jantar oficial oferecido pelo presidente do Irã.
Reprodução/Band
O evento foi marcado pela cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. Alckmin, como vice-presidente do Brasil, não apenas representou seu país, mas também participou de várias atividades oficiais. Em sua agenda para a quarta-feira (31/7), estavam previstos encontros com Pezeshkian e compromissos como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Ismail Haniyeh foi vítima de um atentado aéreo nas primeiras horas desta quarta-feira (31/7). O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã confirmou a morte do líder palestino. Haniyeh estava no Irã para participar da posse de Pezeshkian e acabou sendo alvo de um ataque.
Tanto o Hamas quanto o Irã apontam Israel como responsável pelo atentado, embora os israelenses não tenham feito declarações sobre o incidente até o momento. O Hamas afirmou que Haniyeh “morreu como resultado de um ataque sionista traiçoeiro em sua residência em Teerã, após participar da cerimônia de posse do novo presidente iraniano”.
A Guarda Revolucionária relatou que Haniyeh morreu ao lado de um guarda-costas iraniano em sua residência em Teerã. Pezeshkian, o novo presidente iraniano, expressou sua indignação afirmando que defenderá a integridade, dignidade, honra e orgulho de seu país.
O funeral de Haniyeh está programado para ocorrer no Catar, na sexta-feira (2/8). Haniyeh, chefe político exilado do Hamas, dividia seu tempo entre o Catar e a Turquia, sendo uma figura importante nas negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Ele também mantinha boas relações com facções rivais dentro do Hamas.
O assassinato de Ismail Haniyeh teve repercussões internacionais imediatas. Diversas organizações e países emitiram comunicados condenando o atentado. A tensão na região aumentou e o Irã declarou que irá retaliar os responsáveis pelo ataque.
O Brasil, representado por Alckmin, não emitiu um comunicado oficial sobre o incidente. No entanto, a presença do vice-presidente brasileiro em um evento com líderes de grupos terroristas traz um foco de atenção para a política externa do país.
Enquanto os desdobramentos desse evento ainda estão sendo investigados, a complexa teia de alianças e inimizades no Oriente Médio se revela cada vez mais intrincada. A morte de Haniyeh é mais um capítulo de uma história marcada por tensões e conflitos constantes.
Informações TBN